Capítulo X
And all at once, you are the one I have been waiting for
King of my heart, body and soul, woah
And all at once, you're all I want, I'll never let you go
King of my heart, body and soul, woah
Taylor Swift - King Of My Heart
Finalmente um dia de sol brilhante após aquela tempestade de vento. Gostaria muito de ir a uma praia, mas a cidade não possui uma. Levo Anna para dar uma volta aos redores da vizinhança, tenho algumas encomendas, mas todas são um pouco mais pra frente e tenho tempo para fazer. Talvez eu as adiante hoje já que não possuo grandes planos. Edgar foi embora da minha casa algumas horas após nos beijarmos pelas infinitas primeiras vezes que meu coração pôde aguentar, senti suas mãos alcançarem minha pele de maneira tão íntima e respirava seu ar em conjunto com seus lábios. Ao ir embora, Edgar segurou minha mão e pôs seus lábios na minha testa com carinho.
Eu resolvi varrer a casa para tirar todas as poeiras, folhas e objetos indesejados que poderiam ter vindo junto com o vento, foi um longo trabalho. Anna estava contente com o sol, e corria de um lado para o outro atrás de si. Eram raras as vezes que isso acontecia de fato, a cachorra sempre foi muito desanimada e ela passa seus dias com a expressão de estar odiando nossa vida. As 14 horas da tarde, recebo uma mensagem de Edgar dizendo que estava vindo me buscar para irmos a praia.
Que praia?
Pelo que eu sabia a cidade não possuía praia.
Bom, coloquei um dos poucos maiôs que eu tinha e um short florido. Me olhei centena de vezes no mesmo espelho pra ter certeza que não teria nada fora do lugar. Quando ouvi a buzina, respirei fundo antes de sair muito rápido de casa. Eu amava a sensação que aquilo tudo causava no meu corpo. Quantas vezes na vida adulta eu posso realmente ser verdadeira? Eu estava certa de ser sortuda, não acho que seja comum todo mundo ter essa sorte de se apaixonar por alguém como Edgar. Ele tem sido tão gentil. Dei tchau pra Anna que ficou me olhando como se encrencasse com o fato de eu sair de casa e deixá-la ali. Acho que eu a humanizo demais. Provavelmente essas conversas, sentimentos e pensamentos sejam só meus e o que eu quero pra minha vida.
Quando fechei a porta de casa, Edgar estava novamente do lado de fora, como no primeiro dia que saímos esperando para abrir a porta do carona pra mim. Eu sorri olhando no fundo do seus olhos azuis, do qual ele parecia estar observando também os meus castanhos. Ele sorriu de volta e perguntou:
- Por que não traz Anna junto? Vai ser divertido!
Assenti com a cabeça e abri a porta para ela sair, mandei ela entrar no carro dele e ela foi como se fosse a própria princesa da Inglaterra desfilando. Eu fui até Edgar e o abracei dando um beijo leve em seus lábios.
- Onde tem praia nessa cidade?
Estreitei meus olhos em dúvida. Ele ri.
- Não tem, a gente vai para a cidade do lado.
Eu aceito a gentileza de abrir a porta e me sento, está tocando alguma música country que não conheço. Anna está olhando pela janela e com a boca aberta que eu julgo ser de felicidade, saímos estrada a fora. Ele realmente guia o carro para saída esquerda da cidade em direção ao litoral, eu balanço a música no ritmo da música e observo a vegetação toda amassada do vento mas o sol está presente e isso me deixa confortável.
Olhei para Edgar que por um segundo prestava atenção na estrada e sussurrava a música do rádio com o coração apertado e a sensação era: "estou me apaixonando" ao mesmo tempo que era "ah não, estou me apaixonando", meu coração batia forte e meu corpo parecia querer mais de uma situação perfeita. Está tudo bem ir com tudo? Porque eu acho que não. Mas eu quero tanto não me importar com questões de fora. Se eu pudesse me esconder para que nada nos tocasse, eu o faria.
- Decidiu ir para a praia do nada?
Perguntei enquanto colocava a mão pela janela para sentir o vento batendo na minha mão, aquela sensação gostosa e gelada. Era primeira vez que eu sentia meu corpo em tantas emoções e toques diferentes. E Edgar nem havia me tocado ainda, mas eu queria que ele o fizesse porque eu sentia como se nunca ninguém tivesse o feito.
- Não, fiquei procurando história para te ver novamente.
Minhas bochechas ficaram vermelhas. E eu tenho 27 anos.
- Não precisava de nenhuma desculpa, qualquer coisa que você falasse, eu iria me levantar e ir.
Seus olhos pousaram em mim, estávamos no meio de uma estrada que passava por uma floresta. Ele puxou minha mão esquerda que estava pro lado dele e apertou e foi como se uma chama se espalhasse. Eu não sabia realmente que aquilo era capaz então só respirei fundo e disse:
-É a primeira vez que sinto algo tão forte por alguém.
Ele fica em silêncio. O carro vai desacelerando e encosta em uma pequena entrada para a floresta vibrante. Ele desliga o carro assim que estaciona de qualquer jeito como se nada importasse.
-Chegamos?
- Não, mas eu preciso te beijar.
Então ele empurra a cadeira do carro para ficar menos desconfortável, e aperta minha mão enquanto me puxa para um beijo. Eu sinto meu corpo desejar cada vez mais estar perto dele, abrimos a porta para Anna dar um passeio sozinha. Não tem ninguém naquele lugar e as janelas pretas ajudam bastante a nos dar liberdade. Suas mãos acompanham meu corpo e chegam aos meus seios, gemo quase que incontrolavelmente buscando passar meus lábios por seu pescoço. Já tive desejos antes, mas nunca foram tão fortes. E o controle do meu corpo não parecia poder vencer, de forma alguma. Eu não pararia nada naquele momento, absolutamente nada. Se é assim que caras levam mulheres para a cama e elas se iludem, eu estou completamente perdida porque ele vai conseguir.
Passo a mão pelo corpo dele e sinto sua ereção sob a bermuda, pauso a mão ali e puxo a corda que a prende a puxando para baixo. Eu começo a masturbá-lo, mas não resisto a pôr minha boca e ouvir um gemido escapar de seus lábios. Enquanto geme, ele começa a puxar meu cabelo e empurrá-lo. Gosto daquilo, estou certa do que quero. Volto pros lábios dele enquanto sussurro que quero ele por completo.
- Eu quero você também. Me dê um segundo.
Ele abre o porta luvas, puxa um preservativo e o coloca. Quando termina, eu vou para cima dele e logo ele está dentro de mim, sinto o pulsar e cavalgo enquanto ambos gememos e ele me empurra pra cima e pra baixo também. Meu coração batia forte e o corpo parecia estar aliviado, comecei a sentir algo que nunca havia sentido antes: uma loucura espaçando meu corpo de contrações que viraram uma queimação ardente de tanto prazer. Senti minhas mãos tremerem e apertei com muita força o braço de Edgar, era o primeiro orgasmo da minha vida acompanhada de alguém. Fiquei tão cansada que suspirei e encostei no ombro de Edgar enquanto ele dava as últimas estocadas.
- Quero repetir isso muitas vezes. Não vou te deixar ir embora da minha vida.
Sussurra Edgar em meu ouvido.
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