Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo IX

Well, you stood there with me in the doorway

My hands shake, I'm not usually this way but

You pull me in and I'm a little more brave

It's the first kiss, it's flawless, really something

It's fearless

Taylor Swift - Fearless (Taylor Version)



Os primeiros raios de sol entraram pela minha janela sem pedir licença. Olhei para o meu lado e Edgar, ocupava o mesmo lugar, dormindo, agora coberto com um cobertor que lhe emprestei na noite passada quando percebemos que a luz não voltaria tão cedo. Ali mesmo de onde estava, consegui perceber o caos que o vento deixou espalhado pelo lado de fora, inclusive a garagem improvisada por uma lona havia voado longe.

Ainda ventava um pouco, mas nada como ontem à noite, e sim, mais como um vento de verão constante, no entanto, calmo.

Levantei-me hiper silenciosa, para não o acordar e vi que Anna também se espreguiçava com um grande bocejo. Eu o encarei por alguns segundos, de longe, dormindo e me veio um sorriso. Resolvi que iria lhe preparar um café em agradecimento, mas como sou péssima nos dotes culinários, peguei minha bicicleta e dirigi até aquela confeitaria.

Tenho medo de confeitarias desde que levei a maior surra e humilhação da minha vida em uma que era minha preferida. É um medo bobo visto que não tem nada a ver com a confeitaria e sim com as pessoas, o local e a situação em que eu me encontrava. Mas Edgar disse que aquela era sua favorita então eu poderia entrar por dez minutos e fazer o pedido sem pensar muito.

Foi o que eu fiz.

Pedi alguns croassaints salgados e outros doces, um bolo simples de fubá com goiabada que estava lindo na estante. Meu coração chegou a saltar quando vi o meu sabor favorito e o pedi também junto com dois cafés grandes. Subi na bicicleta de volta para casa enquanto observava umas árvores quebradas pelo caminho e todo o espaço de grama como um grande cabelo sem pentear. Torci do fundo do meu coração sentindo uma pontada no estômago para que Edgar ainda não estivesse acordado e eu pudesse montar a mesa de uma forma bem bonita. Cheguei em casa e Anna estava pedindo para sair para fazer xixi, abri a porta pois sei que ela não iria muito longe e nossa rua era muito segura e calma.

Para a minha sorte, Edgar ainda estava dormindo. Ele era tão bonito e estava tão perto de mim, suas mãos estavam embaixo da própria face de apoio e seu sono era tranquilo. Sabe quando tem algo tão magnifico na sua frente que você gostaria de tocar para ver se é real?

Acho que existem poucos momentos na vida adulta que a gente se sente tão encantada com pessoas como eu estava por ele. Na vida, as pessoas vão em milhares de encontros se perguntando quais são as razões por estar neles: todos os defeitos que têm que serem tapeados e todos os olhos fechados para as mentiras que costumamos contar, mas aqui estou eu, com os olhos bem abertos me perguntando se tem alguma chance de isso ser real?

Volto para a cozinha e coloco um pano de mesa que eu mesma bordei e em seguida organizava os talheres e pratos. A mesa estava tão simples, parecia como um pequeno segundo encontro e eu gostava tanto daquelas coisas bobas que poderia dizer que estava apaixonada pela situação.

Resolvi acordar Edgar para que o café não esfriasse, mas não fazia muito ideia de como ser delicada com isso. Era preciso afinal? Da maneira mais sútil possível, simplesmente busquei Anna e a forcei a subir em cima dele. Definitivamente, essa não era a ideia mais delicada contanto, foi a única que pensei que não envolvesse minha voz. Ele se mexeu na cama, abriu os olhos e virou diretamente pra mim com um sorriso de sono:

- Eu vi você jogando a Anna em cima de mim, Dora.

Minhas bochechas ficaram tão vermelhas e quentes quanto era possível, mas eu soltei uma gargalhada junto que me fez ficar mais leve. De todas as ideias que eu pensei, essa parecia ser a pior depois de concluída, mas não conseguia me deixar envergonhada, só me sentia alegre por ele estar ali da forma que estava.

-Em algum momento, eu achei que poderia ser a melhor ideia para te acordar antes que o café esfriasse. Me desculpa.

Eu terminei de me explicar ainda sorrindo, em seguida, ele se sentou e olhou para mim de maneira fixa, tentou arrumar os cabelos com as mãos como se fosse preciso e respondeu de maneira firme:

-Não sei se é a melhor, mas com certeza não é algo que eu possa esquecer.

Eu dou de ombros enquanto sustento o olhar.

- Acho que já sou o inesquecível o suficiente depois de chorar horas no seu colo por causa de um vento.

Ele riu enquanto puxava Anna para fazer um carinho no topo da cabeça e ela se aproveitava para se aconchegar nele, antes de me olhar, ele assentiu com a cabeça.

- Definitivamente, inesquecível.

Ele foi ao banheiro após se levantar enquanto eu me sentava na minha mesinha de dois lugares e o esperava. Tanto o bolo quanto o croassaints pareciam maravilhosos e eu me segurei para não começar a comer antes dele, mas estava orgulhosa o suficiente de ter entrado na confeitaria que eu evitei até hoje. Foi bem rápido, menos de dez minutos e eu saí do local, mas consigo me lembrar perfeitamente do cheiro de doces e bolos frescos, junto com o aroma maravilhoso do café recém feito. Aquele lugar tinha meu cheiro favorito em todo o mundo.

Edgar saiu do banheiro e após lavar suas mãos se sentou a minha frente com a cara amassada. Ele olhou a mesa e seus olhos brilharam:

-Eu reconheceria de longe qualquer coisa da minha confeitaria favorita, você foi lá hoje?

Eu assenti com um sorriso e cortei um pedaço de bolo para ele. Em seguida, me servi e assim que mordi o bolo, não poderia dizer que havia comido um melhor que aquele antes. Tudo estava perfeito, a quantidade de açúcar, a textura, se desmanchava na minha boca. Era perfeito.

- Meu Deus, esse bolo é maravilhoso.

Eu disse mais surpresa do que deveria, e ele deu de ombros rindo enquanto pegava outra fatia.

- Eu disse para você entrar lá aquele dia e comprar, mas você me ignorou.

Era verdade. Eu ficava olhando a vitrine e ele se ofereceu para ficar com Anna para que eu pudesse comprar, lembro perfeitamente da voz dele alcançando meus ouvidos enquanto eu agia como um cão assustado por qualquer coisa que se aproximasse ou acontecesse. Fazia poucas semanas e ele estava na minha casa conversando comigo e dividindo um bolo daquele mesmo lugar.

- Eu não te ignorei, eu só fiquei surpresa e não sabia o que dizer. As pessoas não são tão gentis na minha cidade natal, provavelmente se alguém se oferecesse por lá, seria para roubar minha cachorra.

Ele riu e fez que não com a cabeça enquanto parecia descrer do que eu dizia.

- Como pode ser assim? - Edgar deu de ombros de maneira muito óbvia. - Você é de lá e é super gentil com todos que eu conheço.

- Você acabou de dizer que te ignorei na rua.

Ele estreitou os olhos.

- Xeque-mate! Você sempre tem uma boa resposta, mas está sendo gentil agora, trouxe meu café favorito e jogou sua cachorra em cima de mim, eu nunca tive um encontro que alguém jogasse a própria cachorra em cima de mim, eu realmente apreciei isso.

Eu fiz careta para ele enquanto tentava não rir das coisas que ele falava, apesar de ser tão natural e divertido, foi quando eu perguntei o encarando com um olhar

-Oficialmente nosso segundo encontro então?

Ele puxou minha mão.

-Terceiro, Dora. Eu nunca pularia o dia em que você estava tremendo de medo do vento, esse dia eu vou sempre lembrar.

Eu o olhei de cara feia como se me sentisse ultrajada.

- Segundo encontro Edgar, e não se fala mais nisso.

-Segundo encontro e meio então, Dora.

Eu joguei minha cabeça pra trás e comecei a rir. Ele era tão bobo como uma criança, mas não me deu tempo de pensar enquanto puxou um pouco mais minha mão para perto de si e disse:

- Tem algo que eu gostaria muito de fazer nesse encontro então.

- O que?

Sussurrei quase sem voz de volta.

Ele se levantou e me puxou de onde eu estava sentada e se aproximou de mim enquanto puxava uma mecha do meu cabelo.

- Eu gostaria de te beijar, eu posso?

Pensando por um lado, eu não sabia se as pessoas realmente perguntavam uma as outras se elas poderiam se beijar. Eu não lembro de ter visto isso em filmes, e meu primeiro beijo claramente não foi consentido, mas ter perguntado, ter me olhado e se importado com o que eu queria foi o maior movimento de mudança de sentimentos dentro de mim e sobre mim. Eu queria, mas não queria só por medo de perder algo que eu não tinha. Eu queria, mas não por tentar provar algo.

Foi quando eu assenti e seus lábios tocaram os meus que eu percebi no auge dos meus 27 anos, que todos os beijos que eu havia tido com aquele homem que controlou por tanto tempo a minha vida não foram beijos.

Agora eu entendia um pouco o que todas as minhas amigas adolescentes contavam das borboletas, dos suores, da insegurança.

Aquele sim, era meu primeiro beijo.


Tradução do trecho da canção:

"Bem, você ficou parado comigo na entrada
Minhas mãos tremem, eu não sou desse jeito normalmente, mas
Você me puxa e eu fico um pouco mais corajosa
É o primeiro beijo, é perfeito, algo especial
É destemido"


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro