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Capítulo 7 - Pai é quem cria

Quando completei 12 semanas, qualquer pessoa que olhasse para mim, teria a certeza que a família estava crescendo, ou que eu tinha exagerado na pizza. As náuseas deram lugar a um apetite incontrolável em todos os sentidos. 

O café da manhã estava servido, e num raro momento estávamos nós quatro à mesa quando Dona Fátima, a minha nova funcionária chegou carregando sacolas de compras. Eu nem pensei antes de levantar para ajuda-la. Antes que chegasse a ela, Jay passou na frente e pegou todas as sacolas, lançando um bom dia meio azedo à senhora.

_ Muito bonito uma mulher grávida querer pegar peso com três homens à mesa, né, Aurélia!

_ Eu não ia usar o útero para carregar as sacolas. Só estava sendo gentil.

_ Você é quem sabe. - largou as sacolas sobre o balcão e se dirigiu aos meninos - Vocês dois já estão grandes. Está na hora de começarem a ajudar. Não quero ver nem a sua mãe, nem a dona Fátima carregando peso enquanto os dois olham.

_ Ei, não desconte neles a irritação que é contra mim. - sussurrei para eles não ouvirem.

_ Não estou irritado, estou ensinando a serem homens. - respondeu saindo da cozinha e subindo para o quarto. 

Respirei fundo e continuei comendo com os meninos, que nem ousaram dizer nada antes de saírem para a escola. Fiz questão de não ir para o meu quarto, tentando esperar que ele se acalmasse ou saísse, o que acontecesse primeiro. Eu também precisava digerir a grosseria matinal antes de falar com ele.

Acabei dormindo na sala de TV enquanto tentava escrever. Acordei com ele me avisando que ia para o estúdio e que voltaria tarde.

Fiquei trabalhando de casa até os meninos voltarem da escola, levei os dois ao cinema e aproveitei para ver móveis para o quarto do bebê na volta.

_ Quando a gente vai saber se é menino ou menina? - Victor perguntou segurando um móbile rosa.

_ Você prefere o que?

_ Acho que mais um menino. Meninas choram demais.

_ Você também chorava muito.

_ É, mas isso quando eu era pequeno. Meninas choram depois de grandes. Na minha escola, as meninas choram toda vez que caem, e que alguém briga com elas... é muito chato!

_ A mamãe é menina. - gracejei.

_ E também chora muito. - Pedro se meteu na conversa.

_ E você, o que prefere?

_ Tanto faz. - respondeu dando de ombros.

_ Tanto faz? Nem um palpite?

_ Não me importo. Não ligo e não quero saber. - ele respondeu naturalmente, sem nem alterar o tom de voz. 

_ Certo. Vamos embora, outro dia vejo isso. - saí segurando o nó na garganta.

Eles jantaram na cozinha e eu não comi. Quando o telefone tocou, fiquei feliz que fosse Marie. Continuamos amigas depois que ela deixou de cuidar dos meninos e nos aproximamos mais ainda durante o curto período em que ela e Henrique se separaram. Ela estava organizando o casamento deles e eu era a madrinha.

_ Bonjour, madame! - atendi brincando. Uma noiva às vésperas do casamento não precisava dos meus dramas familiares.

_ Bonjour, Aurélia. Pode falar agora?

_ Sim, claro. Tudo certo?

_ Eu preferiria conversar pessoalmente, podemos  nos encontrar?

_ Agora? Acho que sim. Vem aqui em casa. Podemos conversar.

Ela chegou tão rápido que imaginei que tivesse me ligado do carro. Os meninos a abraçaram e fizeram festa ao ver a eterna tutora. Era bem diferente da festa que faziam comigo. Com ela, eles ainda eram tão doces quanto aos 5 anos. Logo depois da recepção, foram para a cama e nós duas, para o jardim.

_ Como estão os preparativos? - perguntei só para quebrar o gelo.

_ Tudo certo. Não sou o tipo de noiva que surta por causa do tom de amarelo dos guardanapos. É outra coisa, o que quero falar com você. - parei para ouvir a francesa, sempre tão direta. - Não quero ser intrometida, mas pode me contar sobre a relação dos meninos com o Jay depois do casamento?

_ Está acontecendo alguma coisa?

_ Pode ser coisa da minha cabeça, mas parece que a Laura está competindo comigo desde que marcamos a data. No começo do namoro, ela ficou enciumada, depois nos tornamos mais que amigas. Ela é uma menina inteligente e esperta, adoro ficar com ela, foi fácil nos entendermos. Mas, agora ela está impossível. Chama Henrique o tempo todo quando ele está comigo, mal me responde quando falo com ela. Se coloca entre a gente, gruda nele e me exclui. Não me ensinam a lidar com isso no mestrado.

_ Entendo... e é bem comum, isso. No começo os meninos veneravam o Jay. Agora, de uns meses para cá, Pedro decidiu virar a cabeça. Está super grosseiro desde que soube do irmãozinho. Deve ser a mesma situação: ciume, insegurança. Ambos estão com medo de perder o colo.

_ Isso eu até aceito. O que me incomoda é que ele não admite que eu chame a atenção dela. Dia desses, ela estava super maquiada para ir à escola. Pedi para tirar, ela gritou que eu não mando nela. Ele não fez nada e depois ainda me disse que resolveria, que eu não preciso me meter. Isso é só uma das situações. Nós temos brigado por isso e estou com medo de não dar conta. O último episódio acabou de acontecer porque a gente não conseguia decidir uma série para ver na TV.

_ Olha, isso é  complicado para todo mundo. - comecei sem saber o que dizer, percebendo que fiz a mesma coisa ainda naquela manhã. - Talvez ele queira te preservar. Adolescência é uma fase difícil, ainda mais no caso dela, que cresceu só com ele. Se ele erra é tentando acertar. Afinal, você não é a mãe dela.

_ Isso não é justo! Sou a mãe dela quando fica doente, quando a escola fica difícil, quando está triste. Mas não posso opinar, colocar na linha? Eu chamava a atenção dos meninos quando cuidava deles, não posso falar com a minha enteada? Eu sou o que? Um estepe? Uma empregada gratuita? Não sei se consigo levar adiante assim. - ela segurava as lágrimas em silêncio e eu mordia o lábio.

_ Marie, escuta. Eu sei que você ama o Henrique e a Laura. Talvez seja só o caso de dizer a ele o que acabou de me falar. Não desista do meu amigo.

_ Não acho que vá resolver.

_ Acho que vai. Você conseguiu mostrar que eu estou sendo injusta com Jay, e essa nem era a sua intenção, tratando como um amigo que paga as contas, e o afastando dos meninos quando ele precisa fazer o trabalho sujo. Ele sempre esteve aqui por nós. O mínimo que posso fazer é exigir que meus filhos o respeitem como o pai que ele é na prática. E se Henrique for esperto, vai fazer a mesma coisa para manter você com eles. Vai ficar tudo bem, moça. - ela não conseguiu mais segurar e eu a abracei chorando também. Limpamos as lágrimas e ela me fez contar sobre as cenas que Pedro vinha protagonizando nas últimas semanas e até prometeu conversar com o rapazinho, mesmo quando eu disse que não precisava. Na verdade, toda ajuda seria bem-vinda.




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