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Capítulo 29 - Crush

—Vim pra cá assim que soube. - Josué entrou no quarto logo que Henrique e Marie saíram, levando minha mãe, que só foi quando prometi que precisava dormir um pouco e quando as enfermeiras prometeram que viriam ao primeiro chamado. Pelo olhar delas, desconfiei que estivessem cansadas dos palpites. 

— Como você está?

Era um alívio conversar com ele. Atuar enquanto tentava me recuperar e sentia o corpo todo doer estava sendo exaustivo.

— Estou triste, mas não surpresa. Ele está se curando de mim.

— Ele só precisa se curar por causa daquela sua ideia idiota de mentir para ele. Conta a verdade que tudo vai ficar bem.

— Não. Eu não tenho o direito. Jay merece uma vida plena, sorrir no meio da tarde buscando a namorada no trabalho. Não viver em pé de guerra com a esposa maluca que tem coisas demais para resolver. Não vou impor minha dor a ele. Deixa o menino voltar a viver.

— Você só pode estar brincando. É isso? Você vai entregar seu marido de bandeja para ela?

— Você está falando igual à minha mãe. Ele não me pertence, Josué. Não vou fazê-lo lidar com uma recuperação dolorosa, ficar me levando ao banheiro, à terapia que eu vou ter que fazer para tentar, eu disse TENTAR voltar à vida sem querer morrer todos os dias. Se eu disser a verdade ele vai se sentir na obrigação de voltar. Dispenso ser um peso seja para quem for, especialmente para ele.

— Você ainda tem muito o que aprender sobre o amor.

— Eu só consigo amar assim e não acho que eu tenha o direito de atrapalhar. Estou morrendo por dentro, mas espero mesmo que ele seja feliz. - ele me olhava desconfiado. — E que ela seja muito pior de cama que eu.

Na manhã seguinte, a fisioterapeuta apareceu para checar a evolução do braço e logo que ela saiu, meus pais chegaram. Meu pai fez mil perguntas, queria ver o carro e depois me deu aquele sermão sobre o meu jeito pouco delicado de dirigir. Ouvi tudo calada, esperando nunca precisar ouvir o sermão que ele daria se soubesse como o acidente aconteceu de verdade. Definitivamente, ele nunca entenderia.

Era por volta das 4h, quando Pedro e Victor entraram no quarto, vindos direto da escola. Meu coração pulou ao sentir a falta que eles me faziam. Envolvi os dois com o braço direito e eles me abraçaram desajeitados com medo de machucar. Foi uma delícia sentir o cheiro deles depois de tantos dias longe.

— A gente ficou preocupado, mãe. - Victor falou enquanto Pedro escondia as lágrimas no meu peito, agora sem o dreno.

— Tá tudo bem, meu amor. Logo estaremos todos em casa.

— Até o papai? - ele perguntou animado.

— Claro que não, seu mané. Ele tem a casa dele.

Eu ia chamar a atenção pelo palavreado de Pedro quando Jay entrou no quarto.

— Eles esqueceram as jaquetas no carro, voltei para buscar.

Sabe quando uma menina de 13 anos vê o crush? Só que as borboletas no meu estômago pareciam estar brincando de kamikaze, o frio na barriga foi mais intenso que qualquer montanha russa, eu podia sentir meu coração batendo na boca. Ele cumprimentou meus pais, entregou as jaquetas aos meninos e só então se dirigiu a mim.

— Como você está? Soube que a coisa foi bem séria, vi o estado do carro. É um milagre você estar aqui.

Eu não fazia ideia do que pensar. Ele estava preocupado? Bravo? Como sabia que devia falar em português comigo? Será que perguntou a alguém? Se estava com ódio de mim, por que perguntaria? Depois de vários segundos, percebi que estava com a boca aberta e todo mundo olhava para mim. Precisava pensar numa resposta adequada e educada antes que achassem que eu estava tendo um AVC.

— É, pois é. Foi uma tremenda sorte o carro ser parado por uma pedra enorme antes de cair no precipício.

— Muita sorte. Eles disseram alguma coisa sobre a língua, por que você esqueceu o inglês?

— Parece que não tenho nada, fisicamente falando. As imagens do meu cérebro estão normais. Pode ser o trauma. Assim, pode voltar de uma hora para a outra ou nunca mais. - eu falei tão rápido que meu pai precisou traduzir.

— Bem, eu preciso ir. Josué prometeu levá-los depois. - assenti, ainda sentindo o estômago embrulhar de nervoso, o que piorou muito quando meu pai avisou que o acompanharia até lá fora. Eu não tinha certeza se queria os dois conversando em particular.

Naquela noite, dormi bem e sem sedativos. Não me lembro dos sonhos que tive, mas acho que foram bons, acordei sentindo algo parecido com paz.

No fim de uma semana, recebi alta, ouvindo centenas de vezes o quanto eu era sortuda por estar viva. Não pude evitar me perguntar se eles imaginavam o que tinha, de verdade me levado ali. Ainda seriam longas semanas com o braço imobilizado e pelo menos 10 dias de cama, me recuperando depois das cirurgias. Meus pais e Josué se instalaram na minha casa até segunda ordem. A ordem, no caso, seria deles. Dona Fátima não apareceu mais, o que só nos deu a certeza que foi ela a fonte da notícia que fez a nossa separação se tornar pública. Tinha a impressão que nunca mais a veria em Los Angeles. Depois dessa, ninguém mais a contrataria nessa cidade. Esperava que pelo menos tivessem pago bem a ela.

Josué transferiu o escritório da editora para o meu e se dividia entre o trabalho e as visitas à biblioteca, onde eu me instalara, logo ao lado. Meus pais custaram a aceitar ficar no meu quarto. Precisei argumentar que precisava estar perto dos meus livros e que a escada me deixaria ilhada no andar de cima. Preferi não explicar a eles que eu não dormia na minha própria cama desde a última vez em que Jay estivera nela. Os meninos voltariam à rotina de se revezarem entre uma casa e a outra, dessa vez passando muito mais tempo lá que comigo. Eu já dava trabalho o suficiente. Era quase meia-noite, alguns dias depois da nossa chegada, quando Josué entrou no meu quarto com um panfleto.

— Pensei num jeito de te ajudar.

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