Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

- Cry -

Acordei vagarosamente e notei que eu estava abraçando Nick, que já estava acordado - me olhando. Todas as lembranças da noite passada vieram rapidamente e o abracei ainda mais. Me xinguei mentalmente por ter demorado um pouco a ter dado aquele passo, e me sentia imensamente feliz pelo quanto tudo havia sido incrível.

— Bom dia, bela adormecida - ele disse, ainda com a voz de sono.

— Bom dia, Nick. 

Depois de tomarmos banho, descemos até a cozinha e preparamos um vasto café da manhã - minha avó havia ligado avisando que meu avô recebeu alta naquela manhã, e que eles iriam vir para casa de ambulância. Fizemos torradas, suco e café, além de pegarmos os biscoitinhos que estavam no armário. Não era lá aquelas coisas, mas dava para fazer uma recepção calorosa.

Eles chegaram rapidamente e depois de estarmos todos acomodados na mesa da cozinha, meu avô olhou Nick de cima à baixo e perguntou:

  — Ai meu Deus, você dormiu aqui? É hoje que eu volto pro hospital - meu avô disse, colocando a mão no peito.

Nick passou do tom claro de sua pele para um vermelho e depois um roxo, e eu e meus avós caímos na gargalhada. Nick permaneceu com a expressão de confusão no rosto, enquanto nós ainda ríamos.

— Estou brincando, meu querido. Nós não nos importamos, até gostamos da maneira como cuida de nossa Grace - meu avô disse, e a expressão de Nick se aliviou.

— Nossa, por pouco quem não sofre um infarto sou eu - ele disse, rindo.

Depois do café, Nick foi para casa - eu imaginava que sua avó estaria fazendo minha caveira nesse exato momento, e estava deitada quando recebi uma mensagem de Audrey.

"SOS" , era tudo o que dizia. Eu sabia que ela não estava realmente correndo perigo, mas sabia que estaria precisando de mim. Perguntei mais uma vez se meus avós precisavam de alguma coisa e abri a porta, indo em direção à casa de Audrey. 

Andei menos de 2 minutos e quando avistei a fachada da casa de Aud, imaginei o que poderia estar acontecendo. O carro de seu pai, que ficava na garagem coberta enquanto ele viajava, estava estacionado na grama do jardim. Arthur tinha um temperamento difícil, e ao pensar um pouco sobre aquilo, meus pensamentos me levaram à um lugar tempestuoso.

9 ANOS ATRÁS

Eu havia acabado de me mudar para a casa de meus avós, e me sentia um pouco sozinha. Não estava no período letivo ainda, e até então não havia visto nenhuma criança naquela rua. Desobedecendo os pedidos de minha avó para que eu não saísse da porta de casa para não ficar perdida, saí andando, querendo "explorar" aquele lugar novo e cheio de árvores incríveis. 

Parei minha exploração quando vi uma menina empurrando um carrinho de boneca. Corri até ela timidamente - havia uma mulher em seu encalço, e eu não queria assustá-la.

Me aproximei e notei que ela era muito bonita, e quando ela me viu, seus olhos se iluminaram.

— Olá, quem é você? Meu nome é Audrey, e o seu? - ela disse, sorridente.

— Grace. Me mudei tem pouco tempo, moro ali em cima - eu disse, apontando para o caminho da casa que agora eu chamava de minha.  

Fui convidada pela babá e pela mãe de Audrey a entrar em sua casa para que não brincássemos no sol, e senti que seríamos grandes amigas quando sua babá foi até minha casa avisar que eu estava brincando com ela, para que minha avó não ficasse preocupada.

Me diverti como nunca durante aquela tarde, mas tudo mudou quando o pai de Audrey, Arthur, chegou em casa. Ele chegou à residência nervoso, reclamando de um dia ruim de maneira exagerada. Estávamos na sala de estar e me assustei quando ouvi um barulho forte - olhei e vi que o pai de Audrey acabara de dar um tapa no rosto de sua mãe. 

Olhei para Aud e vi seus olhinhos se encherem de lágrimas, até que ele notou a minha presença e tudo pareceu piorar. 

  — Quem é essa menina? Eu já não falei que não quero Audrey convivendo com GENTINHA?? - ele disse sem um pingo de emoção em sua voz, e tudo o que consegui fazer foi abaixar minha cabeça e sair dali.

Cheguei em casa chorando e contei tudo à minha avó. Ela me entendeu e disse que Audrey não era como o pai, e contanto que eu não fosse lá quando ele estivesse, nós poderíamos ser amigas.

Isso poderia parecer um motivo para que eu nunca mais voltasse lá, mas não foi. Eu entendia a situação de ter um pai inconstante, e desde então, nos tornamos o porto-seguro uma da outra.

ATUALMENTE 

Eu sabia que apesar de sentir-se sozinha quando os pais viajavam à trabalho - eles trabalhavam com relações internacionais - era ainda pior para Audrey quando Arthur voltava. Ele era um homem extremamente machista, vivia criticando-a e a desmerecendo, mas pelo menos havia parado de agredir fisicamente sua mãe (até onde nós sabíamos). 

Bati na porta e sorri ao ver Lena abrí-la. Audrey era idêntica à sua mãe, que era carinhosa e solícita sempre que me via. 

  — Grace, que saudades! - ela disse, me abraçando. — Entre, por favor.

Entrei na casa e logo notei que eu não deveria estar ali. Eu não conversava com Cody desde o episódio no baile, e Audrey discutia fervorosamente com o pai na cozinha. Me aproximei, tentando dispersar a discussão - mas quando me viu, ele parecia ainda mais disposto a brigar.

— Você é uma inútil! Como se já não bastasse cursar uma porcaria de faculdade como artes plásticas, vai trabalhar numa loja de móveis? - ele gritava, e Audrey permanecia com a cabeça erguida.

— Não é loja de móveis, é uma empresa de design de produtos! E é um ESTÁGIO, só até eu formar e ter meu próprio estúdio! - ela também aumentara a voz.

— Que se dane, é um lixo do mesmo jeito! Cody fez certo, faz um curso digno dessa família, direito! Agora você é uma vergonha, não serve pra nada! - ele vociferou.

Ouvir um homem tão sem escrúpulos dizer coisas tão esdrúxulas para a minha amiga na minha frente me fez crescer um ódio tão profundo que eu não pude mais me segurar.

— CALA A SUA BOCA! Seu imundo! Agradeça a Deus por ter uma filha incrível como ela, que por sorte não nasceu com o seu mau caráter e falta de respeito e amor ao próximo! - eu gritei. Eu sabia que eu estava errada: estava gritando na casa dele. Mas eu estava tão nervosa que não conseguia segurar.

— Quem você pensa que é? Sai da minha casa agora! - ele gritou, e eu apenas dei as costas e saí andando. — E não volte NUNCA MAIS!

Abri a porta e fechei-a atrás de mim, até ouvir ela abrindo-se novamente. Olhei para trás e vi Audrey parada, chorando compulsivamente. 

  — Ei! Vem aqui - eu corri até ela e a abracei. Ela pareceu chorar ainda mais. — Vamos sair daqui. - eu disse, levando-a para minha casa. 

Chegamos até lá e subimos para o quarto. Ela deitou-se em minha cama e eu rapidamente digitei uma mensagem no celular, e voltei minha atenção à ela.

Ouvi tudo o que ela precisava dizer: a frustração de ser uma artista numa família de negócios, a ausência dos pais e a falta de respeito pelo qual o patriarca a tratava. Ouvi tudo atentamente, até que a campainha tocou.

— Só um minuto, meus avós estão deitados, vou lá ver quem é. - eu disse, e desci as escadas correndo. 

Ethan e Nick estavam parados na soleira com chocolates, chips e refrigerante. Subimos lentamente e quando abrimos a porta, gritamos o mais alto que conseguimos:

— Surpresa! - Audrey pulou e rapidamente tentou limpar as lágrimas do rosto. 

—  O que é isso? - ela perguntou, mostrando o quão confusa estava.

— Solicitei reforço para animá-la, senhorita - eu disse, rindo.

— E o reforço trouxe muita comida e piadas sem graça! - Nick disse, rindo. 

Ethan ficou em minha cama junto à Audrey, e eu e Nick deitamos no tapete enquanto assistíamos a um filme clichê de romance.

  — É sério, cada dia mais me surpreendo com o quanto você é incrível - Nick sussurrou, e eu apenas sorri. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro