Chapter Thirteen
Oi, Oi
Boa Leitura Sweets ♥
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15 de Abril de 2019
1:00 P.M
Sala de estar/ Casa da Jade e Perrie
*Louis*
No “seu quarto”, Louis ouve sua irmã falando com o tal Harry sobre a sua decisão, ele a teve assim que passou um tempo pensando. Tudo estava tão confuso, ainda que lhe dissessem, ele não conseguia acreditar que sofrera um acidente grave e que motivado por esse acontecimento, Louis perdeu dois anos da sua vida. Porque, caramba, são dois anos, não uma semana, alguns dias, foram dois anos. Ele sente pavor porque somente tem lembranças tristes e que nelas ele havia prometido para sua mãe que iria tentar enxergar a vida com outros olhos. Não deixaria a tristeza do passado, que Mark o fez machucar o que havia de bonito, em um pontinho fracionado dentro dele.
Mas depois ficou perdido.
Disseram que Mark fora preso, assim que Daniel — pai de Dóris e Ernest — mostrou as provas que incriminam Mark, assim como sua mãe havia preparado tudo com o companheiro, antes da sua morte. Até ai, Louis se viu calmo, algumas imagens lhe viam a mente, lágrimas, ele abraçando seu padrasto, lágrimas rolando pelos seus olhos. Todos juntos.
Contudo, esse “todos”, não via esse Harry que diziam ser, seu marido. Nem mesmo a criança que chamavam de Nathan, seu filho. Era como um borrão, que não dava para ser visto, um apagão de uma cidade, cuja impossibilita de ver o que lhe toma o belo. Ele se sentia tão inútil, uma pessoa fria por perder isso, Louis queria a separação, porque sentiu que esse acidente lhe tirou uma vida, que ele não sabia como recomeçar.
Como seria se olhasse para a criança?
Porque ela sabe quem ele é, mas ele não sabe quem ela é. Ao menos agora, perdeu tudo, aquilo machuc tanto. Talvez fosse errado, pedir esse divórcio, precipitado da sua parte....
Mas ele estava com medo, por não ter a sensação boa perto de Harry, não sabia porque sentia aquilo pelo mesmo, apenas não tinha como fugir desde sentimento ruim. É difícil demais para ser explicado.
— Tá, Harry, não se preocupe. — Depois da segunda ligação, Perrie encerra a chamada, enquanto Louis permanece encolhido com as pernas dobradas no sofá.
Ela parecia tensa, sua testa com as rugas esboças assim que ela franze o cenho, em seguida, as grandes bolotas azuis fitaram Louis.
— Então... Louis, não adianta, como eu disse... — ela guardou o celular no bolso — Harry não vai te dar o divórcio, ele te ama.
— Mas eu não... — disse ele, um pouco mais confuso.
— Está errado, você o ama, apenas essa falta de memória, fez com que você esquecesse desse sentimento. Acredite em mim, você ama tanto Harry do que ele o ama. — Perrie garantiu, sentando de frente para seu irmão.
Ficou um silêncio desconfortável, Louis puxou as mangas da blusa que estava usando, por mais que aquilo fosse verdade, ele no momento tinha insegurança ao estar perto do Harry. Não era sua intenção, mas algo dentro dele era quem estava fazendo isso, com sua mente e essa bagunça com seus verdadeiros sentimentos.
— Louis, veja! — A irmã puxa o porta-retratos digital, aonde todos estavam juntos da sua família, uma foto do natal que passaram juntos, Louis vagou o olhar pela imagem não sentindo uma pontada de reconhecimento nela, parando assim aonde Harry estava o abraçando por trás, enquanto ele segurava um bebê no colo. Um bebê muito bonito, pelo qual Louis sentiu que na foto, o modo como ele estava olhando para a criança, era de muito amor e apego.
Devastado internamente, ele se sentiu muito mal, por ter esquecido desses momentos, tudo que ele não queria era fazer alguém sofrer. Era por esse motivo que ele decidiu também, o divórcio, porque as coisas não seriam as mesmas, não como o Harry pensava, ele todos os dias teria de olhar para a família que construiu e ficar curioso, devido ao que se passou antes, Harry olharia para ele e sentiria um vazio, ao saber que Louis já não era aquele Louis, que disseram que ele foi, antes de toda a tragédia acontecer.
Um sentimento de apreensão, insegurança, medo, raiva, insatisfação consigo mesmo e escuridão, o dominou.
Embora soubesse que da mesma forma que queria evitar o sofrimento, ele estava fazendo um.
Louis não sabia explicar, ele era aquele que estava mais confuso. Então, talvez não houvesse motivo para ele querer divórcio, porque sinceramente não tinha. E ele estava procurando um motivo para ter, assim como ele estava evitando o fato de ir começar tudo de novo com seu... marido?!
Estranho pensar que estava casado, estranho olhar para seu dedo e ver a aliança dourada no seu anelar, mais estranho ainda é olhar para ela, não sentir nada e saber que um dia, ele sentiu mesmo a força do amor.
Quem sabe fora isso, o medo de amar, o fato de ele está com os pensamentos de 2017 em sua mente, sem convicção, mas com ela. Louis, querendo ou não, tinha voltado a ser aquele garoto da faculdade que tinha medo de tudo, que era atormentado pelas cenas de abusos e a morte da sua melhor amiga, pelo seu padrasto.
Louis estava com medo também, de nunca mais recuperar a memória que perdeu. Sentindo medo de nunca querer recomeçar.
Mas ninguém iria entender....
As lágrimas escorreram pelo seu rosto, quando ele percebeu o vazio retornando com mais intensidade, Perrie de certa forma estava o torturando.
— Amor, não tente forçar, sabe... as coisas devem ser bem complicadas na mente do Louis. Não devemos força-lo a tentar lembrar de alguma coisa que não vem, ainda na sua mente. — Jade toca no ombro da loira, que apertava o porta-retratos na mão.
— Eu quero que ele entenda, Jade... — Pausou intercalando o olhar entre os dois, fixando em Louis, novamente — Quero que entenda, que as coisas não precisam ser difíceis, se quer mesmo suas memórias de volta, o único que pode ajudá-lo com isso é seu marido, juramentr com o seu filho, nós aqui, somos apenas bônus que completam a parte inteira dessa história, que somente aqueles dois tem para lhe entregar.
Louis arruma uma posição no sofá, sentindo um incômodo nas costas quando fez isso, logo ele volta a mudar.
— Será melhor que eu faça isso, no momento eu quero evitar algumas coisas. E Harry consegue...
Perrie bateu os pés com força no chão.
— PARA LOUIS, PARA COM ISSO! VOCÊ TEM UM FILHO, DOENTE, QUE PRECISA DOS DOIS PAIS DELE, NÃO DE UM! — gritou quase sacudindo Louis.
Ele arregala os olhos, nunca viu a mesma agir assim com ele. No fundo, pelo fato dele não gostar de gritos, se enfureceu, batendo as mãos no sofá e levantando.
— Mas do que adianta, se um dos pais dele não lembra de nada? Para que eu vou servir? Como posso ser pai, se não como é ser um? — As lágrimas desceram em excesso.
— E o que a merda, de um divórcio vai mudar na sua vida e na da sua família? Você realmente pensou neles dois?
Agora se tratava de uma troca de farpas entre ambos, a primeira briga séria que estavam tendo.
— Eu não sei, tá legal? Eu não sei... — Louis puxou todo o ar que pode — Eu perdi dois anos da minha vida, por mais que as coisas sejam fáceis para você, não é para mim. Estou frustrado, tenho medo.... E quero chorar, todas as vezes que me contam sobre a minha vida e me odiando por ter perdido momentos importantes da minha vida, de ter medo do meu marido e por estar evitando tudo, para que eu não me machuque mais. Isso, você nunca vai entender.... — Ele mordeu os lábios com força — Porque você nunca perdeu a memória!
Não era somente, Louis, que chorava agora, mas as duas mulheres na sua frente.
— Droga Perrie, droga! — Ele colocou as mãos nos fios de cabelo, tendo a intenção de arranca-los.
Jade estava com os lábios tremendo, se aproximando dos dois e abrindo os braços, aonde ambos se juntaram, para um abraço, Perrie sussurrando “Desculpa” à todo tempo. Até que seus corpos caíram no tapete felpudo da sala, por lá ficaram, naquela posição até que toda as lágrimas cessassem.
(...)
Depois de todo o ocorrido, eles estavam os três deitados no extenso sofá da casa, assistindo um filme bobo que passava na tevê. Não ouve troca de palavras, apenas olhos atentos as imagens, por onde acontecia uma cena tensa entre os atores.
Louis estava com a mente do outro lado, quando seus olhos encaravam a aliança, que ele não conseguia tirar do dedo. Ele estava pensando, em muita coisa ao mesmo tempo, que sua cabeça começara a latejar de dor, o que o doutor disse que ia ser comum porque Louis ainda tinha sequelas do acidente.
Por que aquilo viera acontecer com ele? Por que aquele maldito carro bateu, no seu?
Era tão injusto tirarem sua vida, literalmente, mais ainda o fato dele temer a ela depois de tudo. Talvez Louis fosse uma pessoa malvada ao deixar duas pessoas sofrendo, do outro lado da cidade.
A cena do hospital, aonde as últimas palavras que ouviu do Harry foram: “Estou indo. Espero que fique bem Louis, eu amo você”. Ele pode sentir o impacto delas naquele instante, porque além da dor, que saíram dos lábios do Harry, ele viu que em seus olhos, ela estava explícita.
Latejando com mais intensidade, sua cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, Louis levanta do seu lugar, avisando que iria na cozinha, massageando as têmporas, ele olhou para o pote com seus remédios, puxando a cápsula e virando para encher o copo de água. Deixou que estivesse até a tampa, para poder engolir a pílula.
Assim que saiu do hospital, recebeu informações de como seria sua vida a partir do momento em que ele colocasse os pés para fora de lá, Louis teria de ir a psicóloga, para ver como estava sua mente — trabalhar os traumas do acidente, assim como ver como as memórias evoluíram —, iria para as consultas com o doutor, sempre que fosse sair da psiquiatria, tiraria alguns raios-x para saber como estava a inflamação na sua cabeça, ele teria de tomar cuidado para não cair, “Uma pancada novamente, pode causar sérios problemas e piorar a volta da sua memória, podendo também, se esquecer de mais coisas”, falou o doutor, Tracey. Louis ia evitar ao máximo, para que isso não aconteça, já estava sofrendo com o acontecido, imagina se algo pior acontecesse....
A psicóloga, ele já tinha e ela não iria cobrar nada, afinal era sua amiga, Demi, ele sabia que ela era quem trabalhava na universidade em que estudou, mas não se lembrava deles serem amigos.... O que não o surpreendeu, já que ele, realmente as perdeu na escuridão.
Enfim, todas as sextas ele estaria ocupado, indo ao hospital, talvez fosse ela, seu pior dia, sentia-se cansado, apenas ao pensar nas sessões terapia e outras coisas que iria fazer.
Arrastando os pés, de volta para a sala, Louis sentou-se no seu lugar. Mostrando-se inquieto com tudo, atraindo a atenção de Perrie.
— O que houve? — Ela pergunta preocupada.
Louis se aprumou, juntando os dedos e mordendo os lábios. Sentia-se tão perdido como se estivesse em um labirinto sem saída.
— Me falem mais sobre o Harry e Nathan.
Suas palavras fizeram com que as suas namoradas, se encarassem desdenhosas.
— Tem certeza? — Jade indaga, desligando a tevê.
— Eu....tenho.
— O que você quer saber, exatamente? — Perrie faz um coque no seus cabelos, prendendo-os com firmeza.
— Sobre nós três, nossa vida durante esses dois anos.
— Ok, mas caso seja muita informação para você, peça, que paramos de falar.
— Tudo bem.
Jade sorrir, olhando para Perrie.
A sua irmã, explicou desde a primeira vez que Louis e Harry se conheceram:
“[...] Até o momento que sente uma trombada forte que fez cambalear para trás e puxar a pessoa para perto de si. Desnorteado Harry encara o individuo de olhos azuis, cabelos castanhos jogados para o lado.
— Oops! – Disse o desconhecido sorrindo para ele.
— Olá! – Harry disse de supetão.
Ambos ficaram se encarando um tanto perdidos no olhar um do outro, hipnotizados pela beleza que ambos emergiam, estavam sendo envolvidos por uma energia boa e viciosa mas Harru logo a cortou quando teve aquela sensação esquisita, da qual, sentiu quando estava prestes a voltar para Inglaterra.
— Você está bem? – Falou ao se afastar do mesmo.
— Sim. – Balançou a cabeça.
— Por que corria tanto?
— Acho que você pode ficar por fora disso!
— V-Você não estava fugindo de alguém, está? – Harry cruzou os braços.
O garoto apenas rir.
— É o que você acha?
— Bem, talvez! – Harry o encarou seriamente. — Mas se você me explicar o motivo da sua euforia.
— Sabe, vocês adultos desconfiam demais e não conseguem ver o que tem mais de bonito em tudo! – Indagou — Parece que esquecem que já foram como nós.
— Pera aí, o quê? – Harry perguntou sem entender nada.
O garoto revirou os olhos e se aproximou do Harry, selando seus lábios rapidamente e depois saiu correndo novamente.
— Ei! – Ele tenta alcançar o garoto mas foi mais rápido e logo sumiu do seu ponto de vista. [...]”
Louis não acreditava muito nas suas atitudes, mas se surpreendeu com a audácia que tinha, ao ter feito aquele ato, Perri contou sobre a primeira aula, todos os detalhes envolvendo o ano de 2017. Ouvido atentamente a tudo, Louis chegou a fechar os olhos, para tentar puxar algo da sua mente, mas nada vinha, aquilo o desanimava tanto. Ainda mais quando Perrie, lhe contou aos detalhes sobre o beijo que ele deu em Harry e que contou para a mesma, depois dela fazer sua insistência.
“[...]
De longe avistou o porche preto do Harry como também o mesmo encostado no capô, olhando impaciente para seu relógio de pulso.
Sorrir aliviado percebendo que o Harry não foi embora por causa da sua demora.
— Ei! – Louis acenou para o maior – Desculpa pela demora! – Disse parando de frente para o Harry.
Ele cruza os braços sorrindo.
— Tudo bem. Eu acabei de chegar!
— Que bom.
— Fico muito feliz que tenha aceitado o meu convite!
— Depois que abri aquele presente e ler aquela carta simbólica. Não poderia negar a ir a um passeio misterioso com você. – Brincou com as sobrancelhas fazendo o Harry gargalhar.
— Confesso que fiquei com medo de levar aquele pombo para você. – Comentou coçando a nuca – Na verdade eu ia comprar um colar ou uma roupa.
Louis balançou a cabeça em negação.
— Não me apego muito nessas coisas pois elas não duram. – Argumentou – O pombo vale mais! – Piscou.
— Então ainda bem que eu o escolhi. – Harry morde os lábios.
Ambos ficaram se encarando, até o momento em que ouviram um ruído bem próximo deles seguidos de passos.
— Harry vem cá! – Louis o puxou pela mão e encostou-se na árvore.
— O que está fazendo? – Harry sussurrou.
— Envolva a mão na minha cintura e abaixe a cabeça como se estivesse me beijando.
— Como? – Harry indagou.
Louis bufou e colocou as mãos dele na sua cintura em seguida envolveu-as na nuca de Harry puxando-o para perto de si. As vozes foram se aproximando, ambos se encararam no mesmo instante e se perderam no olhar um do outro como da outra vez. Harry apertou-o contra a árvore deixando Louis sem ar.
O jovem começou a sentir seu coração pulsar descompensado, não queria que aquele ato tivesse um significado maior para ele até porque no passado sua relação amorosa com um outro amor não o deixará boas lembranças. Embora o Harry não demonstrasse interesse nele, o que era bom por um lado.
— Vamos voltar para a feeestaa! – A voz embargada de uma garota eclodiu próxima deles.
Harry apertou um pouco mais.
— Eita amiga já tem gente se pegando aquiiii.
— Não tooo vendo nadaaa.
— Pois é, nem os estalos de beijo eu estou ouvindo!
Louis observou Harry que parecia assustado.
— Desculpa! – Sibilou o pequeno.
Em seguida Louis se inclinou na ponta dos pés e selou seus lábios, para a sua surpresa, Harry não se moveu, contudo ele sabia que um selinho não afastaria aquelas duas garotas, então ele abriu a boca e sua lingua pede passagem para se envolver com a de Harry que concedeu no mesmo instante.
Se viram em sincronia um com o outro, esqueceram que ali estavam um professor e um aluno, que existia um limite para eles. Saboreando os lábios doces e macios de Harry fez com que Louis o puxasse para mais perto afim de se esconder da vista daquelas garotas.
As mãos de Harry massageavam sua cintura e mostrava a proteção que ele sempre quis um dia.
— Agora siiim! – Gritou uma delas.
— Araaasaaa casal! – A outra gargalhou.
Em seguida saíram.
Mas Harry e Louis continuaram a se beijar, hipnotizados por um sentimento novo e que mesmo que escondessem e negassem de si mesmos, estava guardado ali, esperando por uma oportunidade para sair.
Ficaram sem ar e com isso foram se afastando calmamente. Louis permaneceu com os olhos fechados – Não que ele estivesse com medo de encarar o Harry, talvez estivesse um pouco – Ficou absorvendo aquela sensação boa que o consumiu. No entanto, ele teria de dizer alguma coisa ao Harry que provavelmente estava perdido.
De vagar ele abriu os olhos e fitou os do mais velho. [...]”
— Pare! — Pediu Louis, erguendo a mão, ele tremia mas porque estava com o peito doendo, porque o amor esse comecinho de amor, é lindo, Louis acabou deserdado pelas suas memórias que já não existiam.
— Tudo bem? — Jade indaga, preocupada.
— Não. — Balançou a cabeça — Não acredito, que perdi tudo isso e olha que nem me contaram a missa metade. — Louis morde os lábios.
— Mas você pode voltar a lembrar, isso vem com o tempo... — Perrie tenta confortá-lo.
— E se não vier? O que será da minha vida? O que será da vida do Harry e Nathan?
— Se elas não voltarem, memórias novas podem ser feitas! Acredite, Harry não vai se importar em te fazer ama-lo novamente, assim como vai te ajudar com isso. Vocês são um, nada pode acabar com isso.
Louis segurou as lágrimas que estavam ameaçando descer.
— E se não for assim?
— É assim. Louis, permita que Harry mostre isso a você. — Jade interpôs — Você vai ver, como será, se tentar. Mas caso, escolha ficar e deixar as coisas como estão, aí sim, garanto a você, nada irá mudar e nenhum estágio de avanço pode acontecer.
— Talvez, na sua casa, com a sua família, você possa sentir algo novo, as coisas possam vir aos poucos. Não é isso que você quer? — Perrie aperta sua mão.
Por um momento, ele ficou encarando as duas lindas mulheres na sua frente, ele estava dialogando consigo o mesmo e decidiu que precisava andar, para pensar com calma e dirigir o resto que estava entalado na sua garganta.
— Vou andar um pouco, pelo parque, se importam?
— Está em condições? — preocupada, Perrie arqueou a sobrancelha.
— Estou. Por favor... Preciso disso!
Mesmo que estivessem com os rostos tensionados, elas assentiram.
— Não vai muito pra longe, por favor! — Perrie o abraçou, com força.
— Leve e o celular, nos ligue qualquer coisa. Caso se perca....
— Ei, perdi a memória mas sei andar na minha cidade. — Louis solta uma risadinha, quando se desvencilha de Perrie.
Ganhando um tapa, no braço.
— Ou! — ele massageou. — Acabou de bater em um doente....
— Você perdeu a memória, está inteiro, de certa forma aqui, então, de faz piada, pode receber um tapa.
Louis rolou os olhos.
(...)
2:50 P.M.
O som das folhas batendo uma nas outras a medida que os galhos balançavam, quando o vento soprava entre elas. A franja de Louis caiu no seu rosto, causando a irritação no começo, quase meio, de tarde. Com o polegar e ajuda do indicador, ele a coloca no lugar baixando a cabeça. Seus pés estavam escolhendo o caminho que ele percorria, não havia muitas pessoas ali, era um dia frio em Doncaster e a maioria das pessoas, escolhiam ficar em casa, ao invés de passarem frio.
Contudo, Louis era o diferente, porém tinha seu motivo.
Pensamentos remotos e outros não, passavam na sua cabeça, ele estava refletindo sobre a proposta da sua irmã e cunhada. Ele sabia que elas tinham um sábio e lúcido conselho, e que ele deveria sim, acreditar.
Louis se sentia um estranho, perto de Harry, depois do que aconteceu, até mesmo vergonha por ter pedido divórcio. Provavelmente o seu.... Harry. Devia ter ficado muito bravo, com Louis. E será que ele iria querer vê-lo?
Provavelmente, não.
Não que Louis.... Bem, talvez um pouco arrependido por ter pedido para que Harry assinasse os papéis, nem prontos ainda. E nem ficariam, até que algo viesse a ser contraditório.
A vergonha de Louis era grande, ele nem imaginava como encarar Harry, mas ao mesmo tão perdido em outro mundo, aonde tudo não passa de bagunça.
Olhando para o lado, sendo atraído pelo som agudo dos gritos das crianças no playground, Louis pensou: como será seu filho? Será que ele era muito grande ou pequeno como na foto que viu? Ele era mais apegado ao Harry ou a ele? Sabia o pequeno andar? Ou engatinhar?
Um suspiro pesado sai dos seus lábios, quando seus olhos baixam para os pés, estava vazio.
— Louis?! — Ouviu uma voz masculina o chamar.
Assustado e perdido, ele se vira procurando pelo dono da voz, quando um homem, que aparentava ter por lá, vinte e nove à trinta e um anos, vindo, cabelos negros no topete casual e comportado, embora molhados pelo suor, olhos meio azuis com cinza, lábios retos e rosados, que estavam sendo puxados de orelha a orelha, o ser de corpo forte, quase igual a de Harry, mas sem tatuagens, com roupa esportiva, suada, aparentava que ele correu por muito tempo. Uma das coisas que Louis, era preguiçoso para fazer, sendo assim que tinha motivos para alguns pneuzinhos aparecerem.
Sem saber o que fazer, ele fica parado, até o cara bonito estar parado na sua frente, cheirando a desodorante masculino. Ele tenta adivinhar quem era aquele ser na sua frente, mas sua mente não mostrava-se familiar, com mesmo.
— Ei, não está me reconhecendo, sou eu Christian! — O nome despertou uma coisa familiar que Louis procurava, respirando ofegante, o tal Christian respira ofegante — Deve ser porque eu não estou com as roupas do hospital, nem muito bem vestido — rir — Mas acho que dar para saber que sou o pediatra do Nathan, lembra?
Lembrar.....
Esse vem sendo o problema que Louis estava lidando, pensou.
Colocando a mão na cintura, Louis puxa os lábios para um sorriso envergonhado.
— Desculpe, não sei se está sabendo, mas eu sofri um acidente. Então... Perdi a memória.
— Oh! — Christian era, quem ficou sem graça.
Um silêncio constrangedor, ficou entre eles.
— Sinto muito, pelo que aconteceu! Faz muito tempo que saiu do hospital?
— Án... Uma semana.
— Como se sente?
— Confuso, acabei de perder dois anos da minha vida, em um acidente. — Louis rir nervosamente, em seguida, vai se entristecendo.
— Queria ter ajudado você e Harry, mas acabei de entrar de férias. — coçou a nuca — Mas acredito que seu marido, esteja trabalhando isso com você. Não é?
— Bem, digamos que não lembro nada sobre Harry ou Nathan. Eu ainda, não os vi, desde que acordei e surtei, quando olhei para o Harry e o vi como desconhecido.
Christian faz um “O” com a boca.
— Oh merda, isso é bem pior do que imaginava. Caramba!
— Pois é! — Louis mordeu os lábios.
Ele estava sem graça, por estar conversando tão abertamente, com esse tal de Christian, mesmo que o outro o conhecesse, ele não. O médico, passou os dedos na testa molhada, olhando fixamente para o Louis, deixando-o desconfortável até demais.
— Está morando com quem? Se me permite perguntar.
— Minha irmã, Perrie e a namorada dela, no apartamento.
Christian foi se aproximando, Louis pensou em recuar alguns passos, mas o corpo travou naquele instante.
— Quer falar sobre isso? Essa situação?
Os pares acinzentados o fitou. Falar com alguém sobre seus problemas? Ainda mais aquele que o aflige?
Não.
Louis era muito discreto a isso, ainda mais porque não conhecia mais Christian, poderia até conhecer antes. Mas escolheu o privar.
— Está tudo bem, na medida que tem que ser. Estou apenas, triste por perder bastante tempo e ter que esperar, que ele volte quando minha consciência colaborar. Por isso estou aqui, caminhando para pensar sobre essa bomba que caiu e devastou minha vida.
Ele pode ter falado mais do que o esperado... Tarde demais para recuperar.
— E eu, estraguei esse momento. — Constatou Christian, balançando a cabeça — Desculpe por isso.
— Tudo bem, você não sabia.
— Tem alguma coisa, que eu possa estar fazendo por você? Ir embora se quiser.
Louis ficou em silêncio, pensando em algo, que não pensaria em fazer aquele dia, depois de tanto tempo.
— Na verdade, sim.
— O quê?
— Você sabe aonde fica a minha casa?
(...)
Era estranho, estar dentro de um carro, com um estranho mesmo ele não sendo. Pior, que esse cara sabia aonde ele mora. Mas, Christian explicou que estava morando a duas quadras de onde Louis e Harry moravam, e que uma vez esbarrou com Harry, em uma corrida, aonde ambos conversaram até estarem em frente a casa. Tanto que, acabou que ele entrou para tomar um copo d’água.
Louis não sabia....
Tanto que pensou que era um louco, por estar ali. Christian parecia ser alguém que não faz maldade com alguém que acabara de perder a memória, não é?
A medida que faziam o percurso pelas casas grandes e bem sofisticadas, Louis começou a suar frio. Todavia, isso foi mudando, quando o carro parou de frente para uma casa de andar grande, aonde um carro estava parado, um jardim encantador deixava aquela cor branca da casa, mais viva. Era quase cinco da tarde, Louis sentiu os músculos do corpo tremerem.
Então, aquela era sua casa.
Muito bonita, parecida com uma mansão.
— Entregue! — Christian sorri.
Louis respira ofegante e retribui.
— Obrigado...
— Quer que eu entre com você? Parece tenso...
— Não! — Responde rápido demais — Acredito, que tenho que fazer isso sozinho, sabe? Além do mais, Harry é o meu marido, não tenho que temer ele.
Louis queria mesmo que aquilo que estava dizendo, fosse mesmo real para o estado. Voltou olhar para a janela, cuja a cortina estava balançando, para frente e para trás.
— Tudo bem. Então, boa sorte!
— Obrigado, novamente!
— Aqui, está meu número, caso precise de alguma coisa. — o mesmo, puxa da carteira um cartão branco, com números e o nome do mesmo, escrito em dourado.
Louis pegou o cartão, sorrindo agradecido.
Ele saiu do carro, fechando a porta, assim como acenando a partir do momento em que Christian, se vai.
Foi quando o desespero junto com o arrependimento, o dominou, talvez fosse precipitado ir até lá, céus, ele tremia enquanto encarava a grande cassa na sua frente. Não entendia o porquê daquilo, era só tocar a campainha e entrar. Falar com Harry e pronto.
Difícil era ele acreditar naquilo.
Aspirou todo o ar que pode, estava agindo como um idiota medroso.
Suas pernas criaram um impulso, para que ele se movesse para frente, andando pelo jardim, nas pedras abaixo dos seus pés. Tudo ali, nada familiar, como esperava. Subiu dois degraus, quando sentiu o suor escorrendo pelas costas, quando encarou a porta de madeira envernizada, acima dela o pontinho de ferro, que ele deduziu como a campainha.
Com o coração quase saindo pela boca, Louis engoliu em seco, quando tocou no botão e um som suave ecoou pela casa. Nada por enquanto. Contou até três, quando ouviu passos se aproximando, a vontade de sair correndo foi grande, ele estava quase fazendo isso, afinal seus pés, deram dois passos para trás, do lugar em que ele estava antes.
Mesmo que ele tentasse, mesmo que fizesse aquilo, naquele momento. Era tarde, a porta fora aberta, diante dele estava Harry, o encarando com os olhos arregalados e a boca entreaberta. Louis paralisou e ficou também o encarando.
— Lou! — disse o outro, foi quando Louis viu que realmente fez o que ele não imaginava fazer antes.
Notas Finais
Lou indo ver o Harry, ninguém esperava por isso, não é?!
Estou escrevendo uma história nova, uma adaptação pra Larry, O garoto de Papel:
Se vocês gostarem, entrem no meu perfil e cliquem nessa história, conto com a ajuda de vocês ♥
Até mais ♥♥
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