Chapter Ten
Só não queiram me matar 😶
Boa Leitura!!
xxX
Naquele mesmo dia ....
4:57 p.m.
*Harry*
Ele tinha que se controlar, ter ciúmes descontrolado só causaria mais brigas. Harry sabia disso, lembrou da conversa com Louis, mas o simples fato de olhar para o marido, conversando tão perto de outro, deixava Harry desconcerto, a cabeça dele começa a pilhar coisas que não tinham sentido.
Por um momento, ele resolveu se controlar, embora o homem dentro de si, estivesse gritando para que Harry agisse.
Ele não sabia, se iria até aonde Louis estava ou simplesmente, ficava parado feito um idiota, como estava naquele momento.
Era complicado.
— Hazza! — Camila se aproxima do mesmo, sorrindo e radiante no seu vestido florido. — Tudo bem?
Eles se abraçam.
— Estou bem. — Ele sorri.
Camila olha para Louis, em seguida para Harry com a sobrancelha arqueada.
— Não vai falar com o Lou?
— Quero ver o Nathan, pode me levar até a sala dele?
— Aconteceu alguma coisa, Harry?
— Está tudo bem. Juro. — Harry balança a cabeça.
No fundo, ele estava mesmo bem, estava apenas evitando fazer alguma besteira por causa desse ciúme idiota que ele estava tendo do seu marido e o médico do seu filho.
— Okay. Vem que eu te levo!
— Obrigada.
Ambos seguem o corredor, que tinha algumas pessoas conversando, ou apenas entediadas para irem embora. Não demora muito, para eles verem a porta verde com ursos colados, aonde por trás dela estava Nathan e outras crianças da sua idade.
O pequeno brincava com alguns blocos de montar, estava bem entretido e feliz, Harry queria tanto ver aquela cena, mas por causa do seu trabalho, a chance foi diminuindo. Porém, naquele momento, ele podia desfrutar desse prazer.
— Senhorita Mortez, o pai do Nath veio pegá-lo! — Camila fala, após dois toques na porta.
A senhora, não tão velha, mas de idade, sorriu, caminhando até Nathan, cujo o olhar foi direto para Harry, ele começou a se agitar no colo da professora, que sorriu ao entregar o pequeno para Harry.
— Oi rapazinho! — Ele fala, enterrando seu rosto no pescoço do filho — Ele foi um bom menino hoje?
— Ele sempre é! — Mortez sorriu docemente.
Harry sentiu um orgulho, ao ouvir isso, mas ele já sabia — Não era somente, porque ele era, o pai — mas Nathan não dava trabalho, era um bebê muito bom. Até mesmo encantador.
Em seguida, ambos — Harry e Camila — voltam a caminhar.
— Não vai dizer, por que não foi falar com Louis, assim que chegou? — Ela arrumar a franja atrás da orelha.
— Eu só...olha, tá tudo bem. Apenas estava muito louco, para ir buscar Nathan, já que não tenho muitas oportunidades, pois tenho um emprego que não me permite fazer isso. — Explicou — Eu já vou falar com Louis, apenas vou ficar um pouco no playground com Nath, okay?
Camila fica em silêncio, ele sabia que ela tinha ideia que aquela resposta não era tão convincente. Harry não sabia mentir, nunca soube, agora não seria diferente.
— Como quiser.... — A morena da um passo para trás — Tenho que ver meus alunos agora, até mais.
— Até!
Harry agradeceu, por Camila não ser como o Niall ou o Liam, porque eles não são um tipo de pessoas que desistem fácil de uma conversa.
(...)
Harry estava sentado na areia, rindo do modo como Nathan se revoltava com a com ela, cuja não ficava na sua mão, quando ele a pegava. Não havia muitas crianças ali, na verdade quase ninguém, a escola estava ficando vazia, mas Harry estava tão admirado por ver seu filho se divertindo que nem se preocupava em ser minoria.
Suas coisas estavam ao seu lado, até mesmo seus sapatos, a barra da calça dobrada até certa parte da sua cabela,p impedia que ela se enchesse de areia.
Com a câmera em mãos, ele tirava algumas fotografias do seu filho, que com certeza seriam reveladas e postas ou no álbum, ou em um porta retrato da sua casa. Nathan começou a brincar, de fazer barulhos com a boca, enquanto suas mãozinhas apertavam a perna de Harry, sujando com areia do playground.
— Você acha que eu estou sendo muito... dramático, ou idiota? — Harry pergunta para o bebê — Sabe, com toda essa situação, de não ir ter falado com o Lou, devido a esse ciúme. — Gesticula com a mão — Mas eu não quero brigar, por besteira minha, por isso que eu vim aqui ficar com você, sozinho por alguns minutos, a gente até que está tendo um diálogo legal. — Nathan tomba a cabeça para o lado, soltando um “Da, da, da”, como resposta para o Harry — Eu amo seu pai, as vezes eu tenho medo de fazer mer... — Ele para — Desculpe, eu ia xingar, mas acho que Louis não gostaria de saber, que você pode começar a falar, um palavrão. Mas continuando, para não fazer besteira. Ele é precioso demais e único para qualquer atitude imatura de um homem de trinta e dois anos.
O vento sopra forte, causando um redemoinho bem perto deles, Harry tapa Nathan para que a areia não entrasse no seus olhinhos azuis.
— Péssimo momento para isso acontecer. — Ele fala, vendo seu filho rir, gostando de estar sendo coberto, instantes depois, tudo volta ao normal. — Bem, então um papo de pai para filho, o que você acha? Em relação a minha atitude.
Nathan aperta bem a perna de Harry, levantando com cuidado, até estar de pé abraçando o mesmo.
— Louis perdeu isso, céus, você consegue ficar de pé, sozinho. — Harry retribui o abraço do filho, em seguida, lhe dá um beijo na testa. — Mas acho que entendi o seu conselho. Vamos logo, ver seu pai.
Harry pega o filho no colo, batendo as mãos na calças para tirar toda a areia de si, em seguida, coloca seus sapatos e pega suas coisas. Voltando a caminhar para dentro da escola, na entrada ele já avista Louis arrumando suas coisas, ele parecia nervoso.
— Tudo bem, amor? — Harry pergunta.
Louis da um pulo assustado, derrubando alguns papéis, em seguida ele encara o de olhos verdes.
— Você quer mesmo me matar, não quer? — Indaga o menor, colocando a mão no peito. — Céus, Harry, tenha mais misericórdia de mim e do meu coração. — O mesmo fala, arrancando uma risada baixa do Styles.
— Desculpe.
— Tudo bem. Afinal, eu estava mais distraído do que o normal. — Louis termina de juntar suas coisas — Soube pela Camila que você chegou faz tempo. Por que não foi falar comigo? Está tudo bem? — Ele arruma sua franja, daquele jeito fofo que Harry tanto admirava.
— Não, eu queria “buscar”, Nath, vi que você estava ocupado e não quis incomodar. — Explicou.
— Somente, isso?
Harry mordeu os lábios, talvez fosse melhor dizer para Louis o que se passava. Mas não ali, melhor em casa.
— Em casa, conversamos.
— Eu fiz alguma coisa que te deixou chateado?
Eles começam a caminhar em direção a saída.
— Não, Lou, é uma bobagem. Vamos falar disso depois, okay? — Harry arruma uma posição confortável para Nathan, que estava fazendo biquinho, como se fosse chorar. Louis concorda com a cabeça, mas não diz nada — O que estava tendo hoje?
— Ah, só uma reunião com os pais, para falar do comportamento dos alunos. Você acredita, que o doutor Christian, tem uma afilhada que estuda na minha sala, a Cloe. — Louis disse sorrindo.
— Ah, eu vi.
— Viu, o quê?
Harry percebeu que havia falado demais.
— Quando eu cheguei, você estava conversando com ele. — Descem os degraus da entrada da escola, indo para o estacionamento.
— Você...então, não quis atrapalhar nossa conversa quando nos viu juntos. — Constatou o menor — Estava com ciúmes?
— O quê? — Harry quase engasga com o próprio cuspe — Não, eu já expliquei o porque de não ter ido.
Louis o encara, mostrando que não conseguia acreditar em nenhuma palavra que ele dizia. Talvez, Harry devesse ir a um curso para pessoas “Não seu mentir, sou óbvio demais”, depois dessa e de outras situações que ele tentava lidar, mas só tentava mesmo.
Eles estavam parados, de frente para o carro de Louis, as árvores balançavam para os lados, a medida que o vento soprava e as nuvens formavam em cima de suas cabeças.
Harry chegou a pensar, que aquilo só podia ser uma espécime de atração corporal e sentimental, afinal, uma nuvem sobre as cabeças, era sinal de que algo ruim estava prestes a vir.
— Tudo bem, eu fiquei desconfortável com a cena, ainda mais por ver ele perto de você, como não queria fazer besteira, resolvi ir ficar com Nathan, para evitar merdas. — Ele tapa os ouvidos de Nathan, para que o pequeno não ouvisse e Louis não o atropelasse com o carro, ao vê-lo xingando perto do filho.
Harry esperou que Louis, ficasse nervoso e bravo consigo, depois da “revelação” dele.
— Você decidiu se afastar ao invés de causar uma balbúrdia e uma briga nossa? — Harry concorda — Certo, foi algo que eu nunca imaginaria, ver você fazer. Mas estou feliz em ouvir isso.
— Sério?
— Totalmente. — Louis passa a mão no peitoral de Harry, em seguida, deposita um beijo no queixo do maior. — Você está sabendo controlar seu ciúme, isso é bom. Mas quero que saiba, amor, que tenho apenas olhos para você, somente você. Está bem?
Harry sabia daquilo, mas o ciúme parece ter o cegado e de certa forma o impedindo de ver o óbvio. Ele queria se bater naquele momento, por ser um idiota, mas talvez um idiota, apaixonado?!, ele cobiça demais Louis na sua vida, como se ele fosse seu, mas era, se parasse para pensar, Harry estava sendo possessivo, pronto, admitido.
— Desculpe...
— Shiuu, tudo bem. — Louis toca nos seus lábios, depositando um selinho demorado neles — Esquece isso, eu amo você.
— Eu também te amo.
Aproveitando que Nathan estava distraído no bebê conforto, Harry envolve sua mão direita na nuca de Louis, o puxando para perto, fazendo o pequeno ficar na ponta dos pés, ele achava aquilo fofo, seu coração não parava de acelerar, a medida que suas bocas roçam uma na outra. Seus dedos puxava alguns fios do cabelo do Tomlinson-Styles, em seguida, ele junta seus lábios, iniciando um beijo mas no momento sem língua. Apenas um toque. Mas valia por mil, até mesmo o infinito. Aos poucos, Louis foi pedindo passagem com a língua, Harry concedeu, elas bailavam lindamente, como uma música clássica misturada com um rock dos anos oitenta, as mãos de Harry apertavam a cintura do Louis, causando um gemido no pequeno.
Esse momento o fez lembrar, de acontecimentos do passado.
• Flashback •
“9 de Outubro de 2018
Terça-Feira, 8:39 A.M.
Casa dos Styles
Louis fora trabalhar, fazia um mês que eles estavam cuidando do Nathan sem ajuda, não era fácil, cuidar de um bebê de quatro meses, quase perto do seus quatro, ele chorava, porque ainda estava se adaptando aquele mundo, de dois pais. Harry pensava daquela forma, porque não levava muito jeito para cuidar de uma criança, diferente de Louis que fazia as coisas tão facilmente, ele sabia o que fazer e quando fazer. Mas era de se explicar, afinal, Louis cuidou das irmãs, sua mãe lhe ensinou certas coisas.
Já Harry, fora o caçula, a única que vez que cuidou de uma criança, fora quando ele teve que olhar seu primo Bill, mas garoto tinha apenas seis anos, quando Harry tinha quatorze, não foi difícil, ele encheu o mesmo de porcarias e lhe deixou assistindo alguns filmes de criança — talvez seja por isso que ele apenas cuidou do menino uma vez.
Cuidar de um bebê, ainda mais sendo seu, exigia, responsabilidade, ter dedicação, paciência e muito amor. Saber ao menos um pouco mais, para poder se dar bem com ele.
Harry estava de licença paterna, para poder cuidar de Nathan, já que a do Louis acabou.
Ele estava um pouco receoso, pelo resto do dia, Louis acabara de sair e Nathan acordou chorando, nesse momento, Harry estava com o mesmo no colo, balançando no ritmo da música lenta, porém não adiantava muito. Cristal estava na cozinha, tapando a orelha para não ouvir os gritos que Nathan dava, tão pequeno mas tão barulhento, ela deveria pensar.
— Nath, não chora, eu vou preparar a sua mamadeira, mas preciso que colabore, okay? — Harry segurando o pequeno em um braço, anda rápido até o pote, aonde continha o leite de peito, cujo fora doado para eles do hospital.
Seu filho chorava muito, tanto que estava vermelho.
— Nathan! — Harry tentava falar com o filho, mas ele não estava afim de ouvir.
Ele resolveu se concentrar em colocar o leite na mamadeira, mas fazendo isso, Nathan se mexeu, fazendo Harry derramar o leite em si próprio.
— Merda, merda. — Ele disse em voz alta, assustando o pequeno que chorou ainda mais — Não, não, vai ficar tudo bem, desculpa!
Harry termina de colocar o resto do leite na mamadeira, fechando a tampa rápido possível, Cristal começou fazer uns barulhos, de quem não estava gostando de todo aquele berro do garoto.
— Você também não. — Ele a repreende.
Em seguida, Harry anda até a poltrona que ficava na cozinha, sentando na mesma e arrumando uma posição para Nathan ficar no seu colo. Colocando a mamadeira na boca do mesmo, que silenciou, bebendo o leite.
— Tudo bem rapazinho. — Harry o balança calmamente.
Por um momento, ele quis desistir, estava ficando louco devido a toda aquela confusão na cozinha, mas agora, que ele estava olhando para seu pequeno, que estava sereno, fechando os olhos, sabia que tudo aquilo valia a pena, porque o olhar de Nathan para ele, transmitia amor e ele queria retribuir esse amor para o filho.
Ele sorri e olha para Cristal, cuja estava sentada próximo de ambos.
— Você quando tiver seus filhotes, terá de ser responsável, sabia? — A cadela apenas balançou a orelha e correu, como se o que Harry acabara de dizer, fora 'Vamos tomar banho'. — Não pode fugir da sua responsabilidade! — Ele disse para a mesma que estava longe.
(...)
Aproveitando o tempo que Nathan dormia, Harry arrumou sua casa, o que estava bagunçado, deixando pronto o leite do pequeno, que obviamente, acordaria faminto.
Foi somente pensar naquilo, que ele ouve o chorou vindo da babá eletrônica, Harry sobe a escada correndo, até mesmo, quase tropeçou no próprio pé, até chegar no quarto do pequeno.
— Hey, estou aqui! — Ele sorri e sente o cheiro forte de cocô — Ah bebê, você não fez isso. — abaixa a calça de Nathan, vendo o lado escuro da fralda — É você fez.
Harry coloca a chupeta na boca do pequeno. Indo até o guarda-roupa, uma das coisas que ele gostava, era o cheiro de bebê que o quarto emanava. Após pegar a frauda, o talco e o limpador, ele começa a tirar a suja do Nathan.
— Céus, isso está fedido demais! — Ele faz careta, tapando o nariz uma mão. — Você não economiza mesmo, não é?
Harry puxa o lenço, segurando nos dois calcanhares de Nathan, ele levanta, para poder passar o lenço umedecido na área suja. Porém, por um momento de descuido, ele acaba ficando a mão nas fezes de Nathan.
— Mas que... — Harry puxa uma quantidade maior e tenta limpar a mão, acabando de fazer Nathan se sujar mais — Só pode ser brincadeira, eu sou uma anta!
Depois de um tempo, ele veste o filho, já limpo assim como suas mãos, embora ele estivesse fedendo a cocô.
Harry constatou que era um desastre com crianças, iria precisar de mais prática para poder cuidar do filho, seria mais uma etapa?
Provavelmente.”
Flashback off •
Eles se separam, dando selinhos seguidos de outro, o vento frio abraçou o casal, Harry viu Louis tremer.
— Melhor irmos, um temporal esta a caminho.
— Sim, estou sentindo o vento gelado. — Louis afaga os próprios braços.
Harry sorri e da mais um abraço no marido.
— Em casa, eu te esquento.
— O que você quer dizer com isso?
— Fica no ar esse comentário, intérprete como quiser, babe. — Ele pisca, dando um selinho nos lábios de Louis — Vou seguir você, com a moto.
— Tome cuidado.
— Eu vou.
Assim que se afastam, Harry monta na sua moto, colocando o capacete, suas coisas estavam no carro e para ele seria mais fácil.
Harry ama tanto o Louis, não sabia como explicar aquele amor.
A chuva começou, assim que ambos estavam na estrada, Louis olha pelo retrovisor, Harry acena para ele.
• Flashback •
“19 de Novembro, de 2018
Segunda-feira, 4:50 P.M.
Casa dos Styles
Mais um dia cheio de alegria, Louis estava a caminho de casa, Harry estava deitado no chão da sala, conversando por Skype com Liam e Zayn, com Nathan junto. O leite o pequeno estava pronto mas o mesmo não queria.
— Vocês, viram mesmo para a festa de um ano da Olívia? — Liam pergunta mais uma vez, quando jogava algo na panela.
Zayn estava no fundo, balançando um pacote transparente, com algum conteúdo verde dentro, fazendo a filha bater palmas.
— Sim, eu vou Payne, mas de ficar me enchendo, não poderei afirmar nada.
Harry rola os olhos.
— Um murro na sua cara, você não quer levar, né? — Liam se aproxima da câmera, com um olhar feio para o Styles.
— Acha que eu tenho medo de você?
— Minha vontade é de xingar você, mas tenho amor e respeito pela minha filha, que está prestes a falar.
— Admiro isso.
Liam mostra o dedo para Harry que rir.
— E ainda quer, que eu vá para a festa. Olha como você trata o convidado.
— Primeiramente, você não está na minha casa, então eu faço o que eu quiser, segundamente, você é meu Melhor amigo faz anos, já temos intimidade o suficiente para darmos por fim nessa... — Liam coloca a mão no queixo — ....nessa formalidade.
— Quer dizer, acabar com o respeito?
Harry coloca Nathan no seu colo, enquanto o mesmo se distraía com o boneco, enquanto isso, Liam do outro lado, mexia na panela.
— Isso quer dizer que nós chegamos a um limite de sermos babacas um com o outro.
— Não vou mais comentar sobre essa palhaçada.
— Que bom.
— Como você aguenta ele, Zayn? — Harry pergunta em alto som.
Malik para o que fazia para encarar a câmera.
— Eu o amo.
— Bem feito, Styles! — Liam sorri convencido.
— O amor é que cega as pessoas.
— Deve ser por isso que o Louis ainda está com você, pobre coitado está enfeitiçado. — Liam revida o comentário.
— Nosso caso é diferente.
— Aham, então explica, senhor diferente?!
Harry vê seu amigo, cruzando os braços acima do peitoral, esperando a resposta convincente dele.
— Porque eu e Louis, temos uma conexão que ninguém jamais terá, não precisamos estar enfeitiçados um pelo outro, somos ligados por uma onda de calor incomum em nossos corações...e em outra coisa também. — Harry sorri malicioso.
— Sabe o que eu ouvi? — Liam Indaga — Um monte de blá, blá, blá, vindo da sua boca Harry, embora tenha sido bem fofo. Coisa que você não é.
— Legal, senhor Ranzinza.
Nathan joga o boneco para longe, Harry o pega, entregando para o pequeno. Em seguida seu olhar segue para o fundo da câmera, aonde Zayn brincava com Olívia, até que a mesma vira o saco com o conteúdo verde na boca.
— ZAYN, MAS O QUE TINHA NESSA PORCARIA?
'Parece que alguém se esqueceu, que não iria xingar perto da bebê', pensava Harry vendo a cena do outro lado.
— Acho que ela deu uma engolida na minha maconha. — Zayn responde em desespero.
— VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO COMIGO! — Liam massageia as têmporas — ZAYN, POR QUE VOCÊ ESTAVA BRINCANDO COM A MACONHA PERTO DA NOSSA FILHA? VOCÊ É IDIOTA?
E aquele era Liam surtando. Harry viu que uma discussão estava prestes acontecer, mas foi evitada quando Zayn sugeriu levar a pequena Olívia para o hospital. Era o mais sensato.
Liam desligou a chamada, quase matando o Zayn pelo que tinha feito.
Foi errado, mas Harry sabia muito bem, que Liam amava aquele doido das ervas, desde a faculdade. Logo o perdoaria pelo acontecido. Ou talvez atormentaria o Malik, até que ele ficasse louco.
Harry escolhia a segunda opção.
Rindo, mesmo que sabendo que era errado, Harry abaixa a tela do Notebook, voltando a atenção para Nathan, que aparentava estar com sono.
— Sono? — Ele pega o filho no colo.
Passaram a tarde brincando, assistindo TV, fazendo outras coisas, como sair para alguns lugares legais. Assim que Harry coloca o filho no colo, o mesmo adormece, fazendo um carinho no seu rosto.
Uma coisa bem linda de se ver. Harry amava aquilo.
De um tempo para cá, ele estava bem melhor, em relação a cuidar do filho, não era mais um bicho de sete cabeças, como ele pensava que fosse. Ele até conseguia fazer a papinha do pequeno, deixando-a saborosa para Nathan, cujo a comia até o fim.
Harry encara a mamadeira feita, puxando-a para segurar, ele sentiu um cheiro bom vindo do leite do filho, pela sua cabeça, ele pensa 'será que isso é bom?', não era mais leite de peito, mas em pó, Harry deu de ombros, mas tomando para não acordar Nathan que estava com a cabeça apoiada no seu ombro. Em seguida, coloca a mamadeira na boca, tirando a conclusão que era mesmo bom, por isso que os bebês gostavam.
— Como assim você está bem bebendo na mamadeira do nosso filho? — Louis aparece na sala, olhando sem entender para Harry.
O maior, engasga com o leite, mas se segura para não tossir alto e acordar o pequeno.
— Você poderia ser mais discreto ou não me fazer ter um ataque? — Indaga, deixando a mamadeira de lado.
Louis balança a cabeça em negação.
— Você ainda não me respondeu.
— Eu estava experimentando e gostei desse leite. — Harry bebeu mais um pouco.
— Você é um idiota, mas eu te amo. — Louis rir, agachando para pegar Nathan.
— Não vai rolar nem um beijo?
Fazendo um bico, Harry tomba a cabeça para o lado, fazendo com que Louis sorrisse. O menor, junta seus lábios, no mais doce beijo, que não dura muito porque eles se afastam.
— Gosto de leite. — Louis faz uma careta.
— Fica até mais gostoso. Se você parar pra pensar.
— Eu vou colocar ele no berço e você vai escovar os dentes. Pra eu poder te beijar de verdade, grandão.
— Você acaba comigo quando fala essas coisas.
Harry levanta em trôpegos, indo direto para o banheiro.”
Flashback off •
— Tem certeza, eu posso ir! — Harry se oferece mais uma vez, depois de estar na frente do supermercado e Louis passar o Nathan para o seu colo.
— Tudo bem, amor. Eu vou só buscar o carro para colocarmos as coisas, posso fazer isso. — Louis sorri.
A chuva estava apenas garoando, depois que eles decidiram passar no local e comprar algumas coisas para o jantar daquela noite.
— Certo.
— Eu amo você, amo os dois. Já volto! — Louis beija a testa de Nathan e sela seus lábios nos de Harry.
Em seguida, ele arruma seu casaco, correndo até o estacionamento.
Harry ficou com as compras e o filho, balançando para lá e para cá, estava ansioso para fazer aquele jantar, descansar, ficar com sua família, ligar para um de seus amigos. Porque sua vida, ela é maravilhosa demais, agora as coisas estavam fluindo muito bem. Ele e Louis estavam sabendo lidar com as brigas, esse era mais que um grande passo em suas vidas.
Estaria a melhorar a cada dia que passasse, eles tinham a total certeza daquilo, Harry estava dando tudo de si, o dia de hoje foi a prova disso, quando ele soube “controlar” seu ciúme. Surpreendendo, não somente Louis, mas a si mesmo. E seu marido também estava nessa com ele, fazendo de tudo para que o relacionamento deles seguissem estável.
Mas Harry sabe, assim como qualquer pessoa que está em um relacionamento, que as brigas, discussões, desentendimento, acontecem, fazem parte, são importantes na vida de um casal, eles tinham que saber lidar com elas, porque são apenas um momento que se cai mas que pode ser levantado. Certo?
O vento soprou mais forte e Harry avista Louis com o carro, o mais velho se abaixa para pegar a sacola de compras com a outra mão livre, contudo, algo o faz parar, um barulho alto, fez até às pessoas de dentro do mercado saírem, espantadas, com as mãos nos lábios, uma delas foi rápida, ao falar no telefone com a ambulância, Harry estava em choque, mas andou rápido com seu filho, deixando as compras para trás.
Foi tudo tão rápido, Louis estava vindo, ele estava pegando as coisas, depois o carro capotou, quando outro desgovernado e em alta velocidade colidiu com a lateral do carro do casal. Tudo que ele viu, fora seu marido sangrando assim que o carro parou de cabeça para baixo.
Um ato fatal, Harry estava chorando, ele estava assustado, porque Louis sofreu um acidente e estava desacordado.
NOTAS FINAIS
Gente tudo tem um propósito
Agora vai acontecer muitas coisas, peço que no próximo capítulo prestem atenção, okay?
Vou explicar nas notas inicias quando ele for postado :-)
Até logo, beijos 💖
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