Chapter Nineteen
A imagem já diz tudo sobre como será o capítulo ❤
Boa Leitura, Obrigado mesmo, estamos quase em 1K ❤❤
Votem e Comentem Sweets ♥
~~~~ M A I S • Q U E • 365 • D I A S ~~~
22 de abril – Pa'ia
12:30 P.M.
Casa de Praia, hora do almoço
*Louis*
Era hora do almoço, já fazia quatro dias que estavam no Hawaii, coisas maravilhosas aconteceram. O rapaz estava adorando mesmo essas férias, Harry estava te fazendo tão bem, ele era paciente, Louis nunca encontraria alguém como o seu marido, nem queria, até porque Harry é único, tê-lo em sua vida é mais que um presente.
E tinha o seu pequeno bebê, como era adorável, todos amam Nathan, inexplicável como menores coisas da vida, são importantes. E Louis estava sendo mesmo sentindo aquilo. Tanto que mesmo que tenha perdido boa parte da sua memória; sentia que não, quando estava perto das pessoas que amava.
De Harry...
E olhando pela janela, sorriu ao ver seu marido se divertindo na piscina com Nathan, junto com os outros amigos. Enquanto isso, Louis cortava a cenoura para preparar alguma coisa para Nathan, viu uma receita na internet, era bem saudável a comida para às crianças naquela idade.
— Harry estava te ensinando a cozinhar? – Perrie se sentiu perto da bancada, com um pedaço de manga na boca.
— Não, eu vi uma receita na internet. Quero preparar o almoço do Nath. – explicou, cortando a ponta da cenoura.
— Vê se não exagerar no tempero para não fazer com que seu filho, passe mal.
Louis soltou a faca sobe a tábua, olhando indignado para a sua irmã.
— Que espécime de pai, acha que eu sou?
— Ora – ela solta uma risadinha — Sabemos aqui, que nem eu e nem você somos bons na cozinha. Então, é meio que óbvio...
— Sabe o que é isso? – Louis foi até a pia, para passar água no copo de vidro — Negatividade. – ele a encara — Não dá pra ver o pior em tudo, acho que essa comida vai sair boa.
— Se você diz! – ela deu de ombros. — Vou ficar aqui na espreita. Caso você acabe queimando a comida, por estar me dando lição de moral.
“Queimar a comida”
Louis pensou nessa palavra, enquanto voltou a cortar a cenoura, ela lhe fez sentir algo que viveu no passado. Algo mais do que ruim...
* * *
— Lottie acho que deixei a torta queimar! – Fizzy apareceu tossindo devido a fumaça que saia da cozinha.
— Tu deixou a louca cuidando da nossa sobremesa? – Perrie gargalhou.
— Para de rir e vem me ajudar peste! – Lottie saiu correndo.
Harry solta uma risada rouca e abraça o Louis por trás.
— Sua família é um amor. – Beijou a bochecha do pequeno.
— Ela é engraçada, mas okay. Concordo. – Louis o puxou para se sentar no sofá.
— Lou, Lou! – Doris saiu dos braços da Jade, andando até o irmão.
Seus bens mais preciosos naquela casa eram suas irmãs e seus dois pequeninos irmãos, Ernest e Doris, por eles terem apenas quatro anos de idade, a atenção tinha que ser dobrada, porque eles ainda não entendiam o significado da morte da Johannah.
— Doris meu amor! – Louis pegou a mesma no colo, lhe enchendo de beijos dos quais a fazia rir.
— Que saudade. - Disse a pequena manhosa, brincando com a sua franja.
— Eu também estava meu amor. Como você está? A Lottie e a Fizzy estão cuidando bem de você e do Ernest?
A pequena balançou a cabeça, em seguida seus olhos encontram os de Harry, que deu um sorriso de lado.
— Quem é ele? – Apontou na direção do maior.
— Hum...ele é um amigo muito especial meu. O nome dele é Harry!
— Olá princesa! – Harry falou.
— Oi! – Doris disse timidamente após esconder seu rosto no peito do Louis.
— Oi Boo! – O garoto de cabelos loiros, se aproximou, dando um abraço forte e ele retribuiu. — Podemos jogar futebol hoje?
Louis sorrir.
— Claro, mas só se não terminarmos tarde okay? – O pequeno assentiu. - Agora por que os dois não voltam a brincar?
— Ta bom! – Andaram de volta para o canto onde tinham brinquedos espalhados pelo chão.
— Sabe o que eu pensei agora? – Harry passou o braço envolta no ombro do namorado, Louis apenas mordeu os lábios negando — Nós cuidando dos nossos futuros filhos, você mimando cada um e eu enchendo de carinhosos.
— Seria maravilhoso. – Louis sorrir — Mas ainda está muito cedo para pensar alto.
Harry arqueia a sobrancelha.
— Bem, se o que vivermos for bem forte, verdadeiro, por quê não? – Indagou o mais velho.
— Não é bem isso amor, é que nada dura pra sempre, então eu costumo viver o agora, só ele me interessa. – Explicou.
Harry fica o observando cuidadosamente, Louis ficou com medo de que ele o achasse pessimista sobre o relacionamento dos dois, mas infelizmente Louis não acreditava em “Sempre” ou que algo vá durar muito. Pensava assim da sua vida, contanto, que isso o motivava a aproveitar a cada segundo que tinha, como se fosse o último.
— Você me chamou de amor, pode falar de novo? – Harry massageou a sua mão.
— Amor, não achou ruim o que eu falei sobre nosso relacionamento? – Louis, discretamente passou a mão pela cocha do mais velho.
— Hum...claro que não amor. Respeito seu jeito de pensar. E está certo, temos que viver o agora. Ele é o que importa! – Harry se mexeu para disfarçar a tensão que seu corpo transmitia.
— O jantar está pronto! – Mark apareceu, esboçando a voz num tom seco. Cortando o clima entre o casal.
— Estamos indo. – Louis respondeu rispidamente.
* * *
Ele continuou cortando a cebola, a gritaria do lado de fora nem mesmo o fez sair desse transe, das lembranças que o consome, nem mesmo as risadas altas de Niall do outro lado da varanda.
Mais uma lembrança se estava passando como filme na sua cabeça.
* * *
10:00 P.M.
Passou se o tempo, Louis brincou com seus irmãos pequenos, Harry também, foi mais divertido do que ele pensava. Outrora começaram a conversar sobre os momentos divertidos que viveram na sua casa, risadas não faltou entre eles.
Harry a maior parte do tempo, manteve-se junto ao Louis, lhe perguntando se queria ir embora, afinal ele tinha dito que assim que o jovem quisesse, eles iriam, mas Louis estava gostando de passar algum tempo com as suas irmãs.
Mark estava de cara fechada, na maioria das vezes.
— Amor, vou levar o Ernest para o quarto e quando eu voltar podemos ir para a universidade. - Louis levanta com o pequeno no colo.
— Hoje você vai dormir comigo. - Harry disse autoritário.
Louis gargalhou.
— Okay Daddy! - Deu as costas, entrando dentro da sua casa.
Com cuidado subiu as escadas, encontrando o corredor pequeno da sua casa, virou a direita entrando no quarto do pequeno, desviou de alguns brinquedos no chão, colocando o mesmo na cama, sorrir, em seguida deposita um beijo na testa do seu irmão.
O cobriu com o edredom azul bebê, com alguns desenhos das bolas de futebol. Ernest havia tornado uma criança que gostava do esporte. Devido a tempos que ficava apenas com Louis. O jovem sentia falta.
Suspirou e saiu, fechando a porta com cuidado
— Olá Louis! - Ouviu aquela maldita voz, seu corpo travou no mesmo instante sem saber o que fazer. — Vamos conversar um pouquinho. - Sentiu aquelas mãos duras e ásperas o puxar pelo corredor.
— Me larga, se não eu vou gritar! – Louis lutou para poder se soltar, mas sua tentativa foi inútil.
— Cala a boca Porra. – Mark fincou as unhas no seu braço — Quer ser castigado como antes?
Louis se calou, infelizmente, ele sabia que era fraco a ponto de não conseguir fazer nada, pois sabia das consequências.
Entraram no seu velho quarto, onde foi empurrado e caiu no chão, batendo o rosto com força. A porta foi trancada e de repente veio na sua mente, todas as atrocidades que o Mark fazia com ele.
— F-Fique longe de mim! – Louis arrastou seu corpo no chão.
— Eu só quero matar a saudade Louis, alguns segundos não vão matar. - Mark sorrir diabolicamente.
Louis fechou os olhos, sentindo as lágrimas escorrerem, chamou mentalmente pela sua mãe, para que ela o protegesse. Sentiu Mark o segurar pelos cabelos e os apertar com força.
— Vi que está de namoradinho, sabe o que eu acho? – Indagou desabotoando sua calça — Como você é uma pessoa complicada, introvertida e ninguém te ama, nem mesmo esse Harry.
— Você não sabe de nada….seu merda! – Louis xingou mesmo sabendo que aquilo pioraria tudo, mas ele estava com muita raiva, ódio e repugnância.
— Não sei? – Mark rir - Vamos brincar e veremos isso.
Mark começou a passar a mão no seu corpo, Louis lutava mas acabava ganhando uns tapas doidos, socos no estômago, ele já estava “entregue” como antes.
— Aaah me Larga! – Mark disse em alto som, após cambalear para trás e jogar o Louis no chão.
Desnorteado, o jovem ergueu o olhar para cima, vendo o Harry, batendo em Mark assim como o seu padrasto fazia com ele. Houve um momento em que Harry mobilizou Mark.
— Seu desgraçado, se eu te pegar fazendo aquela porra no Louis de novo, vou bater em você até que cante para o inferno! – O ameaçou, segurando Mark pela gola da camisa — Vou te dizer uma coisa seu merda, agora eu que estou com o Louis, não vou deixar nenhum filho da puta, como você machuca-lo.
Enquanto isso, Louis tossia seco, de tal forma que sua barriga começou a doer.
— Lou, vem! – Harry envolveu as mãos ao redor da sua cintura e o colocou no seu colo.
O jovem não conseguia parar de soluçar, estava com vergonha, pelo Harry ter presenciado aquela cena, imaginando que o mesmo sentiria nojo dele e terminaria. Ele não queria perder o Harry.
Contudo no momento ele procurou não falar nada, apenas chorar.
— Ainda não terminamos! – Mark falou assim que passaram por ele.
Harry já estava puto demais para aguentar piadinhas. Então ele se virou, deixando Louis encostado em um canto, esmurrando Mark no maxilar.
— Eu só não te jogo por essa janela, em respeito as suas filhas e aos pequenos. Mas vontade não me falta seu filho da puta! - Chutou a canela do mesmo, que gemeu de dor – Se você se acha mal, eu sou muito pior que isso.
Depois ele voltou a pegar o Louis no colo, saindo daquele cômodo. Desceram a escada, Louis escondia seu rosto no peito do Harry, fingindo estar dormindo para que suas irmãs não perguntassem o que aconteceu.
— O que houve? – Ouviu a voz da Jade.
— Ãn...ele estava dormindo junto com o Ernest. Vou leva-lo comigo. - Harry explicou.
— Tadinho, hoje foi pesado para ele. Quer que eu te acompanhe? – Perguntou.
— Sim, depois diga para as irmãs dele que tivemos que sair porquê o Lou dormiu e não tive tempo de me despedir. – Andou até a porta, apertando Louis contra seu corpo.
— Claro que digo. – Ouviu Jade abrindo a porta.
Harry se despediu dela rapidamente, entrando no seu carro e colocando o Louis no carona, deu a volta e entrou. Não disseram, apenas seguiram estrada deixando apenas que o som do motor do carro pairar entre eles.
* * *
Em um movimento errado, Louis acaba cortando o seu dedo, algo que o fez gemer de dor. Perrie estava olhando para o lado nesse momento, então ele aproveitou para ir até a pia, com as mãos trêmulas, lavar seus dedos pois jorrava muito sangue.
Seus olhos estavam ardendo, ele se sentiu incapaz. Medo...
Mais uma lembrança antiga veio atrás dessa.
* * *
“— Então você beijou quantos naquela festa? - Alicia pulou em um banco da praça.
Louis rolou os olhos, sua amiga era mesmo uma pervertida por “beijos alheios”. Ele sentou-se no gramado encostando-se no pé de laranjeira atrás de si.
— Não beijei ninguém, sua tarada! - Louis abre sua mochila e retira seu caderno.
— Aham...e eu não sou garota! – Balança os pés no ar.
— Sempre soube disso. - Ironizou o jovem ao espalhar os livros ao redor de si.
— Poderia lhe dar uns tapas. - Alicia pula para o chão — Mas vou deixar essa passar.
Alicia se junta ao Louis, que estava encostado com as pernas cruzadas e o olhar sobre as folhas. O dia não foi nada agradável para ele, sua mãe passou mais uma noite sem sono, passando mal e vomitando, portanto decidiram deixa-la de repouso no hospital.
Contudo, aquilo significava algo muito perigoso para ele, por parte do seu padrasto, porque em algumas noites, Louis sabia que viraria o brinquedo sexual de Mark.
— O que é isso aí? - Alicia segurou seu braço coberto pelo moletom.
Louis acabará de deixar amostra, seus cortes que fizera na noite passada.
— Nada demais. - Esconde-as.
— Você se cortou, eu sei. - Alicia os puxa novamente, esboçando os cortes profundos nos braços e nos pulsos de Louis - Ele te obrigou a fazer isso? - Referiu-se a Mark.
Louis baixou o olhar, odiava ver a sua vida ser esboça de tal maneira, odiava ao ver que ela é uma droga.
— Loeh, me diga o que o Mark anda fazendo com você...eu sou a sua amiga...não vou julga-lo.
Por mais que confiasse na Alicia e a considerasse como uma irmã que nunca poderia ser substituída -Depois da Perrie - ele não tinha cara para falar sobre o que se passava e as coisas que era obrigado a fazer quando as irmãs dormiam ou não se encontravam em casa.
— E-Eu não quero falar sobre isso… - Deixou algumas lágrimas caírem, ao lembrar de tudo.
— Loueh ele não pode...tipo...você não...caramba você está sofrendo, ele está te machucando, isso não é legal! - Ela acaricia o rosto do Louis, secando suas lágrimas.
O pequeno não conseguindo conter sua emoção, se debruça em prantos.
— Só...me abraça?! - Pediu soluçando.
Alicia assentiu e envolveu os braços ao redor do amigo, Louis passou aquela tarde de estudos, chorando, liberando a dor de ser abusado pelo seu padrasto, infelizmente ele não estava preparado para se abrir com a sua melhor amiga, sim, considerava aquilo algo vergonhoso.
E era, se parar para pensar.
Passadas as horas, Alicia decide que eles deveriam voltar para a casa pois Louis não estava em condições alguma de estudar. Com a cabeça encostada no vidro do carro, Louis sente seu celular vibrar:
Mark: Vem para a casa agora!! Preciso me aliviar um pouco.
Louis: Acha que sou sua...puta? Eu não vou para a casa, ponto final.
Mark: Quer que eu machuque suas irmãs??
Porque será isso que vou fazer se não vier para casa.
Louis: NÃO ESCOSTE NELAS SEU MONSTRO!!
Mark: Virá pra casa?
Louis: Tá, porra, eu vou!
Mark: Bom garoto:-)
*** ** * *
Louis sentiu nojo de si mesmo, nojo do que seu padrasto o obrigava a fazer.
— Hey, quem era? - Alicia o encarou, virando o carro para a direita.
— A Perrie! - Mentiu mas sabia que aquilo seria insuficiente, então ele continua — Ela vai se atrasar um pouco hoje, porque vai se encontrar com uma da suas ficantes.
Alicia o estudou com cuidado, Louis manteve a pose rígida para não dar brecha que estava mentindo.
— Hmmm…..Ela é doidinha né? - Alicia solta uma risada um pouco alta.
Aliviado Louis gargalhou.
— Sim, ela sempre está aprontando uma.
Chegam na sua casa, Louis treme só de lembrar o que lhe aguardava.
— Quer que eu entre e fique com você até a Pe chegar? - Alicia propôs, o encarando preocupada.
Isso não seria ruim, Louis pensava, mas algo o fez dar para trás. Provavelmente Mark faria uma coisa muito ruim com ele depois que Alicia fosse embora e ser abusado já era uma coisa pior, imagina ser espancando?
Não, ele não queria aquilo para ele.
— Vou ficar bem, juro. - Sorrir de lado - Vou me trancar no quarto e dormirei, pois preciso disso! - Destravou o cinto.
— Promete?
— Prometo. Pode ir tranquila. - Louis colocou sua mochila no ombro.
— Não sei não….! - Ela coça a nuca.
Louis rolou os olhos.
— Hey, ficarei bem. É sério! - Tocou na mão dela.
No fundo ele queria gritar por ajuda para ir embora daquele lugar.
— Tá bom, mas eu não estou nada confortável em deixa-lo com aquele porco. - Resmungou.
— Tchau Alicia, até amanhã! - Beijou-a no rosto rapidamente.
— Me liga, okay? - Gritou assim que Louis saiu do carro e caminhou para dentro da sua casa.
Ele fez um sinal positivo com a mão.
Vendo a mesma se afastar, Louis segura a maçaneta da porta tremendo e suando frio, seu medo lhe tomou o corpo quando girou-a e adentrou a casa vazia e silenciosa.
Então tudo foi como um flash, tudo o que sentiu foi seu corpo bater com força no chão e um chute na boca fazendo com que o sangue começasse a jorrar.
— SOU UM MONSTRO LOUIS? - Mark grita fazendo com que o pequeno chorasse, assustado.
Mark volta a chuta-lo na boca, em seguida o puxa pelos cabelos até a sala, dor e falta de ar era o que sentia, não estava com a bombinha de ar e isso era algo ruim.
— AGORA VAI APRENDER A ME RESPEITAR! - Jogou-o no chão novamente e desabotoou sua calça, baixando-a e liberando seu membro para fora.
Louis tenta se rastejar para fugir mas Mark logo o segura.
— PENSA QUE VAI PARA AONDE? - Segurou seu membro e com a outra mão a cabeça do Louis - ME PROVA PORRA. - Ordenou.
Chorando e sem opção, Louis concedeu, começou a chupa-lo, sentindo a ânsia de vômito subir a garganta. Mark pressionou a cabeça do Louis para mais fundo, ele engasga e a falta de ar lhe vem.
— FAÇA ESSA MERDA DIREITO CARALHO! - Chutou o no estômago, Louis começa tossir e o peito começa arder.
O ar que precisava, faltou por completo, respirou com dificuldade.
— VEM CÁ, TERMINE SEU TRABALHO.
Mark o segura pelos cabelos e o esmurra, uma, duas, três vezes. Louis já não tinha forças para nada.
— LARGA ELE SEU PUTO! - Alicia apareceu logo atrás deles.
Mark jogou o Louis no chão novamente e subiu as calças rapidamente.
— O que essa vadia faz aqui? Você a chamou não foi seu merda? - O encarou com desprezo ignorando a sua amiga.
Louis apenas chorava, não tinha cara para olhar para Alicia depois do que ela viu.
— ELE NÃO ME CHAMOU SEU DESGRAÇADO! - Ela da um passo a frente. — Como não consegue ter auto respeito pela Johannah? Aonde o enfiou? No seu cu, provavelmente.
— Isso não é da sua conta. - Mark cravou o maxilar com força.
Alicia olhou para o Louis, vendo-o se contorcendo no chão.
— Olha o que fez para o Lou. - Apontou para o mesmo - Ele precisa da sua bombinha! - Ela pega o objeto respiratório da mochila do Louis e da um passo a frente.
— SAIA DAQUI! - Mark puxou a bombinha da sua mão e bateu o corpo da jovem contra o espelho que quebrava nas suas costas, a contando.
Descompensada, Alicia o empurra.
— O LOUIS VAI MORRER, ME DÊ ISSO! - Pula para pegar a mesma.
Louis viu sua amiga arranhando e estapeando Mark, queria ajudar mas estava fraco demais e quase inconsciente.
— Sai de perto. - Mark pegou um jarro de vidro, quebrou na cabeça da jovem que cai próxima do Louis — Sua vadia, vai pagar por me ferir.
Louis viu o pior, a cena mais dolorosa e assombrosa de todas. Mark pegou um ferro, aproveitando que ambos estavam “debilitados” ele começou a espancar Alicia.
— Paraaa...SO-OO….S-SOCORROOO! - Ela implorava chorando e tentando se proteger.
— Cala a Boca! - Mark a chutou no rosto, não ouve mas fala.
Louis viu sua amiga, morrer, porque Mark espancou-a até ouvir a mesma da um último suspiro, o pior de tudo foi que ninguém veio, nenhum dos seus vizinhos, ninguém, sua amiga morreu e não pode fazer nada.
Sentiu ódio de todos, de si mesmo, de Mark, principalmente.
Imagens de sangue, o rosto deformado da Alicia ficaria marcado na sua mente.
Aonde estavam os “heróis” naquele momento? Por onde andava aquelas pessoas que não aceitavam a violência? Que não poderiam ouvir gritos na casa vizinha que já ligavam para a polícia?
A verdade era que elas não existiam e se sim, foram hipócritas, monstros, ao ignorarem os pedidos de Socorro da sua melhor amiga, porque assim como Louis, elas permitiram que Alicia morresse.
O jovem assim pensou. Naquele dia, Louis fechou os olhos achando que nunca mais acordaria.
* * *
Fazia tanto tempo, que Louis não sentia um medo como aquele, era como uma sombra ruim que estava perseguindo-o como uma praga. Uma peste. Louis sentiu como se seu mundo estivesse em outro lugar, que simplesmente não existisse.
— Lou, a torneira aberta! – Gritou Perrie.
Mas ele não conseguia se mexer, simplesmente estava apavorado, com as lágrimas escorrendo pela sua face. Tudo o que ele não queria era ter aquelas lembranças ruins de volta.
Seus joelhos se dobraram, seu corpo amoleceu a medida que suas lágrima escorriam, e tudo que ele ouviu fora vocês gritando seu nome, pessoas ao redor de si, pessoas que ele conhecia. Cujo ele queria que o deixasse em paz até em tão.
Ele estava tendo uma crise traumática, como ela machuca tanto.
***
Abrindo os olhos, após um bom tempo chorando dentro do quarto, negando-se a falar com alguém sobre o que aconteceu, Louis passou a mão no rosto, se olhou no espelho, estava com os olhos inchados, vermelhos e uma mente consumida pela tristeza. Os dedos ardiam devido ao corte, mas passou um remédio, que achou em uma gaveta do banheiro.
Ele arrastou o corpo até a varanda, sentiu-se inútil por estragar a viagem, após essa lembrança ruim.
Por que as coisas tem que ser complicadas? Por que a dor, ela tem que doer mesmo?
É um passado cheio de complicações, um presente ponderado de surpresas e um futuro ansiado, pelo que se prepara. Tudo nessa vida, vai ficar marcado para sempre em você, não adianta passado uma borracha e fingir que esqueceu, as sequelas são a pior parte de uma dor. Porque ela gruda em você como chiclete, demora muito para sair, se despregar apenas puxando para longe.
Louis abraçou seu corpo, é uma tristeza saber que seu padrasto abusou de si, em como sofreu durante a infância e adolescência, não deseja isso para ninguém, nem mesmo que alguém se cale, porque essa é a pior forma de lidar.
Não é fácil dizer o que se passou, não é mesmo, porque você se sente sujo e com vergonha, quando não se tem apoio, tudo ainda se torna difícil. O pior de tudo é conviver com o agressor. Não poder fugir dele, porque ele está te perseguindo como um doente. Um maníaco.
Pode ser que Louis, tenha superado um pouco disso, antes de perder a memória, mas agora, estava sendo mais que recente. E ele tem medo... muito medo.
— Lou, pode abrir a porta para mim? – Ouviu a voz do seu marido do outro lado da porta.
Harry!
O homem que de certa forma, teve uma contribuição ao salvar Louis das mãos de Mark, ele é tão grato, por tudo acabar, quando Harry por fim, o defendeu na noite do almoço em sua casa. Louis não saberia o que fazer, se ele não estivesse na sua vida.
Harry é tão único, que Louis não pode perdê-lo, pois Harry é a base para sua força.
Ele fungou, indo até a porta que trancou. Respirou mais que fundo, após segurar na chave e a maçaneta, isso fez com que seu corpo tremesse, ele a abre, dando dois passos para trás, quando se deparou com seu marido com o olhar preocupado para ele.
— Por favor, feche a porta e a tranque. – sussurrou, afagando o próprio braço.
Harry assentiu, fazendo o que foi pedido. E Louis não conseguiu sair do seu lugar, mantendo o olhar no seu marido. Quando o maior se virou, Louis sentiu seu abraço quente e confortável. Permitiu entregar seus sentimentos se debruçando com a cabeça enterrada no peito de Harry.
— Tudo bem! Eu estou aqui!
Eles foram para a cama, aonde Louis deixou sua cabeça deitar no colo do marido, apertando sua mão contra às do Harry.
— Do que você se lembrou? – perguntou-lhe.
Mordendo os inferiores, Louis olha pela janela aberta, aonde o vento balançava as palmeiras do jardim da casa.
— Mark. – Disse com a voz falha.
— Ah meu amo! – Harry beijou sua testa, mantendo todo o carinho ao envolver Louis com suas mãos sobre seus braço — Ele não vai mais te machucar. Porque está pagando por tudo dê ruim que fez a você. Aonde ele realmente deve estar, na cadeia.
— Mas eu tenho medo. – admitiu o pequeno, com a respiração ofegante — Tenho medo porque estou sentindo essa dor de novo, de todas as memórias, que aquela que ele me machucou desaparecesse.
— Imagino que sim, anjo. Quer falar mais sobre isso?
Louis vira seu pequeno corpo encolhido, mantendo seu olhar sobre os diamantes do seu marido.
— Como descobriu sobre ele?
A face de Harry, ficou mais tensa e apreensiva.
— Pela Perrie. Acabamos brigando por isso.
Louis instantaneamente se lembrou, estava chorando na universidade, Liam estava ao lado de Harry, ele lhe deu um tapa, boa saíram, discutiram, Louis dissera as seguintes palavras ao Harry:
— Sabe o que me dói mais nisso tudo? — Indagou o jovem, limpando as lágrimas que caiam bruscamente pelo seu rosto. — É que, eu prometi que não seria um ano de sofrimento para mim, porque eu já passei tanto tempo vivendo tanta desgraça. Passou um mês Harry, um mês que me esconde isso....
— Lou não, por favor, me escute! — Harry se ajoelha na sua frente, desesperado e tomando cuidado para não tropeçar com as palavras — Isso não me interessa, apenas estar com você. Mas antes, pra mim era difícil te ver triste, sabendo que tem algo que lhe machuca toda vez que vai dormir, mas que não quer me contar. As vezes fala coisas que me deixa pensativo, tentando entender porquê fala isso. Porque pra mim Louis, relacionamentos tem se compartilhar as coisas sejam elas boas ou ruins, confiança...
Louis rir em ironia.
— Confiança....engraçado essa palavra sair com sarcasmo de você Harry. — O garoto junta as sobrancelhas, deixando algumas lágrimas escorrer pela sua face. — Há coisas dentro de mim que não acho que seja necessário que você saiba, porque me machucam, lembrar ou falar delas me doem. Então eu só queria poder viver o meu hoje, passar o pano no que me feriu anos atrás. Mas parece que você quer viver meu passado ao invés de estar vivendo o nosso presente.
Aquelas palavras estava sendo como socos no seu estômago, Harry estava se dilacerando aos poucos.
— Aquele dia que vi o Mark prestes a fazer algo pior com você, me acendeu uma fúria enorme, eu não suportaria ter chegado e visto ele fazendo coisa pior. Caralho, eu me segurei muito para não acabar com ele aquele dia. Depois que li a merda dessa matéria, juntei dois com dois, descobri que esse filho da puta abusava de você, por isso não quis ficar sozinho aquele dia, por causa dele. Eu sinto muito Louis, pelo que passou nas mãos desse homem, se é que pode ser chamado assim, eu sinto muito pela Alicia, sinto muito se acha que a minha preocupação é um modo de querer reviver seu passado.
Agora não era somente o Louis que chorava, Harry também estava debruçado em lágrimas, nada daquilo era pra estar acontecendo, aquilo doía tanto quanto para o jovem quanto para Harry.
— Louis eu te amo! — Ele se aproxima do pequeno, que não se moveu, apenas fechou os olhos quando sentiu a grande mão do Harry tocar no seu rosto. A palma do mais velho estava sendo molhada pelas lágrimas do Louis. — Por favor, olha pra mim anjo.... — Pediu gentilmente.
Mas Louis negou com a cabeça e tocou as pequenas mãozinhas no seu peito, empurrando Harry para longe de seu corpo.
— Não da mais, desculpa, mas não posso mais ficar com você Harry! — Ele se levantou rapidamente, colocando a mão na boca para segurar seus soluços.
***
Ele lembrou daquele dia, como se fosse mesmo o “hoje”, Louis percebeu que quanto mais falasse do seu passado, mais ele estaria voltando suas memórias, como pedaços espalhados pelos cantos.
— Terminei com você, naquele dia, porque fiquei magoado, por você ter descoberto, algo que escondi por anos. – Louis suspirou, pegando na mão de Louis, colocando-a perto do seus lábios, aonde depositou um beijo — Me desculpe por isso? Eu não quis fazer você sofrer.
Harry colocou o dedo, sobre seus lábios.
— Faz um ano, que isso aconteceu. E você já se desculpou, estamos aqui juntos, não é? – ele sorri, olhando com ternura para Louis.
— Cada vez que vamos conversando partes das memórias estão voltando como uma avalanche! – Louis debafou.
— E do que se lembra agora? – Harry segurou seu queixo.
— Lembro de algumas coisas, lembro dessa briga.
Louis lembrava da volta, Harry o beijara após saírem para conversar. Foi tudo lindo, a barriga de Louis chegou a tremer, ele não quis, nunca mais ficar brigado com o grande amor da sua vida. Veio também o dia em que Harry, sofreu um acidente, pior momento, ele não sabia o que fazer, o que dizer, pois seu namorado – naquele ano – havia se fechado. Louis chorou, sentindo saudades, quebrou porque não podia fazer mais do que estava fazendo. Em seguida, veio quando ele estava ao lado de Harry, beijos... Reconciliação.
— Você sofreu muito no acidente? – Ele olha para Harry, sendo surpreendido pelo seu olhar arregalado.
Era como se ele estivesse dizendo: “Você lembrou disso!”
— Não sofri tanto, porque você estava ao meu lado. E mesmo com toda a minha frieza, não saiu de perto de mim. Eu vivi na escuridão da minha mente, mas podia ver a luz quando você estava ao meu lado.
Louis sorri, Harry sempre tinhas as palavras bonitas para deixar tudo mais encantador. É isso que ele admira nele, seu romantismo, o jeito carinhoso que ele torna as situações.
— Apesar de eu ter vivido com o Theo, não fui capaz de me enxergar, passar a viver como eu quero, como quando fui com você! – Harry deslizou a mão pelo seu corpo. – Pode parecer loucura mas estou criando um sentimento a mais por você, por favor não se assuste com o que disse.
Foi as palavras que decretam o início do namoro de ambos, na cabana que a sua família tem no nome de Johannah. Louis também lembrou que fora assim que eles comemoravam o aniversário de trinta anos. Em seguida seus amigos vieram, foi a maior alegria, tensão... Louis sentiu seu corpo se arrepiar pois lembrou da sua “primeira vez” com Harry.
E se tirar suas conclusões, fora mesmo, porque fizeram com amor, Harry foi carinhoso e Louis amava carinho.
— Lembrei do seu aniversário, em como ficamos na cabana, no quão provei do seu amor aquele dia. Harry...
— Eu sei...– o mais velho falou. — Estou aqui, deixe que elas venham amor.
Então veio a lembrança recente, o dia mais importante das duas vidas, o motivo maior de se ter uma família. O nascimento de Nathan, a notícia de que poderiam ter um bebê. Louis fechou os olhos, porque parecia que fora ontem que isso havia acontecido.
Harry estava estranho, desde o momento em que entrou na casa, Cristal não parava de pular e Louis queria saber qual fora o resultado do exame e se a barriga de aluguel ia mesmo dá certo. Eles desejavam tanto um bebê, não se importavam se aquilo era cedo demais, se a decisão era acelerada. Viverem tanta coisa, então por que deixar isso mais a frente?
— Então? – Louis já perguntou em lágrimas.
Harry apenas o encarou, ainda em prantos, isso de certa forma, assustou Louis; Seria um não? Negativamente, estava fora de cogitação ter um bebê? Mas por quê? Seriam eles país ruins? Era por isso que não poderiam ter uma criança, para chamar de deles?
Aquilo doeu tanto, Louis colocou o rosto na palma da sua mão, derramando mais algumas lágrimas.
— Vamos ter um bebê, daqui a seis meses, ele está à caminho! – Harry enfim disse.
— O quê? – Louis estava com cara de bobo. — Harry...
— Sim, amor!
— Oh céus!
Louis correu desajeitado, pulando em seu colo, chorando ainda mais do que antes.
— Vamos ter um bebê?
— Vamos ter um bebê! – Harry concorda.
***
Louis lembrou de tudo, da sua vida inteira somente naquele dia, depois de viver realmente muita coisa ao lado do Harry e amigos. Até mesmo o dia do seu casamento, o quão nervoso estava em relação a ele e ao mesmo tempo feliz por construir uma vida ao lado de Harry.
Não só isso, mas das brigas após o casamento, o fato dele ter um emprego, as crises de ciúme como ele ficou desolado quando soube da doença do seu pequeno.
Até o dia do acidente, dentro do carro...
-x- -x-
Super animado para que fossem para casa, Louis destravou a porta do carro, entrando em seguida. Ligou o som, deixando na estação de rádio, por incrível que pareça estava tocando uma das músicas que lembrava do relacionamento dele e Harry no começo, Louis antes de dar partida, aumentou o volume, preenchido pela voz da Beyoncé, cantando XO.
Avistou seu marido e filho do outro lado, sorrindo para ambos.
Ama tanto sua família, queria concertar todas coisas que viessem a destruí-la e que estivesse para ameaçar.
Então, parando de pensar muito, ele girou a chave e enganou a marcha. Manteve o seu olhar em Harry, dirigiu despreocupado, amando.
Tudo foi rápido, ele perdeu o foco, tudo o que Louis lembra é de não querer morrer e como som, ouvir:
“Seu amor é brilhante como sempre
Até mesmo nas sombras
Amor beije-me
Antes que apaguem as luzes
O seu coração está reluzente
E eu estou indo ao seu encontro com tudo
Querido, me beije”
-x- -x-
— Harry? – Louis chama seu marido com a voz trêmula.
— O que foi amor, do que mais lembrou? – Perguntou.
Tudo parecia um tipo de filme é dimensões na cabeça do Louis, mas ele tinha a certeza, que estava de volta, aquele que queriam apagar, junto com um antigo e novo Louis Tomlinson-Styles. Ele segura no rosto Harry, juntando seus lábios, no mais intenso e puro beijo, sentindo falta, de fazer aquilo, lembrando os vários porquês de amar Harry Edward Styles. Era tão boa, a sensação de se estar inteiro, com todas as memórias de volta.
— Eu lembrei de tudo. – Falou em meio ao beijo — Eu lembrei de toda a nossa vida. Harry, eu te amo!
— Oh céus! – Sentiu as mãos grandes, envolvendo-o ainda mais — Eu te amo demais.
Harry olha em seus olhos, voltando a juntar seus lábios.
Notas Finais
Louis lembrou da memória ❤
Dá uma emoção, ai ai
Então faltamos quatro capítulos para o fim junto com o epílogo ♥
Espero que estejam gostando
Me desculpem a demora
Estou atolada de história pra atualizar...
Mas enfim, próximo capítulo vai mostrar o último dia deles no Hawaii ❤❤
Ansiosos?
Perdão pelos erros :-/
ALL the love, A.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro