Chapter Fourteen
Votem e comentem ♥
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Casa dos Stylinson
Início de noite
Música clássica suave como fundo de som
*Louis*
Assim que Harry disse para ele entrar, ambos não trocaram palavras, apenas seguiram caminho até a cozinha. A casa grande que Louis estava, o fazia ficar boquiaberto,. Impressionado. Estático mentalmente.
Então era ali, que ele construiu uma vida ao lado de Harry, junto com o pequeno filho, cujo passou a desistência na mente de Tomlinson. A cada era bem arrumada, tinha cheiro de lustra móveis, junto com perfume de bebê. Bem agradável de ser estar.
Sentado, na mesa redonda de vidro, ele observou Harry preparando café para os dois, até o momento em que uma cadela da raça Husky siberiano, veio na sua direção, abanando o rabo para os lados, lambendo as mãos de Louis.
— Oi garota! — ele lhe faz um carinho. — Bonita...hum....
— Cristal! — Harry falou, colocando o café na cafeteira.
Louis olha para a cadela manhosa, ela o conhecia mas ele, não. Tristemente, ele encara a mesma, sorrindo.
— Como vai, Cristal?
— Não ia acreditar, se eu contasse que você e ela, brigavam. — Harry deixa a xícara na mesa, próxima de Louis, o menor, arqueou a sobrancelha — Digamos, que agora, você estaria brigando com ela para não ficar te lambendo demais.
— Oh! — Louis rir nervosamente — Eu não gostava dela?
Puxando a cadeira para frente, Harry respondeu:
— Apesar de qualquer coisa, você a amava. — ele fez um movimento com as mãos, para que a cadela viesse na sua direção, recebendo um cafuné do segundo dono — Cristal, é bem, travessa, já nos meteu em cada uma.
Louis assentiu com a cabeça, não acreditava que memórias assim, foram tomadas de si. Como adultos, estragando a vida dos jovens, com aquela conversa de “amadurecimento e largar o passado para trás”. Será que eles se dão conta do que dizem?
Ele segura a caneca, o cheiro de café pronto o fez salivar. Uma das bebidas preferidas de Louis, viera ser o café feito na hora. Quentinho, pronto para queimar a ponta do bico da boca. Ele gostava disso, além do mais, não trocava o café por outra bebida, durante qualquer hora do dia.
Louis puxou o copo, virando aos poucos o café, o gosto era bom, docinho mas no seu limite e não tantos azedo. Harry sabia fazer um bom café.
Após ouvir o grandão, mandar a cadela voltar para o quintal — a todo custo, ele conseguiu fazê-la ir —, voltando para aquele silêncio ruim entre eles. Uma semana sem conversarem, um mês sem saber o que seria da vida de ambos, um maremoto de crises que Louis teve. Noites vomitando as vitaminas lhe davam, pois elas não o fazia bem. Louis chorava toda a vez, que a ânsia anunciava que ele deveria ir ao banheiro.
Momentos difíceis que ele privou do Harry de ver.
Achou melhor assim...
O par de íris verde o encarava nesse momento, fazendo Louis mudar a posição da sua perna, para atrás da outra. Harry é muito bonito, deixava qualquer pessoa perto dele sem jeito, ainda mais no modo concentrado que ele encarava Louis. Ele só tinha que parar de fazer aquilo, para o menor não tivesse um surto — um bom surto —, pensou Louis.
— Então, como chegou aqui? — Harry quebrou o gelo, girando a caneca da mão.
Àquilo prendeu a atenção de Louis, ele tinha mãos grandes, bem fortes, uma delas, com uma tatuagem bem bonita.
“Saia desse transe”
Louis tossiu, deixando o copo novamente sobre a mesa.
— Eu vim, com um doutor chamada Christian! — respondeu.
Vendo que o semblante de Harry mudara radicalmente: sobrancelhas juntas, lábios juntos, formando um linha reta, as narinas, abrindo e fechando, os pequenos buracos que nelas tinha. Por ali, uma respiração pesada se passava. As mãos de Harry, apertavam a xícara de modo que deixava a ponta dos seus dedos brancas.
— E o que você estava fazendo com Christian? — o tom da sua voz saiu rala e rígida, mostrando a possessão que ele tinha com Louis.
Ciúmes, o nome.
O menor engoliu em seco, Harry dava medo quando estava com ciúmes...
— Bem, eu estava na praça, próxima do apartamento da Perrie, fui andar um pouco para pensar. Quando estava vendo uma cena bonita... — Louis mordeu os lábios, não queria entrar em detalhes — Ouvi alguém me chamar, era esse tal de Christian, conversamos e expliquei a ele sobre a minha situação. Sendo gentil, assim que pedi para ele me trazer aqui, afinal não lembrava o caminho, ele me trouxe. Apenas isso! — terminou de explicar, mostrando-se suave.
Por alguns segundos, Harry pareceu resmungar alguma coisa consigo mesmo, as mãos dele, pousaram sobre a mesa, para que ele deixasse a xícara que quase esmagada pelas suas mãos, estava sendo.
— Por que, quis vir aqui? — ele perguntou mais calmo.
Essa era a pergunta que Louis temia, afinal, nem ele mesmo sabia como explicar para si mesmo, a ideia de querer ir até sua antiga casa. Não sentia saudade, porque ele não conseguia lembrar...pode se dizer que ele sentia curiosidade em recuperá-las indo até lá, como sua irmã e cunhada sugeriram.
No momento nada vinha.... Mas ele já esperava que certas mudanças não aconteceriam tão de repente.
E após essa pergunta, ele se sentiu deslocado, querendo partir para casa o mais rápido, talvez fosse cedo demais para voltar e tentar recuperar o que ele perdeu, muita coisa, sim.
Sentindo-se um tolo, Louis tremeu, balançando a cabeça em negação.
— Talvez eu tenha me precipitado. — levantou da cadeira — Uma má ideia bater vindo para cá. E-Eu tenho que ir!
Ele sorri sem graça, afastando a cadeira no mesmo instante que Harry levantou.
— Por favor, espere! — foi quando suas mãos se tocaram.
Harry segurava a mão de Louis, de modo carinhoso, seus olhos puderam assim se encontrar, os pares de diamantes estavam brilhando mas em tristeza, ele podia ver se formar algumas lágrimas, mas Harry fazia caretas para lutar contra elas.
— Harry...
— Fique, por favor! — sua voz saiu chorosa — Eu preciso de você.
— Harry...
— Se não quiser responder minhas perguntas, ou que eu as faça. Tudo bem. — Harry deu um passo a frente, enquanto Louis permanece imóvel — Apenas fique um pouco mais.
O coração do Louis faltou sair pela boca, tanto que ele teve que engolir o excesso de saliva que inundava a parte interna da sua boca, “voltando seu coração” para de volta no peito.
Ele viu que cada vez que tomava uma atitude, acabava machucando o outro em sua frente, Louis sempre teve o coração mole, em relação às ver outrem chorando, triste ou cabisbaixo. É como se a dor passasse para ele e de certa forma, ele sofresse juntamente.
Olhando bem para aquele que diziam ser, seu esposo, Louis sentiu vontade de chorar, porque tudo o que queria era evitar a dor, vendo que nesse momento ele estava a causando.
Não.
Aquilo era tão errado, ele não gosta de ver as pessoas sofrendo por sua causa, mesmo que parte da culpa da dor de Harry fosse sua, Louis responde:
— Tudo bem! — puxando sua mão para de volta o seu corpo.
Embora tenha recebido um olhar de frustração do Harry, viu que ele o substituiu por um sorriso largo. O que o fez sentir-se melhor.
(...)
Após tomarem o café, trocando curtas palavras e sendo meramente surpreendidos pela cadela, Cristal, foram para a sala, para conversarem em um canto confortável.
Ela era bem arrumada, com dois sofás de camurça cinza, um tapete no meio: por cima a mesa de vidro de centro. Ao lado, pequenas mesas, com flores em jarros, a televisão grande pendurada na parede, aparelhos eletrônicos: Som, TV a cabo. Também havia uma mesa maior, encostada na parede que ligava a porta e o hall de entrada, nela, porta-retratos estavam postos, sem contar no gigante, em cima da mesma.
Louis parou de andar, encarando a eles, fotos de família, sua família.
O grande porta-retratos, estava ele sentado no gramado, com uma roupa de verão, fresquinha, Harry estava ao lado, também na mesma posição que a sua, usava um short taquetel amarelo, uma blusa de manga meia desbotada, sem contar aquele boné azul jogado para trás, na frente deles o pequeno bebê, de cabelos castanhos como os de Louis, mas com fios loiros, como os de Harry, olhos azulados, que sorria e parecia que seu sorriso, contagiava o dos pais que o segurava completamente felizes.
O vazio, foi dominando Louis, ele queria lembrar desse dia, assim como os outros que via nas fotos, um casamento — deveria ser o seu —, viagens em família, com amigos, todos sorrindo nas fotos, até mesmo tinha algumas do seu filho, ele é um amor, podendo ver, tão lindo, que provavelmente puxará mais a Harry do que a ele, seus olhos param sobre a foto em que ele beijava Harry, pareciam bem contentes nela, apaixonados sem descartar, estavam de branco, provavelmente passando o ano novo juntos.
Louis abraçou seu corpo, soltando um suspiro melancólico, novamente sentindo a dor que o seu esquecimento lhe causou. E lhe causa todos os dias, quando ele lembra que sofrera um acidente que lhe tirou dois anos de vida.
Ao seu lado, ele sente a presença de alguém...
Harry também encarava as fotos, sorrindo triste, envergonhado, Louis encara o aparelho branco, que parecia um rádio comunicador nas mãos de Harry, aonde uma luz verde piscava e era possível ouvir o som de uma respiração passando.
— Isso é o quê? — Perguntou.
Harry saiu do seu transe, olhando para o aparelho na sua mão, sorrindo.
— Babá eletrônica, Nathan está dormindo, então eu meio que fico com ela para ir até ele quando acordar. — Explicou.
Nathan....
Seu pequeno filho esquecido em alguma parte da sua mente. Tão triste isso.
Louis sorri triste, balançando a cabeça para Harry.
— Quer que eu explique, sobre uma das fotos? — O maior indaga, apontando para os porta-retratos na frente de ambos.
Louis realmente tinha curiosidade, olhou bem para cada um em sua frente, mas o que lhe chamou a atenção, fora aquela em que estava segurando coberto pelo lençol, sendo beijado por Harry, que também estava sendo coberto por lençol, porém na altura da cintura.
— Essa aqui! — apontou para a imagem.
O corpo de Harry enrijeceu, quando ele olhou para a foto e em seguida para Louis.
— Tem certeza? — sua voz sairá rouca.
— É, sim. — responde Louis, inocentemente.
— Tudo bem. — Harry cruzou os braços, mostrando o quão seus bíceps eram bem músculos e deixaram Louis bem vidrado neles, antes de encarar seus olhos — Essa foi a primeira foto que tiramos quando casamos, assim, foto íntima, nesse dia, acabamos de chegar para comemorar a lua de mel, fizemos amor três vezes, você é incrível, posso afirmar, também estávamos felizes, porque enfim, selamos mais uma parte da nossa união. E você tinha acordado cheio de amor, me beijando nos ombros. Rosto. Lábios. Pálpebras. Foi quando eu puxei a minha câmera, segurei sua cintura, dando um beijo de bom dia, seguido da foto. — Harry rir — Você quase me matou, por ter tirado essa foto.
— Por quê?
— Porque achou que estávamos nus, e não gosta muito dessa ideia de se ver pelado em uma foto. — As bochechas de Louis começaram a queimar, mas Harry continuou — Mas no fim, quando viu que não era nada daquilo, achou que era uma bela foto, porque ela lembraria a você, do melhor dia de nossas vidas.
“porque ela lembraria a você, do melhor dia de nossas vidas”.
Harry disse aquelas palavras, fazendo Louis encarar bem a imagem, talvez quando ele veio a dizer isso, fosse mesmo fazer com que ele lembrasse. Ele tentou, ficou estudando e tentando sentir alguma coisa.
Nada.
Tudo que lhe dominou foi uma imensidão de desapontamento constante.
— Uma isso não acontecer! — falou frustrado, voltando para a sala.
Louis se sentia um intruso na própria casa, um estranho perto do seu marido. Ele caminhou até o sofá, jogando seu peso nele, completamente raivoso.
— Quer falar sobre isso? — viu Harry deixando a babá eletrônica na mesa de centro.
— Mas o que eu iria falar?
— Me diga, o que sente nesse momento?
Enquanto Louis quase explodia, Harry estava calmo e apreensivo a tudo.
— Eu... — Ele encara seus dedos, juntando-os um no outro — Um monstro?!
— Você não é um monstro, Lou.
— Sou sim.
— Por que você seria um monstro?
— Porque estou fazendo você sofrer, além do mais — fungou com as mãos trêmulas, elas vieram a ficar assim de repente —, temos um filho, eu não me lembro dele. Você está aqui, cuidando dele sozinho, afinal, que tipo de pai, eu sou? Que tipo de marido sou?
Harry se aproxima, mas não tanto, ele estava respeitando os limites de Louis. Isso fez com que ele ganhasse vinte pontos a mais com o pequeno.
— Não é culpa sua, aconteceu um acidente, você acabou sofrendo sequelas muito graves, causando sua perda de memória. E não podemos fazer muita coisa em relação a isso. Simplesmente aconteceu. — Harry falou, olhando bem para seus olhos — Você não é um monstro, se estou sofrendo é porque sinto sua falta, mas compreendo que tudo pra você é como um recomeço. Estou disposto a tudo para fazer com que confie em mim, eu estou disposto, Lou, a te fazer me amar novamente.
A declaração de Harry, deixara o rapaz sem palavras. Tudo o que ele fez, foi pensar nas decisões que teria planejado para a sua vida. Sem Harry e Nathan. Louis ia realmente, abandona-los.
Porque não achava que iria conseguir, cuidar de uma família, viver com uma que é sua, mas que ele não se lembrava.
Uma atitude impensável, iria ser a pior escolha. Não se abandona uma família, mesmo que dela, você tenha se esquecido.
Seus olhos se encheram, ele sentiu vergonha, porque pediu para Perrie dizer ao Harry que ele queria divórcio. Tomou coragem, encheu a boca com as palavras para solta-las à Harry.
— Me desculpe, por ter pedido divórcio. Sinceramente, falando, eu achei que não daria conta disso tudo. Você — aponta para seu marido — parece saber fazer as coisas muito melhor do que eu.
— Aprendi tudo com você!
— COMIGO? — Exclamou Louis, surpreso com o que ouviu, percebendo que havia escandalizado demais — Desculpe por isso.
— Tudo bem. — Harry solta uma risada gostosa.
— Então, me diga como fui capaz de fazer uma mágica, sem saber?
— Eu posso te mostrar. — Harry se levanta.
— Como?
— Fiz um vídeo e salvei no nosso computador.
— Hum...
Observando, ele viu Harry abri uma gaveta, para pegar o Notebook, Voltando para o sofá, digitou a sua senha, enquanto Louis olhava para a tela, esperando, quando aparece ele e Nathan, abraçados no visor do computador. Pela imagem, Louis parecia ser um pai muito meloso e cuidadoso, isso o fez puxar os lábios em um sorriso.
— Preparado? — Harry indaga, clicando na pasta, aonde estava escrito “Memórias dos Styles”.
— Acho que sim.
— Só não vale rir de mim.
— Tentador...
Louis fala, arrancando a risada de Harry.
“Louis estava segurando a câmera, sorrindo para ela, enquanto voltava a filmar o corredor da casa, chegando na porta, aonde estava escrito: Nathan.
A porta foi aberta, Harry estava perdido, sujo de talco e com o rosto cheio de côco de bebê.
— Me diga, que você trocou a fralda dele certo! — a voz do Louis saiu risonha.
O rosto de Harry foi ampliado, ele estava bravo, com a frauda assada nas mãos.
— Você me deixou sozinho, com Nathan, não me avisou que ele tinha, deixado uma 'surpresa', para mim.
— Harry, faz horas que eu saí! — dessa vez, Louis parecia zangado.
A câmera se balançou, quando Louis filmou Nathan, provavelmente com cinco meses, a bundinha assada, pois estava bastante avermelhada.
— Meu Deus, ele está assado. Harry, eu não acredito que você deixou Nathan assar e ainda mais — a câmera foi passada para as mãos de Harry que gravou o olhar bravo do seu marido — está todo cheio de côco. — dessa vez uma risada saiu de ambos.
— Não briga comigo, não tenho experiência com crianças.
— Deveria. Já que temos uma.
Louis foi até o guarda-roupa, pegou uma pomada de assadura, junto com uma frauda e talco. Já que um pote foi esvaziado pelo Harry. Ele volta para o pequeno, que sorria, tirou cinco lenços, estendendo na direção da câmera.
— Pra você limpar seu rosto com caca.
— Engraçadinho. — Harry estica sua mão, deixando a câmera sobre a cômoda alta, aonde podia-se ver o casal e o bebê, no ângulo bom.
Ele se limpava, enquanto Louis passava delicadamente a pomada na bundinha do Nathan.
— Seu pai, é louco meu Filho. Às vezes acho que não tenho que cuidar não só de você, mas dele também.
— Eu sei cuidar de você sim, Nathan, não ouça esse pequeno ser.
Nesse momento, Louis colocou uma quantidade de talco na mão, acertando em cheio, o rosto de Harry. Sua gargalhada ecoa pelo quarto.
— Isso, não se faz! — tossia o outro, tentando tirar o pó do rosto.
Louis não deu ouvidos, terminando, assim de vestir Nathan e lhe dar um beijo na testa. Foi gravado, ele indo até o berço e colocando o pequeno dentro. Nesse momento, Harry joga o lenço no lixo do quarto, enchendo sua mão de talco e a escondendo nas costas, enquanto ele se aproximou do Louis.
— Ele é lindo, igual ao pai... Só não disse qual! — falou o maior.
— Idiota!
— Ei, não pode xingar perto do bebê, lembra? — Harry deu um passo para trás.
— Escapou! — Louis solta uma risadinha.
— Sem perdão, você falta me matar, quando faço isso.
Cristal aparece no vídeo, a cadela, pulando animada, até o casal e lambendo a mão com talco de Harry.
— Não, Cristal! — Ele a puxa, mas a cadela já teria lambido quase tudo e estava com a boca branca.
— Harry nem pra me atingir com o talco, você serve! — Louis gargalhou.
Bufando o maior, jogou o que tinha no rosto do esposo, fazendo com que Louis cessasse a risada.
— Quem está rindo agora?
— Cala a boca, Styles!
— Um beijo, cairia bem....
— Feche os olhos, terá uma surpresa! — Louis mordeu os lábios.
— Opa!
Tolamente, Harry assim fez, nesse momento, o pequeno, pegou o talco, jogando em cima do mesmo. Sujando todo o quarto do bebê.
— Lou!
— Eu disse que seria uma surpresa! — gargalhou o outro.
Cristal que ainda estava no quarto, pulou em cima da câmera, no momento em que o casal gritou para que ela não fizesse tal ato.”
— Depois dessa, tivemos que comprar outra câmera, porque a Cristal comeu, literalmente a que gravou. — Harry explicou quando o vídeo acabou.
Limpando as lágrimas que pela sua face escorreram, Louis respirou profundamente, eles eram um casal muito engraçado, mostrou assim a filmagem.
— Ela é sempre assim? — indagou o menor.
— Digamos, que desde que era uma filhote.
— Você deveria levá-la ao adestrador. Talvez ela não fosse tão... louca?! — rindo, ele apoiou a mão na própria perna. — Você parece ser um cara que não ouve muito e teimoso demais.
Harry nada disse, nem mesmo reagiu, apenas encarou Louis, que após perceber que ria sozinho, corou, se sentindo um verdadeiro idiota.
— Eu disse algo errado?
— Não. — Harry balançou a cabeça — É que, quando você estava bravo com a Cristal, dizia essas mesmas palavras para mim.
Silêncio.
Taí, uma coisa que ninguém nesse mundo, não vá ficar, nem mesmo poder evitar, um maldito constrangimento. Não importa, seu motivo seja, ele sempre fará as pessoas se calarem até que alguém torne a falar ou contornar a situação.
— Sinto muito. — Louis falou tristonho.
— Tudo bem. Foi só uma nostalgia.
Harry move os dedos, involuntariamente acaba colocando para reproduzir um vídeo, somente dele e Louis, não tinha nem, um minuto inteiro, mas fez os dois, encararem a tela.
“Louis estava no colo de Harry, com uma xícara segurando a mesma, enquanto se era filmado, Harry beijando seu ombro. Em seguida, ele sorri, no momento em que o sol, foi pousando do outro lado.
Ele se virou para Harry, o beijando.
— Eu amo você, a melhor coisa que me aconteceu, foi quando entrou na minha vida.
— Amo você Louis. — Harry endireita a franja do mesmo.
Voltando a de beijarem.”
— Isso foi sem querer! — Harry fechou a tela do Notebook.
Louis olhou para frente, sentindo as lágrimas se acumulando na bordas dos seus olhos, então era aquilo que ele estava pensando em abandonar?
Aquela vida maravilhosa, por que ele tinha, medo?!
Novamente, não sei sentiu digestivo para as coisas que iria fazer, seu olhar passou para Harry, com tristeza.
— Foi lindo. — ele comenta — Uma pena, que eu não seja mais esse Louis do vídeo.
— Lou...
— É minha culpa, se eu tivesse colocado o cinto, não teria perdido a memória...
— A culpa não é sua que um bêbado apareceu com o carro e bateu na lateral do nosso carro...
— Harry, como pode amar uma pessoa como eu? Meia pessoa? Sem memória?
— Porque você é tudo o que eu tenho. É o meu marido, eu fiz votos na frente de uma família, amigos, principalmente a você, que não o abandonaria, seja na saúde na doença, até que a morte nos separasse. E ainda bem que ela não veio a tona. Louis, sua falta de memória não acaba com o sentimento dentro de mim.
Tomlinson-Styles, encostou as costas no apoio do sofá, permitindo colocar uma das suas pernas de baixo da sua bunda. Harry era tão bom, que não merecia ter alguém tão complicado como o Louis.
— Eu sei o que está pensando! — Harry deixa o Notebook de lado — Você merece tudo o que o mundo não pode te dar, assim como você merece a mim, na verdade, você já me tem. Saiba disso.
Chorando, Louis encara Harry nos olhos.
— Como sabe o que estava pensando?
Rindo, Harry morde os lábios.
— Eu conheço suas expressões faciais, você costumava ficar inquieto quando achava que não era pra estar comigo.
Louis soltou uma respiração calma soprar para fora dos seus lábios. Harry se aproxima, tocando no seu rosto, fazendo um carinho, cujo ele não recuou. Assim, encarando bem, seu companheiro nos olhos, Louis fitou Harry, com o coração acelerado, parecia estar prestes a sair pela boca. A barriga, trêmula na medida em que o outro, esquiva seu rosto para perto de Louis.
Fechando os olhos, o mesmo permitiria sentir os lábios de Harry pela primeira vez, com aquela memória nova.
Um toque, a música estava alta, fez ambos se afastarem. Como se tivessem tomado choque.
Louis encolheu no seu canto, quando Harry sussurrou um “Desculpe”. Indo até a bancada da sala e pegando seu celular, atendendo a chamada.
— Alô! — Falou, parecia chateado por terem atrapalhado o momento que estava prestes acontecer — Calma Perrie — o olhar de Louis foi voltado para Harry naquele mesmo instante — Não...Louis está comigo...é...ele veio para a minha casa com o doutor Christian.... Não se preocupe, vou levá-lo para o apartamento. Você quer falar com ele? ..... Okay, então, mais tarde, levo Louis.... tá, beijos.
Harry desliga a chamada, encarando Louis.
— Ela achou que você tinha fugido, ou algo parecido.
Tateando o bolso, Louis puxou seu celular novo, estava desligado desde que saiu do hospital. Talvez ele não tenha avisado a sua irmã desse pequeno detalhe. Ele volta a guarda o aparelho no bolso, ficando em silêncio.
Virou o rosto para encarar a foto de Nathan, na mesa que antes estava parado ao lado de Harry.
Nesse momento, foi quando a babá eletrônica, emitiu o choro de uma criança, sua criança. Sem dizer nada, Louis levantou do sofá, como se seu corpo soubesse o que fazer, tal ato, fez Harry o encarar e perguntar:
— Você quer vê-lo?
Sentindo as mãos trêmulas, suadas, Louis assentiu. Parecia que ele ia ver pela primeira vez Nathan, como se tivesse recebido a notícia de que ele acabara de nascer. Até mesmo, a ansiedade fora grande, a cada choramingo que o pequeno dava.
Harry esticou a mão, juntando seus dedos, guiando Louis pela casa. Subindo a cada degrau, Louis, tinha a sensação de perda, mas era de sua alma. Porém ela voltava, suavemente.
Quando a porta do quarto foi aberta (a porta diferente do vídeo), viu a cama de casal, aonde uma pequena criança, com roupa de frio, estava de bruços, com os olhos inchados, assim como as bochechas marcadas pelas linhas que o travesseiro fez.
Tão lindo, Nathan estava bem grande, muito maior que no vídeo, assim que seus olhos se encontram, Louis sentiu o coração saltar para fora, sem voltar. O pequeno sorria para ele, como se sentisse falta dele. E Louis, sentiu falta, mesmo não lembrando como é senti-la.
Ele solta a mão de Harry, permitindo, ir até seu bebê. Em meio aos prantos, trôpegos, abraçou Nathan, timidamente diante os olhos do Harry. O bebê, retribuiu, dando um beijo na bochecha do pai ausente. A emoção que Louis sentia, era imensa, ninguém vendo a olho nu, poderia explica-la. Apertando aquele corpinho quente. Ele derramou todas as lágrimas, que não sabia ser existente.
Tudo que Louis pedia, era que a sua memória voltasse, porque ele não queria ver mais ninguém sofrendo, ele queria poder olhar para seu filho, lembrar de tudo que fizeram juntos, o que planejava para seu futuro.
Se perguntando novamente, como puderam arrancar isso dele?
Afastando, em uma distância pequena, Louis arrumou a franja no rosto do Nathan, cabelos tão caramelados, lisos e brilhantes. Tão lindo...
— Da, da! — disse o pequeno, fazendo um carinho em seu rosto.
Louis, encarou Harry boquiaberto, em seguida a Nathan, voltando-se para Harry, que estava emocionado no seu canto.
— E-Ele está falando desde quando? — perguntou com a voz trêmula.
— Desde que voltei para casa.
Então, Louis lagrimou um pouco mais.
— Oi Nathan! — Segurou a mãozinha do seu... filho. — Me desculpe, por ter ficado esse tempão longe de você. Você me perdoa? — Como resposta, Nathan. Faz um barulho com a boca e rir — Eu...você é um bebê tão lindo!
— Da, da!
Sorrindo, Louis abraçou Nathan novamente.
(...)
9:12 P.M.
Os três estavam na cozinha, esperando a comida ficar pronta, na verdade, Nathan esperava, enquanto Harry e Louis perambulavam, pelo cômodo. Mesmo não sabendo como, Louis, ouvia as instruções de Harry para fazer a janta de Louis, não sendo a lavagem que deram para o pequeno a alguns meses atrás. Ele estava indo bem, porque Harry, estava sempre lhe dando os parabéns.
— Então, você quem escolheu o nome. — termina de explicar, como Louis resolveu nomear o bebê, como Nathan.
Olhando para o lado, viram o pequeno fazendo um carinho em Green e sendo chamando atenção com Cristal, balançando o rabo perto do braço do pequeno.
— Ei, sua abusada, deixe ele com o gato. — Harry comenta, batendo os pés para chamar a atenção da cadela — Você tem a atenção dele por vinte duas horas por dia, saiba dividir o tempo.
Louis segura a risada, terminando de colocar o resto da batata cozida no prato de plástico, pegando a mamadeira com suco, preparado por Harry, indo até Nathan, quando Harry, levava os pratos de ambos, até a mesa de vidro.
— Vocês dois, são uma graça! — ele coloca-se ao lado do filho.
Observando Harry, fazendo cara feia para Cristal, que tentou pegar seu bife do prato.
— Acho, que está com fome.
— Eu pego a comida, dela. — Louis se pronta a dizer, já caminhando até a dispensa.
Sendo seguido pela cadela e o gato manhoso.
Olhou para cima, vendo as duas rações acima de si, não era tão alto, ele poderia se esticar que conseguiria. Apoiando a mão esquerda na prateleira, ficou nas pontas dos pés, tentando puxar a ração da Cristal primeiro, a mais difícil pois parecia distante.
— Eu te ajudo! — Harry falou atrás dele, quando Louis puxou o saco pesado, deixando bater na cabeça de Harry.
Os animais de estimação, correram assustados, assim que Harry bateu as costas, cambaleando para trás.
— Oh céus! Me desculpa! — Colocou a mão na boca, indo para perto do outro que gemeu de dor — Eu...Harry...droga...está doendo muito?
— Vai ficar tudo bem. — ele olha para o Louis. — Da última vez, você caiu da escada tentando alimentar Cristal, ela como uma covarde, saiu correndo, batendo a cara, naquela parede ali. — apontou para a parede, da qual a cadela e o gato estavam encostados.
Imaginando a cena desastrosa, Louis soltou uma risadinha, era ele, bem capaz de cometer esse tipo de proeza.
— Deixa que eu coloco a comida para eles. Melhor ir para perto de Nathan.
— Me desculpa mesmo. — Louis voltou a repetir, fazendo cara de dor.
— Não se desculpe, isso acontece.
Para não ter um treco, Louis voltou para o seu lugar. Ultimamente, ele vem agindo lerdo demais, mas era devido ao efeito dos remédios diários que estava tomando.
Resolveu dar comida para Nathan, que estava muito apreensivo a cada movimento que fazia, isso ele parecia com Harry, afinal, percebeu como ele era observador.
....
O resto da noite, eles jantaram, trocando alguns comentários, Louis estava encantado com o filho, já sabia falar e engatinhar, nem acreditava que Nathan estava prestes a fazer um ano de idade. Realmente, o tempo, passa rápido, Louis já não queria perder o resto que tinha.
Quando percebeu, o quão bom era estar entre aqueles dois, assim como os animais de estimações.
Não teria porquê ele continuar fugindo....
— Acho, que não posso perder mais tempo, deixar que viver o crescimento do Nathan, por minhas paranoias! — Louis comenta, no tapete, deixando Nathan ir abraçar o ursinho de pelúcia.
— Você não precisa ter pressa. — Harry olha na mesma direção que ele.
— Não, Harry, eu tenho que ter pressa. Nathan, ele está crescendo, mesmo que seja difícil para mim, quero acompanhar seu crescimento, aqui. Nessa casa.
Suas palavras fizeram Harry sorri.
— Será bem-vindo. Embora, essa casa seja sua também.
Louis fitou seu filho, sentindo as voltarem a escorrer.
— Me desculpa? — ele abraça o próprio corpo. — Me desculpa por tudo.
— Shii! — Harry o puxou para um abraço — Não diga nada. Estou aqui, eu amo você.
Louis chorou no peito de Harry, queria poder dizer o mesmo, mas seus sentimentos eram confusos, ele estava começando a se apaixonar por Harry, aos poucos, do seu jeito.
NOTAS FINAIS
Gente demorei porque o site não estava funcionando
Eu já estou ficando fula...
Enfim, espero que tenham gostado, coisas boas estão por vir, não vou fazer ninguém sofrer aqui ouviu?
Hauahauaha
Beijão pra vocês ♥
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