Chapter Eleven
Votem e comentem, é importante ♥
Música pra quem quiser ouvir ♥
- x - x - x -
Um mês depois
03, de Abril de 2019
11:20 P.M. / Praça do Hospital
*Harry*
Olhando para as pessoas em sua volta, sentindo como se nada fosse ter sentido, Harry coloca os dedos entre os fios dos seus cabelos embaraçados, afinal faz um bom tempo que ele não fazia qualquer coisa que antes.
Não voltou para sua casa, não via mais sua cadela e nem o gato preguiçoso, algumas vezes, quando não estava cansado demais ou chorando, Harry fazia uma chamada de vídeo para ver Nathan. Quem o conhecia, via o quão acabado ele estava, desde que o acidente aconteceu.
Fazia exatamente um mês que Louis entrou em coma, depois que um bêbado estava dirigindo em alta velocidade, colidindo o carro contra o de Louis.
O pior pesadelo de Harry seria perder seu marido para a morte, a única, que ele não poderia lutar frente a frente.
Mas isso mudou aquela manhã, quase tarde, quando Louis abriu os olhos vagarosamente e olhou em pânico para Harry, como se ele fosse um desconhecido. Afastando Harry e gritando por ajuda, quando o mesmo tentou se aproximar e tocar no mesmo para poder conversar ou sentir o corpo quente de Louis.
Mas seu marido não sabia e nem o queria por perto até então.
Isso estava acabando com Harry, por mais que ele fingisse que estava tudo bem, sabia que não estava, nesse momento, enquanto afoga sua dor, em um copo grande de café quente, ele pensa como será sua vida, daqui em diante, se não tiver Louis, o seu marido, ao seu lado? Como será que ele vai se aproximar do marido quando ele o quer longe?
Como reagir quando Louis o encarar como um estranho?
Tentar conter a dor que subirá no seu coração, quando não se dá para fazer isso, tão facilmente.
Harry queria que tivesse sido ele, indo buscar o carro e ter sofrido aquele maldito acidente e não Louis.
— Harry! — Liam o chama, um tanto ofegante — Por que saiu daquele jeito? Você só assustou mais o Louis.
— E como você queria que eu saísse? — Harry eleva o tom de voz — Droga, como se sentiria se Zayn te olhasse como se você fosse um estranho? Como se estivesse com medo de você chegar perto dele? Se sentisse como se um ano da sua vida ao lado dele, tivesse simplesmente desaparecido da sua mente?
Harry já estava chorando, porque mesmo não sendo a intenção do Louis, ele estava machucado por causa dele.
— Eu entendo que tudo isso esteja acabando com você...— Liam começava a falar.
— Não, você não entende o que estou passando. — Harry levanta, indo para longe do amigo.
Ele apenas andava sem ter direção, não sabia para onde ia, mas precisava andar.
Uma Parte do Mês de Março
• Antes de tudo •
As Sirenes foram se aproximando, depois que Harry ficou um tempo com seu filho esperando que ela viesse, pois seu marido estava dentro do carro, desacordado e sangrando, Harry queria pegá-lo mas não sabia se Louis tinha fraturado alguma parte do corpo. Mas agonia que sentiu, com o filho nos braços, olhando para ele, sem entender o que estava acontecendo, por que Harry chorava tanto, fez com que Harry se quebrasse mais.
Os paramédicos se aproximam junto com o corpo de bombeiros, as pessoas do mercado de aglomeravam ao redor do carro, gravando e olhando espantadas para a cena. Harry queria gritar e mandar cada uma cuidarem das suas vidas, mas estava preocupado demais com Louis, em seu estado de saúde. O motorista bêbado que bateu na lateral do carro do casal, estava desacordado e sangrando, cheios de feridas pelo corpo.
Harry iria procurar seus direitos, denunciando o meliante.
Seus olhos vidram em Louis, ele ouve um “Cuidado, podem deslocar e faturar mais alguma coisa nele”, em seguida eles tirando o corpo do seu marido do carro detonado.
— Senhor, pode me dizer o que aconteceu? — Alguém perguntava para ele.
Mas Harry foi com seu filho, até o marido que sangrava muito, estava machucado e cheio de feridas. Mais lágrimas caem e Harry não sabe o que fazer, não sabe como vai ser daqui para frente, ele só queria que Louis ficasse bem.
— Senhor, preciso que nos diga como aconteceu o acidente! — Persiste a pessoa.
Harry abraça o corpinho de Nathan, para afagar sua dor e impedir que seu bebê veja Louis naquele estado, toda sua vida passou como um filme na sua cabeça, tudo que ele e Louis construindo depois de tudo que viveram a dois anos atrás. As superações que conseguiram, juntos.
Não era como se ele estivesse vendo a morte do seu marido, não, Harry simplesmente estava vendo os motivos para que não perdesse Louis. Ele pensa positivo e que tudo vai dar certo, porque ele tem de fazer aquilo.
Os paramédicos estão levando o corpo do seu marido para dentro da ambulância, Harry segue-os com Nathan em seu colo.
— Senhor, não pode entrar com a criança! — Disse um dos enfermeiros.
— Como assim? É o meu marido que resta aí dentro. — Harry comenta estupefato, não acreditando no que estava ouvindo.
Será que nenhum daqueles homens, sabia que ele estava ferido? Será que ninguém se importava?
— Sinto muito, senhor, com a criança não poderá vir conosco. — Foi tudo que o homem disse, fechando a porta e levando seu Louis para longe.
Harry sentiu raiva e frustração, tudo vindo ao mesmo tempo, ele queria xingar aqueles homens por não deixarem ele ficar com Louis, seu filho começa a fazer beicinho, mostrando que estava prestes a chorar.
— Tudo bem, tudo bem. — Harry faz um carinho nas costas de Nathan.
Puxando o celular, ele disca o número do Niall, olhando agoniado para os lados, ele queria ir para o hospital, mas estava de moto e não cometeria a imprudência de levar Nathan nela, ainda mais no estado que estava. Depois do quinto toque, Niall atente.
“Olá meu Tops”
— Niall, preciso que fique com o Nathan, mas você tem que vir agora até o mercado aonde estou! — Harry disse as pressas.
“Ei, o que houve?”
Harry reprime os lábios, sentindo a vontade de chorar, ele realmente faz isso.
“Harry, o que está acontecendo?”, Niall parecia agoniado e preocupado.
— Bateram no carro em Louis estava, nosso carro, ele capotou, Louis foi desacordado para o hospital, preciso que fique com Nathan, enquanto eu vou até lá, também preciso que avise a família dele. Por favor, venha rápido!
Podia se ouvir os espasmos que Niall dava do outro lado da linha, em seguida ele fungando e barulhos como se ele estivesse se movimentando.
“E-Eu estou a caminho, só me diz o nome do mercado.”
Harry assim fez, balançando calmamente Nathan para deixá-lo calmo. Embora ele mesmo não estivesse.
— Senhor, precisamos do seu depoimento. — disse aquela mesma voz.
Harry olha para o lado, nervoso.
— Senhor, meu marido acabou de ser atropelado por um carro aonde um homem bêbado teve a imaturidade de dirigir bêbado, eu fui proibido de entrar na porra daquela ambulância, porque estou com o meu bebê. Estou aqui atordoado, a espera do meu amigo, para pegar meu filho, mas enquanto isso eu fico aqui, apenas pensando positivo, para que nada de ruim tenha acontecido com ele. Então, se você quer meu depoimento, por favor, que procure-me no momento que não seja importunado.
Silêncio fica entre ele e o oficial de polícia. Harry sabia que não poderia falar assim, mas ele estava aflito, tudo que ele queria estar era com Louis, mas não podia até então.
— Pode nos dizer seu número? — Perguntou o mesmo — Podemos cuidar pra que levem o carro do senhor para o conserto.
— Sim, obrigado....por favor.
(....)
Avistando o carro prata do Niall, Harry se apressa a pegar suas compras, o bebê conforto de Nathan que acabou dormindo no seu colo depois de chorar um pouco.
— Harry! — Niall sai do carro, seguido por Kassie. — Meu Deus, eu sinto muito. — Horan o abraça com cuidado.
Ele chora junto com Harry, eles permanecem naquela posição depois de se separarem.
— Deixe me pegá-lo! — Kassie estica sua mão, para pegar Nathan dos braços de Harry, ele entrega o pequeno para ela.
— Avisei a Perrie e aos outros, ela está indo com a Jade para o hospital. Daniel está no trabalho então não pode me atender, mas a Lottie disse que vai continuar tentando avisa-lo. — Niall fala, assim que Harry arruma sua roupa.
— Obrigado, pelo que está fazendo. Isso é importante!
— Sim, eu sei. — Niall volta a abraça-lo — Ele vai ficar bem, okay?
Harry funga, assentindo.
— Aqui as chaves! — Ele entrega, pois havia se esquecido desse detalhe. Em seguida beija o topo da cabeça de Nathan — Manterei vocês informados.
Harry corre até sua moto.
•••••
O tempo parecia ter parado e a chuva que caía do outro lado chorava junto com o Harry, o dia estava nublado assim como o coração ferido. As pessoas passavam por ele, mas Harry não se importava com elas e por estar sentindo as lágrimas descendo pelo seu rosto nesse momento.
Ele olha para o lado, vendo Liam se aproximando com dois copos de capuccino, em seguida ele ergue para o Harry.
— Acho melhor você pegar, antes que eu me canse! — Liam comenta.
Harry pega o copo, vendo seu amigo, sentando ao seu lado.
— Mais calmo? — Liam perguntou depois de beber um gole do capuccino.
— Não muito. — Harry disse num tom seco — Olha, o que eu falei pra você, o modo como usei meu tom de voz. Peço desculpas por isso, é que....
— Harry, eu entendo. Não se preocupe, se te alivia, na hora eu quis da um murro na sua cara, por ser tão grosseiro. Mas então, eu lembrei de toda a situação, compreendi, tanto que virei e fui comprar algo para bebermos. Não é álcool, mas é bebida! — Liam brinda seus copos, fazendo Harry puxar um sorriso triste — Olha, as coisas não estão sendo fáceis, posso ver que não, também estava acompanhando tudo, quero que seja forte, okay? Sei que é complicado pra você mas logo o Louis vai voltar a ser, o seu Louis.
Por um momento, Harry baixou sua cabeça, um tanto triste ao lembrar de tudo o que aconteceu em minutos atrás, em quão olhar para o Louis e não sentir que era seu marido ali, chorando para que o tirassem do quarto, porque Harry era um estranho.
Isso também fez Harry pensar em Nathan, em como seria de Louis o visse depois do acidente, se é que ele vai querer fazer isso, já que Harry terá de ficar ao lado do seu filho.
Tudo volta a doer e apertar seu peito.
— Eu o amo, mas será mesmo que isso vai passar? Eu nesse exato momento, estou perdido Liam.
— Ei, cadê aquele cara que ver tudo positivo? — Liam afaga suas costas.
— Acho que se perdeu...
— Pois o traga de volta, seu marido e filho precisam dele, nesse momento. Sei que não dá pra ser forte todo o tempo, mas eu preciso, da sua positividade. Entendeu?
Liam o puxa para um abraço, Harry nada disse, apenas se escorou no amigo, liberando a dor que energia no seu peito. Pensando novamente, que Louis não se lembrava dele, como Harry iria viver ao seu lado assim? O que ele iria fazer?
Estava tão perdido, com medo de cometer erros com Louis, mas feliz por ele estar vivo.
Um mês atrás
• Hospital •
Assim que ele ouve a recepcionista dizer que Louis acaba de entrar na sala de cirurgia, por ter se ferido gravemente, Harry fica na sala de espera, querendo as notícias que não viam, era tão ruim estar ali e não fazer nada. Se dar o trabalho, de não fazer nada. “Uma maravilha”.
— Aonde ele está? Como isso aconteceu? — Perrie apareceu na sala de espera, com os olhos inchados, ele estava tão preocupada, quanto Harry.
— Perrie! — Harry abraça a mesma — Foi tudo tão rápido, quando eu vi, o carro estava caído, Louis estava sangrando, o motorista do carro que bateu no nosso, desacordado, também sangrando, as pessoas ao nosso redor. Nathan em meus braços e minhas lágrimas. — Explicou aos prantos.
— Oh céus!
Ficaram os dois abraçados, Jade estava atrás de Perrie chorando com as mãos nos lábios. Aos poucos, foram chegando seus outros amigos, Camila e Lauren ficaram na casa de Harry, para conversarem com Kassie e Niall, Daniel e Lottie vieram juntos, não quiseram trazer os pequenos e isso foi o certo. Harry falou com sua mãe pelo telefone e a mesma disse que estava comprando as passagens de avião para voltar da sua viagem com Gemma, depois encerrou a ligação antes que Harry protestasse.
A espera é uma coisa muito estressante, ainda mais quando se trata da vida de alguém.
As mãos de Harry estavam suando, toda a hora ele perguntava para algum enfermeiro se a cirurgia havia acabado, mas recebia um “Não sei” ou “Não posso te informar senhor, apenas aguarde como o resto da sua família e amigos”.
Harry quase xingou a essas pessoas, mas manteve o bom senso e quando ia fazer isso, Liam o puxava pelo braço, bravejando com o mesmo que ficar nervoso não ia adiantar nada, tendo em vista que ambos quase discutiram no hospital por isso.
Aquela era a tal, frustração e angústia, cuja deixava Harry um tanto atordoado como estava.
Passam mais alguns minutos, até o doutor aparecer chamando o sobrenome “Styles”, fazendo todos os presentes ali se levantarem para ouvir o que o mesmo tinha para falar.
— Então, como ele estar, doutor? — Daniel pergunta, já que era o único que estava mais apto para fazer as perguntas.
— Bem, quero me apresentar como Doutor Tracey, acabei de fazer a cirurgia de Louis, ocorreu tudo bem, não tivemos muitas complicação, até ele começar a perder sangue, porém, conseguimos conter e afirmo a vocês que sua situação é estável. — Ouve-se suspiros aliviados — Mas Louis bateu a cabeça, por não estar com o cinto, no momento do acidente, isso causou uma luxação na lateral do seu cérebro, que no momento está inchado, então não podemos afirmar quando ele irá acordar, até o momento em que esse inchaço diminua. Então, Louis terá de ficar em coma, por tempo indeterminado, pode ser que isso demore, pode ser que não, depende de como ele estará reagindo consigo mesmo, agora tudo está nas mãos de Louis, ele decidirá se vai querer acordar ou não.
Após as falas do doutor, Perrie teve um desmaio, fazendo os amigos e as pessoas em volta, pedirem ajuda aos enfermeiros levarem-na para um quarto, Jade acompanha, dizendo que vai ficar tudo bem, com a namorada.
Enquanto Harry, caiu sentado no sofá do hospital, interlaçando os dedos nos fios de cabelo, por estar abalado com o que acabou de ouvir, seu Louis estava em coma, aquilo não podia acontecer, “Ele tem que viver”, pensava o mesmo, derramando suas lágrimas. Lottie abraça Daniel, que também estava quebrado ao ouvir que Louis estaria em uma cama de hospital pelos próximos tempos.
— Poderemos ficar? Um de nós? — Daniel Pergunta.
— Podemos vê-lo, agora? — Harry pergunta com a voz embargada.
Tracey, solta um suspiro.
— Apenas os familiares, lamento aos amigos que vieram, o estado de Louis é crítico, então seria bom alguém o acompanhando.
— Eu vou! Sou o marido dele. — Harry se levanta, fungando e secando as lágrimas.
— Harry, mas e o Nathan? Seu trabalho? — Mike Pergunta.
Não seria fácil ficar longe do seu filho, quanto ao seu trabalho, ele não estava muito preocupado, porque a sua chefe, teria que entender, que Harry não estava em uma fase boa, e que se ela ainda fosse querer seus serviços, iria contratar alguém temporário para substituir Harry, ele não se importava em não receber seu salário, mas se a senhora Hudson, não quiser, então, Harry não ia fazer nada, porque era seu Louis em uma cama de hospital e ele queria estar ao seu lado, até que ele acorde.
— Se me permitirem, quero pedir a vocês que me ajudem nesse momento, indo na minha casa, vendo meu filho e mandando notícias, trazendo roupas para mim, porque eu vou ficar ao lado do Louis, eu sei que qualquer um aqui quer fazer isso, mas ele é meu marido, eu fiz um voto no nosso casamento, aonde “até na saúde e na doença”, seja a nossa força. — Harry reprime os lábios, vendo Liam chorando com Zayn, assim como seus outros amigos faziam — Eu amo o Louis, mais que tudo nessa vida, eu preciso estar com ele até que ele acorde.
O silêncio se faz por alguns segundos, todos tocados pelas palavras de Harry.
— Vá e cuide dele, mantenha-nos informado. — Daniel o puxa para um abraço — Você tem essa audácia e sensatez de Johannah, sei que ela ia gostar de você por isso. — ele sussurra no ouvido de Harry.
— Eu ia gostar muito, de estar com ela e podermos sermos assim juntos. — Harry assentiu, em seguida, puxa Lottie para um abraço — Eu vou cuidar dele, seu irmã não vai nos deixar, porque não permitirei isso, Louis ainda tem muito a viver, okay? — Ele a encara nos olhos.
— S-Sim. — A jovem soluça, com o corpo todo tremido.
Harry faz um papel de irmão mais velho, beijando o topo da testa da irmã de Louis.
Depois que se despede dos amigos, com abraços e palavras carinhosas. Quando foi acompanhando o doutor pelos corredores movimentados do hospital, Harry via pessoas dormindo nas camas, pessoas chorando ao lado daquelas que dormiam, também crianças com câncer, ou simplesmente doentes, sendo abraçadas pelos seus pais. Idosos, Jovens, todas as pessoas de todos os tipos. Harry sentiu um aperto no peito por elas, por ter um bom coração, se tocava com tais tipos de cena, muitas vezes ele chorava por causa disso.
Louis achava fofo quando via Harry agindo daquele modo, “Você é o mais coração mole que eu já vi na vida, eu me surpreendo com esse coração enorme que você tem Hazza, as pessoas poderiam ser mais como você, de verdade”, disse o Louis uma vez, que pegou Harry chorando depois de sair de um casamento no “Lar de Idosos”, aonde fotografou todo casamento, do casal que estava no seu leito de morte. E nunca se é tarde para se casar, como também nunca é muito cedo, se você tem a certeza de que quer viver ao lado dessa pessoa, se tem a certeza de que é exatamente ela que quer acordar todas as manhãs e amar a cada segundo, então por que não?
As pessoas podem ser quem elas quiserem ser, podem amar quem quiserem amar, sem gênero, sem restrição, sem preconceito, pessoas são pessoas e devem ser tratadas com gentileza, amar não é errado, mesmo sendo você um humano imperfeito, todos são, errado é você fazer uma guerra, procurando pela paz, destruindo o amor de outro e se preocupando em destruir a vida dessas pessoas.
— Casados, faz quanto tempo? — pergunta o doutor para quebrar o silêncio.
— Um ano e meio, quase. — Harry lhe responde, mantendo seu olhar focado nas portas que apareciam na sua frente.
— Vocês tem uma família e amigos lindos, são poucos casais que vejo por aqui, que tem essa união toda, que vi hoje.
— Somos ligados pelo amor que temos uns pelos outros, se as pessoas não têm isso, então não podem ser unidas. Acima de tudo, tem que se ter o valor do respeito.
Os dois viram para um corredor, aonde havia quatro portas, uma de frente para a outra, dando um total de oito.
— Muito bonito isso. — Tracey sorri triste e para na porta 365, Harry nesse momento, sente seu coração acelerar. — Não vou entrar, pra deixá-los a sós, caso precise de alguma coisa, só grite que alguém vem ou irá me chamar. Certo?
— Certo, obrigado.
— Ele ficará bem, acredite.
— Eu acredito. — Harry balançou a cabeça.
Em seguida, Tracey abre a porta, deixando que o maior entrasse, saindo logo depois.
Aspirando todo o ar que pode, Harry olha para cama aonde seu marido estava agora, cheios de tubo pelo corpo, parte do corpo enfaixado — cabeça, tórax, braço e uma perna que ele quebrou. — olhos roxos e inchados, mas fechados, sua franja estava caída no seu rosto desacordado que ainda respirava, Harry não aguentou ver aquilo e ficar firme, era complicado e impossível. Ele de aproximou do pequeno corpo, debilitado na cama e chorou mais.
Harry procura pela mão do seu marido, a segurando firme e fazendo um carinho, assim como distribuindo beijos nela.
O quanto aquilo o destruída, era difícil de se descrever em palavras, é apenas um sentimento que vai te remoendo aos poucos.
— Respire, lute para voltar a nós, por favor, não desista da sua vida, Nathan, eu, nossas família e amigos, precisam disso. Eu amo você, só não nos deixe. — Harry pede, selando seus lábios nos lábios de Louis.
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Liam e Harry voltavam para a sala de visitas, aonde alguns de seus amigos estavam, mesmo que Styles não quisesse, ele foi. Sendo surpreendido por Perrie que à poucos minutos, estava no quarto de Louis com ele, Zayn, Liam e Daniel. Após jogar o copo vazio de capuccino, Harry se apressa para saber das notícias sobre seu marido.
— C-Como ele está? — Pergunta.
A loira o encara, sorrindo fraco.
— Como, você, está? — Ela da ênfase no verbo.
— Eu não sei, no momento quebrado. — Harry foi sincero.
Até mesmo porque estava bem visível no seu estado, que nada estava bem.
— Sinto muito, pelo que está acontecendo. Louis nem mesmo acredita que sofreu um acidente, que terminou a faculdade, até mesmo que está realmente casado com você, para ele ainda estamos em dois mil e dezessete. — Perrie pareceu machucada.
E suas palavras, mesmo não intencionais, também machucaram Harry.
— Só me diga como ele está depois do que aconteceu?
— Ele está bem, agora, deram um calmante para ele, Louis voltou a dormir, o doutor Tracey para não enchermos ele de informação, como Louis acabou de acordar e o inchaço no seu cérebro ainda não foi cem por cento desinflamado. Mas depois de alguns exames, ele irá sair daqui.
Harry, embora triste, sentiu-se feliz, pelo Louis estar prestes a receber alta.
— Daniel e eu, achamos que é melhor que Louis vá para a minha casa, até tudo passar e ele querer conversar com você. No momento, ele está assustado com tudo.
— Mas ele tem a nossa casa para ir, um filho que sente falta. — Harry disse em revolta, com a situação, apenas.
— Que infelizmente ele não lembra. — Liam toca no ombro de Harry — Ele perdeu a memória Harry, seu marido precisa estar mais calmo para poder entender que perdeu um ano da sua vida. Tenta ver pelo lado bom, ele vai estar bem aqui, somente em uma casa diferente. Dê, esse tempo a ele, certo?
— Por mais que seja duro. — Niall comenta, afagando os próprios braços — Você precisa desse tempo também, para pensar em uma forma de reconstruir e fazer memórias novas com o Louis.
Seus amigos lhe dando conselhos, Harry mesmo revoltado, ouviu cada um com atenção, ele sabia que ambos estavam certos, mas seu coração estava querendo Louis por perto, porque passaram, de certa forma, longe um do outro. E agora, Harry teria que deixá-lo? Não é uma coisa fácil de se fazer e nem de se pedir.
É tudo tão complexo e sem complexidade alguma, junto.
Mas era a única coisa que Harry poderia fazer no momento, dar esse espaço para Louis digerir tudo com calma.
“Droga!”, Harry diz na própria cabeça, depois de soltar um suspiro de rendição.
— Tudo bem. Não é algo fácil pra mim, mas vou fazer isso. — Harry ganha uns tapinhas nas costas de Liam — Mas antes, aproveitando que ele está dormindo, vou vê-lo, depois vou para casa ficar com Nathan e minha mãe.
— Okay! Melhor irmos, antes que o efeito do calmante passe e ele resolva acordar quando você estiver por lá.
Tais palavras, fez o Harry se sentir um desconhecido que acabara de fazer uma coisa horrível com o Louis. E também, lembrar do que aconteceu horas atrás.
••••
Lembrança e acontecimentos passado
• Hospital •
Literalmente, pareceu que Harry estava ali um ano, esperando Louis acordar e olhar nos seus belos olhos azuis, dizer o quanto o amava e o quão sentiu falta de ouvir a sua voz, conversar com ele sobre o que aconteceu, sentir seus lábios nos dele. Seus corpos juntos, eles rindo das trapalhadas de Cristal, Louis se irritando, ambos cuidando do Nathan, namorando, fazendo amor depois de um longo dia estressante de trabalho.
Harry sentia falta até mesmo das brigas com Louis, porque sempre no final delas, os dois faziam as pazes, mostravam-se arrependidos do que fizeram.
Tudo ficou complicado, quando Louis sofreu o acidente, tudo ficou dolorosamente como lembranças e memórias que trazem saudades que no momento não podem ser preenchidas.
Faz um bom tempo, um mês, que ele está ali, observando as enfermeiras e o doutor Tracey entrar no quarto, medicar e ver o estado de Louis, não tendo novidades, apenas que a região inchada do seu marido estar diminuindo, mas mesmo assim, Louis poderia continuar inconsciente.
As visitas permitidas a Louis de amigos e família, o que doeu mais, foi que Phoebe e Daisy choraram muito quando viram o irmão naquele estado, elas estavam bem grandes, lindas, mas machucadas como o resto da família, Harry sabia da relação de afeto e proximidade que elas tinham com o Louis, o quão Harry admirava isso.
Sua situação no trabalho era tranquilo, Harry se surpreendeu quando sua chefe foi visitá-lo no hospital, para dar apoio a ele quando soube do ocorrido, Harry teve que depor, saindo do hospital somente dessa vez, ainda aproveitou para ver Nathan e como ele sentia falta do seu pequeno.
Harry se questionou uma vez, imaginando se estava sendo um bom pai. Ou talvez não. Ele queria inverter tudo, mas não podia, por não ter poder para isso. Mas ele estava agradecido pela sua mãe, amigos e familiares, estarem ajudando a cuidarem de Nathan, enquanto ele e Louis estão ausentes. No começo foi complicado, já que o pequeno sentia muita falta dos pais, chorava muito, mas agora, está tudo um pouco mais controlável.
Dias difíceis na sua vida, Harry ainda chorava pela madrugada, ao lado do corpo de Louis, pedindo com todas as forças, para ele voltar, continuar lutando contra o que o impede de despertar.
O casal, perdeu o aniversário de nove meses de Nathan, na verdade não. Porque Anne levou o pequeno até o hospital, mesmo que não pudesse, o doutor Tracey aceitou a entrada de ambos, Nathan assim que viu Louis deitado sem acordar, fez um gesto bonito de deitar sua cabecinha no peito do Louis, ficando assim por alguns segundos e depois ir para o colo de Harry. Não foi uma festividade, mas foi um momento somente deles.
Agora está na primeira semana do mês de Abril, Harry está acariciando o rosto de Louis, já é de manhã cedo e o doutor Tracey já fez os seus exames rotineiros, nada de novidades. Harry no fundo, estava sussurrando, “Acorde meu amor, por favor”.
— Chegamos com uma comida que tem gosto pra você! — Perrie adentra o quarto, junto com Liam e Daniel.
Harry sorri para os três, soltando as mãos de Louis e olhando Perrie tirando o suco de garrafa e um sanduíche caseiro da bolsa.
— Bom dia e bom café da manhã, Liam quem fez o pão e eu comprei o suco! — Ela entrega a refeição para Harry.
— Obrigado. Depois eu como.
— Vai comer agora, anda Styles! — Liam o olha, daquele mesmo modo que Anne o encarava quando Harry não fazia algo que ela pedia — Não quer que o Louis, o veja desidratado e com essa palidez na cara, quer?
— Eu estou bem. — Harry rola os olhos.
Liam se aproxima dele, lhe dando um tapa forte no ombro.
— Estou falando sério, coma ou vou chamar a dona Anne aqui.
— Você está parecido com ela, acho que não será necessário. — Harry massageia o local que Liam bateu.
— Harry, coma, você precisa fazer isso. Sim? — Daniel pede e Harry concorda.
Ele deposita um beijo na testa do seu marido, indo para a velha poltrona que passou a ser sua cama. Harry abre a tampa do suco, tirando também o plástico envolto do sanduíche. Sentir da comida o fez tremer e o estômago roncar, sua última refeição foi a doze horas atrás, depois de Harry dormir devido ao cansaço. Harry dá a primeira mordida, de várias seguidas. Aquele sanduíche estava muito bom.
— Da próxima vez eu te dou uma surra, se negar a comer meu sanduíche. Olha só como está faminto. — Liam aponta para Styles.
— Tá fuido seco! — Harry falou de boca cheia.
— Da próxima vez jogo veneno. — Liam rola os olhos e encosta as costas na parede.
— Vocês dois parecem duas crianças. — Perrie rir fraco.
Em seguida começa a fazer um carinho no rosto do irmão desacordado. Ela conversava com ele como sempre fazia quando vinha o ver. Harry a entendia, já que fazia o mesmo. Chegou a cantar para Louis, em poucos dias atrás.
— A dor é algo bem complicado de lidar, mas você vem sendo bem forte Harry. Quando Louis acordar, vai se orgulhar de saber que você agiu assim. Não só por ele mas por si mesmo, por todos nós. — Daniel senta-se ao lado dele.
— Eu só quero, que ele acorde para mim contar para ele.
— Todos nós. — Daniel faz um carinho nos ombros de Harry.
Ele vem sendo como o seu terceiro pai, depois de Robin, ninguém podia sentir, mas Harry sente falta das conversas com seu padrasto, o quão ele queria que o mesmo estivesse ali, então, ainda bem que Daniel estava ali, de certa forma fazia ele lembrar de Robin e o senti-lo perto dele.
Assim que termina de comer, Harry volta a ficar ao lado de Louis, segurando seus dedos.
— Vocês acham que ele vai demorar a acordar? Porque faz um mês que ele não se mexe. Nada. — Harry suspira.
— Louis costuma nos surpreender de várias formas. Acredito que ele vai fazer isso a qualquer hora. — Perrie comenta, passando os dedos na ponta dos cabelos.
— Vai dar tudo certo, sério Hazza!
Após as palavras de Liam, uma movimentação ao seu lado, faz Harry se virar e encarar Louis, seu coração acelerou, estava em disparada, porque Louis mexia os lábios, também os olhos que estavam fechados, era uma reação, ele estava acordando, Harry sentia isso. Os olhares do quarto, ficam sobre o casal, Perrie leva as mãos até os lábios, lagrimando ao encara o irmão.
Foi quando Louis abriu os olhos lentamente, fitando o rosto de Harry, um tanto confuso e perdido, ele piscou diversas vezes, tremia o corpo, mas não dizia absolutamente nada. Harry estava feliz, ao ver Louis acordado.
— Meu amor... Tudo bem? — Harry pergunta derramando as lágrimas.
Se surpreendeu ao ver Louis franzir o cenho e puxar sua mão da dele, em repreensão e medo.
— Lou?
— Aonde estou? E-E quem é você? — Louis diz as primeiras palavras aquele dia.
Engolindo em seco, Harry procura respirar, talvez Louis esteja brincando, não é?
— Sou eu, Harry, seu marido. — Harry responde calmamente — Você estava no carro, quando fomos ao mercado e outro bateu no seu, então, a partir daí você ficou em coma. Se lembra?
— Eu não tenho marido. Não sei o que está fazendo no meu quarto moço, mas peço que saia. — Louis disse com medo, logo ele olha para o lado, para Perrie — Pezz! — Ele chora.
— Oi Lou! — A mesma se aproxima em lágrimas — Está tudo bem?
— Não sei, estou meio perdido e com dor de cabeça. — Ele responde abraçando a irmã, ignorando o Harry que estava sem reação — Me diz quem é esse homem, que está dizendo que é meu marido, como posso?
Perrie olha assustada para Harry e para os outros, deixando Louis ainda mais confuso, enquanto Harry apenas o encarava.
— Daniel, pode chamar o doutor? — Ela pergunta.
— Estou indo. — Ele assentiu.
— Perrie, o que se passa? — Louis pergunta.
— Lou, não se lembra do Harry? Seu marido? — Perrie pergunta.
— Pare de brincadeira, eu ano sou casado, nunca fui Pezz. O que está dizendo?
— Mas você é. — Harry fala — Nos casamos faz um ano e meio, temos um filho chamado Nathan, que você ama muito assim como ele o ama. Louis isso não tem graça.
O menor encara Harry, com medo, pois o maior estava nervoso, não sendo sua intenção.
— Eu quero que saia do meu quarto, agora! Fique longe de mim, porque você me trás uma sensação ruim.
— O QUE?
— Harry, acho melhor irmos. — Liam o segura pelo braço.
— Não, ele é meu marido. — Harry toca no rosto de Louis — Por favor meu amor, eu sei que pode lembrar de mim, sou eu, seu Hazza! — Ele chora passando os dedos em Louis.
— SOCORROOOO, PERRIE, TIRE ELE DAQUI, SAI DAQUI....ME DEIXE! — Louis se debateu, empurrando Harry para longe.
Foi quando Harry se afastou, as lágrimas saiam do rosto de Louis, nesse momento o doutor Tracey, adentra com Daniel e os enfermeiros. Ouvindo Louis gritar para que ele ficasse longe, tudo diminuiu dentro de Harry que sem saber o que fazer, correu, batendo a porta com força quando fez isso.
Ele ouviu Liam o chamando, mas Harry não lhe deu ouvidos, ele estava quebrado, porque Louis não se lembrava dele e agora, provavelmente, estava com medo dele.
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Suas mãos passavam pelos cabelos macios de Louis que estava no mais profundo sono, Harry havia juntando suas coisas para voltar para casa, teria de ir já que não tinha outra escolha, ele queria ter uma escolha, mas infelizmente, as causas não possibilitam isso.
Seus dedos, descem até os lábios de Louis, ele queria beija-lo, mas sabia que se fizesse isso, talvez o acordasse, Harry tinha que evitar que Louis surtasse como fez a horas atrás.
Tudo que ele queria, era que seu marido acordasse e se lembrasse dele, como lembrou da irmã, como lembrou até mesmo de Daniel, de alguma forma por poucas memórias. Mas era diferente com Harry e isso o destruía, será que ele não pode ser feliz assim, como as outras pessoas? Por que o acidente não foi com ele?
Tantas perguntas e nenhuma resposta.
— Cuida dele, me mantenha informado também. — Harry fecha o punho, quando se afasta de Louis.
— Eu vou. Pode ter certeza! — Perrie responde com as mãos no bolso da sua calça — Espero que ele melhore e volte com suas memórias.
Harry a puxa para um abraço, sussurrando “Eu também”.
— Pezz? — Louis pergunta, fazendo os dois que se abraçavam, virar-se para encara-lo.
Louis arregala os olhos, vendo Harry ali novamente. No fundo, Styles quis que sua reação fosse outra, mas se iludiu um pouco. Aquilo só o deixou mais triste.
— O que ele está fazendo aqui? — pergunta com frieza.
— Estou indo embora, tchau Perrie!
— Tchau Harry! — Ela responde.
Antes de sair, Harry se vira, para dar mais uma encarada em Louis, que estava o encarando com raiva.
— Fica bem, melhoras Lou! Eu amo você.
Notas Finais
Harry e Lou <|3
Ansiosos para o próximo?
Sinto falta dos comentários, mas entendo porque não comentem, fiquem bem ♥
Até o próximo capítulo ♥
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