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Teste surpresa

ALICE SALTZMAN

Eu costumo adorar surpresas, eu juro. Mas nunca nessa vida eu vou adorar os testes surpresa.

Como uma boa pessoa ansiosa, eu gosto de saber o que vai acontecer, quando vai acontecer e como vai ser para me preparar psicologicamente para enfrentar tal desafio, mas a maldita professora de matemática gosta de surpresas tanto quanto eu. Prendi o fôlego quando ela colocou a folha sobre minha carteira, ou pior, as folhas. Um teste de vinte e dois exercícios.

Calma, Alice, você consegue. Tente não surtar.

— Usem a caneta preta, sem rasuras, sem consulta.— a voz monótona da professora era a única coisa que quebrava o silêncio torturante da sala, o ventilador zunindo sobre nossas cabeças. Começo a bater o pé sob a cadeira e sacudo a caneta entre os dedos, lendo as primeiras questões tentando não deixar o nervoso me fritar os neurônios porque eu sei que entendo a matéria, por mais medíocre que seja meu conhecimento.

Como gosto de começar meus testes de trás para frente, vou para a última página, mas acabo murchando ao ver que as questões só crescem. Essa maldita professora se perdeu do caminho para virar professora de história. Sentada no meio da sala, eu me sentia absurdamente exposta, sem chances para colar já que, com todos os alunos debruçados sobre o teste, eu ficava muito exposta no campo de visão da professora.

Angustiada, comecei. Com a sua fama de colocar pegadinhas nas perguntas, tive de ler e reler as mesmas questões várias vezes para ter certeza que não interpretei nada errado. Passados longos e infinitos minutos, seis questões foram e eu passei a página como se estivesse lendo um mangá. Voltei, fui de novo. Ok, isso não está nada fácil. Eu não estou entendendo mais nada.

Tentando inutilmente entender a próxima questão, mordi a tampa da caneta tendo alguma dificuldade em me concentrar, principalmente ao sentir minha cadeira sendo empurrada para a frente. Franzi a testa e olhei torto para trás, com pouca discrição, deparando-me então com Dean Seok na fileira a minha direita e uma carteira atrás. Ele é grande então claro que poderia me alcançar com a ponta do pé. Dean levanta as sobrancelhas, e eu cerro os olhos sem entender o que ele poderia querer. Batidas na porta fazem com que nós voltemos a nossas posições originais e a professora de artes coloca metade do corpo para dentro, olhando diretamente para a professora de matemática.

— Um minutinho?— a de artes pede e a de matemática olha ao redor, fazendo com que eu baixe o olhar rapidamente. As duas saem e mantendo a cautela, volto a olhar para Dean.

— O que?— sussurro tão baixo que eu mesma mal escuto, mas ele deve ter lido meu lábios.

Ele gesticula, apontando para si e para mim como se fôssemos trocar de lugar. Depois de um segundo eu entendo. Olho para a porta entreaberta e sei que provavelmente não teremos uma chances dessas novamente. Discretamente, trocamos nossas provas e no exato momento que a prova de Dean toca minha carteira, a professora entra com um sorriso no rosto e seu olhar se cruza com o meu. Baixo a cabeça imediatamente e encaro a letra fina e linda de Dean Seok, surpreendendo-me com sua caligrafia.

Neste momento a professora decide que é perfeito para fazer uma ronda, e ao sentir sua aproximação, viro a página com a maior calma que consigo, me surpreendendo que todas as questões estejam respondidas. Nerd.

Quando ela passa por mim, discretamente olho por cima do ombro e Dean rabisca no papel, erguendo olhar em seguida. Arregalo os olhos para ele e o coreano sorri docemente, espremendo seus olhos. Ah, mas ele é tão adorável. No final do corredor a professora dá meia volta e eu torno a encarar a prova. Não há absolutamente nada a ser feito e mais tranquila, eu leio a prova dele tentando adivinhar a resposta antes de ver a que ele colocou. Eu errei menos do que pensei. Como era uma aula de dois tempos, ao fim do primeiro a professora chamou fileira por fileira para que nós entregássemos em sua mesa. Quando Dean levantou, trocamos de novo os papeis quando ele passou por mim com a mão nas costas. Dei apenas uma folheada na prova, vendo nossas respostas parecidas e a deixei na mão na professora que sequer gastou tempo olhando para mim.

A fileira seguinte era a de Lorenzo, e na frente de todos ele passou por mim esbarrando nossos ombros, quase me fazendo perder o equilíbrio como uma estabanada. Cerrei os punhos e os dentes ao me segurar para não empurrá-lo de volta porque aqui não é lugar nem hora. Antes de me sentar, sorri para Dean e ele assentiu prontamente, agitando seus cabelos lisos e negros. Se pudesse lhe daria um beijo em cada bochecha, no entanto, continua não sendo lugar nem hora.

[...]

Quando o sinal bateu, enrolei para guardar meu material e fiquei contente ao sentir a aproximação de Dean, ainda mais quando ele parou para me esperar. Pegamos nossos testes e não nos falamos até sairmos da sala de aula, eu agarrei seu braço com força o sacudindo assim que passamos pela porta.

— Muito, muito obrigada!— eu saltito com um sorriso largo no rosto, sacudindo meu A+ para o meu herói. Ele sorriu e ajeitou a mochila no ombro.

— Não foi nada demais...— ele murmurou, nada lhe afetava tal nota já que é algo que ele está perfeitamente acostumado. As minhas variam de C a B+, então, é, eu estou muito contente com a minha nota nada merecida.

— Eu vou ter que iludir meu pai e fazê-lo colocar esse teste na geladeira!— brinco e nós rimos— Mas, tá, eu sei que seus serviços não são de graça, quanto te devo?

— Ah, não, não! Não me deve nada, Alice.— ele balançou a cabeça.

— Por que não?

— Digamos que o primeiro serviço é gratuito.— ele deu uma piscadela para mim e eu tentei controlar o sorriso ao admirar seu rosto. Dean Seok é mesmo um garoto muito bonito— E eu vi que poderia estar precisando de socorro.

— Minha angústia era tão evidente assim?— sorri de canto.

— Só um pouco.— ele fez um sinal diminutivo na mão e eu tombei a cabeça na sua direção, abobalhada com o quão adorável ele pode ser. Estava para pensar em algo no que conversar com Dean, no entanto, sinto um puxão no braço e giro noventa graus até me deparar com Lorenzo Smith e seu olhar aniquilador. Ele nunca tinha me olhado desse jeito.

— Você vai pagar pela sujeira que fez na minha casa.— ele sibila, ainda segurando meu braço.

— Eu não faço ideia do que está falando, me solta, Lorenzo.— luto para me afastar dele, mas seu aperto só se torna mais firme, alguns alunos param a nossa volta para assistir a ceninha.

— É isso que eu me tornei para você, Alice? A porra de uma piada?

— Lorenzo, você está me machucando.— agarro sua mão tentando abrir seus dedos. Lorenzo diminuiu o aperto, mas voltou a fazer força quando Dean segurou ele.

— Cara, solta ela.— Dean partiu em minha defesa.

— Ou o que, Seok?— Lorenzo sibila, aproximando o rosto do Seok. Lorenzo é alto o suficiente para olhá-lo nos olhos— Acha que eu não estou vendo o que você está fazendo, japa? Rondando a minha garota enquanto eu não estou por perto que nem urubu sobrevoando carne podre.

— Lorenzo, por favor.— eu cogito morder o garoto, mas ele me larga e empurra Dean com força, fazendo o garoto se esbarrar com outro alunos. Acariciei meu braço sentindo meu músculo tenso e Dean empurrou Lorenzo de volta.

— Ela não é sua garota, seu idiota.

— E nem vai ser sua, rato.— Lorenzo retrucou e largou a mochila no chão, partindo para cima de Dean, agarrando-o pelo colarinho e o empurrando contra os armários. A este ponto, tanto o meu teste quanto o de Dean já tinham ido parar no chão, sob os pés de alguém. Dean empurrou Lorenzo e os dois testosterona começaram a se esmurrar contra os armários, afastando o público de perto e instigando altas vaias.

— Lorenzo, para.— eu pedi, impaciente. Eu sei que Dean está apenas se defendendo— Lorenzo, para!— fui para cima do meu ex para segurar seu braço, mas não pude premeditar a cotovelada na boca que levei logo em seguida. A dor instantânea me levou ao chão e as vaias foram diminuindo. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu perdi a visão por uns segundos, mas quando consegui focar na minha frente, pude ver as gotinhas de sangue pingando no chão. Levei a mão a boca sentindo o terrível gosto metálico contaminar minha língua.

— Ali, Ali— as mãos de Lorenzo foram as primeiras a me alcançar. Ele se ajoelhou do meu lado e tirou meu cabelo da frente, segurando meu rosto. Ele parecia em choque, os olhos cinzentos arregalados como se ele tivesse visto os mortos— Ei, me desculpa, eu não queria...

E então eu o repudiei, afastei suas mãos de mim e cambaleei para me levantar. Lorenzo me ajudou, mesmo comigo fazendo de tudo para empurrá-lo.

— Sai de perto de mim!— sibilei, cuspindo sangue. Cacete, meus dentes estão doendo. Lorenzo não me largou, me dando apoio enquanto abríamos espaço no meio da multidão, eu não tinha certeza se queria ir para a enfermaria ou para o banheiro primeiro— Me solta!

— Me desculpa, me desculpa, você sabe que eu nunca te machucaria, você não devia se meter na briga dos outros assim!— ele vai falando como um zunido irritante no meu ouvido—  Ali, eu nunca te machucaria desse jeito, diz que me desculpa.

— Vai se foder!

— Ei!— outra voz familiar veio da nossa frente, fazendo-me erguer o olhar e encontrar Vince se aproximando correndo com o crachá do banheiro balançando em seu peito. Ele está sério de um jeito que Vincent não costuma ficar— Ali, o que houve?— ele me livrou das mãos de Lorenzo e me abraçou, acabando por manchar sua camisa com o sangue que mancha minha mão— O que aconteceu? Você está bem?

— Eu estou bem.— digo engolindo meu sangue, Vince lança um olhar mercenário para Lorenzo.

— Que porra você fez, seu doente?— ele pergunta friamente, Lorenzo trinca a mandíbula.

— Ela tentou apartar uma briga e acabou sobrando para ela.— o Smith é igualmente ríspido— É só Alice sendo Alice e se metendo onde não deve.

— Por que você não....

— Vince, vamos.— limpo a garganta interrompendo o possível discurso de ódio que Vince estava se preparando para proferir, meu melhor amigo me lança um olhar preocupado ainda com o rosto rígido de raiva e me levou debaixo de sua asa para longe de Lorenzo.

— Tá doendo muito?— ele perguntou em voz baixa para mim, acariciando meu rosto delicadamente. Na frente de Vince eu tenho vontade de chorar porque nunca tinha sequer levado um tapa na cara, quem dirá uma cotovelada. Meus olhos voltaram a se encher de lágrimas e algumas me escaparam embora eu piscasse rapidamente tentando contê-las.

— Deus. Como foi que você aguentou aquela bolada?— eu pergunto com voz de choro, ergo o rosto como que para segurar melhor as lágrimas. Vince sorriu de canto sem tirar os olhos do meu rosto.

— Pode ser que eu seja mais forte que você no fim das contas.— ele brinca e eu solto uma risada fraca sentindo o arrependimento instantâneo como se estivesse aumentando o corte na minha boca. Volto a apertar os lábios.

— Não me faça rir, Vince.— choramingo.

— Desculpa, desculpa.— ele beijou minha têmpora e me aproximou do bebedouro— Vem cá, deixa que eu cuido de você.

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