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O de sempre

Dá para ver na cara dela que se dependesse dela, meia escola levaria um tiro na testa só por olhar em sua direção. Por mais que tenha aceitado vir e esteja fingindo que está tudo ótimo, eu vejo sua inquietação, a forma que ela fica olhando para todos os lados como uma esquizofrênica a procura de Lorenzo, porque nós dois sabemos que uma hora ele vai vir, garotos como ele gostam de negar até o último momento, mas pelo menos minha melhor amiga não é de perdoar quem não merece. Ele parecia sob perfeito controle quando meteu a língua na boca daquelazinha, ela fica resmungando. E por mais que a gente não divida todas as aulas, me vejo preso a ela como seu chaveirinho, porque quando Alice se move, ela imediatamente estende a mão para trás, agarra meu pulso e me arrasta consigo.

Durante o intervalo, ela me leva para a cafeteria ao lado da escola e eu fico triste por ter que gastar o intervalo de pé em uma fila só para pegar um pão doce e um café com creme.

— Eu não sei o que fazer, Vince.— ela fala para mim, nervosa. Eu a olho e nós damos um passo para frente quando a fila se move.— Não faço ideia de como vou reagir quando ele tentar vir falar comigo com a maior cara lisa do mundo.— ela faz careta, revoltada e um pouco enojada.

— Você está armada hoje?— pergunto. Alice sorri de canto e balança a cabeça negativamente.

— Eu até pensei em trazer o Robert, mas vi que não valia a pena manchá-lo com o sangue de um traidor.

O nome do canivete borboleta dela é Robert por causa da sua nada-leve obsessão pelo ator de Crepúsculo, Robert Pattinson.

Eu é que não vou julgar, se algum dia me esbarrar com a Jennifer Aniston, eu tenho certeza que vou desmaiar depois de mijar para cima como um cachorro contente demais em ver o dono depois de longos meses separados. Tenho até um travesseirinho com o rosto dela estampado na minha cama.

Dou risada.

— Aposto que você não vai presa hoje.— projeto o beiço para frente, como se fosse algo normal de se conversar.— Talvez seja denunciada por agressão ou até detida por algum delito, mas nada mais.

— Não sei, pra ser sincera sinto que o mataria com minhas próprias mãos agora— ela divaga, damos mais dois passos para frente.

— Eu te seguro.— garanto, Alice me fita com seus olhos azuis e com olheiras levanta a sobrancelha, descrente.

— Eu sou mais forte que você.

— Não, não é.— faço careta, ofendido. Eu sou maior que ela e tão magro quanto.

— Sou sim.

— Você acha que é porque faz natação e eu sou sedentário.

— Vince...— ela sopra uma risada fraca. Por mais que seu surto ontem tenha sido preocupante, com o passar das horas hoje ela foi conseguindo se controlar. Pelo menos quando conversamos, durante as aulas ela ficou completamente fora de órbita, desenhando na última folha do caderno— Eu já venci você na queda de braço uma vez.

Arregalo os olhos e dou de ombros.

— E daí? Nós tínhamos catorze anos, Ali, supera.— ela segura a risada e sacode a cabeça— É óbvio que eu não vou te deixar vencer de novo agora.

— Me deixar vencer?— ela repete, debochada.— Ah, Vince...

— Cala a boca.— eu sorrio de canto e a empurro com o ombro, chegando no balcão eu tiro as mãos dos bolsos, peço o meu conjunto de sempre e o frappuccino de morango que ela nunca abandona.

É a vez dela de pagar e nós vamos para a fila de espera depois de dar nossos nomes.

— Eu não aguento mais aqueles merdinhas me encarando e dando risadinhas. Bem que a gente poderia não voltar para a escola agora, não acha?— Alice sugere como quem não quer nada, tirando a mochila das costas e puxando nossos sanduíches de lá. A olho com tédio e pego o meu quando ela oferece.

— Falando assim parece que você está com medo de encarar ele.— abrimos as embalagens e começamos a comer.

— Eu estou com medo do que eu vou fazer quando tiver que encarar ele.— ela me corrige e desvia o olhar, voltando ao semblante triste, mas mastigamos em silêncio por um tempo. O sanduíche que o senhor Saltzman prepara é simples, algumas rodelas de salame, salada, maionese e tomates entre duas fatias de pão de forma. Mas, Jesus Cristo, é a única comida na face da terra que eu tenho certeza que nunca vou me enjoar. Eu tentei repetidamente fazer um igual, mas nunca chega ao nível do que ele faz. Uma vez o fiz prometer que caso eu morresse primeiro que ele, ele prepararia um sanduíche e o enterraria comigo para nos decompormos juntos. O senhor Saltzman odiou a ideia, mas eu insisti tanto que ele acabou concordando— Eu realmente não entendo o que aconteceu, Vince.— Alice quebra o silêncio que estávamos, está tão ansiosa que devorou o seu mais rápido que eu. E eu sempre termino de comer primeiro— Achava que estávamos indo muito bem, a gente namora há mais de um ano, eu pensei que ele era o tal.— ela gesticula, passa a língua nos dentes e solta um suspiro cansado— Quero dizer, namorávamos.— ela se corrige e eu comprimo os lábios.

— Eu não... eu não queria ter que falar isso já que você sabe que eu nunca adorei esse cara, mas... pode não ter sido a primeira vez que ele faz esse tipo de coisa— conto o que estou pensando, sem jeito.— Sabe disso, né?— É cedo para ser sincero? Eu me pergunto, mas nunca tive essas coisas com Alice. Os olhos dela brilham de pura mágoa e eu jogo o braço por cima do ombro em busca de consolá-la. Passo a mão no canto do seu lábio para tirar o pouquinho de maionese que estava ali.

— Eu sei, eu não paro de pensar nisso também.— ela murmura com a voz embargada, rapidamente seca uma lágrima que lhe escapa e vira o rosto. Ela encosta a cabeça no meu peito enquanto esperamos nossos nomes serem chamados e eu termino meu sanduíche, nós amassamos os embrulhos e eu vou para o lado para jogá-los na lata de lixo cheia ao lado do balcão. Logo a atendente grita por nós na cafeteria lotada.

Pegamos nossos pedidos e saímos fazendo o caminho de volta para a escola. Eu enrolo para beber meu café para que ele esfrie um pouco. Não é mais do que uma quadra de distância entre a escola e a cafeteria. Hoje está até quente e eu me pergunto porque não peguei um café gelado. Com certo esforço eu beberico o café queimando a ponta da língua.

— Você poderia se vingar dele.— comento baixando o café.

— Bom, se eu tivesse certeza de que não acabaria indo para a cadeia com isso, eu com certeza faria algo, mas minha cabeça está quente demais para pensar com clareza.

— Justo o suficiente.— levanto a sobrancelha e a vejo sugando seu frappuccino como se o mundo fosse acabar em segundo— Ali, dá uma desacelerada.

— Que?— ela franze a testa, sem me entender.

— Você precisa-

— ALICE!— um grito vindo das nossas costas a faz travar no lugar e eu passo dois passos na sua frente em dúvida se ela iria começar a correr ou não. Nós dois olhamos para trás, e lá vinha Lorenzo Smith, correndo, parecia preocupado. Não segurei o revirar de olhos. Imbecil— Amor, o que foi que houve? Por favor, Ali, vamos conversar.

Lorenzo Smith é o outro nadador de talento da escola, ele e Alice se conheceram durante as aulas, ele tem a cara de um cara mau, os cabelos castanhos escuros lisos e os olhos verdes caídos como se vivesse chapado. As más línguas dizem que ele é o cara mais bonito da escola, mas eu tenho lá meus resguardos quanto sua aparência. Sou muito mais eu.

O que foi que houve? O que foi que houve, seu filho da puta?!— Alice pergunta, voltando-se para ele aos gritos. Algumas pessoas ao nosso redor andaram até mais devagar para acompanhar a discussão— É sério que você ainda me pergunta?!

— Ok, ok, eu ouvi os boatos— ele ergue as mãos como que para acalmá-la. Ah, isso não vai dar nada bom.— Eu não sei de onde tiraram que eu te traí, mas eu nunca faria isso, amor, você me conhece!— ele diz, se não houvesse um vídeo mostrando claramente sua cara, até eu ficaria dividido.

— Há quanto tempo você come aquela cadela?!— Alice grita, ignorando suas mentiras descaradas— Como você pôde fazer isso comigo? Como pôde fazer isso com a gente?!— ela fica vermelha de raiva e a veia em seu pescoço ganha destaque. De um segundo para o outro Alice começa a falar em alemão e eu não faço ideia do que ela está falando. Ela aperta o copo de frappuccino com força acabando por quebrá-lo e o joga aos pés de Lorenzo, molhando a calçada. O rapaz tenta segurá-la pelos ombros quando ela começa a chorar sem parar de amaldiçoar todas as futuras gerações dele em uma língua completamente grosseira. Quando ele tenta puxá-la para um abraço, eu a puxo para mim com a mão livre e o Smith me fulmina com o olhar.

— Ali, eu não estou entendendo o que você está falando...— ele respira fundo, parece tão coitadinho.

— Eu quero que você se foda, seu merda, tomara que você morra engasgado com um pau, seu maldito traidor!— ela volta para nosso idioma e Lorenzo inclina a cabeça para o lado, ultrajado.

— Linda, não fala assim...

— Não me chame assim, não ouse me chamar assim!— Alice está surtando de novo, mas aqui fora tem gente demais nos olhando. Não posso deixar que ela fique se humilhando assim. Agarro seu braço com firmeza e aproximo os lábios do seu ouvido.

— Não vale a pena, se controla.— eu sussurro para ela e ela se cala imediatamente, olhando para os lados e secando as lágrimas com as costas das mãos. Ela olha para mim brevemente.

— Desculpa.— ela sussurra e eu assinto tentando manter o contato visual. Alice olha para minha mão e pega o meu café tirando a tampa rapidamente.

— Alice, por favor, deixa eu me explicar, amor! Não é— e ele se interrompe. Deve ter mordido a língua quando Alice atirou café quente no seu rosto. Lorenzo cambaleou para o lado cobrindo os olhos e gritando— PORRA!— ele xingava. Alice funga, ajeita a postura o observando sofrer um pouco mais— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, SUA LOUCA?

— Porque eu quero que você sofra com as consequências de suas ações.— ela fala com certa frieza, se aproxima dele, o segura pelos ombros e lhe dá uma joelhada forte na virilha. Lorenzo cai na calçada, gemendo de dor com o rosto vermelho e com as mãos no saco. Eu deixo escapar uma risada e minha amiga empina o nariz deixando o seu mais novo ex-namorado choramingando no chão e vindo para o meu lado.

— Isso foi lindo.— elogio quando ela agarra meu braço mais uma vez.

— Cala a boca, Vince.

— Sim, senhora.

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Nota da autora:

Vai dizer que você ainda não leu minhas fanfics de Crespusculo? O que é que cê tá esperando, vadia?

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