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Feliz aniversário, Lorenzo

ALICE SALTZMAN

Recomeço. Odeio apresentações porque minha memória é fraca com coisas que me entediam. Não, eu não menosprezo a história da revolução, mas essa droga devia ser deixada para o nono ano. Solto uma grande lufada de ar e reviro os olhos. Vincent ergue os olhos do papel que eu lhe entreguei e eu o arranco de sua mão, lendo a linha na qual me perdi.

— Cê tá muito distraída.— ele comenta enquanto eu me reencontro.

— Não diga.— resmungo— Você também não está ajudando nada jogando bolinhas de papel em mim e me dizendo para falar mais alto.— o lanço um olhar torto, ele sorri de canto, muito orgulhoso de si.

— Estou apenas fazendo um teste com você. Te preparando para quando for para campo, tem que estar pronta para todo o tipo de situação, castorzinho.— ele diz, dando de ombros. Ameaço lhe bater e ele se joga na minha cama, levantando as pernas para se defender— Calma, calma!

— Você é um idiota!— bufo e sacudo a cabeça— Nunca nessa vida jogaram bolinhas de papel em mim durante uma apresentação. Esqueceu que quem sofre bullying entre nós dois é você?— levanto a sobrancelha e dou um sorrisinho debochado. Vincent se levanta em um pulo e coloca as mãos nos quadris, estreitando os olhos para mim.

— Ah, sua maldita.— ele balança a cabeça e eu dou risada.

— Chega, vamos de novo.— eu o empurro para que se sente e ele não resiste— E não me distraia!

— Sabe que eu nunca vou colaborar com você, não é?

— Sabe que eu vou te atirar da janela se não fizer isso, não é?— rebato e ele sacode os ombros, me desafiando. Batidas na porta atraem nossa atenção e nós dois nos voltamos para o meu pai vestindo roupas casuais. É seu dia de folga, e quando ele está aqui, as  portas devem estar abertas e eu me sinto mais relaxada porque Vincent fica comportado com meu pai por perto. As coisas tem ficado bagunçadas, mas o bom é que ainda não nos perdemos da trilha para a nossa normalidade.

— Vou fazer uma despesa, querem vir comigo?— meu pai pergunta e meus ombros caem de desanimo porque tenho que me preparar para a apresentação de amanhã.

— Ah, desculpa, mas...

— Claro!— Vince me interrompe, ficando de pé em um piscar de olhos e calçando seus chinelos. Papai assente.

— No carro em dois minutos.— e ele sai. Olho para Vince.

— Ei, mas eu não acabei!— reclamo, pronta para protestar, mas meu melhor amigo agarra meu braço e me puxa para fora do quarto.

— Leia no carro!— ele diz, como se fosse simples assim.

— Vincent, eu tenho um trabalho para fazer!— tento resistir aos seus puxões, mas paro de lutar quando chegamos nas escadas.

— Não se preocupe, ele vai continuar aí quando voltarmos.

— Vincent!

— Alice!

— Para!— bato o pé, parando no meio da escada. Vince me solta e cruza os braços, me imitando. Reviro os olhos soprando uma risada, eu não consigo ficar séria com esse idiota— Vá com o meu pai, agora que você confirmou vai ter que ir.

— Ah, não quero ir sem você, Ali, não tem graça.— ele resmunga, chateando-se. Inclino a cabeça para o lado e suspiro.

— Não posso, Vince, realmente agora não dá. Traz algum salgadinho para mim.— peço, fazendo bico. Vince comprimiu os lábios, desgostoso e rolou os olhos.

— Você é muito chata, sabia?— ele desiste e eu abro um sorriso.

— Você não vive sem mim, vive?

— Não.— ele responde com simplicidade e eu balanço a cabeça, sem levar a sério sua declaração.

— Vamos, vamos!— papai gritou, sua voz vinha dos fundos, já deve estar na garagem. Vince sorriu.

— Tá bem! Eu vou perturbar ele um pouquinho.— ele diz como uma criança atentada e saltita os degraus que nos separam, agarrando minha cintura e depositando um selinho nos meus lábios, me pegando desprevenida. Seus lábios se apertam contra os meus e eu sinto um monte de borboletas na barriga, me fazendo cócegas. Seguro seu rosto e ele aperta minha cintura mais um pouco antes de se afastar, quase me desequilibrando na escada. Cambaleio para frente e Vincent sorri para mim com doçura.— Volto já.— e então ele some de vista, fico parada ali na escada ouvindo a porta bater e a garagem se abrir. Coço a nuca e sorrio, piscando rapidamente. Meu rosto formiga e eu quase tropeço no degrau, desconcertada.

Volto para o quarto, sacudindo a cabeça, tenho que me concentrar agora.

[...]

Kisha levanta as orelhas e vira o focinho para a janela, atenta. Sorrindo ao admirar minha pastor, franzo a testa quando ela se levanta e começa a latir, sacudindo o rabo. Tiro os fones de ouvido e olho para o mesmo lugar que ela, quase tendo um ataque do coração quando uma mão sobe a minha janela e relaxando ao me deparar com a cabeleira lisa de Lorenzo. Bem, mais ou menos. O moreno cambaleia para dentro do meu quarto, jogando-se no chão.

— Smith! Mas que diabo você está fazendo aqui!?— levanto-me da cama e vou para perto dele, lutando para tirar Kisha de cima do mesmo. A cadela vai acabar se mijando de tanta excitação, ela sente muita falta dele, eu sei, eles se davam muito bem.

— Oi, meu amor.— ele cumprimenta, afagando os pelos dela. Por um momento quase fiquei em duvida sobre com quem ele estava falando, mas não pensei demais a respeito.

— Você perdeu o direito de invadir minha casa a hora que bem entende, sabia!?— agarro o braço dele e o puxo, mas só consigo fazê-lo se sentar. Ele está mole, parece péssimo. Intrigada e preocupada, abaixo-me do seu lado e agarro seu rosto, cheirando-o. O forte cheiro de álcool é facilmente reconhecido e eu torço o nariz, não é nem uma hora da tarde. Lorenzo me encara de perto com seus olhos nebulosos e sorri de canto, soluçando.

— Oi, meu amor.— ele murmura, erguendo a mão para tocar meu rosto. Seguro o seu pulso e me afasto.

— O que está fazendo aqui bêbado, Lorenzo?— pergunto, séria. Ele ri e abraça minha cachorra que não para de gemer e sacodir o rabo.

— Eu senti sua falta, hmm!— ele cantarola enfiando o nariz no pescoço de Kisha. Outra vez me pergunto com quem exatamente ele está falando. Seguro seu ombro e o sacudo.

— Lorenzo, você tem que ir embora, logo mais meu pai vai voltar do mercado e...

— Que se foda, sabe?— ele me interrompe com a voz arrastada.— Que se foda. Eu não preciso de ninguém. Eu não preciso de você, Alice.— ele aponta para a minha cara, ainda com um braço envolvendo minha cachorra— Você sabe que eu não preciso de você.

— Eu sei, Lorenzo. Todo mundo sabe.— solto um suspiro pensando em como vou tirá-lo daqui. Lorenzo é muito pesado e aparentemente ele não se encontra capaz de me ajudar.

— Eu não preciso que ninguém faça nada por mim.— ele continua, balança a cabeça com os cabelos bagunçados e os olhos vermelhos.— Eu sei como falar mais de uma língua, você sabe disso.— ele disse, agarrando meu pulso e me fazendo sentar, me puxando mais para perto de si— Eu sei lidar com finanças, aprendi a fazer as coisas de casa, tudo sozinho. Eu sou forte, eu sou rápido. Eu sou inteligente. Eu não preciso de ninguém.... mas alguém alguma vez precisou de mim?

— Do que está falando, Lorenzo?— franzo a testa e balanço a cabeça, sem fazer ideia do que está acontecendo.

— Você alguma vez precisou de mim?— ele pergunta, seus olhos se enchendo de lágrimas ao encontrar os meus. Sinto um aperto em meu coração e baixo o olhar.

— Claro que precisei, Lorenzo, sabe que sim.— murmuro e ele segura minha mão. Aperto sua mão de volta e nós ficamos as encarando por um momento esticado.— Mas o que é tudo isso? O que você quer aqui?— entrelaço minhas mãos, colocando-as sobre o colo. Lorenzo coloca a mão quente sobre minha coxa e Kisha lambe a lágrima que escorre pela sua bochecha.

— Eles não ligaram de novo. Eles esqueceram de novo.— ele fala tão baixo que quase não o ouço, inclinando-me na sua direção para entender. Uno as sobrancelhas, mas ele continua antes que eu tenha que perguntar.— E, tudo bem, né? Com eles eu já estou acostumado, mas você... você também não ligou, Ali...— ele não olhou para mim enquanto chorava e eu precisei de uns segundos para que a noção me alcançasse. Ah. Merda.

Ontem foi o aniversário dele. Lorenzo fez aniversário e seus pais não ligaram de novo. Só eu sei como isso o magoa, por isso ele veio até mim. Ele diz para o mundo que não se importa, que é só um dia como os outros, mas seus pais nunca presentes o magoam demais, no fundo, Lorenzo é muito machucado por não ter uma família como as outras. Quando começamos a namorar, é claro, eu tomei suas dores para mim. Esta sendo a maior delas.

— Lorenzo...— murmuro, sem jeito, a culpa tomando conta de mim. Sei que não devo mais nada para ele. Nós somos uma história que acabou, eu não tenho obrigação de cuidar de suas feridas e, sim, ainda o culpo por isso, mas.... sei lá. Eu amo ele. Sei que há partes de Lorenzo que o fazem ser uma boa pessoa.

... é complicado. As pessoas são muito mais do que o que elas fazem de errado.

Suas lágrimas caem sem parar, e as minhas chegam porque eu sou fraca e não consigo ver ninguém chorar, ainda mais alguém com quem me importo. Ele ergueu o rosto e ficou encarando o teto.

— Você... prometeu...

— Nós fizemos muitas promessas um para o outro, Lorenzo.— respondo, atraindo seu olhar. Lorenzo sorri triste e balança a cabeça.

— Eu sei.— ele suspira, Kisha fareja seu rosto, curiosa, quer saber o que há de errado com ele.— Sei que a feri, nunca foi minha intenção, e se eu pudesse voltar no tempo para fazer tudo direito e ficar com você, eu voltaria. Mas cê sempre foi muito mais do que eu mereci, Alice, nós dois sabemos disso...

— Não fala assim.— balanço a cabeça.

— Eu não vou te superar.— ele emenda, falando ao mesmo tempo que eu. Fico séria, olhando-o atentamente— Eu não vou, porque eu não quero. Mas eu não vou ficar em cima de você, porque quero que você seja feliz. Porque eu te amo e você merece alguém que te faça bem... se é que o Cameron é tão melhor do que eu assim..— ele revira os olhos.

Continuo balançando a cabeça negativamente, o choro me escapa.

— Para. Para.— não quero me lembrar do passado. Lorenzo afasta minha cadela e segura meu rosto, se aproxima e beija minha testa, afetuosamente. Seguro suas mãos, fungando. Fecho os olhos por um momento. Começamos em um cenário parecido com esse, quando ele beijou minha bochecha no nosso primeiro encontro e eu soube que estava completamente apaixonada por ele. É estranho que alguns ciclos se fechem como começaram.

— Supere a vontade.— ele murmura a centímetros de distância, juntando nossas testas— Mas não me esquece, por favor?

Mordo o lábio e tento não chorar mais do que posso.

— Tá. Tá.— resmungo sem confiar na minha própria voz. Lorenzo fica mole e me abraça, deitando a cabeça em meu ombro. Eu fico muito mal, porque eu as vezes me esqueço de como ele tem medo de ficar sozinho. Ele já foi meu garoto, como eu pude esquecer isso?

— Eu vou te amar para sempre, Ali.— ele murmura, sonolento.

— Eu sei. Eu sei.— passo a mão em seus cabelos desgrenhados. Em conflito e deixando tudo de lado por um momento, beijei o topo de sua cabeça.— Feliz aniversário, Lorenzo.— murmuro, não tenho certeza se ele me ouviu já que começou a roncar no momento seguinte.

[...]

Nota da autora:

Ok, Siri, agora toca "why'd you only call me when you're high".

Antes que hajam quaisquer comentários, não, eles não vão voltar a namorar nem vão ficar outra vez, mas eu vou mostrar muitas mais cenas dos dois porque algumas pessoas entram em nossas vidas para ficar e esse é o caso deles.

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