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Depois você me liga

VINCENT CAMERON

A caminhada até em casa parece durar uma eternidade. Eu sopro a fumaça para cima e olho para o céu escuro e sem estrelas. Não consigo parar de rir sozinho. Como não tinha como me esgueirar pela casa e sair sem ser notado, custou correr para que a bronca não sobrasse para mim.

É óbvio que se eu tivesse ficado, Oliver não me deixaria andar na rua sozinho essa hora da noite, mas não tem problema, eu prefiro ser assaltado a ter que ouvir um discurso seu sobre o que não fazer com minha vida. É, eu sou jovem, eu ainda vou fazer muitas merdas e não vai ser você que vai me prevenir delas com suas sábias palavras, chefão.

Eu penso no beijo dela, e no que nós não conseguimos fazer outra vez. O universo só pode estar me pregando uma peça, colocando meu brinquedo favorito bem perto do meu rosto e o colocando a uma distância inalcançável sempre que estico as mãos na direção dele.

Estou alegre, mas pode ser só a adrenalina agindo no meu corpo. Quero por as mãos nela de novo, quero que ela fique por cima de mim e a gente finalmente se conecte.

— Espero que esteja se divertindo.— falo para os céus e quem quer que esteja no controle deles, brincando com os meus sentimentos e emoções. As sensações engraçadas que ficam, é como se eu ainda estivesse a beijando, mesmo de longe.

A rua está vazia, estaria escura também se não fossem os postes me dando essa iluminação macabra como se a qualquer minuto um zumbi super veloz fosse surgir das sombras para me atacar. Nem a probabilidade disso acontecer me deixa receoso, eu estou andando nas nuvens.

Aí meu celular começa a vibrar no bolso. Por mais que esteja tarde, sei que meus pais não me ligariam. Eles nunca ligaram, então só pode ser ela porque só ela pode me ligar a hora que quiser. Atendo o telefone e o coloco na orelha.

— Já sentiu minha falta?— eu pergunto, um pouco alto demais para o silêncio gritante que me cerca. Agora sim parece que eu estou sozinho nesse mundo. As luzes das casas estão apagadas e não tem nenhum carro passando, até mesmo os cachorros e os gatos estão quietos.

— Ah, não se encha demais...— a voz dela chega até mim me arrancando um sorriso bobo. Ei, eu até que gosto da voz dela. Como se pode gostar da voz de alguém?, eu me pergunto. Aí nós rimos, não tem porquê, nem precisa.

— Como Ollie lidou quando viu a garrafa vazia?— quero saber.

— Ele pegou a garrafa e disse que é por isso que ele não gosta da ralé na casa dele.— ela ironiza e eu reviro os olhos, nós dois sabemos que por mais que o querido senhor Saltzman diga que não gosta de mim, ele não iria falar de mim desse jeito.

— E quanto a você? O que sobrou para a lobinha dele?— começo a andar de costas e aproveito o momento em que estou sozinho nessa maldita rua comprida.

— Ele guardou as armas no arsenal já que eu não conseguia parar de rir— sussurrou ela, rindo— Amanhã de manhã eu vou ouvir o discurso da minha vida.

— É, a gente podia ter feito isso na sexta feira.— pondero, balançando a cabeça e fumando mais um pouco.

— Claro que não, e você ia esperar para puxar meu tapete?

— Eu quero puxar mais do que seu tapete, castorzinho.— comento soltando um longo suspiro e rindo quando ela ri.

— Eca, Vincent safado, eca, eca!— ela diz de um jeito meigo e eu me odeio por vê-la como uma garota fofa por um momento, porque Alice não é fofa. É linda, fofa não.

— Você estava gostando disso... tipo, ainda agora, não faz nem uma hora.— acuso.

— O momento, Vince, o momento.

— Ah, é?

— É. Tem momentos.

— Sabe... eu não pagaria para repetir esse momento.— fumo mais um pouco e volto a andar direito, olhando para meus pés e cambaleando por ainda há licor no meu organismo.

— Não?— ouço sua voz desanimar um pouco. Eu sorrio de canto.

— Não.... não se for para sermos interrompidos todas as vezes que temos a menor chance.— balanço a cabeça e cerro os olhos, pensativo. Eu não estou controlando minha língua, mas pensando bem, quando foi que eu controlei?— Mas eu com certeza pagaria para ficarmos a sós por muitas mais horas.

— Você quer muito me ver nua, é isso?— ela pergunta com bom humor restaurado.

— Bem, ajudaria muito no momento que eu estou pensando em comprar pra gente.— nós rimos.— Ainda assim, não me arrependo desses momentos interrompidos. Torna a brincadeira mais excitante, não acha?

— É... mesmo que eu sinta como se a gente não devesse fazer isso.

— Por que não?

— Nossa amizade seria a mesma se você me visse nua?— ela baixa o tom ainda mais, deve estar com muito medo de ser ouvida pelo seu Oliver. Quem deve ter medo sou eu porque quem levaria uma surra seria eu. Ele sempre soube que eu não sou lá a melhor influência.

— Temo que não.— comento e nós ficamos calados por uns segundos esticados— Mas você gostaria? Que eu te visse nua? Porque eu gostaria.

A linha fica muda por tanto tempo que minha mente bêbada acha que eu desliguei, mas quando eu olho, a ligação ainda está rolando. Espero mais um pouco.

— Eu gostaria...— ela sussurra e meu coração começa a bater mais rápido— Mas isso é um segredo, então não conta para ninguém, tá?

Eu estou tentando não saltitar de alegria neste momento, mas fora isso, tudo sob controle.

— Tecnicamente, eu posso me gabar, eu sou seu falso namorado, sabe? Eu posso dizer para os outros: olha só, está vendo aquele castorzinho loiro ali? Quer se deitar comigo, e não é para dormir.— zombo e me deleito com sua risada, por mais baixa e abafada que ela saia.

— Seu zoófilo.— ela acusa.

— Ah, por favor!

— Como saímos de um falso namoro para isso, Vincent?

— Honestamente? Eu não tenho ideia. Mas não ouso dizer que não gosto dessa reviravolta no nosso relacionamento, você acha que nós sempre tivemos essa tensão sexual pendendo entre nós?

— Não sei, me diga você. Garotos tem esses impulsos mais do que as garotas.

— Que tipo de impulso?

— Ah, você sabe...

— Sei, é?— sim, eu sei do que ela está falando, mas quero ouvi-la dizer. Pergunta, querida.

— Tipo... vocês se conhecem desde cedo...

— Como assim? O que está sugerindo?— continuo me fazendo de sonso porque é divertido como é palpável sua tensão crescendo.

A ouço limpando a garganta e seguro a risada o melhor que posso.

— Bem... garotos... se tocam mais...

— E...?

— Quer dizer.... é que.... bem, eu....

— Você está me perguntando se eu já me toquei pensando em você?

— E-eu.... quero dizer.... a-ah, é que eu acho...— ela se enrola e eu deixo minha gargalhada escapar, imaginando que cor devem estar suas bochechas agora.

— Bem, eu acho que recentemente não conta, né?— provoco. Ah, eu mataria para saber o que ela está fazendo agora que eu não posso ver.

— Ah, seu pervertido!

— Você que perguntou!— levanto os ombros mesmo que ela não esteja vendo.— Acabou de ativar esse meu lado quando me fez beber aquele licor todo!

— A ideia foi sua, Vincent!

— Foi? Eu nem me lembro.

Mais uma longa pausa. A dúvida nasce em mim como um broto e floresce. Estou chegando em casa, mas prefiro ficar mais uns minutos no frio do que entrar agora. Na frente da minha casa, eu me sento no meio fio.

— E quanto a você?— quero saber.

— O que tem eu?

— Garotas também tem esses impulsos, você mesma disse.

— O-o que você está sugerindo?

— O que você acha, Ali?— sussurro com perversidade.— Você já... se tocou pensando em mim?— por favor, me tira essa curiosidade.

O cenário vai se montando em minha cabeça, e eu fico absurdamente grato pela minha linda imaginação fértil. Fecho os olhos como se fosse me ajudar a visualizar, é mais fácil do que parece. Ela com a mão dentro daquela saia xadrez que vive usando, chamando por mim sem que eu possa fazer nada no momento. É meio torturante, mas eu meio que gosto disso.

Deus do céu, eu viro mesmo um tarado quando bebo? Isso é chocante.

Ouço sua respiração do outro lado da linha, poderia ser só coisa da minha cabeça, mas estava acelerada.

— Acho que passamos um pouco dos limites hoje, Vince...— ela sussurra. Imaginei que ela fugiria, mas isso não me frustra.

— É, talvez um pouco.

— Eu... a gente... a gente se fala amanhã, tá?

— Ok, depois você me liga.— eu suspiro e nós dois desligamos. Eu fico encarando meu celular até ele apagar e depois me demoro mais um pouco, sentado ali no meio fio, sob a luz de um poste. É estranho se eu disser que esse foi o melhor dia da minha vida? Nós só bebemos, nos beijamos e conversamos. Mas é. É a porra do melhor dia da minha vida.

Eu vou para a janela do meu quarto, a abro com pouco cuidado e me jogo para dentro do meu quarto com menos cuidado ainda. Não há a menor iluminação aqui dentro, mas eu sinto que não vou demorar a apagar, de qualquer forma. Abraço meu travesseiro com o rosto de minha musa Jennifer Aniston e fecho os olhos imaginando que o sorriso idiota nunca deixará meu rosto.

Talvez Alice possa ser mais bonita que a Jennifer Aniston, mas essa é só minha opinião.

[...]

Nota da autora:

Eita como esse Vince tá serelepe KKKKKKKKKKK e aí, vadia, já me seguiu?

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