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Casa da árvore

Não se esqueça de comentar, vadia!

ALICE SALTZMAN

— Vince.— chamo em voz baixa. O moreno se remexe no sofá e cobre o rosto com o braço engessado, aperto seu ombro e o balanço outra vez— Vince.

Mesmo sabendo que ele está chapado, não desisto. Ele recebeu alta há uns quatro dias, e, enquanto está aqui em casa, preciso acordá-lo para lembrá-lo de tomar os remédios na hora certa.

— Acorde.— peço. São três e quinze da tarde, acabei o treino de natação mais cedo, voltei do colégio e trouxe anotações extras para o meu melhor amigo não ficar atrasado. Farei seu trabalho até que ele possa se virar sozinho. Bem, estou contando com uma ajudinha de Dean Seok, mas isso Vincent não precisa saber dessa parte, tenho certeza de que ele não amaria.

Tiro seu braço do caminho e dou uns tapinhas em sua bochecha apenas para que ele dê um sinal de que está consciente. Vincent respira fundo e abre os olhos, sendo que um deles está vermelho, como se várias de suas veias estivessem arrebentadas. Ele está acabado. Me encara com preguiça e afunda o rosto no travesseiro.

— Não.— ele responde voltando a fechar o olho e finge dormir. Reviro os meus e sorrio. Eu me jogaria para cima dele se não tivesse receio de danificar suas costelas. Começo a lhe fazer carinho porque sei que assim ele vai ceder.— Sai daqui, sua grudenta.— ele reclamou e afastou minhas mãos, virando-se para o outro lado como se estivesse emburrado, dei risada.

— Você não é doido de me ignorar, Cameron.— digo confiante, voltando a pôr as mãos em seu ombro.

— Vai pagar pra ver?— ele resmungou.

— Não.

— Droga.

— Vamos, criança, está na hora do seu remédio. Pra ver se por uma vez na eternidade você começa a bater bem da cabeça.

— O trocadilho foi proposital?— ele me olha por cima do ombro, a cara amassada. Dou de ombros.

— Não faça perguntas que vão acabar destruindo a brincadeira. Anda, se senta.

Como uma criança birrenta, Vincent se sentou com certa dificuldade, fazendo uma careta engraçada de velho com dor na coluna. Passei-lhe o comprimido e o copo d'água que estavam na mesinha de centro. Como ele é teimoso que dá raiva, preciso sempre checar se ele engoliu mesmo.

— Abra a boca.— peço.

— Que tara é essa que as mulheres brancas e loiras tem por odontologia?— ele pergunta e eu ameaço socá-lo. Vince nem pisca, sabe que eu não vou fazer nada até que ele esteja zerado, por isso anda abusando da minha benevolência.

Ele me mostra a língua depois de um prolongado jogo de quem pisca primeiro — ele perdeu — e eu fico calada enquanto ele se espreguiça e boceja.

— Eu acho que morri e fui direto para o céu, sabe?— ele comenta quando termina

— Ah, é? Por que acharia isso?— sento-me sobre meus tornozelos finalmente e o moreno se inclina na minha direção, como se pretendesse manter a mesma distância entre nós.

— Porque você está aqui, me paparicando e tolerando as minhas piadas sem me bater. Isso só pode ser o paraíso.

Balanço a cabeça.

— Eu ainda te chamo de idiota.

— Minha linda, eu estou um pouco chapado demais para me importar com o que você fala— ele se acomoda no sofá e joga os pés, um para cima do outro, no meu colo— E, pra ser sincero, meu ouvido esquerdo ainda não está funcionando direito. Pode me chamar de George Weasley e meu pai de Snape.

Ele acha que me engana. Vincent está só sorrisos, debochando de toda a situação como se isso não o abalasse, mas é porque não há nada de bom nisso.

Por mais que eu e Oliver estejamos mimando ele, eu estou furiosa com Vincent porque ele não quis prestar queixa. Ele disse que "o que aconteceu, aconteceu", e que seria muita idiotice denunciar um policial por agressão.

— Sabe quantas dessas queixas são abafadas pela polícia do mundo todo? Esquece, Ali, bati a cabeça mas não enlouqueci.— ele contou quando estávamos deixando o hospital e eu insistia para que Oliver nos levasse direto à delegacia.

— Isso está errado. Paul Cameron tem que ir para cadeia!

— É, e os santos tem que ir para o reino do céu. Alice, ele vai me matar se eu prestar queixa.— ele baixou o tom para que Oliver não ouvisse. Nós dois estávamos sentados no banco de trás porque eu simplesmente não conseguia me desgrudar de Vincent.— Se ele me manda para o hospital quando eu não fiz nada para lhe provocar, quem dirá quando eu fizer. Eu não quero morrer.— ele arregalou o olho para mim e virou o rosto para a janela. Minutos depois, pediu para meu pai tirar a música do rádio e o silêncio predominou entre nós três. Segurei sua mão a viagem toda.

— O que você quer fazer hoje?— eu pergunto, fazendo biquinho.— Você nem saiu desse sofá direito por dias, vai acabar mofando.

— Eu gosto da ideia.

— Vince, você vai sair comigo.— coloco alguma autoridade no tom e ele torna a se inclinar na minha direção, me encarando com uma intensidade.

— Alice, por favor...— ele pede de um jeitinho que faz com que dezenas de milhares de borboletas se agitem na minha barriga. Mas eu tenho que ser forte. Estufando o peito, me coloco de pé.

— Você vai sair comigo. Agora vá se arrumar... ou eu vou ter que dar um banho em você?

— Isso é uma ameaça ou é para me deixar excitado?

— Vincent!— aponto vigorosamente para o corredor, que leva para as escadas que leva para o banheiro. O cacheado joga a cabeça para trás e solta um gemido de protesto.

— Certo! Mas eu escolho para onde iremos!— fiquei satisfeita quando ele se pôs de pé, mesmo que cheio de birra.

— Eu não tenho problemas com isso.

[...]

Eu não deveria ficar surpresa ao ver que ele não planejava se arrumar pra valer. Vince só colocou outro conjunto de moletom largo e jogou a touca sobre a cabeça. Algo me diz que ele não quer ser visto.

— Não vamos para um cemitério, vamos, senhor das Trevas?— pergunto irônica e ele sorri amarelo, depois faz uma careta, franzindo o nariz.

— A gente vai naquele lugar que eu te falei.— ele diz soltando um suspiro como se lhe custasse contar a respeito. Tinha me esquecido totalmente deste detalhe da noite em que ele foi espancado.

— Ah! E eu tenho que mudar de roupa?— pra ser sincera, nem tirei a roupa que usei no colégio, meu jeans e minha regata. Ele me examina calmamente depois balança a cabeça negativamente. Franzo a testa quando passa o tempo dele fazer qualquer comentário e fico mais confusa ainda quando Vince vai para a porta dos fundos.

Sem brincadeirinhas?

Ao ver que eu estou relutando, Vince segura a porta para mim.

— Você não vem?

Nós saímos juntos para o quintal dos fundos, e Kisha, como uma cadela fiel, nos segue, talvez supondo que vamos brincar com ela. É difícil ignorá-la, muito difícil.

— Seu lugar especial é meu quintal?

— Eu não diria esse quintal.— ele responde e eu reviro os olhos segurando o riso. Ah, aí está ele.

— Então de que quintal, com gramado, formigas e gnomos de jardim, estamos falando?

— Do da senhora O'Brien.— ele responde, aproximando-se da cerca e a pulando. Arregalo os olhos. A casa da senhora O'Brien é três mais a frente por esse caminho.

— Vincent, volta já aqui.— eu sibilo, mas ele nem hesita em continuar andando na propriedade do meu vizinho como se isso não desse o direito do dono do lugar atirar nele por invasão. Fico angustiada, mas os Kyle não tem filhos e com certeza estão trabalhando nesse horário. Quando Vincent alcança a cerca seguinte, eu me movo.— Mas que merda, garoto!— pulo a cerca de uma maneira bem mais estabanada e Kisha começa a latir alto, querendo nos seguir— Quieta! Fica!— ordeno e ela obedece.

— Você disse para eu sair.— Cameron replica sem regular o tom de voz.— Eu estou saindo.

— Mas o que é que tem demais no quintal da senhora O'Brien?!— eu pergunto para ele em voz baixa, andando baixo e com pressa, olhando para os lados feito uma criminosa, porque nós de fato estamos cometendo um crime agora. Vincent para para me encarar no meio do quintal como se tivesse todo tempo do mundo para jogar um papo furado.

— O que toda criança que tem uma árvore nos fundos de casa sempre pede para os pais?— ele pergunta e eu o encaro como se fosse doido. Um doido varrido.

— De que diabo...

— Uma casa na árvore.— Vincent me interrompe, pulando a cerca seguinte com habilidade. Exibido. Eu continuo o seguindo por mais que ache que enlouqueceu.— Quando eu tinha dez anos, quis fugir de casa. E eu até tentei, mas quando parava para pensar a respeito sempre pensava em você e como você ficaria triste se eu simplesmente desaparecesse aí acabava voltando atrás. Então um dia, eu estava decidido que me despediria corretamente de você e nós seguiríamos nossas vidas; juntos, ainda que separados. Sendo que nessa fantasia você ficaria mantendo contado com um foragido, vulgo eu.— nós pulamos outra cerca e eu estou me sentindo muito errada fazendo isso, mas estou muito curiosa para saber onde ele quer chegar. Por várias vezes falamos dele fugir de casa, mas para vir morar comigo.

Vince pretendia fugir sem mim?

— Eu estava na frente da casa da senhora O'Brien, pensando em algum discurso para fazer ou coisa do tipo, tinha até uma trouxinha no ombro.— conta ele de maneira descontraída como se não fosse uma péssima novidade para mim. Ele ia fugir.— Mas aí ela me viu. Me chamou para dentro e me perguntou o que havia de errado. Eu não contei, é óbvio, mas ela parecia ter sacado tudo com a trouxinha. Ela não ficou questionando nada. Me ofereceu um pedaço de bolo, suco e começou a falar sem parar do seu filho que se mudou e levou para longe seu netinho. Eu não estava nem aí, mas você sabe que eu sempre gostei dela e não quis destratá-la. Pra ser bem franco, não prestei atenção em nada do que ela disse até ela me levar para os fundos da casa para me mostrar aquilo.— apontou.

Eu já tinha visitado os fundos da casa da senhora O'Brien algum dia do passado, mas não me lembrava em detalhes, ela foi minha babá de um dia quando criança, mas é uma senhora desajeitada e deixou que um de seus gatos me machucasse gratuitamente. Sei que não foi por mal, é óbvio que ela não arremessou o animal em mim, mas papai nunca a perdoou pela falta de cuidado. Não cheguei a subir na casa da árvore porque ela era muito alta, mas, vendo agora, me parece muito... pequena e tosca.

Não tem muitas casas na vizinhança com árvores nos fundos, ainda mais daquelas grandes que podem suportar uma casinha de madeira entre seus galhos. A árvore era majestosa. A casinha estava contando os minutos até desabar.

Nós pulamos a última cerca e nossos pés afundaram num gramado fofo. Uma luz no segundo andar da casa estava acessa, mas as persianas estavam fechadas.

— Eu tive uma epifania, quase.— Vince me conta e eu o encaro como se nunca o tivesse conhecido de verdade. Quantos mais segredos ele tem? Por que ele não me contou antes? É muito injusto, eu nunca escondo nada de Vince, pelo contrário, ele é a única pessoa na face da terra para quem eu conto absolutamente tudo— E como se lesse meus pensamentos, ela me falou na maior cara dura "você pode vir aqui sempre que quiser, garoto. Sempre que as coisas estiverem difíceis. Prometo não contar para ninguém."— ele faz uma pausa e aponta para as escadas tortas pregadas no tronco da árvore, indicando para que eu fosse na frente. Obedeci.

A casinha era pequena demais para nós dois, mal podíamos ficar eretos enquanto ajoelhados e eu lutei para ignorar o fino tapete que cobria o chão desregulado. Eu não tenho certeza se quero ouvir toda a história agora.

Não foi culpa sua, parte de mim diz. Nada disso foi, é claro que você não tem nada a ver, só tinha onze anos.

Você devia ter feito alguma coisa para evitar que isso acontecesse, a outra replica e de repente a casinha fica ainda mais apertada. Tem uma janelinha aqui, no entanto, dou as costas para ela e me sento cruzando os tornozelos. Vince se encaixa do meu lado.

— Ela não contou mesmo.— murmuro sem coragem de encará-lo, miro a portinha pela qual passamos. Se eu esticar as pernas, meus pés sairão. Me sinto tão mal por ele que chega a doer fisicamente. Meu carinho pela senhora O'Brien triplicou.

Ficamos calados por um momento, acho que ele espera que eu diga algo, mas não há nada em meus pensamentos além de angústia. Vince abraça os joelhos e nossos ombros ficam se encostando. Eu sinto seu calor através do tecido. Não nos beijamos tem uns dias.

— E então?— pergunto, encorajando-o a continuar a narrativa. Ouvi-o respirar fundo.

"Eu aposto que ela tinha noção de que estava me oferecendo um bote salva-vidas, mas se ela sabe que eu venho aqui ou não, não tenho certeza, porque nunca mais falamos sobre. Eu tinha que ir embora daquele lugar, eu pensava, eu nunca quis tanto desaparecer. Mas eu não queria sair sem você, Ali... Então, quando eu sentia que alguma coisa ruim aconteceria lá em casa, eu fugia para cá. Não pedia licença para a dona porque não queria ser acolhido ou paparicado; e acho que ela faria isso se tivesse a oportunidade. Só queria ficar sozinho, mas o mais próximo possível de você e do Oliver, porque vocês são a minha família e eu não queria deixá-los, não estava pronto para isso. Esse lugar veio a calhar na hora perfeita. Adiei, adiei e adiei minha partida, até que me convenci de que não precisava sumir mesmo e, mesmo que não seja minha casinha, eu sentia como se fosse, como se pudesse ser. Dormi aqui uns dias, perdi a conta de quantos... não foram horas legais, não posso enfeitar, mas... mas... Você... você está chorando?"

Eu estou. As lágrimas começaram a cair porque eu me senti mal demais e não consegui disfarçar. Penso no frio que Vincent deve ter passado, quantas noites ele veio para cá e dormiu com fome e desconforto? Ele não merece isso, nada disso. Eu cubro a boca e meu choro se intensifica.

— Eu sinto muito.— balanço a cabeça e tento manter o controle, não posso fazer essa dor minha, mas é tão inevitável.— Meu Deus, Vince, se eu soubesse...— um soluço corta minha fala e a coisa mais ridícula do mundo acontece: Vincent começa a me consolar.

Indignada comigo mesma por ser fraca e com ele por achar que tem que ser forte, eu o afasto e o encaro.

— Você não vai voltar pra lá— eu lhe prometo— e-eu vou fazer o que for necessário! Você vai se emancipar, papai tem contatos, ele pode te ajudar a pagar um advogado, a gente tem que criar caso contra Paul...

— Alice.— Vince sorri para mim e balança a cabeça lentamente, o afastei quando ele me abraçou, mas seu braço continua apoiado em meu ombro, ele está perto.— Cala a boca.

Engulo um cacto e foco meus olhos nos teus esverdeados.

— Eu vou resolver as coisas do meu jeito, tá?

— Ah, Vince....

— Ali. Eu estou falando sério. Deixa que eu cuido disso.

Eu não queria. Nem morta eu queria isso.

— Não. Sozinho não, de jeito nenhum.

— Claro, sozinho não.— ele concordou e talvez tenha sido fácil só para me acalmar, mas como eu queria acreditar, acreditei. Meu queixo tremeu e eu o puxei para um abraço mais apertado e provavelmente até doloroso.

Eu quero protegê-lo do mundo porque Vince é bom demais para ele. Não sei quanto tempo ficamos nesse abraço, mas quando eu me afasto, o beijo porque estava com saudade e porque precisava.

— Tá tudo bem.— ele me disse entre os meus selinhos agoniados.— Tá tudo bem!— ele riu. O cretino começou a rir e por mais que eu quisesse bater nele, só continuei o beijando, seu rosto machucado e ainda lindo.

— Você não vai fugir, está bem? E se for, vai ser comigo. Se tentar ir sem mim, eu vou te caçar e te matar.

— Que adorável.— ele sorria enquanto eu beijava seu rosto, aproveitando-se do momento. Seu prazer evidente aumentou o meu. Vince teve que segurar meu rosto para me fazer parar. Minhas mãos tremiam. Eu sei que ele não vai sumir, mas pensar que ele poderia ter sumido quando éramos mais jovens me desespera.

Quase o perdi, quase não tivemos isso.

— Alice.— seus olhos me queimam e me derretem por dentro. Eu dou uma fungada e me controlo melhor. Tá tudo bem. Vai ficar tudo bem.

— Oi?— pergunto chorosa.

— Eu amo você.— ele me fala e eu sorrio.

— Eu também amo você, Vince.— balanço a cabeça.

— Não. Não. Alice, eu amo... você.— ele repete e eu uno as sobrancelhas, ele acha que eu não entendi...?

Os segundos se esticam em uma tortura sem igual, como se estivéssemos presos nos pés de uma montanha se desmanchando em uma avalanche. Então eu entendo o que ele quer dizer. Meu coração dispara e... e eu não sei mais como respirar.

Vince vira o rosto e fica encarando a porta pela qual entramos, depois de tirar as mãos das minhas bochechas. Minha garganta fechou, não consigo falar. Minha mente começa a rodar a mil, meus sentimentos se embaralham e se confundem, mas não há nada de errado nisso. Eu fico... empolgada.

Muito feliz. Não acredito, mas fico. Ele não vê o sorriso que nasce no meu rosto, provavelmente está com medo de me encarar para que eu não o repreenda.

— Arruinei tudo de vez, né? Me desculpa.— ele se afasta, começa a engatinhar em direção da saída. Me agonio.

— Não, Vince.— eu chamo, mas ele não para de se mexer. Pelo contrário, só fica mais apressado— Espera aí, Vince.— eu vou atrás e tento segurá-lo, no entanto, ele se desvencilha de mim e desce as escadas. Está acostumado com essa benditas escadas tortas, eu não. Eu quero chorar mais um pouco, ah, meu Deus, eu te diria, eu também! Ele precisa parar!— Vince!

Desço as escadas atrás dele e me seguro para não gritar para não chamar a atenção da dona do quintal que invadimos. Corro atrás dele e agarro seu pulso. Ele ficou muito frio muito rápido.

— Para, a gente tem que conversar!— eu não uso da força porque não quero machucá-lo e sei que ainda está dolorido, por isso ele se solta de mim com tanta facilidade.

— Esquece, Alice.— ele sacode a cabeça, contrariado. Nós seguimos para a frente da casa da senhora O'Brien.

— Como você ousa me mandar esquecer uma coisa dessas?!— pulamos outra cerca e estamos de volta na calçada, pública como duas pessoas normais que não invadem a propriedade dos outros. Eu sei que não sou nenhuma santa pra falar sobre isso já que vandalizei a casa do meu ex namorado, mas que seja.

— Foi da boca para fora.

— Não, não foi, não ouse dizer isso para mim. Para!— ordeno e ele para de se mover. Continua de cabeça baixa quando eu me coloco na sua frente.— Eu não vou esquecer.

— Por que não?— Vince dá de ombros e eu lhe lanço um olhar duro.

— Porque eu não quero, eu entendo.

— Você entende... não, Alice, não entende. Você não.... você entende?— ele me encara confuso— Que... que sorriso psicótico é esse na sua cara?

Foi meiga a forma como ele pareceu se perder sem sair do lugar. Vincent me encara e fica balançando a cabeça como se lhe custasse acreditar que eu poderia estar sentindo o mesmo.

Estou assustada, não tem como negar. Apavorada talvez seja o termo correto. Meu coração quer subir pela minha garganta e minhas mãos estão transpirando. Parece que eu estou pulando de um avião sem paraquedas. Ao contrário dele, começo a sacudir a cabeça em afirmação.

— Eu amo você, Vincent. Eu amo você.

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