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CINCO

O tal cavalo branco tinha um estábulo só dele, separado dos demais. Depois de acomodá-lo, Pablo me guiou pelo jardim, dessa vez em meio a um caminho mais escondido.

– Você terá que guardar segredo sobre o que vou te mostrar agora – ele disse. - Os criados são proibidos de andar por esse lado da mansão, de forma que eles nunca descobrirão. De todo o reino de Amberlin, as únicas pessoas que sabem sobre isso são eu e o meu pai. Nem mesmo minha mãe. E agora, você, é claro.

O que ele iria me exibir de tão secreto?

As trepadeiras subiam pelos muros. O que era para ser um jardim, parecia muito mais um labirinto ou uma mata. Logo, as folhas e árvores daquele imenso jardim/labirinto passaram a tapar parte do sol, que entrava apenas por algumas frestas de luz. O que quer que seja, estava muito bem escondido.

Pablo parou de andar e olhou para mim, sorrindo:

– Temos que entrar devagar para não assustá-lo.

            Pegou-me pelas mãos e, juntos, caminhamos lentamente. Ao virar à esquerda de uma imensa árvore, enxerguei o tal segredo:

            Respirando devagar, com as suas escamas em vários tons de vinho subindo e descendo vagarosamente, ele dormia. Suas asas estavam recolhidas e sua cauda formava um círculo na grama. Já tinha visto em livros, mas nunca a poucos metros e nunca tão pequeno, ele não era muito maior do que um cavalo. De qualquer forma, era surpreendente, havia um dragão dormindo no quintal de Pablo.

            O dragão abriu os olhos e nos avistou, meu estômago gelou quando ele levantou-se e caminhou pesadamente em nossa direção, chegou perto o suficiente para nos atacar, mas apenas ficou parado. Pablo acariciou a sua cabeça, como se tratasse de um cachorro. Sempre ouvi sobre a periculosidade dos dragões, mas aquele não parecia mais assustador do que qualquer outro animal doméstico.

            – Uau! – exclamei.

            – Sim – Pablo riu. 

            – É um filhote?

      – Não exatamente, é um dragão anão. Um amigo explorador e estudioso dos hábitos dos animais o encontrou ainda novo em uma colônia no meio da selva. Ele estava muito ferido, pois foi rejeitado pelo bando por conta da sua deficiência física. Iria sangrar até morrer se esse meu amigo não sofresse de um surto de compaixão. Assim o socorreu e levou para o reino onde eu morava na época. Era tão pequeno que coube em uma mochila. – enquanto falava, acariciava o bicho, que parecia sorrir. – Cuidar de um animal como esse demanda de muito tempo e espaço. O pesquisador não dispunha disso, então me concedeu essa honra. O nome dele é Magrelo. – A referência era clara, o dragão era realmente magrelo e meio desajeitado, porém, saudável, dando sinais de que fora muito bem tratado. – Vem, pode se aproximar. – Eu não havia notado que, pouco a pouco, me afastava do Magrelo, como um reflexo de medo. Cheguei mais perto lentamente, estendi minha mão e o acariciei, suas escamas eram tão rígidas que pareciam madeira. Magrelo fez menção de pular em cima de mim, o que me deixou escapar um grito de susto:

            – Não, Magrelo! – Pablo exclamou. – Nela não!

            Magrelo entendeu a mensagem, me deixou em paz e pulou no próprio Pablo, que caiu no chão. Logo os dois estavam rolando e brincando, como dois irmãos, não pude deixar de pensar nisso. Eu sempre tive seis irmãs, ao contrário de Pablo que é filho único, aquele dragão anão deve ter sido uma boa companhia em momentos de solidão.

            – Magrelo, recomponha-se. Temos uma dama aqui – disse em meio aos risos, enquanto se levantava e limpava a grama da roupa.

            – Ele voa? – Perguntei.

            – Sim – respondeu com certo orgulho. – Mas não aguenta levar nenhuma pessoa. O faço voar de noite às vezes, gosto de observar a aerodinâmica das suas asas, da forma como equilibra com a cauda, sei que isso tudo vai me ajudar com a máquina.

            – Você acha que ele voa por causa da ciência, então?

            – Não tenha dúvidas disso, mocinha.

            Magrelo ergueu a cabeça e abriu a boca, imediatamente Pablo me puxou para longe dele:

            – Cuidado.

O dragão continuou a realizar aquele movimento, que parecia muito com um tipo de movimento humano: a vontade de espirrar:

– Magrelo está resfriado? – Perguntei.

– Não. Ele tem essa espécie de alergia desde sempre, não consigo encontrar nada que resolva isso. O que é preocupante.

– O que uma alergia tem de preocupante?

Magrelo espirrou, soltando uma chuva de faíscas que queimaram a grama à sua frente, com pequenas chamas balançando.

– Esse é o problema – Pablo apontou. – Fogo.

Logo o Dragão passou a se distrair com as borboletas que sobrevoavam os jardins e foi brincar um pouco mais afastado de nós, que nos deitamos no gramado e ficamos admirando o céu. Enquanto conversávamos, Pablo me puxou para mais perto de si e repousou a minha cabeça em seu peito. Passou a acariciar as minhas costas em movimentos repetitivos, sua mão subia até a minha nuca e descia até o meio das costas, cada vez que os dedos repetiam o trajeto, eles desciam um pouco mais do que da última vez, cada vez mais provocantes.

– Você é boa com enigmas? – Ele perguntou.

– O quê?

– Enigmas. Você é boa em resolver questões?

– Não sei, acredito que sim.

– Tudo bem. Então, me ajuda nesse – ele falou. – Eis a questão: qual é o ponto de ficarmos felizes agora se iremos nos entristecer depois?

– Como?

– Sim. Eu estou aqui com você e me sinto tão bem agora, mas dentro de algumas horas terei uma reunião com representantes de outro reino, que querem os meus recursos para provocar guerra, como se achassem que eu fosse compactuar com uma matança. Tudo neste exato segundo me faz feliz, desde a paisagem até o cheiro do seu cabelo. Mas qual é o ponto de me sentir bem agora, sabendo que isso vai passar?

– Mas essa é exatamente a resposta. Devemos ficar felizes agora, justamente porque isso vai passar.

 Ele se posiciona de forma que possa me olhar diretamente nos olhos:

– Você é mesmo uma mulher inteligente!

Pablo me beija. Não como havia beijado antes, mas de uma maneira muito mais intensa, a ameaça que sua mão fazia se cumpriu, descendo até o fim. Ele puxa meu corpo para mais perto dele e me deixo levar, me permito sentir. Sua boca voa no meu pescoço e sinto o seu tato explorando cada centímetro da minha pele. Logo, boa parte do meu corpo fora tomado pelo toque firme da mão de Pablo. Era uma sensação nova para mim, boa, porém, parecia errada, então o afastei. Todo o meu sistema nervoso irritou-se com a minha atitude, como se o meu próprio corpo me desse uma bronca, o que não mudou a minha decisão.

– Desculpa – ele pareceu assustado por um segundo e depois envergonhado. – desculpa mesmo, eu não queria ofendê-la.

– Tudo bem. – respondi ainda um pouco confusa, tentando acalmá-lo. – Só não quero ir rápido demais.

– Você está certa, é claro que está certa. Vamos só nos abraçar, tudo bem?

– Sim – e voltei aos seus braços. Aquele abraço se tornou muito difícil agora que já havia experimentado um pouco mais. O meu corpo clamava pela volta daquelas sensações, mas outra parte de mim sentia um pouco de medo do desconhecido.

Quantas garotas ele havia beijado assim no segundo encontro?

O barulho do portão e dos cavalos invadiram o ambiente:

– São eles – Pablo ergueu-se para ouvir melhor. – Os representantes do outro reino chegaram mais cedo.

– Devo ir embora? – Perguntei.

– Não. Não quero que você volte sozinha, eu prometi isso á sua mãe. Apenas venha comigo e espere do lado de fora da sala, acredito que não vá demorar, eu tenho apenas uma resposta para qualquer pergunta que eles possam fazer...

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