Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6 - Curiosidade


Os dois dias que passamos trancadas nesse lugar repulsivo arrastaram-se em um ritmo tedioso e desanimador. A ausência de nossos captores parecia persistir, como se tivessem nos abandonado à Deus dará. Nenhuma migalha de comida, nem mesmo a cortesia de um balde d'água foi oferecida. Apenas nós duas, Amber e eu, e o abandono de nossos sequestradores.

Cretinos psicopatas!

A única "água" disponível era a condensação escorrendo pelas paredes de pedra quando chovia. Era repugnante? Muito! Quando voltar pra casa vou passar em uma farmácia e vou tomar um monte de remédios para vermes. Eca.

A nossa cela é muito suja, podre para ser sincera na avaliação do lugar. Apesar das belas pedras de obsidiana e a curiosa estátua, o local era uma verdadeira merda.

No nosso primeiro dia, Lindinha e eu, planejamos uma tentativa de fuga, sabendo que provavelmente não teríamos sucesso. Mas era uma forma de passar o tempo, de dissipar a raiva fervilhante que ameaçava me consumir. A ansiedade também não era uma grande companheira, fazendo com que eu me levantasse e me sentasse inúmeras vezes, e pressionasse meu tornozelo inchado em busca de alguma dor – um tipo diferente de estímulo para a ansiedade. Precisava sentir alguma coisa e a dor no tornozelo estava me ajudando a não pensar em toda a maluquice o que aconteceu com a gente.

O tempo parecia se arrastar em passos lentos aqui dentro.

Amber estava em uma espécie de negação, seus soluços ocasionais quebravam o silêncio. Falamos sobre trivialidades, discutindo sobre do clube de dança e as fofocas sem relevância alguma. Uma tentativa fútil, mas necessária, de aliviar a tensão, um meio para passar as horas intermináveis deste maldito lugar.

Minha barriga roncou alto em protesto contra o estômago vazio, ecoando através do silêncio. Fazendo Amber gemer de fome em concordância.

— O que eu não daria por um sanduíche do McDonald's e um milk-shake de chocolate com cobertura de caramelo... — Ela lamentou, segurando as grades da cela com mãos trêmulas e olhando para o corredor com um ar de desejo.

— Tome cuidado com o que diz, Lindinha. — Tento acalmar meu próprio estômago roncando com um sorriso amargo. — Estou a um passo do canibalismo, e a única pessoa disponível aqui é você. Então, por favor, não me tente falando sobre comida agora.

Um sorriso triste apareceu em seus lábios enquanto ela se sentava ao meu lado, passando seu braço no meu.

— Docinho, você acha que eles vão nos matar de fome? —  Ela perguntou em um sussurro, sua voz fraca denunciando o medo. — Eu estava pensando... será que eles de alguma forma conhecem o papai e estão fazendo isso tudo para conseguir algum dinheiro dele? Sei que ele não pouparia esforços para nos salvar, mas também acho que se esse fosse o caso, esses homens que nos abandonaram aqui teriam sido um pouco mais gentis conosco.

— Talvez sim, talvez não... — Minha voz vacilou. — Não consigo prever o que passa na cabeça desses monstros. Mas algo me diz que se eles quisessem nos matar, já teríamos sido jogadas em uma vala qualquer. — Virei-me em direção à porta de ferro, as grades frias sob meus dedos. Minha voz ecoou pelo corredor. — Ei, seus idiotas! Mostrem um pouco de senso! Se estão pensando em sequestrar alguém, deveriam pelo menos saber que as pessoas precisam de água e comida para sobreviver! Estamos com fome aqui!— Quando não houve resposta , continuei. — Venham logo seus vagabundos!

Minhas palavras foram respondidas com um silêncio novamente. Nenhum som vinha dos corredores, nenhum sinal de vida além da nossa própria. Apenas a luz do meio-dia atravessando por entre as grades.

— É. — Suspirei, voltando-me para Amber. — Retiro o que disse lindinha. Eles com certeza vão nos matar de fome, mas veja pelo lado bom. Eu posso começar minha dieta do canibalismo pelas suas pernas, o que acha disso?

Amber choramingou baixinho, se encolhendo ao meu lado e revirado os olhos pra mim.

— Isso não tem graça Violet.

É... A boboca aqui não sabe mesmo fazer piadas. Lamentei sem graça.

— Hey, eu estava apenas tentando te fazer rir,— tentei consolá-la. — Não acredito que eles vão nos esquecer aqui por muito tempo. Se fizeram todo esse esforço para nos trazer para cá, não faria sentido nos deixar definhando até a morte. Eles devem estar negociando com o papai neste exato momento.

Mesmo assim, minhas palavras pareciam tão vazias quanto a cela em que estávamos presas.

Lindinha colocou a cabeça em meios aos joelhos e gemeu irritada, ela não disse muita coisa depois da minha piada incrivelmente ruim. Não me respondeu quanto tentei fazer gracinhas para melhorar o humor dela. Respirei resignada, não adiantaria ficar sentada ali me lamentando pelo nosso desconforto o dia todo. Levantei e fui espiar a cela novamente. Meu tornozelo ainda doía, mas dava pra aguentar. Não apoiava tanto peso assim nele, eu estava parecendo o Saci-Pererê pulando de uma perna só por todo o lugar.

Devia haver algo, qualquer coisa, que pudesse indicar uma saída daqui, algo que não vi antes. Vasculhei cada centímetro da cela pela quinta vez. As paredes cobertas de pedras, o chão imundo e poeirento, os restos espalhados de ratos mortos – tudo isso criava uma visão repulsiva... 

Era nojento!

A única característica notável, além das paredes de obsidiana, era a estátua. Uma figura diferente de um homem com chifres, emergindo da parede como se fosse uma parte dela. Uma representação assustadora do que só poderia ser algum tipo de 'demônio'. Quem mais poderia ter um rosto angelical e chifres retorcidos como aqueles? O rosto da estátua, apesar da simbologia sinistra, era de uma beleza inquestionável, tão primorosa que se estivesse em um museu, tenho certeza que minha mãe a compraria, sem nem mesmo perguntar o preço da peça e olha que ela é melhor negociante do que o nosso pai.

E por que raios eles colocariam uma estátua como aquela em uma cela como esta?

Com certeza não seria somente para enfeite ou seria? 

Se for o caso eles são mais doentes do que pensei.

Era curioso como a estátua parecia ter sido parte integrante do lugar desde o início de sua construção, um demônio sem asas, preso a parede de obsidianas. 

Tateei o rei do inferno, procurando por algum dispositivo misterioso como nos filmes do Uncharted. Eu estava aceitando achar qualquer coisa que pudesse nos tirar dali. Na verdade, eu não fazia a mínima ideia do que eu estava fazendo, mas continuei apalpando aquela obra de arte assim mesmo.

Aquela figura definitivamente era o conceito de primor. O rosto era liso e sem rugas ou cicatrizes, longos cílios ressaltava os olhos fechados. Deixando ele com um ar de adormecido. Se dormindo era lindo assim. Imagine a figura da estátua dele acordado? Seria perfeito. O corpo era gracioso. Mesmo não tendo acesso ao restante da peça, eu poderia jurar que o resto da obra também iria me impressionar. O cabelo não tão grande caia em frente ao rosto esculpido, caindo levemente na nuca dele. Havia quatro chifres em sua cabeça. Dois chifres de cada lado, dois maiores e dois menores rentes aos maiores.

— Ele é muito bonito, docinho. — Amber fala ao meu lado, quando começa a chegar mais perto da escultura de pedra. Eu estava tão perdida analisando-o que não percebi que ela tinha chegado perto de mim.  — Olha só para os chifres dele Violet, é tão estranho que chega a ser bonito.

Belíssimo, eu corrigiria. Conheci muitos homens, modelos de capa de revistas, atores, mas nenhum se comparava àquela obra de arte. E olha que era apenas uma estátua que parecia estar dormindo! Uma risada irônica escapou dos meus lábios enquanto segurava os chifres da estátua, um de cada lado. Minha mão quase dava a volta em seus chifres. Um arrepio percorreu minha espinha, o frio da pedra se espalhando por meus dedos. 

Talvez, se eu movesse os chifres de alguma forma, pudesse acontecer algo. Certo?

Na minha mente, estava convencida de que faria alguma diferença, pelo menos tinha esperança que sim. Poderia até usar aquele chifre como uma arma contra os sequestradores. A ponta do chifre não era afiada mas possuía uma ponta, dava pra usá-lo de certo modo. Se de tudo não funcionasse eu poderia jogar o chifre na cabeça deles e sair correndo.

Puxei um dos chifres para cima. Um clique ressoou pela cela.

Segurei a respiração, esperando que aquela ação desencadeasse algum mecanismo secreto, talvez a abertura de uma passagem oculta, mas logo percebi a obvia verdade: eu havia quebrado um dos chifres da estátua. O chifre esquerdo se desprendeu quase inteiramente, ficando na minha mão.

— Iii quebrei! — Exclamei, meus olhos se arregalando enquanto virava para Amber, mostrando-lhe o chifre negro, quase do tamanho da minha mão.

Choraminguei mentalmente ao perceber que havia estragado a magnífica figura do anjo caído, porém, não tive tempo para me lamentar com isso. Subitamente, uma série de sons começou a emergir da estátua, um ruído que lembrava o estalar de algo se quebrando por dentro.

Fragmentos de pedra começaram a se soltar dele, e Amber e eu recuamos instintivamente, encostando nossos corpos no ferro gélido da cela enquanto observávamos, horrorizadas, a transformação daquela coisa.

À medida que a estátua de Lúcifer se despedaçava, parecia ganhar vida. A cor se espalhava por onde as pedras escuras se desprendiam de seu corpo. Inúmeros estalidos ecoavam pelo espaço, e a figura começou a se mover cada vez mais, como se lutasse para se soltar da parede de pedra que a prendia. Fragmentos de pedra que antes formavam seu cabelo se desprendiam, revelando fios de um vermelho sangue surreal.

Dei um gritinho de surpresa quando seus olhos se abriram. Eram olhos dourados, brilhando como ouro derretido, faiscantes como brasas. Um arrepio percorreu minha espinha enquanto aquele ser fixou aqueles olhos brilhantes em mim, mas precisamente no seu chifre que eu segurava na minha mão. Engoli em seco e, de uma forma desajeitada, tentei esconder o chifre atrás de mim.

Percebi então que, se antes havia irritado a estátua, agora eu havia enfurecido verdadeiramente o Mr. Satã. O olhar que ele lançou na minha direção era de pura ira, e o pânico se alastrou como fogo selvagem dentro do meu peito.

Eu estou tão ferrada!





***********************

(Não se esqueçam de comentar e votar😊)

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro