𝐓𝐖𝐎; Diagon Alley
「 BECO DIAGONAL 」
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Naquele dia, John e Annabel haviam levado Hanna até o Beco Diagonal, local que, segundo eles, se comprava de tudo. Nellie havia se levantado cedo e se preparado para ir também, guiando e apontando os locais como uma guia turística, o que arrancava risos dos outros.
Aquela altura já haviam comprado seu uniforme e seus livros, mas diria com certeza que a loja de vestimentas fora a mais interessante até ali, a forma como as roupas de ajustavam sozinhas era completamente incrível! Hanna estava adorando essa coisa toda de magia. Agora era a hora de comprar a varinha da garota, o que já a deixou extremamente animada, afinal, é com a varinha que se pratica feitiços!
Ela adentrou a loja juntamente dos outros e foi olhar para todos os tipos de varinhas que haviam ali, era encantador, então ela notou um senhor parado atrás do balcão sorrindo levemente para ela.
— São belíssimas, não são? — O senhor disse.
— São sim, muito bonitas... — voltou a olha-las e viu o senhor dar uma risada fraca.
— Bem, mocinha, saiba que fiz cada uma dessas varinhas eu mesmo! Cada uma com algo especial, com um tipo de madeira específica, tamanho, e tudo mais! — disse ele convencidamente.
— Bom, meus parabéns, senhor, é um trabalho e tanto.
— Ah, como é, me chame de Olivaras, e você, como se chama, mocinha? — E finalmente Hanna se virou totalmente e olhou o senhor nos olhos, ele parecia ser uma pessoa super gentil, o que de fato se mostrou ser até o momento.
— Me chamo Hanna, é um prazer senhor Olivaras! — estendeu sua mão para o mais velho que logo a cumprimentou devidamente.
O casal Calliodor permanecia ao canto da loja junto de Nellie, que parecia observar tudo com ansiedade, sabendo que em alguns anos seria a sua vez.
— O prazer é meu, pequena Hanna, mas vamos ao que interessa, sua varinha! Mas bem, antes lhe digo, não é o bruxo que escolhe a varinha, mas sim a varinha que escolhe o bruxo, então fique relaxada para testar várias até que venha a certa para você, senhorita. — o senhor explicou e Hanna assentiu.
— Bom, primeiro, qual a mão da varinha?
— Sou destra, senhor.
— Estique o braço, por favor — Ele começou a medir de todas as formas e ângulos possíveis do braço da garota.
— Ótimo, agora podemos começar.
— Aqui, teste essa. Madeira de carvalho, 13 centímetros, inflexível, corda de coração de dragão — a garota pegou com cuidado a varinha e logo um vento forte passou pelo lugar inteiro, bagunçando todos os cabelos ali. — Bom, essa não é a varinha certa, não se preocupe, senhorita, vamos encontrá-la.
Depois de várias tentativas, Hanna já se sentia sem esperanças, por mais que o senhor Olivaras ainda estivesse com a mesma empolgação do início.
— Bem, essa é uma estranha, tem uma história curiosa, mas experimente. Azevinho, pena de Fênix, vinte e oito centímetros, boa e maleável.
No instante em que tocou a varinha ela conseguiu sentir um calor em seus dedos e uma luz fraca se acendeu na ponta da varinha.
— Incrível! E muito curioso… — Ele analisou a menina como se tirasse conclusões e logo seu rosto ganhou um sorriso ladino repleto de satisfação. — Acho já entendi o que acontece por aqui… — Olivaras seguiu a sentença com uma risadinha e alguns resmungos que Hanna não compreendeu, mas pareciam empolgados.
Ela encarou os outros na loja meio confusa, eles também não pareceram entender, mas não se preocuparam.
— Bom, essa varinha tem uma história e tanto, sabe. Bem, aconteceu que a Fênix que produziu a pena usada nessa varinha, produziu outra pena, só mais aquela, a irmã da varinha que segura foi a causadora da tragédia dos Potter naquela noite. — Hanna não pôde evitar uma feição surpresa, que arrancou uma risadinha do velho. — Enquanto eu fazia esta varinha a pena se duplicou, e eu guardei a pena duplicada, Faz um bom tempo, há mais ou menos onze anos, Bem, então peguei a outra pena e fiz uma varinha, mas ela se partiu em meio a fabricação, o que era estranho para quem já tinha experiência em fabricar varinhas e não é algo comum, mas deixei pra lá, quando voltei no dia seguinte, aonde estavam os restos da varinha haviam duas varinhas inteiras! É estranho, mas interessante, é uma história e tanto...— ele terminou de falar e a garota estava boquiaberta, era uma história e tanto, realmente.
Hanna começou a reparar em sua varinha, tinha uma leve textura arranhada por seu comprimento e ainda por ele, alguns raminhos com pequenas folhas seguiam até a ponta, e na base, havia uma flor, mais precisamente, um lírio esculpido de forma delicada e não muito grande, era definitivamente uma varinha muito bonita.
Quando se preparava para deixar a loja, sentiu Senhor Olivaras a cutucar e o olhou rapidamente.
— Espero que cuide muito bem dessa varinha, senhorita Potter... — a garota arregalou os olhos pelo susto e não soube o que responder. Nellie fez praticamente a mesma expressão e encarou Hanna esperando que ela desse uma solução.
— E-Eu ..... — tentou mas nada saiu, o senhor então riu sincero.
— Não sabemos do que o senhor está falando. — Nellie se pronunciou. — Sem querer ser rude, mas a idade já deve estar fazendo efeito.
Hanna lhe deu uma esbarrada no braço.
— Não se preocupem, eu entendi, a outra varinha, gêmea dessa, está com seu irmão, senhorita, por isso logo percebi o que acontecia aqui. — O senhor disse sorridente — E saibam que ninguém saberá de nada, imagino que precisam esperar até resolverem coisas sobre a menina, portanto, fiquem tranquilas. — assegurou.
— Obrigada, senhor Olivaras — a menina sorriu e foi saindo da loja.
— Não esqueça de voltar aqui e me contar algumas de suas aventuras, pequena Potter! — disse por último e a menina assentiu, logo indo embora de vez.
Andavam mais um pouco por lá e a garota não parava de admirar sua nova varinha, era tão bonita! Mal podia esperar para poder usá-la.
Annabel foi comprar algumas coisas restantes, como os caldeirões, deixando Hanna e John andando pelo lugar. Enquanto andavam, Hanna avistou a Loja de Criaturas mágicas e sem nem pensar muito a acastanhada foi entrando por lá sendo seguida pelo mais velho. Ao entrar, logo se encantou com todos os bichos ali, amava animais.
— Você pode escolher um amigo desses, Hanna. São companheiros em tanto, principalmente em Hogwarts. — John diz
— Mesmo?! De verdade?! — Pergunta animada e o loiro assente.
A garota anda pela loja observando todos os animais ali. Enquanto a mesma olhava, viu uma menina loira, parada olhando para uma coruja cinzenta, Hanna parou ao lado dela em silêncio, apenas olhando para a coruja também.
— É uma coruja muito bonita, vai levá-la? — Hanna quebra o silêncio.
— Ah, Olá! Eu gostaria muito, mas não sei se meus pais gostariam do mesmo jeito — ela responde e as duas voltam a olhar para o animal.
— Deveria perguntar para eles, você pareceu gostar dela.
— Ela é tão bonita, sou apaixonada por corujas, assim como sou apaixonada por Quadribol! — a loira se animou — ah, meu nome é Celinne. — ela olhou para Hanna e sorriu.
— Me chamo, Hanna, prazer! — sorriu de volta.
— Vai para o primeiro ano em Hogwarts? — Celinne volta a perguntar.
— Sim, estou muito animada, e assustada também. — A acastanhada diz sincera.
— Também estou morrendo de medo! Meu irmão mais velho diz que é incrível, mas que tem professores de dar medo lá, mal posso esperar! — animou-se novamente — É bom saber que já vou conhecer alguém do meu ano lá — Ela completa.
— Digo o mesmo, não gostaria de ficar sozinha em um lugar tão novo. — Hanna ri.
— Celinne, temos que ir! — Uma voz masculina disse e a menina logo se alarmou.
— Hm... pai, pode vir aqui, por favor? — A loira o chamou e o homem veio, este era um homem com cabelos ruivos e olhos azuis, não era muito alto e aparentemente simpático.
— O que foi? Ah, vejo que fez uma amiga... Olá, mocinha. — cumprimentou Hanna que só sorriu de volta.
— Será que eu posso levar essa coruja? É que eu achei ela tão bonita! —a menina diz com uma cara receosa.
— Bem, se você acha que vai cuidar bem dela e que não vai dar trabalho pra mim e sua mãe, não vejo problema. — no mesmo instante a garota loira sorriu e pegou a coruja logo indo pagar.
— Sério?! Ai, caramba! — ela disse animada.
Hanna sorriu vendo a empolgação da menina.
— Tchau, Hanna, até Hogwarts! — ela acenou e Hanna fez o mesmo.
Ela voltou a olhar pela loja em busca de algum animal que a agradasse, quando viu um gato que logo a encantou, foi até ele maravilhada, o bichano era preto, totalmente, e tinha olhos bem amarelos, do tipo vibrante, era quase hipnótico. Assim que ela se aproximou o gato miou olhando para ela, e num estalo ela decidiu que era aquele mesmo que levaria.
— Pode pegá-la. Só tenha cuidado, às vezes ela não é muito amigável. —um rapaz que estava no balcão da loja diz.
Hanna vai com as mãos cuidadosamente até a cabeça do gato que logo se esfrega nela pedindo por carinho, ela então o pega no colo e o bichano parece adorar o afeto.
— É esse mesmo? — John aparece.
— Com toda certeza! — diz animada.
Os dois vão pagar pelo bicho e o rapaz do balcão logo diz
— É engraçado ver que ela ficou tão bem com você... — diz aleatóriamente e a garota o encara confusa. — É que estávamos com um probleminha com essa garota, ela parecia odiar qualquer humano que se aproximasse, mas é engraçado ver que pelo visto, ela adorou você, ela nunca tinha ido no colo de alguém antes. — Hanna olha para gata e sorri acariciando seus pêlos macios e escuros.
— Parece que ela só é uma gata esperta que sente quem seria seu melhor dono — John diz sorrindo e também acariciando a gata.
Saíram da loja e encontraram com Annabel e Eleonor, repletas de coisas em seus braços, John as ajudou a carregar e elas logo notam a gata.
— Que gato bonito, já lhe deu um nome? — A maior pergunta.
— Uh, eu gosto de gatos! — Eleonor se aproxima fazendo carinho.
— Ainda não, vou ver isso depois, ah, e é uma gata, Anna. — a menor responde sorrindo em seguida.
— Oh, mil desculpas, senhorita — Ela diz para a felina — Que péssimo te confundir com um macho, huh? — diz ainda olhando para a gata.
— Ei! — John diz ofendido.
Eles andam um pouco se preparando para retornar para casa.
— Hanna é mesmo uma bruxinha tradicional, até o gatinho preto ela já tem — John ri juntamente de Annabel.
— Bom, sou uma seguidora de tendências, o que posso fazer? — riu também. — Só espero não ter nenhuma verruga peluda...
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