𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘-𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓 ; It All Make Sense
「 TUDO FAZ SENTIDO 」
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Ela viu um lugar escuro, sombrio, era enorme e úmido. Tudo se passava como flashes, muito rápido, confuso. Via o lugar estranho, ouvia Harry gritando, via sangue. Tinham muitos gritos, e também viu Gina, pálida como nunca a viu antes, parecia morta, mas era tudo confuso demais, difícil de distinguir. Também conseguiu ver o diário desaparecido na sala, ou pelo menos algo parecido. Um som infernal soou, parecia vir de algo. De repente, seu corpo deu um salto, ainda estava em seu dormitório, se sentou na cama respirando de forma descompensada, foi apenas um pesadelo.
Hanna decidiu ir até o salão naquele dia, havia acordado de bom humor, poderia dizer. Ela calmamente comia pães quando Gina se sentou à sua frente, a ruiva andava estranha ultimamente, com olheiras fundas, parecia alheia e mais quieta que o normal.
— Gina, você está se sentindo bem? — perguntou suave.
— Ahn? Ah, sim, estou sim, Hanna. — deu um sorrisinho forçado.
— Tem certeza? — insistiu tento a sensação que algo estava errado.
A ruiva apenas assentiu e continuou ali, alheia. Rony e Harry chegaram apressados, como sempre, Rony enchia o prato de tudo o que podia, e Harry parecia empolgado para a dizer algo.
— Hanna, você não vai acreditar! Nós descobrimos quem era a garota que morreu no banheiro.
— Quem?! — se empolgou.
— Pense bem, a garota morreu no banheiro, certo? Agora, quem nós conhecemos que fica num banheiro o tempo inteiro? Ah, e também morreu jovem. — ele disse.
Uma lâmpada se acendeu na cabeça da menina, fazia todo o sentido.
— Por Merlin! A Murta! — Disse ela surpresa.
— Exatamente!
— Como não pensamos nisso antes? Faz muito sentido! — ela disse logo antes de comer o restante do pão.
Eles continuaram a tomar café normalmente e a Potter voltou a pensar no pesadelo que tivera, era esquisito, tinha algo sobre ele que fazia seu estômago dobrar, era amedrontador, ela nem sabia o motivo de achar isso, tinha tantas coisas que aconteciam com si e ela não sabia o motivo.
— Ei, o que você tem? — Harry perguntou ao seu lado.
— Não é nada, só tive um pesadelo esquisito e não consigo parar de pensar nele...— fez uma expressão desanimada
— Foi muito ruim? — Harry parecia preocupado.
— Eu nem sei exatamente o que foi, foram apenas flashes, não consigo ter certeza de nada do que aconteceu, mas não sei… foi esquisito sabe, me fez sentir mal… — explicou.
— Tente não pensar muito nisso, você já tem muita coisa na cabeça ultimamente, e nenhuma delas te faz bem, melhor não ter mais uma, certo?
— É, você tem razão, vou tentar não pensar nisso.
— Ah, e se você precisar, sabe que pode falar comigo, não é? — O irmão voltou a dizer
Ela assentiu fraco, sabia que Harry estaria ali para o que precisasse, assim como ela também estaria para ele.
— Você é fofo, sabia? — Disse para ele que riu em seguida — Mas só às vezes.
Minerva veio dar anúncios novamente, dessa vez, ela dizia serem bons. E todos deram sugestões apressadas do que seria, ou de todos queriam que fosse, mas no fim, fora sobre as mandrágoras de madame Sprout, e era aliviador.
Gina mudou de lugar na mesa, fora sentar ao lado de Rony, ela parecia nervosa e tensa.
— O que aconteceu? — Rony perguntou enquanto comia.
Ela nada disse, mas correu os olhos de ponta a ponta da mesa, com uma expressão apavorada.
— Vamos, desembucha! — Rony se servia mais mingau.
— Deixe a garota, Ronald! — Hanna o repreende.
Hanna passou a encarar Gina, era quase impossível não a encarar, ela queria se lembrar de algo, algo sobre Gina, mas não sabia exatamente o que era.
— Tenho que te contar uma coisa — a mais nova disse.
— Então diz. — O ruivo revirou os olhos.
Enquanto aquela tensão rolava, Hanna não conseguia se contentar em não saber o que queria lembrar, era como se estivesse bem ali, na sua cara, mas não conseguia ver.
— Tem haver com a câmara? Viu algo estranho? — Rony perguntou.
Antes que a garota conseguisse falar algo, Percy apareceu.
— Se você já terminou de comer, Gina, eu fico no seu lugar. Estou morto de fome — ele dizia.
Eles olham feio para o Weasley, tinha que ser Percy para estregar o momento.
— Percy! Ela estava indo me contar alguma coisa importante!
Ele então se engasgou com o que bebia. Suspeito, no mínimo.
— Ah, isso não tem nada haver com a câmara.. — ele disse tossindo.
— Como sabe, Percy? — Rony ergueu as sobrancelhas
— É que….hm… ela esbarrou comigo e eu estava fazendo algo e pedi que ela não contasse a ninguém.
— O que você estava fazendo? — Rony começou a rir depois de perceber o quão envergonhado Percy estava. — Vai, nós prometemos que não vamos rir.
Hanna ainda encarava a Weasley, que agora havia notado devolvendo o olhar com um sorrisinho, parecia mais nervosa. E finalmente, algo estalou em sua mente, se lembrou de algum tempo atrás, viu Gina rodando pelo castelo com um livro em mãos, e agora percebeu, era o diário de Riddle, sua cabeça girou com a realização e se sentiu burra por não ter entendido antes. Olhou para Harry de repente, boquiaberta e ele apenas retribuiu com um olhar confuso.
Mais tarde, eles decidiram que iriam falar com Murta de qualquer jeito, e Hanna ainda não tinha dito nada sobre ter visto o diário com Gina, ainda precisava de algo para confirmar, porque agora, parecia totalmente sem fundamento. Enquanto eram levados para uma aula de História da magia, aproveitaram para tirar vantagem de Lockhart e conseguir uma brecha para sair.
— Concordo, professor. — Harry se meteu no assunto no qual Hanna nem havia prestado atenção.
— É, eu também concordo. — Lockhart olhou para trás confuso e logo abriu um sorriso como se tivesse visto ouro.
— Minha nossa, finalmente a senhorita concorda com algo que digo! Oras, deveríamos ter uma comemoração do dia em que Hanna Potter não destratou o grande Gilderoy Lockhart! — ele riu e Hanna sorriu forçado.
— Sabe professor, pode nos deixar aqui? Só temos mais um corredor a frente. — Rony sugere.
— Sabe Weasley, farei isso mesmo. Preciso preparar minha próxima aula — Ele mexia impacientemente no cabelo que não parecia tão arrumado.
Assim que estavam sozinhos os três suspeitaram de alívio, finalmente. Iam caminhando devagar sem chamar a atenção.
— Potter! Weasley! O que vocês estão fazendo aqui? — McGonagall apareceu.
— Ah, bem… é… — Rony gaguejou.
— Estávamos indo ver Mione... — Harry diz num tom triste.
— Pois é, Professora, sabe, sentimos falta dela de verdade, e nós… é um pouco bobo, mas queríamos ir contar para ela que as mandrágoras já podiam ser usadas e que ela logo voltaria…. — Hanna disse cabisbaixa.
— E sabe, queríamos ir escondidos, pois não temos mais a permissão para visitas na enfermaria… — Harry completa.
Os três olhavam a mais velha com os olhinhos brilhantes e pidões.
— Oh, claro… entendo que tenha sido duro para vocês como amigos, então… podem ir ver a Senhorita Granger, digam que têm a minha permissão. — ela respondeu sem graça e os deixou ir.
Ele se entreolharam vitoriosos.
— Vocês são ótimos em mentir, é algo de família? — Rony brincou.
Após entraram na enfermaria, ainda tiveram de ouvir Madame Pomfrey dizer que "não faz sentido conversar com uma pessoa petrificada!" E bem, não era mentira. Hanna parou ao lado analisando Hermione e ainda se sentindo extremamente culpada por não ter feito absolutamente nada.
— O que foi, Hanna? — Harry perguntou. Ultimamente, havia andado bem preocupado com a irmã.
— Me sinto culpada, sabe? Eu senti que algo ruim ia acontecer, talvez se eu tivesse seguido meus instintos ela não estaria aqui. Poderia estar bem e nos ajudando agora…
— Ou você poderia ter se machucado — o irmão disse calmo — Pense bem, você poderia ao invés de ter evitado, ter acabado machucada e não ter adiantado nada. Sabe… não gosto de pensar na ideia que a única família que eu tenho pode se machucar… — disse a última parte baixinho, como se fosse segredo.
Hanna deixou um sorrisinho fraco e bobo nos lábios, amava muito aquele moleque.
Apenas continuaram ali, olhando para Hermione, mas agora, Hanna focava em algo na mão da outra.
— Harry, o que é aquilo na mão dela?
Harry então olhou vendo o pedaço de papel. Foi um sacrifício para conseguir tirar o papel sem acabar o rasgando em pedaços, mas depois de vários puxões, conseguiram tira-lo da mão de Hermione.
Das muitas feras e monstros medonhos que vagam pela nossa terra não há nenhum mais curioso ou mortal que o basilisco, também conhecido como rei das serpentes. Está cobra, que pode alcançar um tamanho gigantesco e viver centenas de anos, nasce de um ovo de galinha chocado por uma rã. Seus métodos de matar são os mais espantosos, pois além de presas letais e venenosas, o basilisco tem um olhar mortífero, e todos que são fixados pelos seus olhos sofrem morte instantânea. As aranhas fogem do basilisco, pois é seu inimigo mortal, e o basilisco foge apenas do canto do galo, que lhe é fatal.
Henna terminou de ler boquiaberta, agora fazia sentido.
— É óbvio! "As aranhas fogem do basilisco", foi exatamente o que Aragogue disse pra gente! — Ele diz animado.
—Exato! E olhe, aqui diz que o basilisco mata com o olhar, mas ninguém morreu, porque ninguém o encarou. Colin viu pela câmera…. Madame Nor-r-ra….. o reflexo da água! A inundação no banheiro. Tudo faz sentido. E Hermione e a menina da Corvinal foram encontradas com um espelho, certo? Podem ter visto apenas pelo reflexo do espelho! — Hanna se entusiasmou sentindo a cabeça estourar em novas teorias.
— Oh, e Justino! Ele deve visto…. Através de Nick quase sem cabeça! Nick quem recebeu o impacto, mas óbvio, ele não podia morrer mais uma vez. — Harry completou.
Rony os olhava com o queixo no chão.
— "...o canto do galo lhe é fatal." Ah, os galos de Hagrid! Eles foram mortos, lembram? Tudo bate! — o menino continuou.
— Sim, tudo faz bate, mas, como ele anda circulando pelo castelo? Que dizer, se é uma cobra gigantesca….
Harry lera o papel novamente e apontou para uma palavra no cantinho da página, tinha a caligrafia de Mione.
— Canos. Pelos canos, Rony! Está usando os canos….
— Harry, pense comigo… se essa coisa anda pelos canos, então, a câmara secreta deve ser ligada a eles, certo? — Os dois assentiram — Onde a primeira garota que morreu foi encontrada? — Hanna perguntou já sabendo a resposta, apenas para os fazer acompanhar o raciocínio.
— No banheiro… — Rony respondeu ainda um pouco confuso.
— Isso! No banheiro, o banheiro da Murta! — ela sorriu forte — Ah, Hermione, até petrificada consegue ser a mais inteligente de nós!
Eles então ficaram em silêncio por alguns instantes, organizando os pensamentos.
— Hanna, isso significa que nós não somos os únicos que falamos com cobras… o herdeiro de Slytherin também deve, assim que ele comanda o Basilisco… — Harry disse de repente e ela assentiu.
— O que vamos fazer agora? Contar a MacGonagall? — Rony perguntou.
— Vamos até a sala dos professores.
Apressados, foram para a sala dos professores que ainda estava vazia. Era uma sala bonita, bem ampla. As paredes eram forradas com painéis de madeira escura, o que dava um ar bonito ao local. Enquanto estavam ali, conseguiram ouvir a voz de McGonagall se aproximando.
"Alunos, todos voltem imediatamente para os dormitórios de suas casas. Todos os professores voltem à sala dos Professores imediatamente, por favor"
Os três se olharam, não era um bom sinal.
— Voltamos ao dormitório? — Rony perguntou.
Hanna percebendo a falta de tempo que tinham, apenas puxou os dois pelas capas para dentro de um armário que havia ali.
— Agora fiquem quietos, vamos escutar tudo e depois sair daqui. — ela disse baixo.
Os professores não demoraram a chegar e encheram a sala, pareciam preocupados.
— Aconteceu. Uma aluna foi levada para a câmara. — McGonagall suspirou pesado após dizer.
Snape engoliu seco e se ajeitou.
— O herdeiro deixou outra mensagem na parede. "O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre".
Professor Flitwick começara a chorar e fez Hanna se sentir verdadeiramente mal por ele.
— Quem foi? — a voz de fria de Snape ecoou — Que aluna? — ele mantinha a pose firme, por mais que da visão deles, conseguiam o ver apertando a ponta de uma cadeira com uma das mãos, nervoso.
— Gina Weasley. — McGonagall respondeu.
Snape suspirou e acariciou as têmporas, parecia estressado.
Hanna olhou diretamente para Rony e pôs a mão em seu ombro como forma de conforto, mesmo sem poder falar nada, mas ele apenas escorregou devagar até parar no chão do armário. Ficou pensando em mais cedo sobre o que ela queria dizer, e até sobre o diário.
— Vamos ter que mandar os alunos para casa amanhã. — Isto é o fim de Hogwarts, Dumbledore sempre disse.
A porta da sala bateu novamente e ali estava quem faltava: Lockhart. Ele entrou sorrindo sereno.
— Me desculpem, cochilei, o que perdi?
Então Snape tomou a frente, era tão nítido o quanto desgostava de Lockhart.
— O homem que precisávamos! Em pessoa! Uma menina foi levada pelo monstro para a câmara secreta. Será finalmente sua vez!
Lockhart paralisou.
— Isso mesmo, Gilderoy. — Professora Sprout começou — Você não estava dizendo ontem a noite que sempre soube onde era a entrada para câmara secreta?
— Eu… eu.. — não conseguiu completar.
— É, você não me disse que tinha certeza do que havia dentro dela? — Prof Flitwick já livre do choro disse.
— D-Disse? Oras… que memória a minha, não me lembro…
— Pois eu me lembro de você dizendo que lamentava por não ter tido uma chance antes de Hagrid ser preso. — Snape continuou.
— Você não disse que o caso foi mal conduzido e que deveriam ter lhe dado carta branca desde o começo?
Lockhart parecia uma criança indefesa e assustada, olhava para eles sem saber o que responder.
— Vamos deixar o problema em suas mãos, Gilderoy. — Hoje a noite seria perfeito para resolvê-lo. Você terá a oportunidade, vamos retirar todos de seu caminho. Enfim, terá carta branca.
Após a conversa entre os professores terminar, eles saíram da sala um por um, e assim fizeram também os três escondidos.
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