Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2

A queda havia sido suave. Os corpos repousaram sem mazelas no solo. As pequenas mãos palparam a superfície abaixo delas. Era estranhamente sólida e macia ao toque, oferecendo alguma resistência.

As duas irmãs abriram os olhos a medo, esperando ver um rosto furioso prestes a tragar-lhes a inocência. Contudo, os dois pares de safiras foram recebidos por árvores a perder de vista. O céu não as esmagava, muito pelo contrário, sorria-lhes com três sois alinhados ao centro, afagando-lhes a pele pálida. O ar emanava uma pureza refrescante, por entre o doce calor que se fazia sentir.

Hilde e Millie levantaram-se, apoiando os pés descalços no gelo. A pele não queimava, e, tal como acontecia com as raízes das plantas, uma sensação agradável ascendia pelos seus corpos.

Na linha do horizonte, imponentes diamantes apontavam para o céu. As montanhas eram tão transparentes que pareciam um longo espelho, irradiando luz para todos os recantos daquele inusitado novo mundo.

— Onde estamos?

A criança mais velha olhou ao seu redor.

— Eu não tenho certeza absoluta, Millie. Mas estamos mais seguras aqui, do que estávamos lá. — Hilde segurou os dedos quase do mesmo tamanho dos dela e olhou para as montanhas distantes. — Venha. Vamos achar um lugar para...

— Olha — interrompeu Millie.

A mais nova foi a primeira a notar o ponto de luz que brotava por entre as árvores. Aproximava-se como um pequeno pedaço de nuvem, estranhamente compato. Os olhos atentos piscaram com a intensidade crescente. A figura flutuante dissolveu-se e moldou-se à de um humano. Alguns vestigios perduraram na nova forma. A pele reluzia como o chão gelado, os olhos assemelhavam-se às penas de uma pomba, e os longos cabelos lembravam as montanhas transparentes no horizonte.

A criatura continuou a avançar, sem nunca chegar a tocar no solo, enquanto as meninas a observavam, inebriadas por uma fascinação inevitável. Aquilo era bem mais do que alguma vez poderiam ter imaginado existir.

— Vocês chegaram.

— Você nos conhece? — perguntou Hilde, incomodada com a forma intensa como a criatura as olhava.

— Eu pressenti a vossa chegada. — A voz doce ressoava nos rostos das garotas como uma brisa fresca. — Eu sou Eda.

— Me chamo Millicent, e ela é Hildegard.

Eda escondeu o riso entre as mãos, fazendo Hilde cruzar os braços à frente do peito. A garota não conseguia ver onde estava a graça.

— Perdoem-me. Imaginei que soubessem o propósito de terem vindo para cá.

— Nós sabemos — Hilde disse. — Estamos fugindo dele, do vovô.

— Friedrich Vogel? Não é esse o verdadeiro motivo.

A figura fitou o braço da criança mais velha e seus olhos esbugalharam-se. O gesto fez com que as irmãs também voltassem os olhos para esse ponto.

— O-o que é isso? — gaguejou Millie, observando três penas negras despontarem e se desenvolverem em questão de segundos sobre a pele da irmã.

— Está começando. — Eda olhou para o céu. — Venham, vocês precisam saber o que as traz aqui.

O ser de aparência fria fez surgir um manto luminoso que desabava de suas madeixas transparentes e abraçava todo o seu corpo, deixando espaço ainda para que cerca de três adultos se abrigassem junto dela. Ela o lançou sobre as garotas e elas mal tiveram tempo de protestar. Hilde e Millie sentiram os corpos serem elevados e depois carregados a uma velocidade indizível.

Já estável, no céu, o manto relaxou um pouco, e as irmãs puderam apreciar a paisagem. Um vale de gelo escorregava no plano abaixo delas, pintalgado por árvores de pedra. Millie entrefechou os olhos para tentar ver melhor as runas desconhecidas estampadas no topo das ramagens. Ela tentava absorver cada pequeno detalhe, antes que tudo se desvanecesse do nada.

As duas irmãs sorriam com o vento agradável que as embalava. A sensação de liberdade parecia um sonho. Millie sentiu as penas da irmã roçaram-lhe no braço, despertando-a para a realidade.

— Pode tirar isto da Hilde?

— Não. — Eda foi quase rude. — Pelo menos por enquanto. Vocês são necessárias aqui.

— Para quê?

Eda tensionou o rosto gelado em esforço para fazer o manto se prolongar num círculo largo em volta das três. Ele dançava no ar, enquanto alguns traços se revelaram em dourado, formando a imagem de seis luas alinhadas.

— Vocês são as enviadas de Walvater. Ele apenas confiaria em vocês para esta missão.

As meninas pareceram paralizar. Uma missão a serviço do Deus do avô haveria de o agradar. Mas elas não queriam sequer equacionar a ideia de o voltar a ver.

— A sétima lua está prestes a erguer-se no céu — informou Eda, alheia à reação das irmãs. — A última, a mortal. Só vocês podem impedir que toda a forma de vida seja destruida.

— E como faremos isso? Somos duas crianças — redarguiu Hildegard.

— Não. Vocês são Huginn e Munnin, os corvos de Walvater. ‒ As irmãs entreolharam-se, duvidando da sanidade de Eda. Os conhecimentos que detinham comprovavam a existência dos fieis animais do Deus, mas daí até que elas fossem tais criaturas... — Acreditem! Estão voltando à forma primordial. Como corvos, não poderão mais passar pelo portal. Só humanos podem. Se quiserem voltar, precisam ser rápidas.

As irmãs engoliram em seco.

— Eu as levarei até Mènni. — O tom melodioso de Eda tentava tornar tudo mais fácil de aceitar. As crianças olharam para baixo ao perceberem que estavam descendo. — Lá reside a magia oculta necessária para que impeçam a destruição.

— Hilde — sussurrou Millie. O medo crescia dentro dela, ainda que ela mingasse pouco-a-pouco.

— Vamos ficar bem. Eu prometo.

A neve tocou nos pés das crianças, acolhendo-as em segurança. Eda esticou os braços e fez o manto voltar ao refúgio de seus cabelos. A partir dali, seguiriam a pé.


927 palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro