I
Viktor Krum
Enquanto andava tranquilamente pelos corredores de Hogwarts procurando por meu amigo, acabei parando no pátio na tentativa de encontra-lo, e no mesmo instante um grupo de alunas percebeu minha presença ali e chamaram por meu nome, atraindo ainda mais atenção. Em um segundo voltava pelo caminho que fiz anteriormente, mas logo elas apareceram pouco atrás de mim com seus rostos corados e sorrisos amostra, aquilo era extremamente desagradável. Virando o corredor me deparei com uma porta e entrei na sala sem excitação na tentativa de despista-las.
Quando ouvi seus paços passarem pelo corredor, ignorando completamente a sala ali, me permiti soltar o ar que nem mesmo percebi que estava segurando. É claro que gostava de jogar Quadribol, é um esporte que sou bom, eu sou o melhor. Mas com o sucesso vem também a legião de fãs inapropriados que ficam te seguindo para todos os lados, além dos jornais de fofocas e as pessoas que se aproximam por interesse, querendo ter um gosto do sucesso por estar ao meu lado.
Me virei para observar a sala que estava com mais clareza e, que na verdade, era uma biblioteca. Nela continha muitos livros, um tanto quanto antigos, e as estantes que os guardavam era de uma madeira escura assim como as mesas. As cadeiras eram de madeira e tinham almofadas verdes, a iluminação era feitas por alguns candelabros e velas, mas ainda sim o cômodo estava um tanto escuro.
Em uma mesa afastada da porta havia uma pessoa, sua pele era clara e seus cabelos castanhos volumosos eram iluminados pela fraca luz da vela que estava em sua mesa. Ela estava tão imersa em seu livro que parecia não notar minha presença ali, me sentei em uma mesa próxima a lareira enquanto continuei a observar a garota em minha frente. Logo ela levanta o olhar em minha direção e pude notar que seu rosto me era familiar. Era a bruxa que havia visto quando coloquei meu nome no Cálice de Fogo, nós trocamos olhares por um segundo, mas não foi nada tão memorável para lembra-la.
Percebi a carranca que ela fez ao perceber que estava a encarando, como se me mandasse parar imediatamente. Mas continuei a ver atentamente todos os detalhes, seus dedos que passavam delicadamente as páginas do livro, como se tivesse medo que elas rasgassem, seus olhos concentrados ao que estava lendo, enquanto alguns fios de seu cabelo se soltavam da presilha que estava os segurando. Ela franziu as sobrancelhas e fechou os olhos por um instante antes direcionar seu olhar na minha direção.
– Algum problema? – perguntou a garota enquanto me olhava. Admirei como ela não parecia fascinada por mim como tantas outras, sua expressão era séria e seu olhar irritado juntamente com suas sobrancelhas franzidas.
– Nenhum. – sorri para ela, o que aparentemente não foi uma boa ideia, já que sua careta piorou consideravelmente – Querer saber seu nome é um problema?
– Talvez. – o divertimento em sua voz era quase imperceptível, enquanto ela revirava os olhos e voltava sua atenção ao livro.
Me levantei e caminhei até a mesa que a bruxa se encontrava, me sentei em uma cadeira em sua frente. Ela logo tirou seus olhos do livro enquanto me fitava com uma expressão brava e entediada. Confesso que era divertido contemplar suas reações. Resolvi perguntar mais uma vez, necessitava saber mais sobre essa garota – Qual seu nome?
A bruxa então se levantou e me olhou de cima enquanto parecia me analisar – Hermione. – ela devolveu o livro na prateleira ao lado e saiu da biblioteca sem ao menos olhar para trás.
Estava na tenda me preparando para a primeira tarefa, quando ouço alguns sussurros, olho de lado para Harry Potter que estava conversando com outra pessoa do lado de fora. Quando menos espero vejo Hermion pulando em seus braços e o abraçando com uma feição preocupada no rosto.
Escuto o click de uma câmera fotográfica e logo vejo Rita Skeeter, juntamente com Bozo, fotografo do jornal Profeta Diário. Eles começaram a falar que se o pior ocorresse hoje, poderiam considerar colocar Harry e Hermion na manchete da primeira página do jornal. Por um impulso de raiva me aproximei da repórter.
– Não tem nada para fazer aqui. Essa barraca é para campeões... – olhei para Hermion que me fitava com uma expressão surpresa – e amigos. – voltei meu olhar para a repórter, que logo saiu da barraca seguida por Bozo antes de me fotografar.
Logo os diretores das escolas e alguns professores entraram na tenda e Hermion acabou por sair. Estavamos selecionando os dragões que lutaríamos, pegando uma representação deles em um saco aleatoriamente. E acabei por ficar com o Meteoro-Chinês, um dragão escarlate que solta bolas de fogo pelas narinas e uma grande chama pela boca em forma de cogumelo.
Assim que o som do canhão foi ouvido anunciando minha vez, me direcionei a arena com minha varinha em mãos, a primeira missão estava começando. Não demorou muito para que o dragão entrasse em meu campo de visão, quando ele percebeu minha aproximação soltou enormes chamas pela boca, mas antes que me atingisse lancei um encantamento.
– Protego – um escudo logo se forma em minha frente, impedindo o fogo de me alcançar. Imediatamente lancei uma conjuração como contra-ataque – Incarcerous – várias cordas aparecem prendendo o dragão. Estava ciente que aquilo não adiantaria muito, porém me faria ganhar alguns segundos para recitar o próximo feitiço, qual eu precisava de um pouco mais de foco, fechei meus olhos e o recitei em voz alta e clara.
– Aparatação – abri meus olhos e já não estava no mesmo lugar, e sim ao lado do ovo que o dragão protegia com tanto fervor, o peguei sem pensar duas vezes. O Meteoro-Chinês já havia se soltado das cordas como esperado, assim que ele me vê com o ovo em mãos da um monstruoso rugido. Ele voa em minha direção lançando várias bolas de fogo pelas narinas. Desviei de suas garras que tentavam me alcançar enquanto ele voava e recitei um encantamento para me proteger das chamas mais uma vez.
– Protego – me encontrava ofegante, estava chegando ao meu limite. Corri para longe do dragão e rapidamente me preparei para o próximo passo, lancei o último feitiço antes que minhas forças se esgotassem – Reducio – então o Meteoro-Chinês começou a encolher até ficar do tamanho das representações dos dragões que vimos na barraca.
Houve um silêncio ensurdecedor, até as pessoas no estádio começaram a aplaudir e gritar meu nome empenhadamente, levantei o ovo dourado que estava na minha mão esquerda, enquanto o pequeno dragão permanecia no solo da arena. Estava completamente exausto por lançar tantas magias e algumas muito complicadas, não sei como consegui me manter de pé até chegarmos em uma outra tenda que estava vazia. Me deitei em uma cama que tinha por lá e me permiti descansar um pouco, meus olhos estavam pesados, então me rendi completamente a escuridão, entrando em um sono profundo.
Meteoro-Chinês
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro