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Capítulo 15

Capítulo 15

Quando acordei pela manhã, ainda de olhos fechados, tateei o lado onde Vince havia dormido e senti a ausência dele na cama. Gemi baixinho com a lembrança das horas que passamos juntos e por algumas horas, parecíamos um casal normal. Mas eu sabia que não poderia me agarrar a essa utopia.


Naquela manhã, depois que consegui abrir os olhos e reunir coragem para me levantar, tomei meu banho tranquilamente, onde cuidei de mim. Depois do banho, ainda nua e um pouco molhada, fiquei encarando meu reflexo no espelho: aquela não parecia mais a Ana de tempos atrás. Ali estava uma Ana cansada, com olheiras e preocupada com o futuro. Porém, eu não estava só preocupada comigo, mas com todos que eu amava.


— Você não vai descer para tomar café? — Vince apareceu por trás e me envolveu em seus braços e deu um beijo no meu pescoço de leve, me deixando arrepiada e fazendo com que eu voltasse a realidade.

Vince parecia aqueles cowboys com a camisa xadrez aberta, com as mangas dobradas até os cotovelos e outra branca por dentro dela, vestindo aquela calça jeans azul, mas como sempre, com aquela pegada de mafioso irresistível. Nos dedos, anéis de prata, com formato de caveira. E mesmo machucado, ele era lindo.

— Eu já ia fazer isso... — suspeitei um pouco triste.


— Desculpa você está passando por isso, Ana... — do espelho, dava para perceber o quanto aquela situação o deixava chateado.


— Ei... — comecei a falar, me virando para encará-lo e segurar o seu rosto entre minhas mãos — nada do que está acontecendo é sua culpa. Absolutamente nada, você me entendeu?


— Entendi. Mas a culpa que estou sentindo, não vai sair de dentro de mim tão fácil assim... — ele me abraçou com tanta carinho, que não consegui me segurar e comecei a chorar. Em algum momento eu iria desabar, só não queria que tivesse sido ali, depois de ter recebido tanto amor dele.


— Vamos passar por isso juntos... — eu soluçava ao falar, enquanto o apertava mais em meus braços.


— E eu decidi que vou lutar por nós dois. Não me importo mais se o conselho ou as famílias da máfia não irão gostar... — meu coração começou a ficar mais acelerado a medida que ele foi falando — só me vejo passando o resto da minha vida ao seu lado, desde o primeiro dia em que te vi...


— Vince, você tem certeza disso? Sabe o que pode acontecer e mesmo assim, quer lutar por nós dois? — questionei me afastando um pouco do seu abraço para poder olhar em seus olhos.


— Neste exato momento, meu maior medo é perder você. Então, sim. Eu tenho certeza do que quero, da mesma forma que eu sei que você sente algo por mim — ele respondeu com tanta convicção, que senti a intensidade dos seus sentimentos.

Como pode alguém amar outra daquela maneira tão forte e apaixonada?


— Esqueça o que eu disse sobre aproveitar o tempo que nos resta. Quero você, Ana. Não só pelo restante do tempo, mas pela eternidade que nos foi reservada... — se o meu coração estava acelerado com tudo que ele já havia falado, eu tinha infartado naquele instante. Por Deus, como eu gostava daquela versão do Vincenzo Castello romântico, com pinta de homem durão.


— Depois de tudo o que passamos e de perceber o que sinto por você, não me vejo fazendo outra coisa que não seja querer você todos os dias da minha vida, Vince... — e ficando nas pontas dos dedos dos pés, me inclinei para dar um beijo demorado, porém, calmo e gentil naquele que seria o dono do meu coração — mas...


— Mas? — perguntou curioso, quando voltei a abraçá-lo, com a sobrancelha arqueada.


— Está ciente que a vida de vagabunda que você tinha, não vai mais rolar, não é?  — em questão de segundos, o rosto dele mudou e deu lugar a um Vince sorridente. E por Deus, ele ficava ainda mais lindo quando sorria para mim.


— Sim. Agora sou uma moça de família. Antes eram as erradas, porém agora estou com a certa — gargalhou me puxando para ficar mais colada em seu corpo — e se a certa não vestir algo, vai acabar sendo o café da manhã...


— Hmmm... — o olhei atrevida, deixando as lágrimas e o pensamento negativo de lado, para poder aproveitar os momentos alegres — acho que não seria uma má ideia.


— Ana, não me provoque — claro que eu queria ter mais dele, mais do seu perfume, do calor do seu corpo... Porém, eu precisava me alimentar bem. E com ele ali, depois de tudo, seria mais fácil exatamente por ser o Vince. O homem que fazia eu me sentir segura.


Sai do banheiro sem olhar para trás, usando o máximo de sensualidade possível ao andar, e pude ouvi-lo rir, pois ele sabia muito bem qual era a minha intenção. Enquanto me vestia no closet praticamente vazio, ele avisou que estava descendo para me esperar. Tinha uma coisa muito importante que precisava conversar com ele, e era sobre os documentos que estavam no escritório. Havia enumeras irregularidades e não estava falando do óbvio, mas sim, números que indicavam claramente que muito dinheiro estava sendo desviado para uma conta em outro pais.

Óbvio que eu sabia que ali era o dinheiro de coisas ilícitas, no entanto, se ele soubesse de tudo eu ficaria mais aliviada. Como estava sentindo um pouco de calor, resolvi vestir um vestido azul simples de alça no tamanho certo para me manter confortável, que eu havia comprado na minha vinda. A minha sorte tinha sido o dinheiro que ele colocou no porta-luvas do carro, para emergências. Porém não gastei muito e comprei apenas o necessário, já que o tempo havia sido corrido.


Quando desci a escada, Vince se levantou e afastou a cadeira para que eu me sentasse. Começamos a comer com um certo silêncio, e não era que eu não gostasse, mas eu precisava mesmo quebrar a paz que estava sendo aquela refeição e falar todas informações que eu havia descoberto.


— Tenho algo pra conversar com você... — anunciei, pousando a xícara no pires, depois de terminar meu café, e já fui entrelaçando os dedos da minha mão na outra, apoiando-as sobre a mesa.


— Você sabe que pode falar qualquer coisa, Ana — disse ele finalizando o seu café assim como eu, e me encarou prestando atenção no que eu iria falar.


— Me senti na liberdade de, ontem antes de você chegar, verificar os documentos do escritório... — respirei fundo e soltei o ar bem devagar, para começar a explicar tudo de errado.


— Acho maravilhoso que tenha feito isso. Uma das metas da semana que se passou, era dá uma olhada em tudo e vê o que estava dentro daquelas pastas — Vince pareceu mais aliviado com a notícia, e continuei:


— Existe um desvio muito grande de dinheiro. E não estou falando de notas emitidas para enganar a receita ou o recibo adulterado, mas das entrelinhas, Vince — ele mantinha o mesmo ar tranquilo enquanto eu falava e não se mexia por nada. Apenas escutava — não deu tempo para olhar o restante, porém, o desvio é coisa de gente grande.  E ainda encontrei uma conta, que tenho certeza que é para onde o dinheiro está indo. O nome do banco estava ilegível, porém o país de destino não.


— Eu sabia que tinha algo errado — Vince de levantou da cadeira, e levou a sua mão até o queixo, pensativo —  o dinheiro está sendo desviado para Ilhas Cayman, acertei?


— Sim. Isso mesmo — não sabia ao certo o que estava acontecendo na mente dele, porém, o pouco que eu conhecia dele, Vince planejava algo ou estava ligando as pontas soltas.


— Fora eu e o meu pai, apenas mais uma pessoa cuidava dos negócios... — quando ele terminou de falar, seguiu em direção ao escritório — venha, preciso de você para fazer algo importante...


Não pensei duas vezes e o segui logo atrás. Quando entrou no cômodo, já foi tirando um chave pequena do bolso da calça e abrindo um dos enormes armários que ficavam perto da mesa. Assim que vi o que tinha lá, fiquei surpresa: Vince tinha um armamento digno de um mafioso. Eu não entendia muito de armas, e isso foi o que me deixou mais curiosa. Dentre as enumeras coisas que ele tinha guardado ali, o vi pegar um celular e suspirar ao ter que digitar o número na tela.


— Você está bem? — as expressões que ele fazia a medida que ouvia o que a pessoa do outro lado estava falando, era preocupante  — você tem certeza disso? Como conseguiram invadir a fortaleza? — a cada palavra, eu o percebia mais irritado — aquele filho da puta! Eu vou matar aquele merda! — Vince começou a gritar ao telefone com tanta raiva, que por um instante tive um breve vislumbre do outro lado dele — eu vou cortar todos os dedos dele antes, e depois, sem pressa, vou enfiar uma faca no olho dele e arrancar o globo ocular... — seu tom era ameaçador, diabólico até — aquele monte de bosta não sabe com quem se meteu! — o rosto dele ficou vermelho e as veias das laterais de sua cabeça, estavam mais calibrosas.


A irá dele era tanta, que ele arremessou o celular contra o chão e quase o despedaçou por completo.


— O que houve? — eu quis saber, sem me aproximar dele.


— Desculpa, Ana... — ele até parecia sem rumo e sem ar, quando olhou para mim — por favor, não fique com medo de mim... Por favor... — de repente o semblante dele foi de irado para extremamente preocupado com a minha reação.


— Você não precisa pedir desculpas. Não foi comigo que você falou aquelas coisas, e nem muito menos, foi comigo que se irritou — Vince precisava compreender que eu estava ao lado dele e já tinha provas o suficiente para saber que ele jamais iria me machucar. Eu apenas estava dando espaço para ele se acalmar e falar o que tinha acontecido.


— Não fiz nada de bom neste mundo para merecer alguém assim como você... — aos poucos, como se imaginasse que eu fosse um animal acuado, ele foi se aproximando e em seguida, me envolvendo em seus braços.


— Ah, fez sim. E é por isso que estamos juntos agora — falei pousando minha cabeça em seu peito — mas o que o deixou tão irritado?


— Eu sempre achei que a rivalidade dentro da família Castello, fosse na verdade um combustível para as coisas funcionarem bem, mas eu não acreditava que aconteceria uma traição. E ser traído por um da própria família, não é algo que eu deva deixar para lá... — a medida que ele ia falando, só um nome me vinha à cabeça — a pessoa que senta à mesa com você, come da sua comida, dorme debaixo do mesmo teto... pode ser a mesma que vai estragar tudo o que você construiu.


Fiquei em silêncio esperando ele terminar de falar, mas com o coração na mão, já pressentindo algo ruim.


— Eu sabia que Salvatore era ambicioso, mas a tal ponto? Jamais...  — senti o quanto aquilo o deixou magoado — ele coordenou a invasão. A intenção era tomar meu lugar, matar eu e o próprio tio...


— Tem algo mais que você está escondendo, não é? — eu ergui a cabeça para poder olhar nos olhos dele, e apenas confirmar o que eu estava imaginando.


— Ele quer você, Ana. Ele quer você. A minha Ana, ele quer para ele... — respondeu angustiado — Salvatore quer tirar tudo o que eu amo — aquilo no olho dele escorrendo era uma lágrima? Fiquei completamente chocada, ou melhor, desesperada, vendo ele começar a chorar na minha frente.


Eu enxuguei as lágrimas do seu rosto, fazendo carinho com as pontas dos dedos da mão no contorno do seu maxilar em seguida, depois tornei a abraçá-lo. Ele em segundos se recompôs, e voltou a ter a mesma cara de sempre. Parece que ser frágil não havia sido uma opção durante a vida dele, mas eu teria tempo para conhecer aquele Vince com mais calma depois. Naquele momento, ele precisa se manter forte, seguro e com tudo sob controle.


— Mas eu estou do seu lado e vamos continuar assim, juntos. Você é meu Vince e eu sou a sua Ana, e vamos conseguir passar por cima dos obstáculos e proteger as nossas famílias — naquele momento eu só queria continuar abraçando-o, para que ele tivesse a certeza que nada de ruim poderia acontecer. Porém a realidade era outra. Não sabia o que vinha à seguir, mas coisa boa não era.


— Meu pai e a sua família estão seguros, no entanto, o seu pai ficou bem irritado com o ataque que sofremos. Durante a reunião, alguns acordos foram quebrados e outros feitos, no entanto, meu pai não entrou em detalhes sobre isso  — e lá estava a preocupação de novo na voz dele — confio no meu pai...


— E agora, o que vamos fazer? Vamos ficar aqui, esperando a poeira baixar?


— Não. Vamos reagir... — ele disse começando a sair dos meus braços, e seguindo novamente na direção do armário — eu preciso que você fique aqui e não saia por nada. Me entendeu? Essa é a coisa importante que eu preciso que faça para mim.


— Vince, o que você vai fazer? — questionei preocupada, vendo ele pegar duas pistolas e colocar na parte de trás da cintura, encobrindo-as com a parte de trás da camisa .


— Vou atrás de reforços e cobrar alguns favores. Mas eu não vou conseguir sair daqui, se você não me prometer que vai me esperar... — enquanto falava, ele pegou uma mochila e colocou mais armas e munição dentro.


— Eu prometo — agora quem estava quase chorando era eu, porém, me mantive firme.


— E eu prometo voltar pra você vivo  — aquelas palavras rasgaram o meu coração de uma forma inimaginável. Vince terminou de colocar tudo o que precisava dentro da mochila e fechou o zíper, trancando o armário das armas logo em seguida. O vi vindo na minha direção quase que em câmera lenta para me beijar.


Fiquei trabalhando na minha mente que aquele beijo, não era um beijo de despedida.


— Como vou saber que você vai poder cumprir com a sua promessa? — Vince apoiou a sua testa na minha e supurou, fechando os olhos.


— Porque eu amo você. Só por isso — disse isso, me deu um beijo breve, abriu os olhos e me encarou por alguns segundos e se foi.


O vi saindo da casa, segurando a mochila nas mãos e senti novamente um aperto no coração. Ele não olhou para trás, nem disse adeus ou até breve...


— Volta logo... — sussurrei quando ele fechou a porta.

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