🌹Cap. 72 (Teimosa)
Eu estava dormindo, mas a Ludmilla começou a gemer e eu a encarei
-Ludmilla? -sento na cama
-oi..-sussurra
-o que foi? -
-nada, só tô com dor..mas já já passa -
-passa? Você me acordou choramingando
-pode dormir, não se preocupa. -ela me encara
-eu já falei pra você ir no médico
-Brunna, vai dormir
Afirmo. -tá
-obrigada..-
Deito novamente, encarando o teto
-porra..-Ludmilla resmunga
-ei..-seguro sua mão. -você tá gelada
-já falei..pode dormir, já fiz mancada demais com você
-Ludmilla..-eu me levanto, me aproximando do seu lado da cama
-Brunna.. não
-você não tá bem -
-tá tudo bem, é sério -
-o que você tá sentindo?
-tá tudo bem!
Aperto o seu abdômen
-BRUNNA! PORRA
-de novo essa dor
-não..me deixa
-você tem que ir no médico!
-não!
-não seja teimosa, Ludmilla! Eu sei que você me magoou, mas não vou deixar de me preocupar com essa sua dor!
Ela engole seco. -Bru..
-não chora -falo
-por favor -
-quer remédio?..
-uhum
-eu vou pedir pra você
-t-ta.. não me deixa sozinha
-eu já volto -
(...)
-pronto? Quer mais água?
-não, obrigada
Afirmo.
-não me olha com essa carinha assustada..vai passar -
Eu suspiro. -vai mesmo?
-vai..deita, vai descansar
Subo na cama, deitando do lado da Lud
-vem cá
Eu me aproximo, encostando a cabeça em seu peito
-me desculpa, Brunna...
-uhum
-eu não vou te forçar à ficar comigo, não vou..ok? Você não merece..
-para...
-não, você vai ficar do meu lado. Mas não vou te forçar à nada -
-Hm
Ela acaricia o meu rosto. -você é especial.. é sério
-uhum
-desculpa
-chega, Lud...
-tá -
(...)
Eu acordo de manhã. Percebo que a Ludmilla não está do meu lado, então logo me levanto, indo até o banheiro
Ela está no banho
Me aproximo da pia pra poder lavar o meu rosto e escovar os dentes
Enquanto estou ali, ela desliga o chuveiro puxando a toalha pra dentro do box
(...)
Assim que termino, Ludmilla sai de dentro do box, vestindo o roupão
A encaro. -bom dia
-oi Brunna..
-você tá melhor? -
-uhum
Eu me aproximo. -tem certeza?
-não, mas vou melhorar -suspira
-você vai piorar. -
-eu vou me vestir..
Seguro no seu braço. -acordou cedo por que?
Ela me encara
-eu sei que você vomitou
-deixa isso quieto..
-não, eu quero que você vá no médico. Eu quase não dormi ontem e você sabe disso
-já já passa
-para de fingir! Eu sei que tá doendo, Lud..
-vou me vestir
Afirmo
Ela sai do banheiro e eu respiro fundo. Essa conversa ainda vai longe
Vou até o quarto, encontro a Ludmilla se vestindo
Sento na cama, enquanto a observo
Ela termina de colocar a calça, e depois a camiseta. Em seguida respira fundo
-você tá cansada? -pergunto
-é.. a dor
-então tá doendo
-sim
-por favor, vamos no médico. -
-tá, tá bom. Nós vamos, ok? Para de falar -
Afirmo. -desculpa
Ludmilla senta na cama. -eu tô enjoada..
-só? -me aproximo
-não, tô com tontura e..sei lá, tô me sentindo mal
-eu vou chamar o Renato.
-não, Bru..
-eu vou. Já volto -eu levanto, saindo do quarto
Vou até o quarto ao lado, batendo na porta.
Quem me atende é o Estripador. -Brunna?
-cadê o Renato?
-o que foi? -ele se aproxima
-a Ludmilla..ela não tá bem
-o que?? O que ela tem? -Renatinho é o primeiro a sair do quarto
-não sei..ela tá com dor, um monte de coisa
Eles saem correndo pro nosso quarto e eu vou logo atrás.
(...)
-LUD! -Renatinho grita
Entro no quarto, encontrando ela caída no chão com os seguranças em volta
-o que aconteceu?? -pergunto
-ela desmaiou! -Xavier
-liga pro médico dela, mas liga agora! AGORA, XAVIER -Estripador
Xavier pega o celular, saindo do quarto
Eu agacho. -porra, Ludmilla!
-calma, ela vai ficar bem -Renatinho
-o que ela tem? Vocês sabem de algo?? -pergunto
-não..a gente não sabe de nada -Andrade
-ele tá vindo -Xavier entra no quarto novamente
-eu posso ir junto? -pergunto
-deve.
Afirmo. -vou me trocar
(...)
-Ludmilla, tá legal? -o doutor pergunta
Ela afirma, ainda está no chão. Mas está com os olhos abertos
-vamos pro hospital, ok?
-uhum
-podem colocá-la na maca -ele se levanta
Os socorristas se aproximam.
-pra onde vamos? -pergunto
-pro hospital da Máfia..-Estripador
-é sério? Vocês confiam nisso?
-Brunna, são médicos do mesmo jeito, não podemos arriscar da Ludmilla ser reconhecida por alguém. Com certeza ela vai ficar internada
-tá..só quero que ela fique bem
-ela vai ficar
(...)
Já na ambulância, eu entro junto com o Renato e um socorrista
Lud me encara e eu suspiro. -você só me assusta
-desculpa..
Seguro sua mão. -se tivesse ido no hospital quando falei pela primeira vez.. não precisaria estar indo assim, acha que é de ferro?
Ela afirma
-besta..
-eu te amo
-eu também te amo...
-e a dor? Melhorou com o remédio que eles aplicaram? -Renatinho
-sim
(...)
Quando chegamos no hospital, levaram a Ludmilla direto pra um quarto pra ser examinada
Eu e Renato entramos junto
-eu vou pegar os meus aparelhos e você não sai daí viu, Oliveira! -o doutor se afasta
-como eu iria sair..-ela diz um pouco sonolenta, por conta do remédio
-teimosa. É isso que você é! -Renatinho
-shh
-shh nada não, Ludmilla! Você tá errada e sabe disso
Eu apenas observo
-tá, Renato.. não surta, já passou..só quero ir embora depois de ser examinada
Me aproximo. -não, você vai fazer os exames e descobrir o que tem! Chega de enrolar
-Bru..
-chega de enrolar -repito
-o Black está aqui também, eu vou dar uma passada no quarto dele e você se comporte. Brunna tá com a permissão pra te bater -
Sorrio
-tchau, Renato! Manda um beijo pro meu irmão
-pode deixar
Ludmilla me encara
Eu suspiro
-vem cá..
Me aproximo mais. -sem teimosia, ok?
-tá
Dou um beijo em sua testa.
-voltei -dr entra no quarto
-eu só quero ir embora -resmunga
-Ludmilla, sem drama. Você é a Brunna? -
-sim
-prazer, doutor Alex. Eu sou o médico dessa chata.
-muito prazer -falo
-bom. Vamos te examinar e ver o que tá acontecendo, me fala onde dói
-não dói
-agora não tá doendo porque você tomou remédio, mas me fala aonde é
-não tem dor, Alex..
-Ludmilla..
-é aqui -aperto o local
-Brunna -ela choraminga
-aqui? -o doutor coloca a mão
-isso..
-e dói muito? Sem mentir.
-sim..demais
-e tá causando enjôo, tontura, já chegou a vomitar, desmaio..enfim -falo
-ótimo você ter arranjado uma esposa -ele diz
-ah, eu não acho não.. fofoqueira -Ludmilla me encara
Sorrio
-deixa ela, está certa. Se importa com você
-rum
-sem birra, Oliveira. Então a dor é aqui?
-sim, não aperta..por favor
-sabe o que é aqui?
-o que?
-o fígado, Ludmilla..
Ela suspira
-eu preciso que você faça exames, com o fígado não pode brincar
-ah não...
-sim. Vou medir a sua pressão, colher exame de sangue e depois vamos ver as dosagens de enzimas hepáticas. Você sabe muito bem o que isso pode ser
-eu não quero fazer isso
-você não tem escolha.
Ludmilla engole seco e eu apenas observo
-tá..eu tô aqui, e quero que vocês me expliquem -falo
Ela me encara
-Estamos falando de uma possível hepatite ou até mesmo um tumor, câncer no fígado
Arregalo os meus olhos
-vamos fazer uma tomografia de primeira, pra ver se não tem nenhum tumor. E depois vamos fazer o teste de hepatite, porque se tiver um tumor. Já não precisamos fazer o teste
Afirmo
-vou pedir pra que a enfermeira venha tirar o seu sangue e vou preparar a sala da tomografia, já já você vai pra lá, ok?
-tá..-Ludmilla diz cabisbaixa
-relaxa, licença..-o doutor sai do quarto
Ela me encara com os olhos marejados
-não..-falo
-o..meu pai teve câncer no fígado -
Levo uma mão até o seu rosto, fazendo um carinho. -você vai ficar bem
-e se..
-shh..-a interrompo. -você vai ficar bem, amor
Ludmilla respira fundo..-pelo menos você tá aqui comigo...
-e não vou sair daqui -seguro a sua mão
-eu não tenho medo de nada, Brunna..só de te perder
-você.. sabendo que o seu pai teve câncer, porque não veio antes?
-porque se for, eu não queria descobrir.. só queria morrer de uma vez
-não fala assim, não pensa assim. Você tem filhos, e eles precisam de você
-acho que..todas as pessoas ruins acabam de um jeito péssimo, e a minha vez tá chegando
-ou, para com isso, Ludmilla!
Ela me encara
-para. Você sabe que não é ruim, você tenta ser. Mas eu sei, eu te conheço, sei que tem o coração bom... você só não quer se libertar -
Ela nega
-tem sim.. não adianta negar, eu já te olhei com outros olhos..já te enxerguei de outra forma, você mesma me mostrou -suspiro
Lud abaixa o olhar
-você não precisa estar nisso.. você está pelo seu pai, mas eu sei que se não fosse por ele, você faria diferente
-eu não sei porque você acredita em mim ainda -volta a me encarar
Sorrio..-eu acabei de dizer..te enxerguei de outra maneira. E eu não vou desistir de trazer essa Ludmilla que conheci pra fora, ok? -
-rum..
(...)
Encaro a enfermeira que acaba de entrar no quarto. Ludmilla está dormindo
-bom dia
-bom dia..-respondo
-vim colher o sangue
Afirmo
Ela se aproxima e eu me afasto, sentando no sofá que tem aqui no quarto
Renato para na porta, me encarando
O encaro também
-ela dormiu?
-sim
O mesmo se aproxima, sentando do meu lado. -o Gabriel tá bem..
-que bom -suspiro
-ela também vai ficar
-eu sei...
-o doutor me contou..o que pode ser -
-ele falou com a gente também..
-vai ficar tudo bem, a Lud é forte
-uhum..
-Brunna, vou aproveitar pra conversar com você sobre ontem
-não temos o que conversar
-temos. Eu sou praticamente o seu cunhado, eu cresci com a Lud. Conheço ela até sem enxergar
-o que quer me dizer?...
-que ela não fez porque precisava..
-que, Renato?
-eu tô querendo dizer que ela não fez isso com a Paolla porque quis, porque precisava do sexo, precisava transar com outra mulher..entendeu?
-ah..
-a Ludmilla jamais trocaria o seu e eu tenho certeza. Porque desde que começou a fazer isso com você, não se interessou por mais ninguém
-hm
-isso com a Paolla, ela teve que fazer por assuntos de negócios. E era sobre essa parte da vida dela que ela não queria que você soubesse
-tá..mas não muda o fato dela ter feito, Renato
-mas entenda, Brunna! Dá uma chance pra ela.. você é a única que recebe o sexo da Ludmilla com sentimentos envolvido, o amor. O resto, é resto
-mas eu não quero que tenha "o resto".
-dá uma chance pra ela, conversem..Se você pedir isso, eu tenho certeza que ela muda, vai fazer as coisas de outra maneira.
Eu suspiro. -eu..tô bem
-Bru, ela precisa de você. E não vai te dizer isso
-então..eu quero que ela diga
-o que eu acabei de falar?.
-eu quero que ela diga, Renato...
-pronto -a enfermeira se afasta
-obrigada..
-nada
Ela sai do quarto e eu encaro a Ludmila
-eu vou ver com o doutor quando ela vai fazer a tomografia..
-tá -
Renato levanta, saindo do quarto também
Eu também me levanto, voltando a me aproximar da Ludmilla
Seguro a sua mão
Ela abre os olhos e eu sorrio. -oi meu bem...
-oi Bru
-tá melhor?
-sim
-que bom -
-ei..pede pros meninos te levarem pra ver o seu irmão
-não..
-Brunna, ontem não fomos. Mas hoje é pra você ir, sua família tá te esperando, avisei o seu pai. Disse que você tiraria umas férias, você tem que ir
-mas e você?..
-sua família em primeiro -
-você também é minha família, amor..-
Ludmilla franze o cenho. -hm?
-eu não quero ficar longe de você..e te perdôo por ontem, se prometer que não faz mais -
-Brunna?
-promete pra mim..que não vai mais resolver as coisas dessa maneira?
-claro que prometo -
-eu te amo muito. Você não tem idéia -deposito um beijo em sua testa
Ludmilla suspira. -isso me dá um alívio..
-é?
-eu disse..só tenho medo de te perder..
-me ama?
-amo demais, Brunna..-
-vou ficar por aqui hoje, posso ligar pro meu pai?
-uhum, depois eu peço pro Renato te colocar na linha
-tá -
-me dá um beijo
Eu dou um selinho em seus lábios. -te amo. -e mais um
-eu te amo mais
-eu amo mais -sussurro
-não, eu amo muito mais
-shiu! Eu amo mais e acabou -
Lud sorri. -tá..mas eu amo mais
-amor! -
-nós amamos igual. -falamos juntas
-isso..-
(...)
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