A primeira reação dela é começar a chorar.

-não chora..-acaricio o seu rosto

-L-Ludmilla...-ela soluça em seguida

Sorrio. -eu te quero, Brunna. Te quero pra sempre, prometo cuidar de você do jeito que você merece. Vai demorar um pouco, mas quero ter certeza de que você já pode ser minha...-

-amor..-

-você aceita, hm? -

Ela afirma. -e-eu aceito..-suspira- aceito.. sempre

Brunna me dá um selinho, e eu a abraço. Sendo correspondida

Deixo ela chorar em meu ombro, fico aqui só fazendo carinho. 

-eu te amo, Brunna. Eu te amo DEMAIS da conta! -sorrio

-eu..também te amo, te amo m-muito..-ela respira fundo

-Bru..

Ela me encara. Seguro a sua mão, pegando o anel mais delicado da caixinha. Ouro branco com um diamante no meio, anel fino

Coloco no dedo dela, beijando o mesmo em seguida. -você é minha princesa, Bru...

-obrigada...por isso -ela engole seco

-obrigada você por se apaixonar por mim..de verdade..-sorrio

Ela me dá um selinho demorado, depois segura a minha mão, pegando a minha aliança e colocando em meu dedo

-só.. não vou poder usar ela no mesmo dedo que você, tá?

-t-tá...-Bru dá um beijinho na minha mão

Eu abraço ela. -mas quero que você use no certo

-eu vou usar, a-amor...-respira fundo

Dou risada. -calma, princesa... calma

-t-to ten..tando

-não gosto quando você chora, nem por felicidade. Parou em

Bru dá risada

(...)

-não quero ir embora -sussurro no ouvido dela

-eu também não, amor -Brunna acaricia as minhas costas

Tô deitada em cima dela, só estamos trocando alguns carinhos

Respiro fundo. -Brunna

-hm?

-quer fugir comigo?

-você é doida, mas nem tanto

-sou sim..eu corro esse risco por você -a encaro

-esse risco?

-sabe que não posso sumir com você, o Ramon me procura até o último dia da vida dele..

Ela acaricia o meu rosto. -tudo no seu tempo, meu bem...

Afirmo

Eu deposito um selinho em seus lábios, me deitando novamente. -quer ir embora que horas?

-quando você quiser -

-nunca

Bru dá risada, me abraçando mais forte. -eu te amo

-eu também te amo

(...)

-Bru? - a encaro

Ela me encara também, tá terminando de se arrumar. Nós vamos almoçar fora

-princesa?

-o que foi? -

-por que não tomou banho comigo?

-deixei você dormir -

-hmm....

Brunna senta na cama, começando a se maquiar

-amor..

-o que foi, Ludmilla?

-o que foi? Eu que te pergunto

-você não vai se arrumar?

-depois que você terminar aí, vai demorar..e eu não demoro no banho

Brunna me ignora

-é sério? Por que você tá assim comigo? Quando dormi, tava toda carinhosa...

-uhum

Sento na cama. -amor

Brunna suspira. -vai tomar banho e para de me encher

-porra, o que eu te fiz?

-não sei, descubra. -

Franzo o cenho. -tá.. você que sabe -

Eu me levanto, indo direto tomar banho.

(...)

Assim que saio, encontro ela pronta.

Sorrio. -que gata...

Bru levanta e eu seguro em sua cintura. -ei, olha pra mim

-vai se arrumar...por favor

-amor, o que foi?

-depois a gente conversa

-tá

Tiro o meu roupão, vestido a minha camisa em seguida. 

Ao contrário da Brunna que tá vestindo roupa clara. Eu coloco uma camisa vermelha, com calça preta e tênis da mesma cor.

Solto o meu cabelo, colocando um boné preto também, virado pra trás

Enquanto passo perfume, a encaro

Brunna me encara também

Coloco o perfume no lugar, colocando as minhas correntes agora. -não vai falar nada? -pergunto

-olha o seu celular

Eu me aproximo da cama, pegando ele e desbloqueando.

"Thai: Ludmilla...."

"Thai: eu tô passando muito mal"

"Thai: acho que tô grávida"

Franzo o cenho. -que??

-que, Ludmilla?...me responde você..-

Eu a encaro. -eu transei com a Thaissa ontem, é impossível

-e a última vez antes de ontem?....

Suspiro. -puta merda. E ela só vai descobrir agora?

-olha, eu não sei. Não sei o que ela tá planejando, não sei o que você tá fazendo, ok? Mas começamos errado -Brunna se levanta

-ei? -

-não! Você vai acabar ficando com ela, Ludmilla

-não!??

-sim!

-não, Brunna! Para. Por favor, não começa. Eu te pedi em casamento hoje, estamos noivas. 

-é? Acha que tô feliz com a mensagem que li? -ela cruza os braços

Eu respiro fundo. -Bru...eu não tive culpa -

-nem eu.

-amor, vamos almoçar.. nós podemos conversar depois?

-não tem o que conversar

-Brunna, só confia em mim..tudo bem?

-eu tô tentando. Mas cada vez fica pior

-não, princesa..eu tô aqui com você -dou um abraço nela, colocando o meu rosto em seu pescoço enquanto sinto o seu cheiro

Brunna me abraça também, mas não diz nada.

(...)

-faz uma pose nessa parede?

-pra que?

-quero uma foto sua

-tá, perai

-vai -desbloqueio o meu celular

Brunna desce o óculos que estava em sua cabeça, fazendo a pose

-quero sorriso, amor

Ela me obedece e eu sorrio junto, tirando a foto. -gata.

-deixa eu ver -Brunna se aproxima

Eu mostro pra ela. -vai fazer o que com isso aí?

-guardar -

-hmmmm

Puxo ela pra perto de mim, a abraçando por trás. 

-deixa eu ver direito -ela pega o celular da minha mão

Dou um beijo em seu pescoço. -linda

Estacionam o meu carro na nossa frente, e logo o segurança do motel sai de dentro dele. -boa tarde -ele sorri

-boa tarde -respondo- obrigada

Ele afirma e eu me aproximo da porta do meu carro, abrindo pra Brunna entrar

O garoto fica olhando, já era pra ter entrado.

Arqueio uma sobrancelha. Brunna se aproxima, e eu a impeço de entrar no carro

-que foi? -me encara

Dou um selinho em seus lábios. -eu te amo

-eu também te amo, amor

-isso fica comigo -pego o meu celular de suas mãos

-chata

-entra, gatinha

Bru entra e eu fecho a porta, dando a volta no carro pra entrar também

Assim eu faço, a encarando logo em seguida. -foda esses caras de olho em você.

-nem percebi

-mas eu sim. -acelero o carro

(...)

-vem -dou a mão pra minha mulher descer do carro

Entrelaço os nossos dedos, entregando a chave do meu carro pro segurança que estava esperando.

Ando com a Brunna até a entrada do restaurante. -Ludmilla -o dono me cumprimenta

-e aí

-vou te levar até a sua mesa -

Nós seguimos ele. -faz um tempo que não vem aqui

Afirmo. -é..eu dei uma sumida, como andam as coisas?

-muito bem, e com você?

-ótimas..

-que bom -ele sorri- sua mesa..

-obrigada

-nada

Puxo a cadeira pra Brunna sentar. -obrigada, amor..

-de nada, princesa -sento na outra cadeira

Coloco o meu celular em cima da mesa, encarando a Brunna..

-tá tudo bem?

-posso te fazer uma pergunta?...

-faça -

-tem notícias do meu irmão? -

Eu nego. -posso tentar ter

-por favor..

-tá..-desbloqueio o meu celular, entrando na conversa do Marcos. -irmão..me liga quando você puder -gravo um áudio

-quer comer o que, vida? -a encaro

-o que você quiser

-vou pedir parmegiana, quer o mesmo?

-tá, sim

-e quer beber o que? -

-eu quero beber essa água aqui -Bru encara a taça

-que? Vinho? Tá

-você quer me deixar bêbada e eu já sei pra que

Dou risada. -vou pedir suquinho pra você, tá bom? -

-hmmm, tá bom

-quer do que?

-laranja

Sorrio. -gracinha

Chega notificação no meu celular e eu pego ele de novo, abro o áudio do Marcos

"Áudio on: fala, irmã. Vou te ligar agora"

Eu apenas visualizo. Entro no site do restaurante, fazendo o meu pedido por lá

Assim que termino de fazer o pedido, Marcos me liga. 

Eu o atendo. -e aí

~o que foi?~

-onde você tá?

~tô levando as garotas novas pro ritual~

-posso te pedir um favor?

~óbvio~

-quero ter notícias do irmão da Brunna, arranja

~tá bom, vou passar no grupo~

-cuida das meninas direito, Marcos

~pode deixar. E você..vê se trata de aparecer ainda hoje~

-eu tô ligada, vou voltar

~se cuida~

-você também -

~Eu te amo~

-eu também te amo -

Desligo a chamada. -pronto, vida

Eu tomo um gole da minha água. 

-obrigada

Seguro sua mão, fazendo carinho com o meu dedo. -eu te amo

-eu também te amo -

(...)

Assim que termino de comer, fico mexendo em meu celular.

-amor

-oi

-eu vou ao banheiro, tá?

-tá, princesa -

Brunna levanta e eu abaixo o celular, deixando em cima da mesa.

Fecho os meus olhos com força, mas assim que escuto o meu celular tocar, os abro

-Marcos?

~sim~

-fala..

~o garoto tá bem~

-tá, valeu..

~que voz é essa, Ludmilla?~

-nada.. só, deu uma pontada muito forte na minha cabeça

~Ludmilla..de novo isso?~

-é..vou tomar um remédio quando eu voltar

~por favor. Você tem que ir no médico, não é normal essas dores~

-tá, depois a gente fala sobre isso

~Ludmilla, não foge do assunto~

-tenho que desligar..

~Olha..~

-tchau, irmão

~tchau, se cuida!~

Desligo o celular e a Brunna se aproxima. -vamos? -pergunto

Ela afirma

Eu me levanto, sentindo a minha cabeça rodar, mas ignoro.

Coloco o meu celular no bolso, segurando na mão da Brunna

-amor, tá tudo bem?

-sim

-você tá gelada, logo você..que vive pegando fogo

Dou risada. -tá tudo bem, minha vida

-hmm...

-seu irmão tá bem, viu?

-mesmo?

-sim

(...)

Eu fui o caminho todo enxergando pontinhos pretos pela rua. Dei graças à Deus quando estacionei o meu carro.

Mas quando desci dele, nem o chão eu senti. Respiro fundo, fechando a porta

Eu me aproximo da Brunna

Ela não disse nada o caminho todo, acho que estava me observando.

(...)

Assim que entramos no quarto, sinto o celular cair da minha mão, minha cabeça dá uma pontada mais forte, fazendo eu reclamar da dor

-Ludmilla, o que tá acontecendo? -sinto as mãos da Brunna na minha cintura

-eu não sei..-fecho os olhos com força

-senta aqui -

Antes que eu pudesse sentar na cama, sinto o meu corpo cair por conta própria

-amor, o que foi?? -Brunna me segura, me ajudando a deitar devagar

-calma..-respiro fundo

-o que você tá sentindo? -

Engulo seco.. -você tá muito gelada

-Bru..-suspiro- fica aqui comigo..

-ei, eu tô aqui..-ela segura a minha mão

Brunna senta na cama, colocando a minha cabeça em suas pernas. -quer que eu chame alguém?

Eu nego

(...)

Ficamos alí por alguns minutos, até aquilo tudo passar.

Brunna levanta a minha cabeça, tirando o meu boné enquanto começa um cafuné. -melhorou?

Afirmo.

Ela acaricia o meu peito e eu respiro fundo. -que merda...

-o que você tava sentindo? Tá melhor mesmo?

-sim..

-fica um pouco deitada

-tá

-me fala..tava sentindo o que?

-dor..de cabeça, minha visão escureceu e eu não conseguia respirar..tava tudo girando, Bru

-sabe o por que?

-não..

-isso não é normal, você quase desmaiou

-eu sei..

-Ludmilla, você precisa ir no médico

-eu vou -

-desde quando isso acontece?

-ah.. não faz muito tempo, mas não tinha mais acontecido

-mesmo assim, precisa ir ver

-uhum

-melhorou de verdade?

-sim -eu sento do lado dela

-quase me matou

Sorrio, dando um selinho nela logo depois. -perdão..

-linda

-temos que ir embora, vida -me levanto

Brunna respira fundo e eu a encaro. -que foi, pequena?

-você já sabe

-sei...

(...)