🌹Cap 33. (Keli, Keila)
Nós entramos na sala. Encontrando vários bebês brincando e alguns até correndo
-Isabelly -uma mulher se aproxima dela, eu fico um pouco distante, mas dá pra ouvir.
-o Davi..
-tá dormindo, e sobre isso..ele só quis dormir hoje
-é sério?
-sim, não quis brincar, parecia cansado
-isso é estranho, o Davi ama ficar brincando..ele chora quando tem que parar
-exatamente. Nós medimos febre, não deu nada. Ele tá bem, deve ser um pouco de manha.. você sabe
Ela afirma e eu tô aqui boiando no assunto.
-vem pegar ele
Eu saio da sala, esperando a Isa do lado de fora.
Não demora pra ela sair, com o bebê em seus braços, todo coberto.
Sorrio
-ele tá dormindo -ela se aproxima, levantando o cobertor
-meu Deus..ele é você -acaricio a bochecha dele
-para, nem tanto -
-olha aqui os seus traços -falo
-vamos?
-vamos, me dá a bolsa dele -pego do ombro dela
(...)
Assim que entramos no carro, o danadinho resmungou
-tá acordando -diz
-tira o cobertor dele -
Isa faz o que peço, levantando ele logo em seguida
Davi começa a chorar. -Isabelly! -falo
-calma! -
-por que ele ta chorando??
-é assim mesmo quando ele acorda -
Davi me olha e eu sorrio. -olha a mamãe, amor -Isabelly
Ele me observa atentamente. Sinto os meus olhos encherem de lágrimas enquanto olho pro meu filho
-você é muito lindo -falo
-ele sabe, né? Você sabe -ela dá um beijo na bochecha dele, fazendo o bebê sorrir
Dou risada. -ele é esperto
-sim, agora vai mamar..pode ir se quiser
-tá -ligo o carro
-deita, amor. Não quer mamar? -Isabelly conversa com ele
Davi deita e ela logo levanta a camiseta. Eu começo a dirigir.
As melhores coisas que Deus podia me dar.. Rodrigo, Brunna e Davi.
{Lud off}
(...)
{Bru on}
Entro no quarto do João, sendo recebida com um sorriso enorme do meu irmão.
Sorrio também. -oi meu amor..
-você voltou, Bru
-claro..-abraço ele
João me abraça também, eu respiro fundo, fazendo carinho nele. -eu te amo demais
-eu também te amo
-eaeee João! -Bruno entra no quarto com o Léo e o Rômulo
-Brunooooo -
Dou risada, me afastando pra ele abraçar o Bruno. -fiquei sabendo que você vai fazer um corte maneiro hoje -
-sim
-sabe de uma coisa?
-o que?
-eu também vou fazer
-é sério???
-sim, vamos ficar iguais -
-que legal!
Cruzo os braços, olhando pro chão enquanto seguro as lágrimas. Leonardo se aproxima, me abraçando de lado
-não chora -sussurra
-não vou -
-olha quem chegoooou! -Mia entra no quarto junto com o meu pai
-MAMÃE E PAPAI -
-oi meu amor -meu pai me dá um beijo na bochecha
-oi pai
-tudo bem?
-indo..e vocês?
-mesma coisa, pequena..Tá bem mesmo?
-indo, pai
-hm..-ele se afasta e eu franzo o cenho
-e aí, danadinha -Mia se aproxima
Sorrio. -puxei quem, em?
-obrigada por estar aqui, Brunna.. você ta fazendo de tudo pelo seu irmão, não só você..Bruno também. E eu fico feliz em ver que criei vocês do jeito certo
Eu abraço ela. -vai dar tudo certo..
-eu sei que vai, filha
(...)
Eu prometi ser forte. Prometi ser forte pra não deixar o João triste, mas assim que ele e o Bruno sentaram na cadeira pra raspar o cabelo, eu desabei.
Em menos de segundos, todos estavam do mesmo jeito que eu.
Tentei disfarçar. Mas com essa cena não deu
-primeiro você ou o seu irmão? -o doutor pergunta
- Eu não quero -João choraminga
-ei, o que combinamos, em? Você sabe que precisa, e eu vou fazer com você -Bruno
João afirma. -não precisa, Bruno..eu faço sozinho
-relaxa, pequeno
O doutor liga a máquina, começando a raspar o cabelo do Bruno
-não faz isso! Não precisa -João começa a chorar
Eu tampo meu rosto com as mãos, sinto alguém me abraçar e percebo que é o Rômulo. -calma
-n-não consigo -sussurra
-Bruno, para!
Leonardo pega o João no colo. -ei, fica calmo. Seu irmão ta fazendo isso porque te ama
-ele não precisa! Eu não quero que ele faça isso
Me aproximo deles. -olha pra mim -seguro o rosto do meu irmão
-Bru..
-todos nós estamos com você, pequeno..-suspiro- o Bruno ja raspou, acabou.. não precisa ficar triste
-você tá chorando..
-você também tá, não é?..-enxugo as lágrimas dele
-sua vez, gatinho -Bruno levanta da cadeira, pegando o João dos braços do Léo
Minha mãe abraça o meu pai, chorando mais ainda. Eu só queria a minha garota aqui do meu lado, eu estaria bem mais forte.
O doutor liga a máquina. -pronto, João?
-sim -ele choraminga
Ele começa a raspar o cabelo do meu irmão e eu começo a me perguntar por que com ele? Uma criança..merece passar por tudo isso? Eles são inocentes, não fazem mau pra ninguém, e se fazem é por pura influência. Uma doença dessa em qualquer um é triste, mas em uma criança.. é mais ainda.
-calma, Brunna -Léo me abraça forte
Eu encosto a cabeça no peito dele, me permitindo chorar.
-tá bom, tio -João
-não, amor..tem que tirar tudo, só mais um pouco, tá?
-tá -
{Brunna off}
(...)
{Lud on}
-chegamos.. -falo
-obrigada por ir comigo..-Isa
Sorrio. -eu amei conhecer o pequeno, Isa...
Ela suspira. -vou entrar..
-ok
Ela tira o cinto e eu me aproximo mais, beijando a cabeça do Davi que está encostada no ombro da mãe dele. -tchau, amor...durma bem -sussurro
Saio do carro, indo até a porta e abrindo pra ela descer. -te vejo amanhã
-sim..-
Dou um beijo na bochecha da isa. -se cuida
-você também -
(...)
{Um tempo depois}
Estacionei o carro na frente do hospital. Combinei um horário com a Brunna, e já deu. Espero que ela não esqueça
Ia encostar no meu carro, mas ela logo saiu. Os seus olhos pararam direto nos meus, ver esses olhos que me causam arrepios, me traz felicidade, me acalma.. marejados, me machuca demais.
Ela se aproxima, me abraçando com força. Claro que correspondo
-meu bem..-acaricio as suas costas
Brunna volta a chorar e eu respiro fundo, fechando os meus olhos com força. -calma, princesa
-por que com ele? -pergunta em meio à soluços
-eu não sei, amor. Eu não sei mesmo...-
Abro os meus olhos e eles param justamente no Jorge que está parado em frente a porta de entrada do hospital. Junto com aquele garoto, Leonardo.
-eu.. queria passar por isso no lugar dele -sussurra
-eu passaria por você, por ele, só pra te ver feliz, Brunna. Eu não quero você desse jeito, olha pra mim
Ela me encara. -eu não quero que você fique assim..ele vai ser tratado, vai se curar, tá me entendendo?
-e se não..-eu a interrompo
-não tem se não. Ele vai ficar bem, amor. -acaricio o seu rosto
-só queria você ali comigo...
-eu tô aqui agora, meu bem..- dou um selinho demorado nela, encostando as nossas testas em seguida.
-eu te amo, tá?
-eu também te amo...
-vem cá -puxo ela pra outro abraço, volto a encarar aqueles dois. Eles não param de nos olhar. Jorge que não tente nenhuma gracinha.
-quer ir embora agora? -pergunto
-vou esperar ele terminar de comer..-
-então vai lá, princesa... Eu espero -
-mesmo? -se afasta pra me encarar
-sim..mas não chora mais, seu irmão precisa de apoio -enxugo as lágrimas dela
Brunna me dá três selinhos, me fazendo sorrir. -não tá com frio, hm? Pega a minha blusa, você tá só de vestido
-eu tô bem, amor..
-não, veste a minha blusa. Esfriou bastante -eu tiro do meu corpo, entregando pra ela
-obrigada
-vai lá, gatinha
Bru se afasta, vestindo a blusa
Cruzo os braços, encarando o Leonardo. Se ele sabe encarar, também sei.
A minha garota entra no hospital. Jorge me faz um sinal e vai pra esquina
Desencosto do meu carro, andando devagar por alí. Assim que o Leonardo entra no hospital, me aproximo da esquina.
-Jorginho..-sorrio
-o que você tá fazendo aqui?
-vim buscar a minha gata, ué
-o que foi aquilo??
-aquilo o que? Eu tratando ela com carinho? Jorge, eu te disse.
-sai de perto da minha filha, não tem isso no contrato
-primeiro que eu tô deixando ela bem. E segundo que não, não está no contrato. E sim no coração dela, no meu. A Brunna é uma garota incrível, Jorge...e se depender de mim, eu caso com ela.
-tá maluca!?
-por pura e espontânea vontade dela, Jorge.. você vai ter o dinheiro que quiser.
-sabe que fiz isso por necessidade.
-sei, Gonçalves. Eu sei. Vou nessa
-Ludmilla..
O encaro
-não machuca ela..
-que tipo de monstro você acha que eu sou? Jamais machucaria a Brunna.
-certo..
Me afasto
(...)
{Depois de um tempo}
Brunna sai do hospital acompanhada dos amigos. Ela conversa um pouco com eles e depois se despede
Se aproxima e eu sorrio. -oi meu amor -puxo ela pra um abraço depois da mesma me dar um selinho.
-tá melhor? -pergunto
-sim..ele tá bem -
-seu irmão é forte -
-eu sei
-vamos, então? -
-vamos -
Abro a porta pra Brunna, ela entra e eu fecho. Ando até o meu lado, encarando aqueles dois.
Logo entro no carro. -seus amigos não param de me encarar. -fecho a porta
-é, acho que eles queriam te conhecer
-ah, então vamo lá -
Já ia abrir a porta, mas ela me segurou. -não, hoje não
-rum..Esse Leonardo é folgado, te abraça com muita vontade
-não começa, amor..sabe que eu te amo. Sem paranóias
Afirmo, ligando o meu carro
Brunna coloca o cinto. -coloca também, você tem mania de dirigir sem
Eu roubo um beijo dela..-te amo
-eu te amo também, amor
Abro os vidros, colocando o cinto em seguida. -hotel? Ou quer ir pra algum lugar?
-quero ir pra cama, deitar e pensar
-você que manda, meu bem -eu acelero- vamo embora
(...)
-hmmm, cheirosa -dou um beijo na nuca da Brunna
Estamos no elevador do hotel. Peguei ela por trás e agora tô enchendo de beijos
-hmmm, que delícia -
-para, maluca -ela dá risada, me fazendo rir junto
Aperto mais a sua cintura, trazendo ela mais pra trás. -eu te amo demais
-daqui a pouco vamos nos fundir de tanto que você me puxa
Dou risada. -gata
-risada gostosa no meu ouvido..eu amo -Bru acaricia os meus braços
Sorrio.
A porta do elevador abre e nós saímos, ainda grudadas. -o cartão do quarto tá com você, né? -pergunta
Pego do meu bolso, entregando pra ela
Nos aproximamos da porta. -que isso?
-o que? -pergunto
Brunna empurra os meus braços que estavam em volta da cintura dela, agachando em seguida
Eu franzo o cenho. Ela pega uma sacola, me mostrando..
-que isso??
-não sei, tá com o seu nome. -ela passa o cartão na porta, entrando em seguida
-calma aí -vou atrás
Brunna joga o cartão na cama e eu fecho a porta, me aproximando dela. Ela abre a sacola, tirando uma lingerie de dentro, mais dois perfumes e uma carta
-que porra é essa -falo
-sai! -
-ei?? Calma
-não! Mandei você sair de perto. Deixa eu ler!
Suspiro, me afastando
Ela abre a carta. -Ludmilla...
-o que foi?
-pra quem você deu isso!? -me encara
-pra ninguém!
-ah não!??? "Ludmilla, pra você que achou que podia me comprar com isso, se enganou. Eu posso até usar a lingerie com você, mas quero te ouvir pedindo perdão. Tô te mandando o seu perfume que deixou comigo, não quero mais te sentir perto. -Keila" -Brunna me encara
-quem é Keila? -franzo o cenho
-quem é Keila????? -ela se aproxima, me batendo
-CALMA, BRUNNA!
-QUEM É KEILA, LUDMILLA???
-EU NÃO SEI?
-QUANDO VOCÊ VIU ESSA MULHER???
-EU NÃO VI! -
-ME RESPONDE!
-eu não vi!
Brunna tira a blusa, respirando fundo. -Ludmilla...eu vou contar até 10.
-eu não sei quem é, Brunna.
-é a sua cara dar presentes caros como um pedido de desculpa.
-mas..eu não sei.
Ela espirra o perfume e depois se aproxima mais, sentindo o meu cheiro. -é o mesmo.
-eu não vi nenhuma Keli.
-É KEILA!
-para de gritar comigo, Brunna! PARA DE GRITAR COMIGO
Ela joga um dos perfumes na parede, claro que o vidro estourou no mesmo segundo.
-OU??
-PORRA, ME FALA QUEM É ESSA MULHER, LUDMILLA! PARA DE FAZER ISSO COMIGO! -Brunna começa a chorar
-PELO O AMOR DE DEUS, EU NÃO SEI QUEM É!
Ela afirma, abrindo a porta pra sair. Mas seguro ela
-ME SOLTA!
-para com isso, você não vai sair daqui
-ME SOLTA, LUDMILLA!
-Brunna, fica calma..Eu tô te falando a verdade
Ela me empurra, mas puxo a garota pra perto com mais força. -ME SOLTA!
-NÃO VOU TE SOLTAR. Eu não conheço essa mulher, eu não dei nada pra ninguém!
-me deixa sozinha!
-amor, olha pra mim!
-me deixa!
Eu afirmo, soltando ela. Brunna sai do quarto em seguida, batendo a porta
Respiro fundo. -PORRA! -dou um soco na parede, passando as mãos em meu rosto em seguida.
(...)
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