037
Comentem nessa merda que eu demorei pra escrever. Tenham uma ótima leitura!
I'm fallin' in too deep, oh
Without you, I can't sleep
— Bom dia, minha princesa! — murmurei, deixando um selar em sua testa. Ela abriu os olhos lentamente, um sorriso sonolento se formando em seus lábios.
— Bom dia... — respondeu com a voz suave, esforçando-se para me olhar. — Que horas são?
— São seis da manhã. Sei que tá cedo, mas queria trazer seu café da manhã e te acordar, porque hoje o dia vai ser longo. — Levantei da cama e fui até a mesa, pegando a bandeja cuidadosamente.
— Você que preparou? — perguntou, me lançando um olhar desconfiado.
— Sim, preparei sozinha. — Sorri, mas ela arqueou uma sobrancelha. — É sério! Se não acredita, pode perguntar pra senhora Lee.
— Tá bom, eu acredito. Só vou lavar meu rosto, ok? — Jennie disse, se levantando preguiçosamente e indo até o banheiro.
Enquanto ela estava fora, me sentei na cama, observando a bandeja. Preparei uma salada de frutas simples, sem leite condensado, apenas com frutas frescas, e um suco de laranja natural. Espremi cada laranja com minhas próprias mãos. Acho que me perdi completamente no mundo de Jennie... Essa versão minha não parece real, mas eu amo quem estou me tornando ao lado dela.
Já se passou uma semana desde que eliminei o senhor Yoon, mas minha desconfiança em relação aos meus capangas ainda persiste. A conversa com Changbin ecoa em minha mente, especialmente quando ele mencionou as pequenas coisas que poderiam fazer Jennie feliz. Então, decidi fazer tudo o que ele sugeriu. Só quero vê-la sorrir, sem se preocupar com um futuro incerto.
— Voltei. — Jennie anunciou, sentando-se na cama à minha frente. Ela colocou o cabelo atrás das orelhas, um gesto tão casual, mas que me deixou encantada. — Uau! Você realmente preparou tudo sozinha?
— Sim, fui eu! Acha que não sou capaz? — brinquei, observando seu sorriso crescer.
— Só estou surpresa. Faz tempo que não como algo assim de manhã. — Pegou a colher e experimentou a salada de frutas.
— O que acha de irmos correr depois? O dia tá lindo hoje. — sugeri, casualmente, mas percebi seu olhar intrigado enquanto ela cruzava os braços.
— Por que você quer correr? Tá bem? Você tá com febre? — perguntou, colocando as costas da mão na minha testa, como se verificasse minha temperatura.
— Eu tô bem... Só achei que você quisesse sair um pouco dessa mansão. Respirar um pouco de ar fresco, sabe?
— Talvez seja uma boa ideia... Mas só se você aguentar me acompanhar. — provocou, arqueando a sobrancelha.
— Até parece que você não me conhece. Eu quero ver se você vai aguentar me acompanhar, senhorita.
Jennie arqueou a sobrancelha e pegou a colher com um pedaço pequeno de melancia. Ela me olhou com um sorriso antes de estender a colher na minha direção.
— Então come isso aqui. Nunca vi você comendo nenhuma fruta.
— O quê? Você vai me alimentar agora? — perguntei, rindo enquanto ela balançava a colher na minha frente, impaciente.
— Abre logo a merda essa boca! — mandou.
Abri a boca, deixando que ela colocasse o pedaço na minha boca. Jennie se inclinou um pouco para frente, me observando mastigar com uma expressão satisfeita.
— Hm, nada mal. Até que você sabe como cuidar de mim. Tão carinhosa e atenciosa! — disse, sarcasticamente.
— Cala a boca se não eu enfio tudo isso aqui na sua boca goela a baixo — ameaçou, pegando o pote que estava as frutas, fazendo-me rir.
Ela dividiu suas frutas comigo, repetindo o gesto de colocá-las em minha boca com a colher, e a cada colherada, nossos olhares se encontravam. Havia algo confortável, mas ao mesmo tempo, intenso naquele momento. Eu sentia meu coração bater um pouco mais rápido toda vez que ela me olhava de forma tão carinhosa
— Tá gostando, né? Admito que você fica bem fofa quando tá comendo. — Jennie zombou, segurando o riso.
— Fofa? Eu? — perguntei, fingindo indignação. — Olha só suas bochechas — apontei, quando ela começou a mastigar. — Elas inflam e você fica parecendo um bolinho. Dá até vontade de te morder, de tão fofinha que você fica — falei, rindo, vendo-a rir também com a mão em frente a boca. — Você parece uma princesa alimentando essa pobre plebeia aqui — brinquei, depois de ela me dar mais uma colherada de frutas.
Ela jogou a cabeça para trás, rindo, e meu peito se aqueceu ao ouvir sua risada leve e perfeita, que era como uma melodia linda de se escutar.
— Eu tô treinando pra quando você for minha eterna plebeia.
— Sua eterna plebeia? Tá sonhando alto, Kim Jennie.
— Não tô sonhando nada. Se continuar desse jeito, Lalisa, é você que vai me pedir em casamento primeiro.
Fingi surpresa, colocando a mão no peito de forma exagerada.
— Será? Então vou treinar meu discurso. "Jennie Kim, aceita ser minha dona pra sempre?"
Ela riu alto, quase derrubando a bandeja, e eu me juntei à sua risada. Ficamos assim por alguns segundos, até que ela parou, olhando para mim de forma mais suave.
— Eu aceitaria... — murmurou, quase num sussurro, antes de pegar um pedaço de morango e comê-lo sozinha, desviando o olhar.
O momento ficou suspenso por um instante, o ar entre nós mais pesado, mas não de forma desconfortável.
— Então vou me preparar bem, princesa. Mas, por agora, só quero te fazer feliz. — falei, sincera, enquanto pegava sua mão, acariciando seus dedos de leve.
Ela sorriu, e naquele instante, eu sabia que faria qualquer coisa para manter aquele sorriso.
[...]
— Jennie, eu não aguento mais! Calma aí! — implorei, ofegante, enquanto parava de correr e me apoiava nos joelhos. — Minhas costelas estão doendo, já chega!
— Aí ficam os rins, sua idiota! — ela respondeu, rindo e se aproximando com as mãos na cintura, a respiração controlada. — Não era você que disse que aguentava me acompanhar?
— Era, mas... quem diria que você era tão rápida assim — resmunguei, tentando recuperar o fôlego.
Jennie arqueou uma sobrancelha, inclinando a cabeça para me observar, claramente se divertindo com a minha derrota.
— Isso porque eu ainda peguei leve com você. Tá vendo como é bom cuidar da saúde? Se tivesse me escutado antes, não tava assim agora. Sabe o que é isso? É o cigarro. Para de fumar e começa a correr pelas manhãs, vai ver o quanto é bom pra sua saúde.
— Tá, tá, eu já entendi. — Fiz um gesto exagerado de rendição, ainda curvada. — Agora, me deixa sentar um pouco antes que eu desmaie aqui — pedi, sentando-me na grama.
Ela riu, aproximando-se mais de mim. Sem avisar, segurou meu braço e puxou suavemente, forçando-me a ficar de pé.
— Nada de sentar. A gente precisa alongar, senão amanhã você não vai conseguir nem levantar da cama.
— Jennie, eu já tô quase morrendo. Certeza que não dá pra pular essa parte?
— Não mesmo. — Ela revirou os olhos, mas estava sorrindo. — Vem cá, eu vou te ajudar.
Antes que eu pudesse protestar, Jennie segurou minha mão e começou a me guiar pelos movimentos. Seus olhos estavam fixos nos meus, e seu sorriso gengival fazia parecer que o cansaço e a dor desapareciam por um momento.
— Você é tão mandona... — murmurei, tentando conter um sorriso.
— E você é muito dramática — rebateu, mas seu tom era suave.
Terminamos os alongamentos e, finalmente, me deixei cair na grama macia. Jennie se sentou ao meu lado, rindo baixinho enquanto puxava uma garrafa d'água e me entregava.
— Tá vendo? Sobreviveu — falou.
— Por pouco. — Bebi um gole longo antes de encará-la. — Mas, sério, foi bom. Eu gostei.
— Gostou? Mesmo com todo o drama?
— Mesmo com todo o drama. E também porque você tava comigo. Tudo que faço com você é bom — minha voz saiu mais baixa, e nossos olhares se encontraram por alguns segundos.
Jennie desviou o olhar, mas não sem antes sorrir de forma tão genuína que fez meu peito se aquecer.
— Lalisa Manobal, você é um caso perdido.
— E você gosta disso. — Pisquei, provocando, e ela jogou uma folha em mim, rindo.
Ficamos um tempo no parque, conversando sobre coisas aleatórias. Foi bom ver Jennie sorrir tão abertamente. Naquele momento, eu só conseguia imaginar nós duas no parque com nossos filhos, em um domingo à tarde, sem o medo constante de que alguém pudesse nos esfaquear pelas costas a qualquer momento.
Depois que fomos embora, passamos em uma loja de conveniência e compramos dois picolés. Mesmo com o frio, decidimos que algo gelado seria divertido.
Ao chegarmos em casa, me joguei no sofá, exausta. Jeongyeon e Nayeon estavam conversando tranquilamente com Jimin, todos com xícaras de café quente nas mãos, como se não tivessem nenhuma obrigação no mundo.
— Onde vocês foram? — Jimin perguntou, atraindo a atenção de todos.
— Fomos correr — Jennie respondeu, sentando-se ao meu lado. Todos arregalaram os olhos, visivelmente chocados.
— O que foi, gente? — ela perguntou, confusa.
— A Lisa foi correr? — Jeongyeon apontou para mim, incrédula, e nós assentimos. — A Lisa? Essa aqui? A Lalisa Manobal foi correr de manhã e no frio? — Ela se aproximou, cutucando meu braço repetidamente, com uma expressão zombeteira.
— Tira a mão de mim, sebosa! — retruquei, empurrando sua mão com irritação. — Tá surda ou quer que eu desenhe uma cena minha correndo pra você entender?
— Jennie, dá uns beijos nela, porque a onça tá brava hoje — Jeongyeon provocou, recuando com um sorriso travesso.
Eu quase me levantei para ir atrás dela, mas Jennie segurou meu braço, impedindo que eu avançasse. Não satisfeita, peguei uma almofada e joguei com força em Jeongyeon, que riu alto ao se esquivar.
— Eu tô tentando fazer você ganhar mais beijinhos da namorada e é assim que me agradece?
— Eu juro que um dia ainda acabo com você, Jeongyeon! — ameacei, mas logo Jennie pousou a mão no meu ombro, me lançando aquele olhar calmo que sempre me desmontava.
E, como sempre, ela venceu.
[...]
Guiei Jennie até o lado de fora da mansão, cobrindo seus olhos com minhas mãos enquanto caminhávamos devagar. Passei o dia inteiro planejando uma surpresa só para ela, sem pedir ajuda a ninguém. Queria que fosse algo especial, feito por mim, para mostrar o quanto ela significava.
— A gente já tá chegando? — ela perguntou, ansiosa, mas com um tom divertido.
— Calma, tá quase lá — respondi, segurando um sorriso. Assim que chegamos ao local, parei. — Pronta?
Ela assentiu, mordendo o lábio de leve, visivelmente curiosa. Lentamente, tirei minhas mãos de seus olhos, permitindo que visse o que eu tinha preparado.
Estendi um pano de piquenique na grama, com uma fogueira acesa ao lado para esquentar alguns marshmallows. Pétalas de flores estavam espalhadas pelo chão ao redor, e pequenas velas criavam um brilho suave e acolhedor no espaço. Era simples, mas perfeito para o que eu queria: alguns momentos só nossos, sob o céu estrelado.
— Uau... — Jennie sussurrou, olhando ao redor com os olhos brilhando. — Lisa... Você fez tudo isso?
— Fiz — respondi, tentando disfarçar o nervosismo. — Achei que você gostaria de algo tranquilo, só a gente, sabe?
Ela se virou para mim, sorrindo daquele jeito que sempre parecia iluminar tudo ao meu redor.
— Eu amei. É perfeito, Lisa. Obrigada.
— Só perfeito? — brinquei, erguendo uma sobrancelha enquanto pegava dois gravetos e espetava marshmallows neles.
— Muito mais que perfeito — ela respondeu, rindo enquanto me abraçava por trás, deixando um selar na minha bochecha.
Sentamos juntas no pano, observando o céu. Jennie pegou um dos marshmallows e o assou com cuidado na fogueira. Quando ele ficou dourado, ela estendeu para mim.
— Prova. Tá bom?
— Vai me dar comida na boca de novo? — perguntei, rindo, enquanto ela revirava os olhos, mas com um sorriso no rosto.
— Só come, Lalisa.
Obedeci, dando uma mordida e rindo ao perceber que ela tinha colocado um pedacinho de chocolate escondido no meio.
— Isso foi ideia sua?
— Talvez — respondeu, piscando.
Enquanto mastigava, ela se aproximou, deitando a cabeça no meu ombro. Ficamos ali, em silêncio por um tempo, apenas observando as estrelas e aproveitando o momento que era só nosso.
Depois de um tempo, acabamos deitando no pano de piquenique. Jennie estava abraçada a mim, aconchegada, enquanto eu fazia cafuné em seus cabelos pretos e deslizava os dedos suavemente em sua cintura. Olhávamos para o céu, procurando estrelas que formassem algum desenho.
— Por que tá fazendo tudo isso hoje? — ela perguntou de repente, quebrando o silêncio. — Café na cama com coisas naturais, correr no parque pela manhã, observar as estrelas comigo...
— Eu queria mostrar que consigo ser romântica quando eu quero — respondi com um tom leve, mas ela me olhou desconfiada. — Que posso ser o suficiente pra te fazer feliz.
— Fala a verdade. O Changbin conversou com você, não conversou? — seu olhar era tão direto que me fez soltar um suspiro antes de admitir.
— Conversou.
Ela riu baixinho, mas antes que dissesse algo, peguei sua mão e entrelacei nossos dedos, mantendo meu olhar fixo no dela. Ofereci um sorriso suave.
— Eu só quero que você se sinta a mulher mais feliz e amada do mundo — comecei, minha voz um pouco mais grossa do que o normal. — Quero que receba todo o amor que não recebeu antes, que saiba que nunca mais estará sozinha. Agora você tem os meus amigos... e o mais importante, você tem a mim.
Vi seus olhos brilharem enquanto falava, e aquilo me deu coragem para continuar.
— Minha missão nesse mundo, Jennie, é te fazer a mulher mais feliz e sorridente. Quero ser o motivo pelo qual você acorda com vontade de viver todos os dias.
Ela não disse nada de imediato, apenas me olhou como se tentasse absorver cada palavra. Então, suavemente, apertou minha mão e sorriu daquele jeito pequeno, dando-me um selar demorado.
— Você já faz isso, Lisa... — murmurou, sua voz quase um sussurro.
— Faço? — brinquei, levantando uma sobrancelha, mas sem desviar os olhos dos dela.
— Faz — respondeu, rindo baixinho e desviando o olhar, deitando em meu peitoral. — Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.
Por um momento, tudo ficou em silêncio novamente, mas não era o tipo de silêncio desconfortável. Era o tipo que aquecia o coração, como se só o fato de estarmos juntas fosse suficiente.
— Aguenta ficar acordada até o nascer do sol? — perguntei.
— Aguento, por quê? — me olhou, curiosa.
[...]
— Pode dormir se quiser. Quando chegarmos em Busan, eu te acordo — falei enquanto mantinha os olhos na estrada, o som suave da playlist preenchendo o silêncio confortável entre nós.
Jennie se ajeitou no banco ao meu lado, puxando o casaco mais próximo para se cobrir.
— E você? Não vai descansar? Parece tão cansada quanto eu — disse, a voz um pouco sonolenta, mas ainda preocupada.
Sorri de leve, sem desviar o olhar da estrada.
— Alguém precisa dirigir, não é? E, além disso, ver você dormindo já é descanso suficiente pra mim. — A frase saiu naturalmente, mas senti suas bochechas corarem mesmo sem olhar diretamente para ela.
— Você é tão cafona... — murmurou, desviando o rosto e olhando pela janela. Não consegui segurar uma risada baixa.
— Só estou sendo sincera. Agora dorme, vai. Eu cuido de você.
Ela suspirou, mas logo se aconchegou no banco. Enquanto eu dirigia, podia ouvir sua respiração ficando mais leve, sinal de que já tinha adormecido.
Chegamos em Busan quando a noite já estava indo embora. Acordei Jennie gentilmente, e fomos até a praia para esperar o nascer do sol. Sentamos na areia fria, envoltas pelo som suave das ondas, e começamos a conversar.
Sentar na areia de Busan, com a brisa leve do mar envolvendo meu rosto, parecia quase um sonho. Lisa estava ao meu lado, os olhos atentos ao horizonte como se buscassem algo mais do que apenas o nascer do sol. Ela parecia diferente hoje. Mais leve, mais... presente. E, de alguma forma, isso fazia com que eu me sentisse mais tranquila também.
— Tá tão quieta... — comentei, olhando para ela.
— Só tô pensando — respondeu, com a voz baixa, quase como um sussurro.
— Pensando em quê? — insisti, abraçando meus joelhos contra o peito para me proteger do frio.
— No quanto eu nunca pensei que teria momentos como esse — ela virou o rosto para me olhar, os olhos brilhando à luz fraca que ainda sobrava da lua. — É estranho, sabe? Sempre achei que minha vida fosse ser só... caos, violência, sobrevivência. Mas aí você chegou, e agora tô aqui, assistindo o nascer do sol ao seu lado.
Fiquei em silêncio, processando suas palavras. Era raro ver Lisa tão aberta, tão vulnerável. Normalmente, ela era uma fortaleza impenetrável, sempre com respostas afiadas e uma postura inabalável.
— Eu nunca pensei que teria alguém como você na minha vida — confessei, baixando o olhar para a areia entre meus dedos. — Alguém que me desafiasse, que me irritasse... mas que me fizesse sentir tão viva ao mesmo tempo.
Ela sorriu, aquele sorriso preguiçoso que eu sabia que ela fazia quando estava desconcertada.
Aos poucos, seu rosto se iluminou com tons laranjas, indicando que o sol estava nascendo. Olhamos para o mesmo lugar, admirando a vista. Após um tempo em silêncio, apenas aproveitando o momento, ela suspirou.
— Entre as sete maravilhas do mundo, o nascer do sol fica em segundo lugar — murmurou, a voz rouca e sonolenta.
— Por quê? — perguntei, olhando para ela e sorrindo, curiosa.
— Porque a primeira maravilha do mundo... — ela parou, os olhos já meio fechados pelo cansaço. — É você.
Minha respiração falhou por um segundo. Fiquei olhando para ela, tentando decidir se ela tinha falado aquilo de propósito ou se era só o cansaço falando. Quando me dei conta, Lisa já tinha encostado a cabeça no meu ombro, completamente adormecida.
Sorri, ajeitando-me para que ela ficasse mais confortável, e continuei olhando o nascer do sol, com o coração inexplicavelmente leve.
Eu observei Lisa adormecida em meu ombro, o calor do seu corpo confortante contra o meu. Fiquei ali, em silêncio, aproveitando o momento. Era impossível acreditar como, mesmo com tudo que Lisa já fez, ela ainda conseguia me fazer sentir tão leve. Nunca pensei que uma assassina pudesse ser tão perfeita e fofa assim.
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