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You in those little high waisted shorts, oh

No dia seguinte, assim que acordei, fui até o quarto de Jennie e encontrei Jimin e Bangchan como guardas na porta. Ambos tinham uma aparência cansada, provavelmente devido aos acontecimentos da noite anterior.

— Ela já acordou?

— Ainda não — respondeu Bangchan. — Senhorita, Kim Jennie passou a noite inteira chorando.

— Não nos leve a mal, mas não acha que talvez trazer Jennie para cá tenha sido um pouco... traumático para ela?

— Estamos dizendo isso porque Jennie realmente não para de chorar e de se culpar profundamente. Ela se culpa pela morte do namorado e por ter saído de casa naquela noite.

— Um dia ela vai me agradecer — falei, e eles ficaram em silêncio. — Vou entrar para ver como ela está, se conseguiu passar a noite sem cair no chão.

Eles assentiram, abrindo a porta para que eu entrasse. Assim que pisei no quarto, percebi a bagunça que estava. Suspirei e caminhei até Jennie, que dormia profundamente. Notei uma pequena ferida em seu pescoço, feita pela faca de Jongin.

O ódio que eu sentia por ele só aumentou ao ver aquilo. Agachei-me lentamente e toquei suavemente o machucado com a ponta dos dedos. Meu coração palpitou ao tocar em seu machucado, e então, a vontade de me vingar daquele idiota aumentou.

Me afastei rapidamente quando ela murmurou algo e se virou para o outro lado, sem acordar.

Depois de me afastar de Jennie, fiquei observando-a por alguns segundos. Mesmo dormindo, ela parecia tão frágil. O silêncio do quarto era quase sufocante, então decidi sair. 

— Descobriu como ela saiu em segurança do quarto? — Jimin perguntou.

— Se ela tivesse saído em segurança ela estaria na casa dela agora — Bangchan respondeu.

— O quê? — murmurei. — Ah! Não! Não descobri.

Eu esqueci completamente de verificar isso.

Fui até a sacada, onde sempre ia quando precisava pensar com mais clareza.

Assim que abri a porta de vidro, o ar fresco da manhã bateu no meu rosto. Peguei um cigarro no bolso e acendi com um isqueiro prateado que sempre carrego. O cheiro do tabaco queimando começou a encher o espaço, mas não era o suficiente para me distrair do turbilhão de pensamentos que insistiam em surgir.

Eu estava irritada. Com Jongin, por ter feito aquilo com Jennie. Com ela, por não conseguir se controlar e só piorar a situação fugindo novamente. Mas, acima de tudo, comigo mesma. Por mais que eu tentasse manter o controle, algo em Jennie me desestabilizava. Era como se, toda vez que ela estava por perto, algo em mim se quebrasse. Uma parte que eu sempre me esforcei tanto para enterrar.

Soltei a fumaça lentamente, observando os carros passando na rodovia logo após o rio. Talvez fosse a vulnerabilidade dela que me atingia. Ou talvez fosse o fato de que, mesmo odiando tudo que eu representava, ela se agarrou a mim como se eu fosse a única coisa que a mantinha viva. Ela não sabia o quanto isso mexia comigo. Cada toque desesperado, cada lágrima, cada vez que ela tentava se proteger em meus braços... me fazia querer proteger ela mais do que qualquer outra pessoa. Era um sentimento estranho, e eu odiava me sentir assim.

Apertei o cigarro entre os dedos, frustrada com a confusão que ela causava em mim. Eu não deveria me importar. Não com ela. Ela era apenas uma peça no meu jogo. Uma refém. Mas, de alguma forma, Jennie estava me fazendo questionar tudo que eu acreditava sobre o poder, controle... e até sobre mim mesma.

Senti meu peito apertar ao lembrar da expressão assustada no rosto dela ontem, quando Jongin a enforcava. E depois, o jeito como ela se agarrou a mim, como se eu fosse sua única saída. Talvez ela nunca confiasse em mim de verdade, mas naquela fração de segundo, eu me senti... necessária.

Sacudi a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Jennie era só mais uma na longa lista de pessoas que eu usaria para alcançar meus objetivos. Nada mais.

Fumei o cigarro até o fim, apagando-o no parapeito da sacada. Eu precisava parar de pensar nela dessa forma. Era perigoso.

— Ela é só uma refém, Lisa. Nada mais do que isso. — Minha voz saiu quase inaudível.

Olhei para o céu, ainda um pouco acinzentado pela manhã, e suspirei.

Me aproximei do parapeito, encostando os braços nele e abaixando a cabeça.

— Você não pode se dar ao luxo de se apaixonar agora... não por ela — minhas mãos apertaram o metal, e minha mente retornou àquela cena de horas atrás, Jennie presa nos braços de Jongin. — Ela te odeia. Ela nunca vai te perdoar, e você não precisa do perdão dela. Isso é só... fraqueza, coisa que você não tem. Coisa que você não pode ter.

Fechei os olhos por um segundo, tentando afastar a imagem do olhar que ela me lançou quando caímos na cama.

— Droga, Jennie — murmurei, quase sentindo o peso daquele nome em meus lábios. — Por que você faz isso comigo? — empurrei o parapeito, endireitando minha postura e olhando para o céu.

Suspirei.

— Eu só tô perdida e confusa, só isso.

Olhei para a janela do quarto onde Jennie ainda dormia, que era ao lado da sacada. E, mesmo assim, uma parte de mim não conseguia parar de pensar que havia algo mais. Algo que eu não conseguia controlar — e que me deixava apavorada.

— Isso tem que parar antes que seja tarde demais.

Balancei a cabeça e entrei na mansão, vendo Jimin se aproximar com seu semblante neutro. Ele me informou que Jennie havia acordado, então decidi ir falar com ela e entender o que se passou em sua cabeça para tentar fugir pela janela.

— Você ficou louca, né? Quer se matar? E se você tivesse caído e quebrado a perna? Seria bem pior. Você ficaria presa aqui com a perna quebrada — falei, observando enquanto ela terminava de arrumar a cama. — Se eu não tivesse chegado a tempo, você estaria sendo uma prostituta do Jongin, sabia?

— Meu Deus, você reclama mais que minha mãe. Tá me fazendo lembrar da minha infância dolorosa e solitária — ela respondeu, me lançando um olhar antes de voltar sua atenção para a cama.

Foi então que reparei na roupa dela. Jennie vestia um short preto de cintura alta e um suéter rosa claro, largo e curto — provavelmente oversized. Parte de sua barriga estava exposta, o que me desconcertou por um momento, mas tentei ignorar isso.

— Se eu tentei fugir, é porque não aguento mais viver debaixo das suas asas — disse, virando-se novamente para arrumar os travesseiros.

Sem perceber, umedeci os lábios enquanto observava suas curvas. Aquele short... Eu o odiava e amava ao mesmo tempo. Seu cabelo longo caía sobre as costas, escondendo parte de sua silhueta... Que mulher.

— Por que você simplesmente não sai daqui e me deixa sofrer em paz? — ela se virou para mim, colocando as mãos na cintura e se aproximando.

Desviei o olhar rapidamente, mas pelo jeito que seus lábios curvaram, acho que ela percebeu.

— Você tem noção do que aconteceu ontem? — falei, tentando focar no assunto. — Eu não tô aqui pra ser sua babá, Jennie, mas também não vou deixar você se matar por burrice. Jongin teria te destruído, e você sabe disso.

Ela bufou, impaciente, enquanto terminava de arrumar a cama. A maneira como ela movia os travesseiros com raiva me fazia pensar se toda essa atitude era só para esconder o medo, ou algo mais.

— Isso não é vida, Lalisa — ela respondeu, virando-se para mim de novo. — Viver nesse inferno que você me coloca não é legal. E ainda quer que eu agradeça você por acabar com a minha vida? Acha que eu devo ser grata porque você "me salvou"? — ela fez aspas no ar, debochada.

Ela deu mais alguns passos em minha direção, e eu tive que lutar para manter a compostura. Aquela maldita roupa... Ela sabia o que estava fazendo, claro que sabia.

— Eu não espero que você me agradeça — falei, um pouco mais controlada, embora meu coração estivesse acelerado. — Mas eu espero que tenha um pouco mais de senso. Você acha que eu te prendi aqui por diversão? Acha que isso é só um jogo?

Jennie estreitou os olhos, cruzando os braços enquanto me encarava. Ela estava tão perto que eu podia sentir o perfume suave que exalava de sua pele.

— Talvez você devesse começar a se perguntar por que, de todas as pessoas que eu poderia destruir, eu te mantenho viva, Jennie. — Minhas palavras saíram mais afiadas do que eu pretendia, e eu me arrependi no momento em que falei.

Ela piscou, surpresa com o tom, e por um segundo, o silêncio tomou conta do quarto. Seus olhos encontraram os meus, e houve algo ali... algo que ela não queria demonstrar. Talvez um pouco de vulnerabilidade, ou confusão.

— Por que você me mantém viva, Lalisa Manobal? — Ela perguntou, sua voz mais suave agora, quase um sussurro.

Eu deveria ter uma resposta pronta, algo frio e calculado, mas por um segundo, fiquei sem palavras. Meu olhar percorreu o rosto dela, os olhos inchados de tanto chorar, a pequena cicatriz no pescoço, e toda a raiva que eu sentia pareceu se dissolver.

— Você é útil — respondi finalmente, minha voz vacilando levemente, e Jennie arqueou uma sobrancelha, cética.

— Útil? Eu não sou um objeto pra ser útil — Ela se aproximou mais um passo, o rosto agora bem próximo ao meu, seus olhos sondando o meu rosto como se estivesse procurando alguma verdade escondida. — Então por que parece que você está mais preocupada comigo do que com qualquer plano que você tem?

Engoli em seco. Jennie estava indo longe demais, e eu não sabia quanto tempo mais conseguiria me controlar.

— Você tá delirando, Jennie — dei um passo para trás, tentando manter alguma distância. — Vai descansar. Eu não quero mais ter que salvar sua vida de novo.

— Eu também sei jogar sujo, Lalisa — se virou, caminhando até sua estante de livros.

Puta merda... Que visão!

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