015
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But you belong to me, you belong to me
Mantive a calma enquanto sentia a pressão da arma contra a minha cabeça. Já estive em situações piores. Isso, para mim, era quase rotina. Respirei fundo, mantendo o foco. Eu sabia que Minho adorava jogar com as palavras antes de agir.
— Achou que conseguiria me matar facilmente, Manobal? — Ele riu. — Você não passa de uma fracassada... igual ao seu pai. Aquele velho já morreu, ou ele ainda tá vivo? A sua mãe, ah, dessa eu tenho certeza. Já foi, não foi? Morta e enterrada, graças a mim.
Suas palavras foram como gasolina em chamas. Minha mãe foi assassinada diante dos meus olhos. Já meu pai conseguiu fugir comigo, mas envelheceu rápido, então logo veio sua morte também.
O sangue ferveu em minhas veias, mas mantive a compostura. Reagir agora seria imprudente. Eu precisava esperar o momento certo.
— SOCORRO! — Um grito ecoou pelo salão. O caos lá fora estava se espalhando, e por um breve instante, a atenção de Minho vacilou.
Senti a pressão da arma diminuir na minha cabeça, apenas o suficiente para que eu agisse. Era agora.
Com um movimento rápido e preciso, girei o corpo para o lado e agarrei o pulso dele, torcendo-o com força. Minho soltou um grunhido de dor e sua arma caiu no chão. Antes que ele pudesse reagir, eu já o tinha desequilibrado com um chute forte nas pernas.
Minho caiu de costas no chão com um impacto seco, sua expressão transformando-se em ódio. Não perdi tempo. Me joguei sobre ele, acertando socos rápidos em seu rosto. O som dos golpes ecoava no corredor, meus punhos se movendo com precisão enquanto ele tentava em vão bloquear.
— Isso é por tudo que você fez — falei, enquanto continuava batendo em seu rosto.
Ele tentava reagir, mas eu era mais rápida, mais determinada. Quando vi que ele estava mais fraco, puxei minha arma e apontei diretamente para a cabeça dele. Abri um leve sorriso, sentindo minha respiração acelerada enquanto me preparava para matá-lo para sempre.
— Parece que o jogo virou, não é? — Eu falei friamente, sentindo a satisfação crescer em mim.
Minho sorriu, mesmo com o sangue escorrendo de seu lábio.
— Se você me matar agora, Lalisa... você se tornará exatamente aquilo que sempre odiou. — Ele cuspiu sangue no chão, rindo baixinho. — Igual a mim.
Eu apertei ainda mais arma, a tensão no ar era palpável. Minho não tinha para onde fugir. Seus olhos estavam fixos nos meus, desafiadores, mas eu sabia que ele estava encurralado.
— Eu não sou como você — respondi, a voz baixa e fria. — Eu sou pior que você.
Minho apenas me olhou, sua arrogância esvaindo-se lentamente.
— Minho! — Seu marido o chamou, atraindo sua atenção.
Nayeon e Jimin tinham controlado a situação, e o homem gritou por socorro enquanto era contido. Jimin segurava seus braços para trás, e Nayeon, com sua expressão sempre impassível, apontava uma arma diretamente para a cabeça dele. Minho virou a cabeça bruscamente, percebendo a gravidade da situação.
Aproveitei o momento de distração para atacar. Ele tentou se levantar, mas eu pressionei meu antebraço contra o seu pescoço, enforcando-o com força.
— Han... — Minho sussurrou, lutando para respirar. — Mande seus capangas soltarem ele... Ele não tem nada a ver com os nossos problemas, Lalisa — ele disse com dificuldade, seu rosto ficando mais tenso a cada segundo.
— Minha mãe também não tinha nada a ver com os problemas do Shin Donghee e do meu pai — falei entre dentes, apertando ainda mais seu pescoço, deixando minha raiva transparecer. — E mesmo assim, você a matou.
O rosto de Minho começou a se contorcer de dor, ficando vermelho. Ele estava ficando sem ar.
— Não machuque meu marido, porra! — Minho arfou, sua voz fraca e desesperada.
— Meu pai também te implorou pra não machucar minha mãe, seu desgraçado — olhei diretamente nos olhos dele, sentindo meu sangue ferver de raiva. — É ótimo pagar pelas suas merda do passado, né, Lee Minho?!
De repente, Nayeon e Jimin gritaram juntos:
— LISA!
Olhei para eles no reflexo e vi Nayeon disparar sua arma em direção a algo atrás de mim. Antes que eu pudesse reagir, senti meu corpo ser puxado para trás com força. Um dos seguranças de Minho havia me agarrado, enforcando-me com o braço ao redor do meu pescoço. A pressão era sufocante.
Com dificuldade, ergui um pouco minha arma e atirei na perna do segurança. Ele grunhiu de dor e perdeu o equilíbrio, caindo ao chão. Mas a situação piorou rapidamente. Outros seguranças começaram a aparecer, forçando Nayeon e Jimin a largarem o marido de Minho, sendo agora forçados a se defender.
O caos se instalou de uma vez.
— ATIREM! — eu gritei, sem hesitar.
Nayeon e Jimin começaram a disparar sem piedade contra os seguranças que avançavam. O som das balas ecoava pelas paredes enquanto os corpos caíam ao chão. O cheiro de pólvora misturava-se com o de sangue, criando um cenário de pura brutalidade. Nayeon, mesmo com a calma habitual, movia-se com precisão, disparando contra os homens que surgiam de todos os lados.
— CHEFE, ATRÁS DE VOCÊ! — Jimin gritou, mas antes que pudesse reagir as suas palavras, Nayeon atirou, eliminando dois seguranças que vinham por trás de mim.
No entanto, durante a troca de tiros, vi algo que fez meu coração parar por um segundo. Um dos seguranças conseguiu se aproximar o bastante de Nayeon e disparou. A bala passou de raspão pelo seu ombro, arrancando um grito de dor.
— Droga! — ela resmungou, pressionando o ferimento com uma das mãos, mas sem diminuir o ritmo de fogo com a outra.
— NAYEON! — Jimin gritou, correndo para ajudar, mas Nayeon o empurrou, indicando para que ele não parasse de atirar.
— Eu tô bem, só continua! — ela disse com a voz firme, ainda atirando com uma precisão mortal, enquanto o sangue escorria pelo seu braço.
A cada disparo, um novo corpo caía. Meu foco era total. Não havia espaço para hesitação. O sangue corria quente pelas minhas veias, e a adrenalina aumentava a cada segundo.
E quando pensei que tudo já tinha acabado, ouvi passos pesados atrás de mim. O mesmo capanga que havia me tirado de cima de Minho estava de pé de novo, mancando. Ele levantou a arma e a apontou diretamente para minha cabeça. Sua expressão estava marcada pela dor e raiva.
— Morre, desgraçada — ele sussurrou com a voz rouca.
Num movimento rápido, disparei junto com meus capangas antes que ele pudesse reagir. Minha bala atingiu sua cabeça, a de Nayeon atingiu seu peito esquerdo e a de Jimin atingiu o peito esquerdo. O impacto o jogou no chão, seu corpo rígido e sem vida.
Minha respiração estava pesada, e o silêncio, agora, tomava conta do ambiente.
— O Minho fugiu — murmurei, sentindo a fúria borbulhar. Num ato impulsivo, soquei a parede, soltando um grito frustrado. — Merda, porra! — O sangue subiu à cabeça, e eu só conseguia pensar na oportunidade perdida.
— Nayeon, tá tudo bem? — Jimin correu até ela, preocupado ao ver a ferida em seu braço. Nayeon tentava manter a calma, mas o choro estava perto de escapar.
— Vamos voltar pra mansão — eu disse, caminhando até eles. — Quer ajuda? — perguntei, me aproximando de Nayeon.
— Foi só um tiro de raspão no braço. Acham que eu sou uma fracote? — Ela sorriu, apesar da dor. — Já passei por coisas muito piores. Isso aqui não é nada.
— Tem certeza?
— Tenho, Jimin, fica tranquilo — respondeu, firme, tentando aliviar nossa preocupação.
Enquanto voltávamos ao carro, Jungkook e Jeongyeon já nos aguardavam. Quando entrei no banco do motorista, percebi os olhos arregalados de Jeongyeon ao ver Nayeon.
— Nayeon, o que aconteceu? Você tá com muita dor? Consegue mexer o braço? Quer água? — Jeongyeon despejou uma série de perguntas, o que fez eu, Jimin e Jungkook trocarmos olhares confusos.
— Eu tô bem, Yeon, calma — Nayeon sorriu, e pelo retrovisor, vi ela segurar a mão de Jeongyeon.
Achei aquilo curioso, mas deixei passar. Essas duas vivem flertando, mesmo na minha frente. Segurar as mãos não é nada comparado ao que elas já fizeram.
— Você viu pra onde o Minho fugiu? — perguntei, ligando o carro e dando a partida.
— Sim, ele pegou um carro e parece que foi sozinho. Pelo que vi, fugiu sem o Han Jisung, o marido dele.
— E o Han Jisung?
— Desapareceu das câmeras, senhorita.
— Senhorita Manobal, estamos perseguindo Lee Minho. Ele está a caminho da colina de Dongjeon — a voz de Changbin surgiu no rádio de comunicação.
— Certo. Jungkook, manda reforços pra colina. Eu tenho capangas por lá, não tenho?
— Sim, senhorita. Já estou entrando em contato com eles — Jungkook respondeu rapidamente.
A existência dessas "bases" é parte do legado do meu pai. Ele sempre garantiu que, onde quer que estivéssemos, tivéssemos um ponto de apoio. Casas, mansões, pequenos esconderijos, espalhados por toda a Coreia do Sul. A colina de Dongjeon fica perto de Busan, e temos uma das nossas mansões na entrada da cidade, repleta de capangas. O motivo é simples: se algo der errado, posso chamar reforços que estejam mais próximos, garantindo uma rápida resposta em qualquer situação.
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