009
Capítulo novinho pra vcs, mas n se esqueçam de comentar hein, tô de olho em vcs
Blow weed, coke, pop X
Eu olhava para as estrelas no céu enquanto fumava na sacada. Normalmente, não fumo com frequência, só quando estou muito irritada, nervosa ou pensativa demais.
Mesmo fingindo que não me importo, é óbvio que me preocupei com a ameaça de Kim Jongin. Já recebi várias ameaças dele, mas em nenhuma delas ele mencionou estar em Seul. É por isso que estou preocupada. Tenho plena consciência de que a Máfia Japonesa tem laços com a Máfia Italiana, a mais perigosa do mundo. A Máfia Italiana está espalhada por quase todos os países mais importantes.
O líder daquela máfia é Shin Donghee, e ninguém jamais ousou entrar em uma batalha com ele, porque eles sempre vencem. Antes de meu pai morrer, ele deixou bem claro que não deveríamos ter laços, muito menos entrar em confronto com Shin Donghee. Isso poderia nos prejudicar muito no futuro.
Enquanto refletia sobre isso, sentindo a brisa no corpo e soltando fumaça pelo ar, ouvi a porta da sacada se abrir. Logo vi Changbin se posicionar ao meu lado, sua postura impecavelmente perfeita, o corpo inteiro voltado para mim, a cabeça erguida e o semblante sereno.
— Como ela está? — perguntei, sem olhar para ele, colocando o cigarro de volta na boca.
— O Dr. Kang disse que Jennie está com a imunidade baixa. Ela só precisa comer para melhorar.
— E ela comeu?
— Nayeon conseguiu fazê-la jantar. Agora Kim Jennie está dormindo, e a febre já diminuiu.
— Mantenha-me atualizada sobre ela — olhei para ele. — Seo Changbin, verifique se a segurança da casa está em ordem. Peça também para Jeon Jungkook verificar se a família de Kim Jennie deu algum sinal de vida. Eles estão muito quietos.
— Claro. Mais alguma coisa?
— Não. Pode ir descansar, só verifique a segurança antes — ele assentiu e entrou na mansão.
Fiquei mais alguns minutos na sacada, olhando para a paisagem urbana, o cigarro entre os dedos quase queimando até o fim. A noite estava estranhamente tranquila, mas meus pensamentos iam à tona. Kim Jongin em Seul era mais do que um incômodo, era uma ameaça real que exigia precaução, mas o que me perturbava ainda mais era Jennie. A cada dia que passava, ela parecia mais frágil, quebrada por dentro. E, de certa forma, isso me irritava. Ver ela naquele estado, afundada em dor e ódio, só me lembrava que, por mais que eu tentasse me manter distante, ela mexia comigo.
Falei que não queria saber nada sobre a Jennie, mas pedi para Changbin me atualizar sobre sua saúde. Realmente não sei o que está acontecendo comigo. É tão estranho! Eu me preocupo, mas ao mesmo tempo só quero vê-la sofrer.
Apaguei o cigarro no parapeito e entrei de volta na mansão, fechando a porta da sacada com um leve estalo. O silêncio ecoava pelos corredores, já que o pessoal já estava dormindo. Caminhei pelo longo corredor até a sala principal, meus sapatos fazendo eco no piso de mármore.
Ao passar pela porta do quarto de Jennie, hesitei por um instante. A lembrança da última conversa entre nós ainda estava viva em minha mente. A maneira como ela desafiava cada palavra minha, como se não tivesse medo. A verdade é que Kim Jennie não implorou pela vida dela quando teve a chance, e isso despertou algo em mim, algo que eu não queria nomear.
Resolvi seguir em frente. Não podia me dar ao luxo de me preocupar demais. Então fui para o meu quarto e me preparei para dormir. Onze horas da noite... meu dia acabou cedo hoje.
[...]
O sol da manhã entrava pelas grandes janelas da mansão, iluminando o chão de mármore com uma luz fria. Ao entrar, vi Jungkook em frente às telas com os olhos atentos a cada câmera.
— Alguma novidade? — perguntei, caminhando até a mesa onde ele estava.
— A segurança está em ordem. Não há sinais de intrusos ou movimentações suspeitas nas redondezas. Já mandei reforçar a vigilância ao redor da propriedade, especialmente nos pontos cegos. Changbin deixou bem claro que se houvesse algum imprevisto, seria culpa minha. Então fiz questão de ver tudo com meus próprios olhos.
Assenti, satisfeita com a rapidez dele.
— E sobre a família da Jennie? Alguma movimentação?
Jungkook suspirou, olhando para uma das telas que exibia informações sobre a rede de contatos da família Kim.
— Eles estão quietos demais. Nem uma tentativa de rastrear onde ela está. É como se tivessem desistido dela.
— Desistido? — perguntei, surpresa. — Isso me parece estranho — continuei, olhando para as informações na tela. — Ninguém simplesmente desaparece sem que haja uma reação. Mesmo que Jennie não tenha uma boa relação com a família, creio que seja impossível eles não terem procurado ela ainda. Algo não está certo. Quero que você e Bangchan investiguem mais a fundo. Me avisem se encontrarem qualquer coisa.
— Pode deixar, chefe — Jungkook respondeu, sem desviar os olhos das telas.
Fui até minha mesa e sentei em minha cadeira, logo vendo Changbin entrar no escritório com sua expressão séria e um envelope em mãos.
— Isso chegou agora, senhorita Manobal — disse, estendendo o envelope selado com uma cera preta, o símbolo da máfia japonesa gravado no lacre. — É de Kim Jongin.
Ergui uma sobrancelha ao pegar o envelope com cautela. Kim Jongin. O nome dele era o último que eu queria ouvir, mas não podia ignorar. A curiosidade me dominava, e antes que percebesse, já havia rasgado o lacre e tirado a carta de dentro.
As palavras eram curtas e diretas:
"Lalisa Manobal,
Preciso de um encontro. Tenho um acordo que pode beneficiar ambos.
Nosso passado de rivalidade não precisa ditar o futuro.
Eu estarei no mesmo lugar em que nossos pais desejaram profundamente a morte um do outro. Você sabe onde é.
Às 21h de hoje. Não se atrase.
Não traga ninguém com você.
Kim Jongin."
Li a carta duas vezes, tentando decifrar o que estava por trás desse pedido. Um acordo com Kim Jongin? Isso era estranho, perigoso. Ele sempre foi um adversário implacável, movido por segundas intenções. Se ele estava propondo um encontro agora, com certeza havia algo grande acontecendo.
E eu obviamente descobriria. Afinal, nenhum Manobal perde ou se rende a um Kim.
Changbin me observava em silêncio, esperando minha reação. Joguei a carta sobre a mesa, sentindo um suspiro pesado escapar dos meus lábios.
— O que acha? — ele perguntou, com a voz calma, sem desviar seus olhos dos meus.
— Kim Jongin nunca faz nada sem ter uma carta na manga. Se ele quer um acordo, ou ele está vulnerável, ou está tramando algo maior — respondi, sem desviar os olhos dele.
— Vai ao encontro?
O sangue frio da minha família nunca me deixou desviar de um desafio.
— Sim, eu vou. Mas não sozinha. Não sou idiota o suficiente. Quero que os seis estejam por perto, escondidos. Estejam prontos pra qualquer coisa — respondi, minha voz firme. —
— Entendido — Changbin assentiu, se preparando para sair.
Antes que ele cruzasse a porta, falei:
— Quero ver todos na sala de reunião em 30 minutos.
— Claro — ele assentiu de novo, saindo sem hesitação.
Às vezes, alianças eram necessárias para sobreviver. Mas outras vezes, essas mesmas alianças eram armadilhas disfarçadas de oportunidades.
Com um último olhar para a carta, me levantei, já me preparando mentalmente para o que o dia me traria.
Fui até a sala de reuniões e esperei meus capangas. Em poucos minutos, todos estavam lá, sentados ao redor da mesa comigo.
— Recebi uma carta de Kim Jongin hoje. Ele disse que tem algo a me propor e quer que eu vá sozinha — levantei-me da cadeira e comecei a andar pelo escritório. — Mas, obviamente, eu não sou burra. Vocês irão comigo e ficarão escondidos em pontos estratégicos.
Liguei a TV na parede, onde a imagem do local do encontro apareceu imediatamente. Eu já tinha pedido para Jungkook preparar essa imagem. Ele comandava tudo por um tablet sobre a mesa.
— Por sorte, o local que Kim Jongin escolheu tem vários pontos de esconderijo. Vocês irão na van e a deixarão estacionada umas duas quadras antes do local. Eu irei sozinha no meu carro.
Apontei na tela os lugares onde cada um deveria se posicionar, vendo todos olharem atentamente, absorvendo cada palavra.
— Alguma pergunta?
— Senhorita Manobal, se Nayeon irá conosco, quem ficará com Kim Jennie? — Jimin perguntou.
— Boa pergunta. Jennie ficará trancada em seu quarto. Além de vocês, eu não confio em ninguém aqui dentro. Meu pai foi traído por um segurança medíocre. Então, para garantir a segurança dela, trancarei o quarto e levarei as chaves comigo.
— Senhorita, se me permite, posso cuidar da chave — Nayeon sugeriu, me fazendo pensar por alguns segundos.
— Melhor não. Confio em você, Im Nayeon, mas se Jennie conseguir escapar, será culpa sua novamente. E, bom, você não quer voltar para o porão, certo?
— Claro que não, chefe!
— Então, é melhor eu ficar com a chave — sorri de leve. — Bangchan, Jeongyeon e Changbin, preparem a van. Não se esqueçam das armas e do kit de primeiros socorros. Nayeon, certifique-se de que Jennie não tenha a chance de fugir. Jungkook e Jimin, chequem a mecânica do meu carro. Não podemos correr o risco de algo quebrar enquanto estou lá. Não sabemos quando as coisas podem dar errado.
Desliguei a TV e me dirigi à porta.
— Pessoal, preparem-se para uma batalha acirrada. Estou sentindo que Kim Jongin não está indo atrás de um simples acordo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro