Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

005

If I don't have you with me, I'm alone

Ao abrir a porta do porão, deparei-me com Jennie, a cabeça baixa, chorando como uma criança. Suas mãos estavam presas atrás da cadeira, os curativos cobrindo os hematomas espalhados pelo corpo. Não conseguia acreditar que ela estava chorando por aquele homem.

Aproximei-me devagar, recebendo o olhar inchado e embargado que ela me lançou. Seu rosto estava vermelho, as lágrimas escorrendo em linhas tortas. Os olhos que me encaravam transbordavam rancor, ódio, raiva—cada sentimento ruim que pudesse existir.

— Por que me bateu? Perdeu a noção, garota? — perguntei com calma, as mãos enfiadas nos bolsos, uma falsa serenidade na voz.

— Por que matou meu namorado? Ele só queria me encontrar! Isso se chama amor recíproco, sabe? Já teve um ou matou todas as pessoas que você já gostou? — retrucou exaltada, cuspindo as palavras como se fossem facas.

Sorri, um sorriso leve, quase divertido, refletindo sobre a pergunta.

— Nunca tive um amor, Jennie — comecei a caminhar pelo espaço frio e sombrio. — Odeio pessoas, odeio apelidos carinhosos, odeio grude, odeio vozes fofas. Odeio tudo que tenha a ver com amor.

— Você é uma idiota! — ela gritou, a voz carregada de frustração. — Não é problema meu se você odeia o amor. Não devia acabar com o relacionamento dos outros só porque você não consegue sentir nada!

As palavras ferinas não me atingiram. Pelo contrário, elas soavam como um desafio.

— Sua língua tá afiada hoje, gatinha.

— Para de me chamar assim! — a voz dela engrossou, tentando soar ameaçadora, mas o medo ainda tremia em suas palavras.

Coloquei-me atrás dela, inclinei-me e sussurrei no seu ouvido:

— Não estou dizendo nada que você não seja.

Ela se afastou o máximo que as cordas permitiam, estremecendo.

— Não sei se deixo você sair viva dessa, Jennie... — comecei, uma provocação lenta.

— Me mata logo e para de enrolar! — ela me interrompeu, sua voz transbordando impaciência. — A única pessoa que me mantinha viva morreu. Não tenho mais nada a fazer aqui. Vai em frente, me mata. — Suas palavras eram quase um grito, uma súplica. — Se não me matar agora, vou saber que você é uma covarde.

As palavras dela me surpreenderam. Eu não sou uma covarde. Caminhei até sua frente, estudando cada centímetro do seu rosto ferido. Jennie parecia no limite, sua vida uma ruína. Mas, claro, eu não obedeço ordens, especialmente as dela.

— Eu ia te matar, Jennie, mas já que você está implorando... não vou mais fazer isso. — A provocação veio em um tom brincalhão, e ri logo em seguida. — Vou pedir pra te tirarem daqui.

Virei-me, começando a andar em direção à porta.

— Ei, volta aqui, caralho! — ela gritou, a voz entrecortada pelas lágrimas, mas eu a ignorei e segui em frente.

— LALISA! — o grito desesperado ecoou no porão, rouco e sufocado.

Do lado de fora, encontrei Jimin e Bangchan.

— Tirem ela daqui e levem-na para o quarto — ordenei com desdém. — Onde está Im Nayeon?

— Não sabemos, senhora — responderam em uníssono.

— Quando a virem, digam que quero falar com ela no escritório. Agora — mandei e eles assentiram. Logo comecei a caminhar pelo corredor escutando o som abafado dos soluços de Jennie.

[...]

Eu estava sentada no meu escritório, o silêncio preenchendo cada canto da sala enquanto esperava Im Nayeon aparecer. O copo de whisky em minhas mãos girava lentamente, o líquido dourado se movimentando como meus pensamentos: impacientes, afiados, prontos para transbordar. Quando a porta finalmente se abriu com um rangido leve, Nayeon entrou hesitante, como uma criança que sabia que estava prestes a ser punida.

Eu não levantei os olhos imediatamente, apenas deixei o tempo pesar sobre ela. Deixei que o medo crescesse, que sua culpa se manifestasse antes mesmo de eu dizer qualquer coisa.

— Sabe por que está aqui, Im Nayeon? — Minha voz saiu firme, calculada. Eu queria que cada palavra pesasse no ar.

Ela mal conseguia me olhar. Perfeito. Era exatamente isso que eu quero.

— Eu... eu sei, senhora — gaguejou, a voz quase um sussurro.

— Ótimo. Im Nayeon, olhe nos meus olhos. Você sabe que eu odeio quando falam comigo olhando pra outro lugar. — Minha voz saiu firme, quase cortando o ar ao redor dela.

Ela hesitou por um segundo, as lágrimas ainda escorrendo pelas bochechas, mas levantou o olhar. Seus olhos encontraram os meus, cheios de medo e vergonha, como eu queria. De alguma forma, aquele breve confronto de olhares me divertia. Eu tinha controle total sobre a situação, e ela sabia disso.

— Melhor assim — continuei, com o tom ainda controlado. — Você acha que chorar vai te salvar? Eu não me importo com suas lágrimas, Nayeon. Eu só me importo com resultados. E hoje, você falhou miseravelmente.

Ela respirou fundo, tentando se controlar, mas eu podia ver o terror crescer dentro dela. Não era só medo do castigo físico ou do isolamento. Era o medo de me decepcionar de novo, de perder o pouco de confiança que eu poderia ter depositado nela.

— Então me explique, Nayeon. Por que Jennie saiu do quarto quando você, e somente você, deveria garantir que ela não colocasse um pé pra fora? — As palavras saíram lentas, cortantes, o tipo de tom que eu sabia que faria sua pele arrepiar.

Ela começou a balbuciar desculpas, algo sobre Jennie querer ar, estar sufocando. Quanta ingenuidade.

— Um erro, foi isso que você disse? — perguntei, interrompendo-a antes que pudesse completar seu pensamento patético. — Você pensou isso? — assentiu, sem desviar seu olhar embargado dos meus. — Desde quando você tem a liberdade de pensar? Desde quando você decide desobedecer ordens que eu te dei?

Dei mais um passo em sua direção, agora tão próxima que eu podia ver o tremor em suas mãos, o suor que começava a se formar em sua testa. Ela estava apavorada. E deveria estar.

— Eu te dei uma ordem simples, Nayeon. Uma ordem direta. Jennie não podia sair daquele quarto, não importa o que ela dissesse, não importa o que ela fizesse. E, por causa da sua incompetência, ela saiu, causou problemas! — Eu não podia esconder o tom de raiva na minha voz. Ela precisava sentir isso.

Ela começou a chorar. Típico.

— Por favor, senhora, me desculpe... eu não vou fazer de novo... — Nayeon implorava em meio aos seus soluços.

Revirei os olhos. Lágrimas nunca funcionam comigo. Não tenho dó e nem piedade.

— Não, Nayeon, você não vai fazer de novo. — Minha voz era fria, definitiva. — Porque você vai ser punida por isso. Se não consegue seguir uma simples ordem, vai aprender da maneira mais difícil.

Eu me afastei dela, ainda com o olhar fixo. Ela não era mais uma subordinada naquele momento; era apenas um erro a ser corrigido.

— A partir de agora, você está rebaixada. Nada de responsabilidades importantes. E... — pausei, observando o pavor crescer em seus olhos. — Vai passar os próximos dias no porão. Sem contato, sem conforto. Talvez assim você entenda o que significa desobedecer a mim.

Nayeon estava desmoronando diante de mim, mas não me importava.

O jogo estava apenas começando. E eu, como sempre, tinha todas as cartas.

— Antes que você vá, me responda: como está a Jennie? Ela ainda está chorando por aquele rapaz?

— Não, senhora. Jennie está na cama, mas não consegue dormir.

— Por quê?

— Ela disse que só consegue dormir com um ursinho que ganhou da irmã quando era pequena. Segundo ela, o ursinho a ajuda nos momentos difíceis e quando está com medo.

Eu fiquei em silêncio por um momento, processando a resposta de Nayeon. Um ursinho de pelúcia? Jennie, aquela que me desafiava com o olhar e me retrucava sem medo, agora incapaz de dormir por causa de um brinquedo infantil? Isso era... ridículo.

— Um ursinho? — murmurei, mais para mim mesma do que para Nayeon. — Ela já é adulta demais pra esse tipo de coisa.

Virei-me de forma brusca, sinalizando para Nayeon.

— Saia daqui. Vou lidar com isso pessoalmente. Vá direto para o porão, Im Nayeon. No final de semana você sairá de lá!

Ela assentiu rapidamente e saiu do escritório. Por alguns segundos, pensei sobre o que Nayeon disse, e então caminhei em direção ao quarto de Jennie. A cada passo, a irritação crescia. Como ela poderia ser tão fraca?

Deparei-me com Bangchan e Changbin na entrada do quarto de Jennie. Ambos curvaram-se para mim enquanto eu abria a porta.

Bati a porta com força, sem a mínima intenção de ser sutil. O som ecoou pelo quarto, e Jennie, que estava sentada na cama lendo um livro, virou a cabeça lentamente na minha direção, seus olhos já cheios de desprezo. Esse ódio dela só me alimentava ainda mais.

— Então, a princesa não consegue dormir sem o ursinho, é isso? — comecei, com sarcasmo.

Jennie não respondeu. Ela apenas me encarou, aquele olhar cheio de raiva, como se quisesse me fazer desaparecer com um pensamento. Patético.

— O que foi, Jennie? Vai ficar me olhando como se eu fosse o monstro da sua vida? — perguntei, rindo com frieza. — Vamos lá, você é adulta, já deveria ter superado essa fase de dormir com brinquedinho.

Ela virou o rosto, tentando me ignorar. Isso me irritou. Me aproximei rapidamente da cama, pegando seu queixo com força, forçando-a a me encarar.

— Olhe pra mim quando estou falando com você! — ordenei, vendo-a fechar os olhos por um momento, antes de me encarar com mais ódio ainda. — Você acha que vai me desafiar com esse olhar? Que vai me fazer ter dó de você com essa atitude de vítima? Acorda, Jennie. O mundo aqui fora não tem espaço pra fraqueza, e muito menos pra alguém como você, que ainda se apega a porcarias de infância.

Soltei seu rosto com um empurrão leve, mas firme o suficiente para que ela sentisse o peso da minha autoridade.

— Uma hora ou outra você vai ter que dormir. E, olha, você já me causou dor de cabeça demais hoje. Você está nas minhas mãos agora. Não importa o quanto você chore, o quanto você lute, você é minha prisioneira. Entendeu isso?

Ela respirou fundo, visivelmente controlando as emoções para não ceder, mas seus olhos entregavam o medo misturado com ódio.

— Não preciso de um brinquedo pra lidar com você — ela murmurou, a voz fraca, mas desafiadora.,

Eu acabei rindo com sua fala.

— Mas saiba que você não tem mais o seu ursinho. Você vai lidar com seus pesadelos sozinha. E se não conseguir dormir... problema seu.

Eu me virei, caminhando até a porta, sem me importar em fechar com suavidade.

[...]

Estava deitada na minha cama, mexendo no  celular, rolando pela tela sem prestar muita atenção em nada. Era tarde, e a mansão estava mergulhada no silêncio. Uma sensação de vazio me cercava, algo que eu costumava ignorar facilmente, mas hoje... algo estava diferente. Meu pensamento voltou, sem que eu quisesse, para Jennie.

Aquele maldito ursinho.

Revirei os olhos, irritada por estar pensando nisso. O que me importava que ela precisasse de um brinquedo para dormir? Eu deveria apenas achar graça na fraqueza dela, mas por algum motivo, o pensamento se instalava na minha mente.

Suspirei, mexendo no celular. Ela é só uma mulher qualquer que eu sequestrei... por que isso está me incomodando tanto?

Foi então que uma ideia me ocorreu. Uma ideia tola, talvez, mas uma que não saía da minha cabeça. Eu podia pegar o ursinho de Jennie e trazê-lo para a mansão. Ver como ela reagirá... talvez quebrá-la mais ainda, talvez...

Sem pensar duas vezes, abri a tela de mensagens e digitei rapidamente:

— "Jungkook, preciso que descubra o endereço da Jennie. Agora." — Enviei a mensagem antes que qualquer resquício de dúvida se instalasse.

Alguns minutos depois, o celular vibrou.

— "Sim, senhora. Estarei com a informação em breve."

Levantei-me, trocando de roupa, sem saber ao certo o que pretendia fazer. Isso não era parte do plano, mas, de algum jeito, me intrigava mais do que eu queria admitir. Logo, a resposta veio.

— "O endereço é esse: Rua Gangnam-gu, andar, Apartamento 501" — a mensagem dizia.

Sem perder tempo, peguei as chaves do carro e saí da mansão. Dirigi pelas ruas escuras da cidade, a mente ocupada com o que eu faria quando chegasse lá. Por que esse ursinho? O que ele realmente significa para ela além de ser um brinquedo que ganhou de sua irmã quando criança?

Cheguei ao prédio de Jennie e olhei ao redor, procurando por seguranças, mas nenhum à vista. Subi as escadas lentamente até seu apartamento. Quando cheguei à porta, percebi que a fechadura era com uma senha, e então lembrei do celular dela.

— A senha do celular... será que ela usaria a mesma senha na porta? — perguntei para mim mesma.

Sem hesitar, digitei os números no painel da fechadura. 1601. Um clique suave confirmou que estava certa.

A porta se abriu com um estalo quase imperceptível. Entrei no apartamento em silêncio, observando o ambiente ao meu redor. Era um espaço pequeno, mas aconchegante. Não me importei com nada, exceto pelo ursinho que eu sabia que estaria ali em algum lugar.

Caminhei pelo quarto de Jennie até encontrar o ursinho, jogado sobre a cama, como se esperasse por ela. Peguei-o nas mãos e, por um momento, senti o queixo apertar.

— "Isso é ridículo" —, pensei. — "Por que estou aqui?"

Além do ursinho, lembrei que Jennie praticamente não tinha roupas. Então, comecei a mexer no guarda-roupa, pegando todas as roupas dela e colocando em algumas malas que estavam guardadas ao lado do guarda-roupa.

— Quanta roupa pra uma pessoa só usar — reclamei, olhando as duas malas cheias de roupas.

Peguei as malas e fui até a sala, vendo alguns porta-retratos com uma mulher parecida com ela. Sem saber quem era, resolvi levar junto.

Depois de pegar tudo, saí do apartamento de Jennie. Assim que cheguei na mansão, pedi a um dos seguranças que pegasse as malas e as levasse até o quarto de Jennie.

Assim que entrei no quarto onde Jennie estava deitada, dormindo profundamente, aproximei-me da cama sem fazer barulho e com o ursinho em mãos. Seu rosto estava marcado por lágrimas secas, evidências de um choro recente. Havia uma pequena parte de mim que quase se arrependeu de ter sido tão dura.

Quase.

Lentamente coloquei o ursinho ao lado dela, bem perto de seus braços. Fiquei ali por um segundo, observando sua expressão suavizar levemente no sono, como se algo a confortasse.

Sem fazer barulho, me virei e saí do quarto, percebendo que o segurança havia trazido as malas. Coloquei-as dentro do quarto e, então, saí, fechando a porta atrás de mim.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro