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I thought it'd be easy to run but my legs are broken

                                Logo pela manhã, fui acordada por um telefonema de Kim Yeongsu, meu pai. Ele queria que eu fosse ao jantar de família, pois tinha algo para me dizer. Mesmo não querendo ir, fui obrigada.

Minha relação com minha família é horrível. Depois que me assumi bissexual, todos me abandonaram. Meu pai e minha mãe disseram que nunca mais iriam querer me ver, portanto, estranhei o convite de Yeongsu.

O dia passou chato como os outros. Voltei para casa depois do trabalho, tomei banho e fui em direção a casa dos meus pais. Assim que cheguei na mansão, fui recebida pelos empregados, que me guiaram até a sala de jantar, como se eu não soubesse onde ficava algum lugar da casa onde cresci. Ao chegar, todos os olhares se voltaram para mim, e então percebi que, entre meus irmãos, eu era a única que estava desacompanhada, sem nenhum par romântico.

Sentei perto da minha irmã mais velha, sem dizer uma palavra para meus pais. Suspirei, focando meu olhar na mesa de jantar e evitando qualquer contato visual com eles.

— Jennie, que bom que veio. Tenho algo pra dizer a todos — meu pai falou, mas eu não olhei para ele.

— O que é, papai? — perguntou meu irmão mais velho.

— Vamos comer primeiro — disse, pegando os talheres. — Jennie, coma bastante! Não quero ver você fraca — olhei para ele, vendo-o sorrir.

Curvei meus lábios cinicamente, segurando a vontade de dar um tapa em sua cara falsa e horrorosa. Aquele homem tinha tantos podres... Eu poderia acabar com seus negócios da noite para o dia, mas infelizmente não tenho coragem de fazer isso. Se eu fizer, a morte será certa.

— Prefiro que vá direto ao assunto. Já jantei, papai — afirmei, mantendo minha postura e meu olhar fixo nele, revelando o quão impaciente eu estava.

O homem olhou para meus irmãos e, em seguida, focou o olhar em minha mãe, que estava na outra ponta da mesa. Ela assentiu, indicando para que ele falasse o que tinha para falar.

— Como sabem, irei me aposentar em breve e preciso de alguém pra assumir a empresa — largou os talheres no prato, suspirando em seguida. — Já tenho em mente alguém pra esse cargo — olhou para todos nós.

— Quem é, papai? — perguntou meu irmão mais novo, sorrindo, convencido de que era ele.

— Jennie — me chamou, e eu logo olhei para ele. — Você será a próxima responsável por fazer aquela empresa funcionar.

Assim que a frase foi dita, meu irmão mais velho engasgou com o vinho, começando a tossir, enquanto minha irmã e meu irmão mais novo arregalaram os olhos, incrédulos com as palavras de Kim Yeongsu. Eu estava com semblante neutro, pois ele não deixaria uma mulher homossexual tomando conta de sua empresa. Com toda certeza irá me obrigar a casar com um homem e fingir ser hétero.

— Porém — falou, e eu cruzei os braços, apenas esperando as besteiras que sairiam de sua boca. — Você terá que fazer uma coletiva de imprensa pra explicar os boatos sobre você gostar de mulheres. Quero que desminta tudo pra não manchar o nome da nossa família.

Acabei soltando uma risada sarcástica, não acreditando que ele achou que eu iria aceitar isso.

— Papai — sorri —, o que eu mais odeio nessa vida é hétero homofóbico e nazista — desviei o olhar e encarei meu irmão, vendo seu olhar irritado para mim. — E essa família é o combo completo — olhei para meu pai, levantando-me em seguida.

— Papai, não tá vendo que essa garota não presta? Por que escolheu ela? Eu sou o filho mais velho de vocês. Além disso, eu sou homem — falou, fazendo-me revirar os olhos.

— É homem e machista — afirmei.

— Sim, e tenho orgulho disso. Melhor do que ser feminista que nem você. Uma pessoa assim deveria morrer — murmurou.

— Fala mais. Eu prefiro morrer sendo mulher, homossexual e feminista do que sendo homem, machista, homofóbico, nazista, narcisista, assassino, racista — contei nos dedos. — Será que eu continuo? — perguntei, sarcasticamente.

— Cala a boca, sua vadia! Nem viva você merecia estar — meu irmão mais novo falou.

— JÁ CHEGA! — meu pai gritou. — Jennie, você vai aceitar minha proposta? — perguntou, sem paciência.

— Obrigada, mas eu não estou disposta a ficar ao lado de assassinos — sorri levemente.

— Jennie Kim! — minha mãe me repreendeu.

— O que foi? Falei alguma mentira, mamãe? — debochei. — Eu encontrei todos os documentos que provam que vocês mataram o senhor Shin, e, se eu quiser, posso levá-los à delegacia amanhã mesmo — sorri de canto, vendo todos arregalarem os olhos com o que eu havia falado.

— Onde você conseguiu? Se livre deles agora, Jennie Kim! — meu pai se levantou, erguendo o tom de voz. — Se não acabar com eles, eu faço questão de acabar com a sua vida.

— Eu não tenho medo de vocês — olhei fundo nos olhos dele, vendo-o ficar bem perto de mim. — Passar bem, Kim Yeongsu! — falei, dando as costas para ele e saindo daquela mansão.

Enquanto eu andava até o meu quarto, escutei alguém me gritar, e ao virar para trás, vi minha irmã mais velha.

— Sinceramente, eu ainda não sei como você aguenta isso, Kim Jisoo. Como você aguenta ficar fingindo ser hétero?

Ela ficou em minha frente, olhando no fundo dos meus olhos. Eu pude ver um brilho em suas pupilas, e logo uma lágrima deslizou lentamente por sua bochecha.

— Olha, Jennie, as coisas não são tão simples pra mim. Eu sou a primeira filha do papai, se eu sair dessa família por simplesmente não pensar como eles, eu morro — suspirou. — Você conseguiu ir embora, e por mais que tenha doído em mim, eu fiquei feliz e orgulhosa de você.

— Eu já disse que minha casa tá de portas abertas pra você, Jisoo. Vem comigo, não vou deixar eles fazerem nada com você, prometo!

— Não posso. Olha aqui pra mim — segurou meu rosto com suas mãos. — Agora que o papai sabe que você tem provas contra ele, sua vida corre perigo. Você tem dinheiro, Jennie, saia da Coreia antes que seja tarde. Não quero te ver em um caixão.

— Mas... — senti uma lágrima escorrer. — E você? Vai continuar sofrendo? Eu não tenho medo deles, Jisoo — afirmei, chorando.

— Mas eu tenho, e como sua irmã mais velha, vou te proteger — limpou minhas lágrimas. — Eu te amo, Nini — deixou um selar em minha testa e segurou suas lágrimas. — Se cuida, ok? — arrumou meus fios, colocando-os para trás das minhas orelhas.

— Chu...

— Tchau — sussurrou, se afastando lentamente daqui. — Saía daqui, Jennie!

Merda... O que eu faço? Não quero deixar Jisoo aqui sozinha. Ela não merece passar por isso até o fim de sua vida.

[•]

De banho tomado, resolvi ir até a sacada do meu apartamento para ver o movimento. Há pouco, eu conversei com meu namorado, Taehyung. Namoramos há um ano, e ele é perfeito. Desde a minha adolescência, me considerava lésbica, por nunca ter sentido atração por meninos antes, mas o Tae tem algo que não consigo explicar. Ele é bonito e mexeu com meu coração desde o momento em que olhou para mim. Além disso, ele é um fofo que me mima todos os dias.

— Que vontade de tomar um soju — falei em voz alta, tendo a brilhante ideia de sair no meio da madrugada para comprar cerveja.

O que poderia acontecer, não é mesmo?

Coloquei um sobretudo preto por cima do meu conjunto de moletom cinza e calcei meu tênis branco, logo saindo do meu apartamento e indo até uma conveniência que não ficava muito longe de onde eu morava. Assim que cheguei lá, comprei três garrafas de soju e um miojo, já que minha barriga não parava de roncar. Eu ainda não tinha jantado, apenas menti para o meu pai porque queria ir embora daquele lugar logo.

No caminho de volta, passei pelo mesmo beco por onde havia passado alguns minutos antes, mas dessa vez, notei que havia alguns carros parados no corredor escuro. Curiosa, resolvi me aproximar da casa abandonada que havia ali. Aquela rua era pouco movimentada, então estranhei ver tantos veículos estacionados naquele beco.

Ao me aproximar de uma janela quebrada, notei que havia muitas pessoas com armas e objetos afiados, vestindo roupas prestas.

Isso é algum tipo de seita maluca?

Forcei um pouco a vista e olhei para baixo, tentando ver algo através dos espaços entre as pernas daquela gente, e, de repente, vi o corpo de alguém cair no chão e o sangue se espalhar pelo local. Arregalei os olhos e paralisei, sem conseguir raciocinar o que havia acontecido.

Eu acabei de presenciar um assassinato?!

Tentei pegar meu celular que estava no meu bolso, mas, de algum jeito, acabei derrubando o aparelho. Ao olhar novamente para dentro da casa, percebi que um homem, que aparentava ter menos de 1,70 de altura, estava me observando. Não consegui ver seu rosto, pois estava coberto, mas seu olhar frio me causou um arrepio. Minha primeira reação foi correr dali o mais rápido possível, derrubando as garrafas no chão sem querer.

Enquanto tentava se afastar da casa abandonada, algo me puxou com força, tirando o chão de debaixo dos meus pés. Um braço firme agarrou minha cintura, e antes que eu pudesse gritar ou reagir, senti uma mão cobrindo minha boca, abafando qualquer som que tentasse escapar.

Meu corpo congelou, o pânico explodindo dentro de mim como um trovão. Fui arrastada para o lado, as sombras do beco envolvendo-me completamente. A escuridão parecia engolir o mundo ao meu redor, e todos os sons — o ruído distante do trânsito, o canto ocasional de uma cigarra — desapareceram, como se eu estivesse mergulhando em um pesadelo.

Minhas tentativas desesperadas de me soltar eram inúteis. O aperto ao meu redor era implacável, e cada movimento meu parecia ser antecipado por quem quer que estivesse me segurando. Eu não conseguia respirar direito, minha mente girava, e o medo me sufocava.

Fui arrastada até onde as outras pessoas estavam. Lá, amarraram meus pulsos e tornozelos com cordas ásperas, apertando-as o suficiente para que eu mal pudesse me mover. Meu coração batia acelerado, e o desespero crescia a cada segundo. Em seguida, fui carregada até um carro estacionado do lado de fora. Antes de me jogarem no banco traseiro, um deles cobriu meus olhos com um pano preto. O som das portas se fechando ecoou ao meu redor, e o carro começou a se mover.

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