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04. Second Attack

MAFIA HEIRS | ϐοα ℓєιτυяα

𔘓 ‧₊˚ Segundo ataque


   O corpo de Min Yoongi estava se recuperando dos espasmos musculares. Sua garganta estava ardendo, sua cabeça latejando e sua respiração desregulada. Nada daquilo estava perturbando Yoongi mais do que lembrar que Don Jeon lhe viu em seu momento de miséria.

Aquele olhar de pena ficou enraizado em sua mente e ele sabia que não conseguiria dormir sem falar com Jonghwan uma última vez naquela noite. Desnorteado, o louro vestiu um robe por cima do pijama, calçou as pantufas e marchou para fora do quarto, se deparando com Chan do outro lado da porta.

O guarda-costas abriu a boca para dizer algo mas foi calado por um olhar mortal e se limitou a segui-lo até o quarto de Jonghwan. Depois de duas batidas na porta, Yoongi viu o namorado e se jogou em seus braços, e com um sorriso, Jonghwan bateu a porta na cara de Chan e uma sonora de gemidos começou a ecoar por todo o corredor.

Maruyama Chan queria socar o rosto de Jonghwan até deixá-lo inconsciente. Ele sabia como Yoongi estava vulnerável após participar de uma festa com tantos estranhos e não pensou duas vezes antes de transar com o filho de Capo dei capi, só reforçando que não dava a mínima para os sentimentos de Yoongi, tudo que lhe importava era usufruir de seu corpo.

Não ter poder para impedir Yoongi de se machucar ainda mais estava lhe deixando louco. Ele o conhecia e sabia que sexo se tornou uma perigosa válvula de escape para o jovem. Ele até pensou em ligar para Don Jeon e informar sobre o que estava acontecendo, mas isso significaria trair Yoongi e Chan nunca faria isso com seu protegido. Ainda que fosse totalmente contra as decisões de Yoongi, Chan agiu como em todas as vezes anteriores, ele se calou e esperou que acabasse logo.

No quarto de Jonghwan, após transar com o namorado, Yoongi se sentiu vazio. Foi a primeira vez que aconteceu. Ele mal suportava que Jonghwan estivesse agarrado ao seu corpo enquanto dormia. Sem se importar em acordá-lo, ele levantou da cama, pegou as roupas do chão, se vestiu e saiu do quarto, outra vez encontrando o guarda-costas.

Yoongi não se importou em começar uma conversa inútil com Chan. Ele sabia a opinião de seu guarda-costas e não dava a mínima. De volta ao próprio quarto, Yoongi tomou banho e vestiu outro pijama. Já em sua cama, ele estendeu o braço e encarou o anel de noivado pela primeira vez. Era um anel delicado e, aparentemente caro, com uma pedra de brilhante e um arco de ouro puro. Pelo menos Don Jeon se preocupou em lhe dar uma jóia decente.

「• • •」

Min Yoongi acordou se sentindo ansioso e para parar a sensação de angústia, ele tomou banho e foi direto para a sala de treinamento, se arrependendo no momento que viu seu primo treinando com seu sparring particular.

Min Juhyun, outrora foi a pessoa mais importante para Yoongi, agora não passava de um estranho. Com seu tônus muscular imponente, ele exalava virilidade. Seu cabelo estava mais curto do que Yoongi se lembrava e suas feições mais sérias do que o habitual. Seu primeiro pensamento ao ver o primo foi sair dali o mais rápido possível, entretanto, ele não era alguém que se acovardava e seu primo estava em seu hábitat.

— Você ainda está aqui? — pronunciou, cruzando os braços enquanto se aproximava.

— É muito bom ver você também, primo Yoongi. — ele dispensou o sparring com um aceno de cabeça, tirando as luvas de boxe.

— Suhan? — perguntou, sentindo a ausência do irmão.

— Ele saiu cedo e não me pergunte para onde foi. — respondeu, limpando o suor do rosto com uma toalha pequena.

— Por que não foi embora? — perguntou, seguindo até o armário para pegar suas luvas de boxe.

— Estou fazendo um trabalho para seu pai na cidade, então ele me convidou para ficar aqui. — explicou, observando o menor tirar a camisa. — Isso te incomoda? — indagou, se sentando em uma cadeira.

— Tanto faz. — encolheu os ombros, caminhando até o primo.

— Por que não gosta de mim? — perguntou abertamente, se levantando para segurar o saco de pancadas.

— Você sabe muito bem. — começou a dar socos no saco de pancadas.

— Achei que tinha superado sua paixão ridícula por mim. — não resistiu à provocação.

— Você se dá tanta importância. — respondeu-lhe, desferindo socos com mais força. — Deixei de me interessar por você há muito tempo. — subiu a vista para encarar o maior.

— Jura? — ele riu, apertando os lábios. — Você e eu não poderia dar certo. — sem se dar conta, ele estendeu a mão para acariciar o rosto do primo. — Não é o que parece. — se afastou quando Yoongi lhe empurrou para longe.

— Toque em mim outra vez e eu vou quebrar seus dentes. — ameaçou, desferindo um olhar de escárnio para o primo.

— Yoongi, eu realmente quero deixar nossos momentos ruins no passado para trás. — evitando uma briga direta, ele permaneceu a uma distância segura. — Não posso fazer isso sozinho. — seu tom se tornou unicamente apaziguador.

— Você tem razão. — concordou, observando o maior de esguelha. — Só não fique tão perto, você sabe que eu odeio quando invade meu espaço pessoal. — uma regra que não se restringia ao primo.

— Desculpa. — sorrindo ladino, Juhyun voltou a segurar o saco de pancadas. — Como se sente com esse casamento? — perguntou, deixando o assunto anterior de lado.

— Estou péssimo, mas não vou falar sobre isso com você. — disse sem hesitação.

— Podemos fazer algo juntos, enquanto estou na cidade. — propôs, tentando ser amigável.

— Você sabe que não posso sair. — revirou os olhos, alternando socos.

— Vamos fazer a coisa que você mais gosta. — um sorriso se formou nos lábios de Juhyun.

— O que seria? — a sobrancelha esquerda do outro se arqueou.

— Competir. — respondeu, se afastando para entregar uma toalha de rosto ao primo.

— O que sugere? — perguntou, se preparando para o que quer que o primo tivesse em mente.

— Vamos lutar. — seu sorriso provocativo fez as terminações nervosas de Yoongi se acenderem, uma a uma.

Sem perder tempo, o loiro seguiu para o centro da sala e esperou o primeiro golpe do primo para revidar. Juhyun apenas se defendeu nos primeiros golpes, algo que irritou Yoongi.

Ele não queria ser tratado como fraco ou com qualquer delicadeza, seu intuito ali era um combate de verdade, então ele acertou um chute na panturrilha esquerda de Juhyun e um soco abaixo do queixo.

Meneando a cabeça em negação, Juhyun se recompôs e partiu para o ataque, mas não conseguiu acertar um único golpe. Yoongi estava cada vez mais atento ao modo de luta do primo. Juhyun era ágil, mas sua pontaria era terrível e seus reflexos bem inferiores. Sorrindo, Yoongi se esquivou de um soco e acertou um chute abaixo do joelho do primo, que acabou caindo no chão, mas não hesitou em levá-lo junto, prendendo os braços ao redor da cintura do mais novo, imobilizando-o completamente.

— Porra, você melhorou desde a última vez que nos enfrentamos. — comentou, com dificuldade para respirar.

— Você ainda não viu metade das minhas habilidades. — se gabou, tentando, em vão, se levantar.

— Atrapalho? — ambos se viraram para ver o dono da voz.

— Você sempre atrapalha. — Yoongi respondeu, finalmente se levantando de cima do primo. — O que diabos está fazendo aqui? — perguntou, limpando todo suor do rosto e abdômen com uma toalha.

— Você estava mal quando eu saí do seu quarto ontem. — comentou, observando Juhyun minuciosamente. — Melhorou? — indagou, finalmente levando sua atenção para o noivo.

— Não banque o noivo preocupado comigo, isso é ridículo além da conta. — respondeu, com a habitual acidez na voz. — Veio zombar de mim, não é? — acusou, se aproximando do recém-chegado.

— Eu não sou um monstro. — se defendeu.

— Tenho certeza que chega perto. — Yoongi objetos, revirando os olhos.

— Vou deixar o casal a sós. — Juhyun caminhou em passos lentos até a porta da sala.

— Se você ousar chegar perto da minha irmã novamente, não vou me importar em quebrar as regras, eu mato você. — Jungkook ameaçou, segurando o braço esquerdo do primo do noivo.

— Desceu seus padrões? Uma pirralha? — Yoongi zombou, sacudindo a cabeça em negação.

— Don Jeon se enganou, a irmã dele não me interessa em nada. — afirmou, encarando-o. — Posso sair? — perguntou, olhando para os dedos de Jungkook, que ainda estavam firmemente em seu braço.

Bufando de raiva, Don Jeon o soltou e esperou que Juhyun estivesse fora da sala para trancar a porta.

— Desculpe não saber como te ajudar ontem. — ignorando os olhares irritados, ele se aproximou do noivo.

— Não preciso de você, eu tenho Chan. — respondeu, tentando se lembrar aonde havia largado a camisa.

— A partir do momento que nos casarmos, eu vou cuidar de você. — se aproximou ainda mais, tocando o queixo do menor com as pontas dos dedos. — E eu quero saber como te ajudar.

— Essa conversa está me deixando com vontade de vomitar. — se afastou, mas só depois de um tapa na mão do maior.

— Você está perdendo a oportunidade de ser feliz comigo por birra. — articulou, se concentrando apenas no rosto do noivo. Yoongi era lindo pra caralho e vê-lo sem camisa acabaria distraindo Don Jeon.

— Você me ama? — perguntou abertamente, cruzando os braços.

— Não. — respondeu sem hesitar.

— Então não tem como esse casamento dar certo. — respondeu, sorrindo quando o outro não objetou. — Não nos amamos, não vai funcionar e você sabe que estou certo. — deu um passo para trás, aumentando a distância entre os corpos.

— Você acha que ama Jonghwan, por isso está me rejeitando, qualquer outro não pensaria duas vezes antes de se casar comigo. — argumentou, lambendo e mordiscando os lábios para provocá-lo.

— Seu superego é enorme. — retrucou, revirando os olhos.

— Só sei meu potencial em agradar quem eu gosto. — como um predador, ele deu uma volta inteira ao redor do corpo do menor.

— Você pode ser bom na cama, mas não entende nada sobre sentimentos. — se moveu em direção a porta, mas foi barrado pelo corpo do noivo.

— Você sequer me deu uma chance pra provar o contrário. — articulou, ultrapassando a linha imaginária do espaço pessoal do menor.

— Não tem espaço pra você no meu coração. — recuou alguns passos.

— Você sabe que não vou desistir de me casar com você. — para Jungkook, isso já não era uma opção.

— Problema seu. — rosnou, buscando uma forma de sair da sala.

— Você se divertiu ontem? — Don Jeon indagou, pela primeira vez, notando todas as marcas de mordidas e chupões ao redor do pescoço e nuca do noivo.

— O quê? — ricocheteou, confuso.

— Você se divertiu ontem? — repetiu a pergunta, sem conseguir desviar a atenção das marcas na pele perfeita de Yoongi.

— Você nem pode imaginar o quanto eu mal podia andar quando acordei. — provocou, sorrindo por perceber o quão furioso o noivo estava.

— Já que está com tanta disposição, acho que também tem tempo pra mim. — Don Jeon tirou a camisa, descartando a peça de roupa longe, no chão da sala.

— Não se atreva. — a voz de Yoongi estava tremendo. Seu corpo todo começou a tremer em antecipação.

— Uma luta rápida. — esclareceu, sorrindo provocantemente. — O que você está pensando? — perguntou, se divertindo com o semblante assustado do outro.

— Você quer apanhar novamente? Masoquista?

— Se acha muito bom. — Yoongi assentiu, se preparando para a luta. — Venha, tente me acertar. — pediu, à medida que se aproximava do menor.

Todas as tentativas de Yoongi em acertar Jungkook foram frustradas e o fato do noivo não se esforçar para golpeá-lo com força estava lhe deixando louco. Ele preferia sentir dor ao invés de ser tratado como fraco. Em muito tempo, foi a primeira vez que Yoongi se desconcentrou durante uma luta e deixou seus principais pontos de fraquezas à mostra. Ele nem percebeu em qual momento acabou no chão com o noivo montando seu quadril, imobilizando seus braços acima de sua camisa.

Inaceitável.

Agora Jungkook não lhe deixaria em paz e se tinha dúvidas sobre ele ser fraco, agora elas não existiam mais.

— Na primeira vez que nos enfrentamos, você teve sorte. — o soltou, se levantando sem pressa.

— Idiota. — Yoongi rosnou, vermelho de raiva. Yoongi se levantou do chão com dificuldade, incapaz de encarar Jungkook, pois sabia o quão seria humilhante. O menor já estava saindo da sala, quando Chan apareceu todo afobado. — Que cara é essa? — perguntou o guarda-costas.

— Não tenho boas notícias. — avisou Chan.

— O que aconteceu? — perguntou, sentindo a aproximação do noivo.

— Jonghwan foi atacado e-...

— Foi você. — Yoongi acusou Jungkook, empurrando o noivo com toda força que conseguiu contra a parede.

— Não. — negou, não se esforçando para afastar o menor. — Eu não ataquei ou dei qualquer ordem. — endossou, olhando para a mão esquerda de Yoongi em seu pescoço.

— Eu não acredito em você. — se afastou, correndo em direção a porta. Antes que ele tivesse a chance de descobrir o que havia acontecido com Jonghwan, Jungkook atravessou em sua frente, segurando seus ombros. — Juro que se não sair da minha frente eu vou quebrar seus dentes.

— Estou falando sério sobre não ter envolvimento com o que aconteceu com seu amante.

— Ele é meu namorado. — corrigiu, empurrando Jungkook para longe. — Onde ele está? — perguntou a Chan.

— Está sendo cuidado pelo doutor Kwan, fique calmo. — informou, assustado com a reação do protegido. — Isso foi encontrado com ele. — entregou o pedaço de papel dobrado. — Estou indo, Capo dei capi. — se comunicou pelo fone de ouvido bluetooth. — Seu pai está com péssimo humor. — por mais que não quisesse deixá-lo sozinho, Chan foi obrigado a sair da sala correndo.

— Você pode ir. — ele disse para o noivo.

"Ele foi o primeiro dos que você ama. Estou indo atrás de você, MY."

O recado estava escrito com letras recortadas, em diferentes cores.

— Merda! — Jungkook praguejou, após ler o conteúdo do recado. — Você está bem? — sem respostas. — Yoongi. — deu tapinhas em seus ombros para tirá-lo do transe.

— Não consigo respirar. — respondeu, com dificuldade para se manter em pé.

— Vou encontrar seu guarda-costas. — antes que ele pudesse se mover, Don Jeon sentiu a mão do noivo se apertar ao redor de seu pulso. — Você tem que me soltar, Yoongi. — o aperto em seu pulso aumentou.

Percebendo que o noivo estava hiperventilando e ele não fazia a menor ideia de onde estava seu guarda-costas, Jungkook fez a única coisa que sabia que funcionaria em uma situação como aquelas: ele o beijou, segurando o menor em seus braços para manter o equilíbrio.

No início, Yoongi ficou paralisado, não reagindo aos estímulos. Era estranho beijar alguém com os olhos abertos, quase constrangedor, mas conforme Don Jeon entreabriu seus lábios e foi aprofundando o beijos, os olhos vidrados do menor focaram-se no maior e suas mãos foram de encontro ao seu peitoral, mas diferente do que Jungkook esperava, Yoongi não lhe empurrou para longe, ele fechou os olhos e se afastou aos poucos.

— Eu não sabia como te ajudar, desculpe. — se antecipou ao que o noivo estaria pensando.

— Tem alguém tentando me machucar, não é? — a dedução tardia apertou o coração de Don Jeon.

— Yoongi-...

— É por isso que o papai quer me tirar de casa. — tudo começou a fazer sentido.

— Você concluiu isso sozinho. — afirmou, não esclarecendo melhor a situação.

— Você deveria ter sido sincero desde o início. — elevou o tom, saindo dos braços do noivo para clarear os pensamentos.

— Não é assunto meu, seu pai deve saber o melhor pra você. — ele não iria tirar isso de Capo dei capi.

— Machucaram o Jonghwan por minha culpa. — Yoongi começou a se culpar.

— Olha pra mim. — deu o comando, não estranhando a desobediência do menor. — Vou te proteger. — o puxou para perto, segurando seu rosto ao redor das mãos.

— Quanto está recebendo para se casar comigo?

— Algumas vantagens, certamente. — revelou, permitindo que o outro se afastasse.

— Certamente. — meditou, meneando a cabeça em negação. — Não vou lutar, eu vou me casar com você, mas terá que garantir que vai proteger Jonghwan também. — impôs.

— Você quer que eu proteja seu amante? — perguntou, incrédulo.

— É minha única imposição pra aceitar esse casamento estúpido. — e ele não pretendia desistir disso.  

— Também quer que ele divida nossa cama? — questionou, irônico.

— Não vamos dividir uma cama. — seu olhar era assassino naquele momento.

— Você entendeu. — revirou os olhos.

— Entendi. — admitiu, encolhendo os ombros. — Aceita ou não? — insistiu, impaciente.

— Aceito. — estendeu a mão para selar o acordo.

Interrompendo-os, um dos soldados bateu na porta, e entrou na sala de treinamento.

— Capo dei capi quer falar com você. — informou a Don Jeon.

— Você vai ficar bem sozinho? — perguntou, não querendo deixar Yoongi sozinho.

— Não sou um bebê que precisa de cuidados vinte e quatro horas. — rosnou, cruzando os braços em sua frente, desviando o olhar.

— Vinte e três horas. — zombou, sorrindo ladino.

— Idiota. — disparou, bufando de raiva.

— Estou indo, pode ir na frente. — ditou para o soldado, deixando claro que queria privacidade com o noivo. Sem uma palavra, o homem saiu e fechou a porta. — Se a pessoa está indo atrás das pessoas que você ama, terá que fingir que está apaixonado por mim. — articulou, se aproximando.

— Não consegui acompanhar seu raciocínio. — respondeu, franzindo o cenho.

— Vamos enganar quem quer que esteja atrás de você. — explicou superficialmente.

— Você quer que ele vá atrás de você?

— Estarei esperando esse momento ansiosamente. — disse com um sorriso.

— Você é louco. — disparou, em desacordo. — Algum lunático está tentando me matar e você quer que ele vá atrás de você? — para Yoongi não fazia sentido.

— É o plano. — ele não parecia preocupado com todas as implicações de seu plano. — Você suspeita de alguém? — perguntou, criando uma estratégia para lidar com o perseguidor do noivo.

— Não. — murmurou baixinho. 

— Você precisa ser sincero comigo. — Don Jeon não acreditou na resposta anterior.

— Eu sou um filho da puta com alguns Soldados do meu pai, mas isso não dá motivos pra alguém fazer isso comigo. — verbalizou, com a mente fritando.

— Talvez você tenha ferido os sentimentos de alguém e nem tenha percebido. — Yoongi revirou os olhos. — Convenhamos que você não é um doce de pessoa. — proferiu, sincero.

— Se vai continuar me chateando, eu prefiro que saia e me deixe sozinho. — subiu o tom da voz, começando a se irritar com o andamento da conversa.

— Pra você correr para os braços do seu amante?

— Exatamente isso. — não negou, saindo da sala antes que Jungkook tivesse a chance de impedi-lo.

Diferente do que falou para Jungkook, Yoongi foi direto para o próprio quarto. Ele não conseguiria ver Jonghwan machucado, certamente teria outro ataque de pânico. Em seu quarto, ele se deitou na cama e mergulhou debaixo do edredom.

Quem quer que estivesse orquestrando os ataques sabia exatamente como machucá-lo. Apenas pensar que alguém estava se esforçando para lhe fazer mal lhe deixava nauseado, temendo a própria sombra. Foi como se todo o horror de doze anos atrás estivesse se repetindo. Ele acreditou que estava protegido por não sair de casa, mas estava claro que não era bem assim.

Talvez a mesma pessoa estivesse de volta para machucá-lo e tornar sua vida um inferno.

Mas e se fosse uma nova pessoa?

Quem tinha motivos para persegui-lo?

Inicialmente, Yoongi cogitou que Jungkook estivesse envolvido no ataque a Jonghwan, entretanto, Don Jeon não era um homem que mentia, mentir na Máfia significava fraqueza, algo inaceitável, além do mais, seu pai confiava piamente naquele homem, algo raro, quase inédito. Jeon Jungkook não era o autor do ataque, Yoongi podia sentir isso e teria que confiar naquele homem para vencer a ameaça.

Tirando-o de suas divagações, ele viu Chan entrando no quarto.

— Como ele está? — perguntou, se encolhendo mais debaixo do edredom.

— Coma induzido para se recuperar mais rápido. — informou, se aproximando do protegido com cautela. — Foram ferimentos graves, mas a pessoa que atacou sabia onde ferir Jonghwan sem matá-lo. — expôs o detalhe macabro.

— Foi um aviso. — estava cada vez mais nítido para Yoongi.

— Também pensei isso. — Chan caminhou até a janela do quarto, ficando de costas para o mais novo. — Você está bem? — indagou, aparentemente preocupado.

— Vou ficar bem, agora saia e me deixe sozinho. — ordenou, olhando para a porta do quarto.

No mesmo instante que Chan saía, Suhan entrou no cômodo e trancou a porta.

— Já soube o que aconteceu com seu namorado. — àquela altura, todos no prédio já sabiam sobre o ocorrido com Jonghwan. — Você está bem? — perguntou, se deitando na cama de frente para o irmão.

— Tem alguém tentando me machucar e estão usando as pessoas que eu amo. — ele choramingou, deixando que o irmão apertasse os braços ao seu redor. Por mais que vestisse a armadura de homem forte na maior parte do tempo, naquele momento, ele não conseguia suportar a sensação de angústia. — Eles podem tentar te machucar-...

— Calma. — pediu, acariciando os cabelos do irmão. — Hey, bebe, tudo vai ficar bem, eu prometo. — começou a acariciar as costas do menor, juntando seus corpos ainda mais.

— Não vou me perdoar se alguém te machucar, Suhan. — as lágrimas fluíram soltas por seu rosto.

— Você só tem que se preocupar com você mesmo, eu posso cuidar de mim, bebê. — beijou sua testa.

— Agora eu entendo por que o papai quer tanto me tirar daqui. — expôs o pensamento. — Ele praticamente está pagando o Jungkook pra me proteger. — algo que disparou em sua mente, de repente, deixando-o nauseado outra vez.

— Então é um casamento figurativo e Don Jeon não se apaixonou perdidamente por você à primeira vista?

— Não zombe de mim. — socou levemente o ombro do irmão.

— O que vai fazer? — perguntou, segurando o riso.

— Vou me mudar pra Borgata de Don Jungkook e vamos fingir que estamos casados até que meu perseguidor seja capturado. — respondeu, limpando todas as lágrimas do rosto.

[   Obrigada pela leitura  ꨄ  ]

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