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chapter 4: yoona

Jeongguk contou como tudo aconteceu. Depois do acidente, sua visão ficou distorcida. Aos poucos, mesmo que tentasse enxergar corretamente, não tinha êxito, até o ponto que não conseguiu ver mais nada.

Ele ficou naquela cela escura pelo que achava ser alguns minutos, e quando acordou, só conseguia ver o que desejava, nada mais. Logo, foi possível ver exatamente o que aconteceu com Taehyung naquele tempo, e o quão entristecido o outro ficou na sua ausência.

Ele sempre tentou se comunicar, mas nunca conseguiu. Mas então, com a criação do androide Jeongguk, de alguma forma sua conexão tinha sido possível.

Inicialmente, ele tentou conversar com Taehyung pelas gravações, mas percebeu que isso só faria o mais velho pensar que não existia uma verdadeira origem no androide, um verdadeiro dono de todas aquelas palavras, então tentou se comunicar apenas com as palavras que encontrava no robô - que eram poucas. Logo, teve que intercalar as duas para conseguir o mínimo de conversação.

E então, quando o androide foi desligado, Jungkook apenas ficou observando Taehyung de longe sem poder falar com ele, aguardando pelo momento que ele voltaria a ligar o androide.

Demorou um pouco, mas Jungkook nunca perdeu as esperanças. Agora, Taehyung estava lá, finalmente.

Suas memórias continuavam as mesmas de sempre, mas ele não conseguia lembrar exatamente do que aconteceu naquele fatídico dia de sua vida - e agradecia por isso. Mas, lembrar de Taehyung sofrendo o deixava triste. Ao menos agora, vê-lo sorrindo lhe dava a chance de acreditar que poderia fazê-lo feliz novamente.

Mesmo agora, enquanto Taehyung o levava de volta para o depósito, ansioso para fazer as modificações necessárias para permitir que ele não só conseguisse mover seu corpo artificial, mas que também respondesse por estímulos, era difícil de acreditar como tudo estava acontecendo. Mas, seja como fosse, ele estava satisfeito.

As portas do depósito estão fechadas novamente. Eles conversaram por longos minutos, aos poucos tirando as dúvidas um do outro do tempo que passaram distantes, mas quase não havia nada a ser dito: nenhum deles viveu após a ausência do outro.

Taehyung puxou o tecido que cobria Enter One, vendo o androide do mesmo modo da madrugada anterior. Ele soltou um suspiro.

- Esse é o Enter One, ele foi o androide em que estive trabalhando quando... desliguei você - Taehyung disse baixo. - Ele deveria responder aos estímulos exteriores, como toque ou calor por exemplo. Seus sistemas são bem atualizados, praticamente os últimos lançamentos. Meu pai investiu bastante pra que conseguíssemos esse resultado.

- Ele não consegue? - Jungkook perguntou. Taehyung negou. - Por que?

- Não tenho certeza agora. Verifiquei todos os dados dele e não tem nada de errado.

- Você não... colocou no lugar errado? - Jeongguk falou baixo, incerto. - Você se lembra do que me disse? Que tinha errado os dados de um trabalho porque estava... pensando demais em mim - Jeongguk falou pausadamente enquanto procurava todas as palavras, notando como Taehyung olhou curioso para ele em seguida. - Eu sei que você se esforçou... como sempre faz... mas talvez...

- Eu acho que você tem razão nisso, não só nisso como em quase tudo sempre - Taehyung sorriu, tocando a pele artificial da bochecha do androide. Ele tinha certeza que aquelas bochechas estariam vermelhas agora. Seu coração doeu, mas ele disfarçou. - Vou verificar tudo agora.

Ele fez como foi dito. Procurando nas pastas salvas os dados que precisava conferir, mas não os de Enter One, e sim nos de Jeongguk. E, como Jungkook supôs, realmente estavam lá.

Taehyung conectou o cabo novamente, revendo alguns códigos, removendo outros, atualizando mais alguns. Depois de alguns minutos, estava tudo feito.

Ele então tocou na nuca de Enter One, ativando seus sistemas.

Os olhos do robô percorreram o ambiente. Taehyung buscou, novamente, o isqueiro. Com cuidado, ele aproximou o fogo da palma do androide, surpreendendo-se quando finalmente EO respondeu ao estimulo, afastando a mão.

- Eu não acredito - Taehyung murmurou, fazendo o mesmo processo novamente, obtendo o mesmo resultado. - Ele está funcionando agora! - Taehyung falou, aliviado, olhando para Jeongguk. - Tudo graças a você, meu amor - Taehyung abraçou o androide, e mesmo que não obtivesse retorno, ele sabia que Jungkook estava tão feliz quanto ele. - Eu amo você.

- Eu te amo mais, Tae - Jeongguk falou. - E agora, o que vai acontecer?

- Vou ligar para o meu pai e falar que a nova apresentação de Enter One vai acontecer. Isso vai resolver tudo. Tenho certeza que vou receber bastante crédito para controlar a produção de novos androides com essas características. Vou ter acesso a todos aqueles instrumentos e vou finalmente conseguir fazer com que você possa se mover como deseja, além de tantas outras coisas! Isso vai ser o começo para nossa vida juntos novamente.

Taehyung estava resplandecente. Ele cobriu EO com o tecido novamente. Suas mãos correram para as bochechas de Jeongguk, deixando-lhe um beijo gentil na testa.

- Eu já volto, vou apenas buscar o meu celular no quarto. Quero que essa apresentação aconteça amanhã pela manhã. Quanto antes encerrar isso, melhor.

- Você vai demorar?

- Prometo que não, apenas fique aqui, tudo bem? Vou deixar a porta aberta, assim você não precisa ficar com medo.

- Tudo bem - Jeongguk respondeu. - Por favor, não demore - ele disse, tentando ressaltar o quão ruim seria se ele ficasse sozinho novamente.

- Eu não vou - Taehyung garantiu novamente enquanto deixava o depósito, a porta aberta o suficiente para que Jeongguk conseguisse ver o lado de fora e ficasse mais calmo.

Ele decidiu correr enquanto ia em direção ao quarto, procurando o celular. Demorou apenas o tempo que ele achava o aparelho, e então, ele correu de volta para o depósito. Entretanto, vindo de uma direção parecida, Yoona surgiu com o rosto assustado.

- Yoona?? Acabou de chegar? - Taehyung perguntou, receoso.

Ela assentiu, passando a mão no cabelo de forma exasperada, mas tentando disfarçar.

- Está tudo bem?

- Tive uma briga com Minki, só isso - ela disse, buscando se afastar para o próprio quarto. - Depois conversamos, tudo bem? - ela não esperou por uma resposta, mas de todo modo, Taehyung também não desejava insistir naquilo. Ele caminhou de volta para não levantar suspeitas, encontrando a porta do jeito que estava antes, assim como Jeongguk.

- Jeongguk, você viu alguém passar por aqui? - Taehyung perguntou, só por garantia.

- Não, eu estava atento nele - Jeongguk se referiu a Enter One. - Você o deixou ligado.

Taehyung esqueceu totalmente Yoona na casa com a menção daquele pequeno vacilo. Ele puxou o tecido de Enter One, observando que, realmente, era possível vê-lo ainda com os olhos abertos e piscando. Taehyung o desligou corretamente daquela vez.

- Como sabia que ele estava ligado?

- Pensei ter ouvido algo.

Taehyung concordou, cobrindo Enter One com o tecido.

Mas ele deveria ter reparado melhor nos detalhes ao seu redor. Entretanto, desde que Jungkook estava de volta, ele não tinha feito isso muito bem.

Ele se despediu bem cedinho de Jungkook, tendo que levar Enter One sem ser apercebido. Seu pai não imaginava que ele mexia com tudo aquilo dentro da própria casa, já que Taehyung tinha sua própria oficina dentro da empresa com tudo que precisava.

Dessa vez, quando todos os empresários estavam reunidos, Taehyung apresentou EO de forma confiante e, tal como esperava, ele respondeu aos estímulos anunciados. Diversas palmas foram dadas a ele, e muitos empresários vieram conversar com ele dessa vez, ansiosos para trabalharem consigo, investindo em novos projetos. Seu pai também estava orgulhoso, devolvendo-lhe o cargo chefe e a liberdade para iniciar novos projetos.

Estava dando tudo certo exatamente como ele tinha imaginado no dia anterior. Ele mal podia esperar para começar a fazer os ajustes em Jeongguk, atualizar os sistemas e colocar até mesmo novas peças. Tentaria deixá-lo o mais humano possível, mas apenas ele. Seus esforços seriam todos para ele.

Ele conseguiu voltar para casa mais cedo, indo na direção do depósito desejando contar todos os acontecimentos a Jungkook. Não tinha fechado a porta daquela vez, ciente que Jungkook ficaria com medo.

Ele prometeu que não faria nada até Taehyung chegar, para não gerar suspeitas enquanto Yoona se arrumasse para ir para o trabalho, o que seria cedo. Mas assim que ele se aproximou do depósito, seu coração ficou acelerado, porque a porta estava escancarada.

Sem conseguir se conter, ele correu para o depósito, passando pela porta e levando um grande susto ao ver a mulher sentada na mesma cadeira que Enter One na noite anterior, com Jeongguk ao lado, numa outra cadeira, mas com a cabeça baixa.

Os dedos de Taehyung estavam tremendo quando ele foi em direção a Jeongguk, chamando a atenção de Yoona. Tocando o rosto dele, tentando ativá-lo novamente, porque havia percebido seus olhos fechados.

Ele não obteve resultados.

- Ele não vai ligar - Yoona disse, a mão pressionada na mesa de aço. Sua expressão era abatida.

- O que você fez com ele?! - Taehyung perguntou de forma exasperada.

- Nada - ela disse, olhando para ele enquanto levantava. - Eu o vi ontem pela porta. Em pé, em frente a cadeira, olhando pra alguma coisa coberta que estava sentada nessa cadeira. Pensei que estava ficando louca. Então vim conferir hoje pela manhã. Ele estava bem aí, sentado, desse jeito.

Taehyung escutou tudo desacreditado. Sim, ele tinha deixado Jeongguk sentado ali, mas ele estava bem, estava ligado! Se despediu dele e ele desejou que voltasse logo, tinha certeza disso!

- Está mentindo - ele falou, sentindo algumas lágrimas acumularem.

Yoona também começou a deixar algumas lagrimas escaparem.

- Eu jamais mentiria sobre isso - ela murmurou. - Eu estava tão desesperada achando que você tinha trazido ele de volta... eu queria tanto falar com ele - sua voz embargou. - Mas quando cheguei aqui, não tinha nada. Assim como da primeira vez.

Taehyung lembrou da primeira vez que Yoona viu o androide Jeongguk, e como também disse não ter ouvido nada, e que Taehyung deveria desativá-lo. Agora, os olhos dela pareciam dizer a mesma coisa.

- Tae... Você precisa parar. Isso já foi longe demais - ela disse, se afastando aos poucos em direção a porta. - Sinto muito, sei que tudo que aconteceu deve ser tão angustiante pra você, e eu queria poder tirar isso de você, mas não posso. Só você pode fazer isso, e quanto mais acreditar que Jungkook está "vivo" nesse robô, pior vai ser.

Ela saiu do depósito, deixando Taehyung sozinho com Jeongguk.

Ele continuou insistindo em tentar ligá-lo, mas não conseguia. Jeongguk continuava desligado, sem mostrar qualquer movimentação.

Taehyung caiu de joelhos, deixando que suas mãos, assim como seu rosto se apoiassem sobre os joelhos de Jeongguk enquanto ele chorava. Tudo doeu, mas seu coração parecia ter sido completamente destroçado. Ele simplesmente não conseguia acreditar que tudo tinha sido uma mentira, não podia ser... Jungkook tinha falado com ele, tinha estado com ele, podia jurar!... Podia sentir...

Foram longas horas.

Quando Taehyung decidiu sair do depósito, já era quase noite. Ele teve dificuldades, mas carregou Jeongguk com ele, até que tinha colocado o androide no carro.

Ele entrou logo em seguida, ligando o carro e saindo de casa.

A estrada era longa e Taehyung não pensou em muita coisa. Ele só acelerou cada vez mais.

Taehyung tinha lidado com todo o sofrimento antes porque acreditou que de algum modo Jungkook estava com ele, que não estava sozinho. Agora, ele sabia que tudo era coisa da sua cabeça.

Jungkook não voltaria.

Assim como ele.

As chamas já começavam a incendiar o carro. Pouco a pouco, tudo que um dia Taehyung conheceu, começava a desaparecer. Ele podia ouvir, ao longe, o som de sirenes.

Sua mão foi em direção ao rosto de Jeongguk. Depois de algumas falhas, ele finalmente conseguiu tocá-la.

Quando Jeongguk abriu os olhos, Taehyung não sabia exatamente no que deveria acreditar.

- Taehyung... Taehyung... - ele parecia querer mover a mão, mas não conseguia. Taehyung sentiu tanto por ele, tirando sua mão do rosto apenas para segurar a mão do androide. - Desculpe...

- O que... O que aconteceu lá? - Taehyung perguntou com a voz fraquíssima. Ele não sabia o quão mais aguentaria. Ao menos, falar com Jungkook nos seus últimos momentos o consolava completamente.

- Fiquei com medo quando minha irmã apareceu, então entrei em suspensão... Mas então não consegui mais voltar quando você tentou ligar a máquina - Jeongguk falou, e Taehyung apertou sua mão com mais força, como se pudesse fazê-lo sentir seu toque. - Eu ouvia você, eu queria dizer a você que estava lá, mas não consegui. Me desculpe. Eu causei isso de novo. Eu só fiz você triste. Eu sinto tanto.

Taehyung sabia que estava chorando, assim como sabia que, se fosse possível, Jeongguk estaria também. Tudo aquilo era demais para eles.

- Você sempre foi tão bobo, meu bem - Taehyung soltou um riso fraco que custou muito a ele, mas mesmo assim, continuou. - Os momentos em que estive feliz em minha vida... Todos foram ao seu lado ou por causa... De... Você - sua voz enfraqueceu ainda mais. - Eu não conseguiria... sem você.

- Eu te amo tanto - Jeongguk disse, e Taehyung usou tudo o que tinha para se mover um pouco mais para frente, deixando que sua testa tocasse a do androide. - Mesmo que não possamos ficar juntos agora... Tae, eu vou te esperar pra sempre... Até na outra vida.

- E eu vou te encontrar de novo, porque sempre vai ser você - o fogo aumentou, assim como os olhos de Taehyung começaram a se apagar ainda mais. - Eu te amo pra sempre, Jungkook.

Tudo que restava dele foi embora naquele momento.

O fogo aumentou ainda mais e, de repente, consumia todo o carro. Jeongguk viu quando as chamas cobriram tudo, e tudo que ele enxergava era a cor delas. E mesmo que não houvesse dor enquanto o fogo queimava seu corpo artificial, ele jurou ter sentido algo quebrar no peito da máquina. Provavelmente o que tinha feito com que conseguisse permanecer naquele plano e se comunicar com Taehyung.

Mas depois que aquilo se queimou por completo, Jungkook se sentiu forçado a sair dali. E quando isso aconteceu, não havia mais nada. Ele também tinha ido embora naquele momento.

Debaixo do luar que tomava de conta da noite, o carro queimou com chamas fortes e avermelhadas. E, quando a ajuda chegou, já não havia mais nada que pudesse ser feito.

Que pudesse ser salvo.

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