chapter 3: taehyung
Eles tinham discutido depois que marcaram aquele encontro. Tinham sido egoístas um com o outro sem perceber, apenas afundados no efeito que a ausência e o questionamento podiam trazer. Não tinha sido intencional, porque nenhum deles tinha maldade no coração para pensar naquelas coisas. Eles só eram jovens demais para entenderem que precisavam organizar as coisas, o tempo e, por mais que quisessem, não podiam ficar o tempo todo lado a lado. Mas eles também fizeram as pazes quase que minutos depois de terem dito tudo que sentiam sobre aqueles dias onde estavam distantes, completamente arrependidos.
- Me desculpe, Tae... Eu fui um idiota agora – Jungkook tinha dito, cobrindo a mão de Taehyung com a sua enquanto a apertava em consolo.
- Eu também fui, sinto muito. Deveria ter explicado melhor o quanto meu pai estava insistindo nisso, deixei você sem escolhas.
- Não, eu fui insistente demais, deveria ter esperado, mas é que fico tão frustrado quando estamos distantes – Jungkook murmurou. – Senti sua falta.
Taehyung cobriu a mão de Jungkook também, sentindo o calor que ela passava.
- Eu também senti a sua, tanta que eu acabei fazendo umas besteiras na empresa – Taehyung disse enquanto ria leve, fazendo o mais novo rir também.
- Taehyung, eu não acredito! Se seu pai me odiava antes, ele me odeia ainda mais agora.
- Ele não odeia você – Taehyung garantiu. – Odeia o tempo que passo com você, é diferente. Mas não ligue para isso. Eu já terminei o que tinha que fazer, então não vamos mais ficar longes um do outro.
- Mesmo? – Jungkook disse com os olhos brilhantes. E Taehyung pensou que, naquele exato momento, Jungkook era como o paraíso. Ele queria ficar com ele sempre, a única pessoa que realmente poderia fazer seu coração bater de verdade.
- Mesmo. Eu amo você – ele disse, e Jungkook abriu um sorriso lindo para ele.
- Eu também te amo, Tae.
Depois de tanto tempo separados, Jungkook na casa dos pais e Taehyung praticamente vivendo na empresa, ele decidiu que seria melhor irem para a casa que era deles. A maior parte da aquisição tinha sido feita por Taehyung, e por mais que ele tivesse insistido em comprar tudo para que Jungkook não precisasse gastar o próprio dinheiro do trabalho que tinha, não aconteceu assim. Agora, ele percebia que aquilo tinha sido bobagem. Era a casa deles, afinal.
Mas talvez ele tivesse tomado outra decisão errada. Talvez devessem ter deixado para o próximo dia, pela manhã, quando pudessem ver o trajeto que faziam corretamente.
A bela noite foi fatal para um deles.
Taehyung podia se lembrar vividamente do que aconteceu depois. A depressão na qual permaneceu por quase seis meses, a culpa, o desejo de que naquela noite tivesse sido ele, não Jungkook. E então, o desespero para recuperar o que havia sido perdido, a origem de Jeongguk que durou mais de um ano, a qual o coração era composto por tudo que o fazia lembrar do Jungkook que tanto amava: fotos, alianças.
A "loucura" veio apenas uns dias depois de apresentar o androide para o seu pai, porque ele realmente estava tão feliz por ter recuperado uma parte do que lhe doía tanto: a imagem de Jungkook. Ele não deixou que Jeongguk fosse apresentado aos empresários, entretanto, e seu pai respeitou sua decisão. Mas então, Taehyung não conseguia mais sair de perto de Jeongguk, e jurava que Jeongguk realmente o entendia. Foram meses nisso, até que ele percebesse que provavelmente estava num estágio critico demais.
Seu pai deu a ele um novo trabalho para tentar tirá-lo de perto de Jeongguk; Yoona descobriu (pelo pai de Taehyung), que uma cópia do irmão tinha sido criada por Taehyung, e foi um dos pilares para convencer o outro a parar com aquilo. Jungkook, como todos sabiam, não estava mais ali com eles, e se fixar numa imagem irreal dele só faria mal para Taehyung.
Taehyung aceitou o aviso, aceitou o novo trabalho. Ele deixou Jeongguk sozinho por um ano enquanto se focava em Enter One. Foi melhor para ele, de fato. Se preocupar em fazer um novo androide mantinha sua mente ocupada, impedindo-o de voltar para o dia, para a hora, para aquele momento do acidente.
Mas no fundo, ele sentia tanta falta de Jungkook, que até mesmo Enter One sofreu influência por isso, com dados modificados e códigos que Taehyung havia usado inicialmente para a criação de Jeongguk. Talvez fosse por isso que Enter One não tivesse ficado 100%, com seus sensores não recebendo os sinais mesmo que estivessem aptos para isso. Mas com sua mente tão interessada na volta de Jeongguk, Taehyung nem conseguia pensar nisso.
- O cheiro do quarto pode ser estranho, eu mal o uso agora. Estou quase sempre dormindo no depósito sem perceber – Taehyung omitiu a parte em que sentava ao lado da porta de vidro de onde Jeongguk estava. Doía como mesmo longe, ele nunca conseguiu ficar física e emocionalmente distante dele. Do mesmo modo, não importava dar essa explicação a Jeongguk também, porque ele não sentia cheiros, mas Taehyung tinha ignorado muitos detalhes desde que tinha saído da empresa.
- Você está bem? – Jeongguk perguntou, ainda segurando seu braço. Ele parecia mais focado naquela função do que em qualquer outra coisa. Taehyung soltou um riso fraquinho.
- Eu estou bem, eu só não queria ficar aqui – sozinho -, esse quarto não era só meu. Jungkook dormia aqui comigo, então... Apenas... Eu prefiro dormir no depósito.
- Sinto muito – Jeongguk disse e, logo em seguida, intercalou: - Sinto sua falta.
- Por que você sempre usa as mesmas frases? – Taehyung estava falando consigo mesmo. – Você não tem usado as palavras da gravação que coloquei em você. São inúmeras.
- Comando recusado.
- Eu deveria aumentar o seu banco de dados, então? Talvez você só não consiga dizer o que pensa porque só tem algumas frases que pode usar, certo? – ele não estava perguntando a Jeongguk, apenas tentando resolver as suas duvidas pensando alto demais, mas realmente foi encantador para ele quando Jeongguk ainda assim respondeu.
- Dados incompletos. Atualização de sistema necessária.
- Eu sei, eu sei. Vou adicionar um novo banco de dados para você hoje pela tarde. Mas se você não falar comigo, então eu vou acreditar realmente que estou ficando maluco.
- Prometo.
Taehyung soltou um riso fraco com a voz de Jeongguk. Por que ela parecia dar tranquilidade a ele mais do que as gravações? De alguma forma, era real demais, mais do que as gravações.
Ele guiou Jeongguk até a cama, onde precisou se separar dele mesmo que relutantemente. O modo como a face do androide pareceu entristecida com isso mexeu com Taehyung, mas ele precisava se conter. Seria preocupante se ele novamente ficasse como antes, imaginando que tudo que Jeongguk fazia lembrava exatamente as coisas que Jungkook faria.
- Você pode se deitar. Vou deixar o abajur ligado de todo modo – Taehyung explicou, deitando-se na cama. Era impressionante como foi fácil fazer aquilo, como parecia certo deitar naquela cama agora que Jungkook "estava em casa" de novo. Ele esperou com certa ansiedade até Jeongguk se deitar e, logo em seguida, levar a mão até Taehyung como antes. E, já percebendo que isso provavelmente era para mantê-los próximos, Taehyung se aproximou mais e deixou que Jeongguk o segurasse.
- Eu te amo – Taehyung deixou escapar, sentindo o coração acelerado. Ele fechou os olhos, satisfeito que tinha dito aquilo. Para o nada, para Jeongguk, não importava de fato. Ele só queria que Jungkook soubesse, por qualquer meio possível, mesmo sabendo que seu desejo não se concretizaria.
Mas, assim que o cansaço começou a embalá-lo, ele ouviu. Fracamente, nas vozes da gravação, assim como a leve pressão em seu braço.
- Eu te amo, Tae – a voz melódica disse, pela gravação. E então, com a voz do androide, ele falou: - Sinto sua falta.
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Ele só foi realmente acordar pela tarde. Pela primeira vez depois de um tempo muito longo, ele dormiu bem. Taehyung virou-se para o lado apenas para ver Jeongguk na posição de antes, ainda com seus braços unidos. Os olhos estavam fechados, mas Jeongguk não tinha sido desligado, o que o fez pensar que ele tinha entrado em modo de suspensão. Apenas olhá-lo era suficiente para acalmá-lo.
Taehyung levantou devagar, não querendo que o modo em que o androide estava agora fosse desativado. Talvez conseguisse fazer uma surpresa para ele. Olhando para as horas, ainda estava mais cedo do que ele realmente pensou que acordaria, então conseguiria fazer tudo a tempo. A suspensão seria quebrada se movimentos bruscos fossem feitos, mas aquilo não iria acontecer. Quando Jeongguk acordasse, ele teria um banco de dados melhor e mais amplo, para que pudesse de fato se comunicar como desejava.
Ele buscou fazer sua higiene, procurando alguma coisa para comer na cozinha. Yoona provavelmente já estava no trabalho, então seria mais fácil para ele trazer seus materiais do depósito para casa sem que ela achasse estranho.
Depois de se alimentar, Taehyung levou tudo que precisava para dentro do quarto. Jeongguk ainda estava em modo de suspensão, dando a chance de continuar com sua ideia. Ele trouxe um banquinho e colocou ao lado da cama, próximo a parte superior do androide. Com o cabo conectado próximo a nuca, Taehyung prestou atenção em seu notebook, criando um novo banco de dados, amplo e diversificado. Ele esperava que Jeongguk conseguisse se comunicar como desejava agora.
- Estou tão maluco – Taehyung murmurou, fazendo a transferência de dados. Seu pai provavelmente não imaginava que ele tinha um apreço tão forte pelo androide (até agora). É claro, em outras circunstâncias, ele poderia ter resolvido a questão dos sensores em Jeongguk e o apresentado aos empresários, mas apenas para mostrar como funcionaria o projeto. Então, ele poderia receber algum crédito pelo seu trabalho, e finalizar tudo com Enter One. Mas ele não conseguiu fazer nem uma coisa nem outra. Para adicionar os sensores, ele precisava desligar Jeongguk para que não tivesse algum choque de circuitos; do mesmo modo, sua busca pela falha de códigos em Enter One parecia ser uma agulha no palheiro.
Quando a transferência foi concluída por completo, Taehyung removeu os cabos e afastou o notebook para outro local. Ele suspirou, satisfeito consigo mesmo, mas sentindo uma sensação horrível no âmago. E se Jeongguk realmente estivesse falando?
Até agora, tudo que ele fez ou pensou em fazer estava baseado na ideia que estava ficando maluco, então não importava de fato se era absurdo ou não, ele poderia fazer. Mas e se não estivesse?
Os robôs estavam realmente criando vida própria? Não, impossível. Apesar da tecnologia avançada, com a aparência de um androide sendo praticamente a cópia humana, não haviam sistemas tão complexos que os permitiram, por exemplo, ligarem sozinhos sem algum comando. No máximo, o desligamento forçado ou a suspensão automática, mas ainda assim, isso eram coisas programadas.
O que poderia ter feito Jeongguk falar de verdade? Como se, tão humano quanto Taehyung, também pudesse expressar pensamentos e anseios, sentimentos e emoções, não só com palavras, mas com o próprio corpo artificial?
Tudo era tão confuso que Taehyung preferiu manter a ideia de antes: sua maluquice fazia mais sentido do que qualquer outra coisa até então.
Taehyung se arriscou a sentar na lateral da cama sem muita cautela, desejando realmente que Jeongguk saísse da suspensão. Como esperado, os olhos de Jeongguk se abriram com o movimento, mas ele pareceu ter algum tique nervoso nos olhos por alguns segundos — provavelmente reconhecendo os novos dados — antes de parar.
Quando ele olhou para Taehyung novamente, parecia incrivelmente humano.
— Ei! Sente-se — Taehyung pediu gentilmente, vendo o androide fazer o solicitado. — Coloquei um banco de dados novinho em folha pra você, como falei que iria fazer — Taehyung abriu um sorriso que não conseguiu conter. Jeongguk parecia absolutamente deslumbrante agora que o enxergava novamente com a iluminação mais forte e vivida, longe da opacidade do depósito. — Você prometeu que falaria comigo se eu atualizasse ele, lembra?
Ouve um silêncio longo, com Jeongguk apenas piscando os olhos pretos e profundos para ele. Taehyung estava começando a se preocupar se tinha feito alguma bobagem com os códigos quando o androide finalmente falou.
— Tae... Estou... Estou feliz... Feliz em ver... Ver você... — as palavras saíram lentas e quase sem entonação. Jeongguk parecia estar se acostumando com elas, ao mesmo tempo que localizava exatamente o que desejava falar. Taehyung ouviu tudo com o coração batendo forte, cheio de ansiedade. — Faz muito... Tempo. Senti sua falta.
Taehyung teve que engolir em seco após ouvir. Ele notou a diferença da primeira frase, as palavras ditas de forma insegura por terem sido adicionadas agora, e as últimas, a qual Jeongguk já tinha familiaridade, sendo ditas com a normalidade já conhecida.
— Feliz em me ver? Então você gosta de mim? — Taehyung perguntou para tirar dúvidas. Era impossível que robôs tivessem sentimentos humanos e, novamente, ele não entendia.
— Faz muito tempo — dessa vez, já mais acostumado com as novas informações, o androide já falava de forma mais confiante. Até o final daquela conversa, Taehyung tinha certeza que ele provavelmente já conseguiria usar todo o banco de dados com essa confiança. — Você esqueceu...?
Taehyung franziu um pouco a testa.
— Quanto tempo você quer dizer? Você só está realmente funcionando há seis meses antes do desligamento e agora.
Jeongguk pareceu sentir mais do que Taehyung aquela frase. De alguma forma, o desligamento parecia afetá-lo apenas por ouvir falar dele.
— Vinte — Jeongguk disse, deixando Taehyung cheio de confusão. — Vinte e quatro.
Taehyung franziu a testa. Ele tentou silenciosamente calcular as datas do androide enquanto o robô continuava.
— Desde que... Vi você.
Havia uma emoção genuína em seu peito, do tipo que ele já tinha sentido antes. Jeongguk parecia ter os olhos mais brilhantes agora, e o lembravam os de Jungkook na primeira vez que se viram.
— Isso só faz alguns meses — Taehyung murmurou, mas ele já havia concluído o seu cálculo. Entretanto, era um pouco difícil de acreditar ainda mais agora. Talvez devesse esperar por Yoona, contar a ela e pedir que ouvisse Jeongguk falando. Provavelmente ela não escutaria nada além das frases respondidas através de comandos, e diria a ele que já estava na hora de deixar isso para trás. E ela não estaria errada se Taehyung estivesse ficando maluco.
O que não estava.
— Anos — Jeongguk disse, com o tom de voz um pouco... Chateado? — Faz anos.
Taehyung estava tremendo um pouco. Eles se conheceram quando Jeongguk tinha vinte anos, e o acidente aconteceu alguns meses depois do seu aniversário de vinte e quatro.
— O que aconteceu depois disso? — pela primeira vez, Taehyung quis ter uma verdadeira prova. Informações sobre acontecimentos não tinham sido dadas. Jeongguk tinha um banco de dados de novas palavras. Ele poderia juntá-las para se comunicar a seu bel prazer, mas não havia como tirar dados de acontecimentos específicos dali. Para responder, ele precisaria conhecer, precisaria ter vivido.
O silêncio quase o fez acreditar que, realmente, tudo não passava de uma ilusão quase perfeita. Mas então, a voz macia fez seu coração acelerar e seu corpo ficar arrepiado.
— Acidente — com a voz baixa, sem segurança, o androide continuou. — Você ficou triste.
Taehyung sentiu os olhos encherem de lágrimas. Ele piscou rapidamente, tentando afastá-las, tendo um breve êxito nisso. Mas sabia que não poderia guardá-las por muito tempo.
Porque Jungkook estava ali.
— Como eu não poderia ficar... Tudo aconteceu tão rápido, eu nem tive tempo de me despedir de você — Taehyung confessou, olhando Jeongguk nos olhos. — Deveria ter sido eu. Você não merecia nada disso. Me desculpe.
- Não diga isso – Jeongguk disse baixo. – Estou feliz que... pude ver você de novo.
Taehyung se aproximou mais, segurando a palma do androide entre os seus dedos.
- Jungkook, é mesmo você aí? – Taehyung perguntou, apenas para ter a mais absoluta certeza. Ouvir da boca de Jeongguk quem realmente tinha falado por ele por todos aqueles meses antes do desligamento e agora.
- Sou eu, Tae – Jeongguk falou com segurança, mas conhecendo-o, Taehyung quase podia ver o sorriso entristecido dele naquele instante. – Nessa máquina... Não sei como..., mas... consegui me comunicar por aqui.
- Eu não acredito..., Jungkook! – Taehyung disse de forma desesperada, inclinando-se contra o androide para abraçá-lo. Ele mal conseguia definir a sensação que tinha agora, como se fosse simplesmente explodir de alegria, de satisfação, de paz. As lágrimas escorreram sem controle, apenas deixadas de lado para seguirem seus caminhos. – Como, como isso é possível? Eu, eu pensei que tinha perdido você pra sempre – a voz de Taehyung saiu carregada de dor apenas com a ideia.
- Eu também... eu pensei que nunca mais ia ver você, foi... horrível – Jeongguk disse. – Eu queria abraçar você, mas não consigo – sua voz saiu fraca.
Taehyung se afastou, limpando as lagrimas dos olhos enquanto sorria cheio de felicidade. Fazia um longo tempo que ele não era feliz.
- Sinto muito, eu nunca pensei que isso fosse possível, Jungkook. Mas eu sei que você está ai agora! Vou dar o meu melhor pra fazer esse androide responder aos seus comandos, eu prometo – Taehyung nem mesmo conseguia parar de sorrir. Foi difícil até mesmo pensar em outra coisa além daquele que ele tanto amava ali, conversando com ele. – Mas eu, eu realmente... Desde quando?
- Não sei ao certo... Quando acordei, já estava dentro desse lugar – Jungkook disse, se referindo ao robô.
- Você está preso aí dentro?!
- Não, eu... eu posso sair. Eu fiz isso quando... quando parou de funcionar... Só não podia mais... Falar com você... Era um vazio.
Taehyung mordeu o lábio inferior com força, abaixando a cabeça para o próprio colo, pensativo. Ele esteve falando com Jungkook aquele tempo todo, não estava ficando maluco, era realmente ele, mas como não tinha sido capaz de perceber a tempo, desligou o androide para esquecer daquela ideia. Jungkook tinha ficado todo aquele tempo querendo falar com ele novamente, mas sem conseguir. Doía nele apenas a ideia.
- Sinto muito, eu deixei você sozinho por tanto tempo, Jungkook – Taehyung falou, suspirando pesadamente. – Eu pensei que estivesse ficando maluco, não imaginava que isso pudesse realmente acontecer. Se eu soubesse...
- Tae, não tinha como você saber... eu também... fiquei com medo que você desligasse para sempre e nunca mais poderíamos nos falar, então, tive medo... de dizer a verdade – Jeongguk falou. Ele continuava sentado, o androide ainda esperando comandos. Taehyung ficou tão entristecido por isso. Ele queria que Jeongguk tivesse a liberdade de antes, a vida de antes, ou o mais próximo dela que conseguisse fazer.
— Eu não vou deixar você sozinho nunca mais — Taehyung disse e, sentindo-se ainda confuso com tudo, ele perguntou: — Mas como tudo isso realmente aconteceu? Você se lembra?
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