Eu estava viajando em meus devaneios até que novamente ouvi o som da porta sendo aberta, ao olhar para a frente, lá estava Steve, com um pacote de pequenas bengalas em tuas mãos, e logo ao lhe ver corri em tua direção e abracei o mesmo com toda minha força. Steve retribui ao abraço, e pareceu não entender muito bem o que havia feito.

–Steve! Achei que iria passar o natal com os seus familiares. –Disse a abraçar a cintura do mesmo, logo vendo os outros que estavam sentados no sofá nos olhar estranho. –Esse é o Steve, meu... Namorado.

Todos pareciam me olharem estranhos após eu dizer aquilo, principalmente Peter, eu sabia que em seu olhar ele transmitia uma tristeza imensa, mas resolvi ignorar aquilo, sentando-me a segurar na mão de Steve.

Eu me sentia uma péssima pessoa, obviamente não sentia completamente nada por aquele garoto, ele apenas era um baind-aid, para poder calar a imensa tristeza, e falta que Peter me fazia, ele nunca foi um amor, ou um garoto que tive algum tipo de sentimento, ele nunca foi nada para mim, mas permaneço com ele.

Meus pais, obviamente concordava com eu estar com ele, por ver o quão triste eu fiquei por estar sem Piter, eu havia ficado totalmente acabada, decepcionada e triste com aquilo, foi a pior decepção que havia tido, e não imaginava que fosse vim de Piter.

Ele me olhava parecendo estar decepcionado, mas ele não tinha ideia de quão decepcionada eu fiquei quando ele me deixou.

. . .

A casa já estava completamente cheia após alguns estantes, havia pessoa que eu realmente não tinha ideia de que fosse, e ficar ali me deixava extremamente desconfortável, e logo decidi subir para meu quarto, sentar-me na cama e ler novamente aquele meu livro que tanto gostava.

Senti uma enorme avalanche de sentimentos avassaladores e pessimista agarrar-me por trás, sentia como se todo o peso de esses tempos tivesse chegado apenas agora, como se tudo que me deixasse triste, tudo de ruim nesse período, houvesse me dado um soco se realidade.

Deixei-me verser por aquela tristeza, eu a deixei esmagar-me e acabar com o que havia de esperançoso em minha vida, deixando que todas aquelas lágrimas pudessem escorrer, aquelas lágrimas que tanto guardava estavam a me verser e fazer-me ficar cada vez mais abatida.

Sentia-me péssima, não sabia diferenciar se estava sendo fraca, ou se tivesse guardado aquilo por muito tempo, apenas deixei as lágrimas descerem.

Eu estava totalmente aberta, como se a minha alma estivesse exposta para todos, mas ao mesmo tempo tentava ficar mais forte, e conter aquilo.

Ao ouvir o som da batida na porta, passei a palma da minha mão em meu rosto, para que pudesse enxugar minhas lágrimas, eu poderia querer chorar, mas não poderia deixar que ninguém visse aquilo.

Enxuguei o máximo de meu rosto e corri até a porta a abrindo e dando um pequeno sorriso, mas que logo foi desmoronado após notar que a pessoa que estava na porta, era Larry, o garoto que agora parecia estar com Piter.

O que aquele garoto queria comigo? Piorar minha situação?