Capítulo 17
Meu corpo parecia pesado, como se houvesse um grande peso em minhas pernas me forçando a permanecer na cama quente.
Provavelmente não iria durar muito tempo naquela cama, como era noite de véspera natal, minha mãe provavelmente me acordaria cedo para poder ajuda-la com os preparativos, e a fazer o seu belo perú.
Como eu esperava, minha mãe logo chegou e começou a bater na porta, o que me fez rapidamente levantar da cama, que tanto pretendia permanecer o resto da minha vida.
—Você sabe que não precisa trancar essa porta! —Disse minha mãe, enquanto batia com força naquela porta.
—Eu sei, mas gosto, não quero acorda todos os dias com você me encarando! —Terminei de vestir minha roupa, tentando usar a roupa mais quente possível, me direcionando até a porta e a abrindo. —Porque está me acordando as... —Olhei ao meu relógio de pulso, me assustado com o horário —É seis horas da manhã! Para que carambas você me acordou às seis da manhã?!
—Oras, não faz muito tempo que foi a última ceia, não lembra das fotos? —Ela logo me entregou algumas coisas dobradas de uma bela forma que só ela sabia dobrar.
Oh, claro, as fotos, eu realmente não entendo o porquê de haver sempre a "hora da foto". Minha mãe sempre nos acordava às seis da manhã para irmos tirar algumas fotos para podermos mandar para nossos parentes distantes, e mesmo eu não entendo muito bem, eu sempre tinha que me vestir com uma roupa natalina e agir como se todos os problemas que estavam acontecendo no ano não existissem.
Para parecermos uma família perfeita.
Era patética aquela roupa, um moletom vermelho com o treino do Papai Noel, junto a várias renas, que foi tricotado por minha mãe a uns dois anos atrás, mas que mesmo assim ainda era obrigada a usá-lo. Acompanhando o "belo" moletom, havia uma tiara de rena, que me deixava Patética por fazer barulho de sinos enquanto eu andava.
Eu me sentia sufocada por aquele moletom extremamente apertado em meu pescoço, por mesmo que eu não tenha crescido muito nesses últimos dois anos, eu ter engordado bastante neles, mas mesmo assim tive que sair com um grande sorriso em meus lábios, que obviamente era forçado, mas que não importaria muito, já que eu sempre fui quase invisível.
Por incrível que pareça, meu pai havia ido para a minha casa, fingir q ainda eramos uma família perfeita, e que não fazia meses que ele havia se separado minha mãe, obviamente aquele casamento não duraria muito mesmo.
Após aquela terrível foto, tive que ajudar minha mãe a preparar aquela ceia, pois ela era um desastre na cozinha. Até hoje meu pai ri junto a seus amigos dizendo que a maior causa de sua separação era a péssima comida de minha mãe, como se isso fizesse ele ir atrás de alguém qualquer.
A única coisa de boa em ele ter se juntado a Steve, foi teu filho uns dois anos mais velho que eu, no começo, achei que ele fosse ser um garoto metido, que iria me tratar mal e que seríamos rivais, como sempre acontece nos livros que eu leio, mas por incrível que seja, ele é um garoto interessante, acabamos virando grandes amigos, e ele me apresentou a um garoto que estou namorando a quase um mês.
Eu e Luke passamos a metade da tarde andando e conversando, mesmo ele sendo um pouco silêncioso e misterioso, eu gosto de falar com ele, é como se esquecesse que minha vida estivesse péssima.
Decidimos voltar a casa quando notamos que já estava a escurecer, não pretendia chega em casa quando todos já estivessem a comer, eu não poderia ficar sem comer os meus belos cookies que tanto demorei para preparar.
Meu coração parecia mais apertado que o normal, eu sentia um pressentimento estranho, como se aquele dia não fosse um dos melhores.
Ao girar a maçaneta da porta de entrada, me deparei com alguém não tão esperado; era Peter, com um pequeno sorriso a me olhar.
O que ele estava a fazer naquela cidade que tanto odiava?
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