Obviamente eu sou um garoto patético. Eu sou bom em usar das pessoas para poder me sentir bem, e foi exatamente isso que eu fiz com Garoto que havia encontrado na loja.

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Tentei não fazer nenhum tipo de barulho, me arruma ao máximo em silêncio para não acorda-lo, exatamente como tentei com Larry, e nunca funciona.

 —Então quer dizer que você é do tipo que vai embora sem falar nada? Você parecia ser do tipo que ficava.—Disse o rapaz, se sentando na cama.

—Eu preciso ir, não posso passar o resto da minha vida na casa de um desconhecido.—Dei de ombros após terminar de me vestir. 

—Não estou dizendo que queria que casássemos, apenas que se despedisse, mas whatever, você precisa se acerta com os seus amigos.—Ele se levantou e vestiu sua roupa.

—Eu não vou me acerta com eles, não necessito deles. 

—Talvez não de todos, mas de Piper sim, ela você precisa.—Ele foi até o banheiro e começou a escovar seus dentes.

—É mesmo...—Iria dizer seu nome, mas mesmo puxando todos os meus pensamentos e memorias, foi impossível se lembrar.—É mesmo.

—Você não se lembra do meu nome, não é?—Disse ele após terminar de escorvar teus dentes, saindo do banheiro a revirar os olhos.—Esperava mais considerações do cara que acabei de transar.

—Transamos, não casamos.—Disse a terminar de colocar meus sapatos.

—Luke, meu nome é Luke, disse apenas para não ir embora sem ao menos saber meu nome.—Ele riu de leve e logo pegou uma caneta, levantando a manga da minha blusa a anotar algo.—Não vamos casar, mas quero ao menos continuar falando com você.—Ele deu um pequeno mas belo sorriso se virando a procurar as chaves de sua casa, me puxando pelo braço a andar até a saída.

—Prometo lhe ligar, ao menos uma vez.—Sorri de lado com o que havia dito, e ligo saí de sua casa.

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Porque idosos roncão tanto? Essa pergunta era a que mais queria fazer para uma idosa de aparência de ter entre 70 a 60 anos, e eu até poderia tentar fazer essa pergunta a ela, mas seu sono era extremamente profundo, era de acorda todas as pessoas do ônibus, mas por sorte, todos estavam de fone no máximo, exceto eu, é claro.

 Queria eu poder ter um sono daquele, eu até mesmo tentei, milhares de vezes, mas além do som inalado pela idosa, meus pensamentos corriam soltos  por toda estrada, e sempre me perguntava; Porque uso as pessoas de curativo para minhas tristezas?

Tentei ao máximo dormi, mas não consegui, e enquanto pensava em como pode ter sido feliz esse último dia que passei longe de Piper para ela, se livrar de um encosto como eu deve ter sido incrível para os seus pensamentos, acabei olhando de relance para o meu braço, e logo vi o número de Luke, e vários pensamentos veio em minha mente, e resolvi salva seu número em meu celular.

Vi algumas mensagens desesperadas de Piper. As ignorei. Vi algumas mensagens dos pai de Piper. As ignorei. Mas ao ver uma noticia enviada de um número bloqueado, meu coração rapidamente apertou de tristeza.

Era uma mensagem sobre o julgamento que havia acontecido a uns dias atrás sobre a morte de minha mãe, e como não houve muitas pessoas testemunhando a favor ou contra, e havia feito pelos pais de Piper, não durou muito. 

Meu pai foi preso por homicídio, e a sua desculpa para ter matado-a foi que eles estavam tendo um caso, e ela não quis ficar com ele, então a matou sufocada na sua banheira enquanto tomava banho. Isso só fez a minha culpa se aumentar.

Não tinha muito para onde ir, obviamente se eu fosse voltar para Nova York, tudo só iria se piorar, então decidi uma coisa; iria para a cidade de Larry.