Capítulo 11
Pior do que estar em Los Angeles, é voltar para Nova York. Aquelas falsas preocupações, as pessoas da escola me perguntado se estou bem, não é meio obvio que não? Aquele lugar atrai coisas ruins, não voltaria mais, nunca mais.
. . .
—Você está bem?—Perguntou Piper me vendo pensativo. Esse tipo de pergunta me irrita profundamente.
—Não, é obvio que não. —Me levantei um pouco irritado, abrindo a porta do carro e saindo, dando longos e extensos passos em direção a algum lugar qualquer, vendo ela ir atrás de mim.
—Me desculpe... Vamos entre logo, não temos tempo para isso, ainda temos os últimos e mais importantes dias, você não tem muito para onde ir.—Ela me puxou pelo braço assim me fazendo parar, dando um extenso sorriso. Nada animador e completamente forçado.
—Qual a parte do "eu não precisar da sua ajuda" você não entendeu, huh? Eu não preciso do seu falso apoio emocional, eu não preciso de você.—Disse em um tom sério, esperando que ela entendesse aquilo.
— / / —
Talvez eu possa ter sido um tanto grosso com ela, talvez ela não merecesse aquilo, mas eu precisava afasta-la de mim, precisava ficar sozinho, precisava entender a minha situação, e ela só me faria ter pensamentos felizes, eu não poderia ter pensamentos felizes.
Algumas pessoas naquele lugar me olhavam estranho, talvez por não ser todos os dias em que um garoto passa mais de duas horas parado em um banco em frente a uma loja de doces em um centro.
Nem eu mesma sabia o porque de estar ali, aquele lugar tinha coisas bonitas, doces que aparentam ser bonitos, eu me sentia bem olhando aquilo, tinha uma pequena sensação de nostalgia, me lembrava quando a minha vida realmente era boa, realmente gostava dela, na época em que nós vivíamos bem, onde meu pai ainda morava junto a nós, onde minha mãe não apanhava, era uma bela época, mesmo meu pai traindo minha mãe todos os dia em sua própria loja de doce.
Aquele lugar me trazia boas lembranças, mas também me trazia péssimas lembrança, depois de o ver traindo minha mãe, ele tentou me comprar, com algumas coisas que eu gostava, mas como sempre eu estava do lado de minha mãe, resolvi a contar, e um dia depois ele sumiu, eu ainda sinto falta dele, de quanto boa era minha vida na época em que nós morávamos juntos, mas como sempre acontece, algo ruim estraga tudo.
Não conseguia entender o porque ele faria aquilo, anos após isso tudo ele ainda a matar, isso é patético, e ainda por cima fazer como se fosse suicídio, acho que não fui feito para ser feliz, agora eu estou literalmente sozinho, nem mesmo Piper estava mais comigo, eu afastei a única pessoa que poderia me fazer bem, e agora estou aqui, em uma enorme solidão, olhando para uma loja.
— / /—
—Você está bem? Faz horas que você está ai... Não entra e nem compra nada... Já iremos fechar, se quiser entrar para comprar algo, pode entrar, não estou com muito afim de fechar agora.—Um cara que vendia as coisas da loja sentou em meu lado e disse isso, ele não parava de me olhar em todo segundo que fiquei sentado, por literalmente o dia inteiro.
—Para falar a verdade, já estava a sair...—Me levantei a ajeitar minha roupa. Passei tanto tempo sentado que não sentia minhas pernas.
—Você tem certeza? Nunca lhe vi por aqui, essa cidade é grande, mas conheço a maioria que mora aqui. —Ele deu uma pequena risada, se levantando também.
—Talvez...—Olhei para trás, vendo alguns donuts exibidos em uma estante de vidro. Aquela visão me deu água na boca.—Poderia comprar alguns, e eu te falo sobre isso, huh?
Ele concordou com a cabeça adiante de minha pergunta e logo começamos a comer alguns, enquanto eu lhe contava sobre minha vida, e por alguns milésimos de segundos, consegui me esquecer de todos aqueles problemas que eu não parava de pensar, e consegui focar em contar piadas sobre donuts e rir delas, consegui simplesmente tentar não pensar nessas coisas, e realmente foi bom.
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