Capítulo 10
Eu sentia uma imensa vontade de chorar, eu me sinto péssimo chorando, mas eu sentia mais vontade ainda de mata-lo, de mata-los.
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-Você tem certeza que quer isso?-Perguntou Piper enquanto me olhava um tanto preocupada.
-Eu preciso saber.-Suspirei fundo enquanto olhava fixamente a estrada, vendo algumas pessoas da rua começarem a olharem para nós. Não é todo dia que um carro fica parado durante horas em frente a uma casa.
-Podemos fazer isso outro dia, não sei, talvez esperar um pouco...-Ela provavelmente estava tentando me acalmar, mas aquilo não ajudou muito.
Resolvi sair. Abri a porta. Dei calmos e lentos passos até a porta. Toquei a campainha. Vi ele sair e me olhar estranho. Minha vontade era socar ele.
. . .
Meu coração batia forte. Eu precisava me acalmar, resolvi beber um gole de meu café que havia sido servido por uma bela moça garçonete.
Piper parecia pensativa, teus olhos estavam diretamente fixados a calçada da rua, observando os carros passarem, ela parecia totalmente pensativa.
O silêncio era avassalador. Qualquer pessoa que passasse ali sentiria o cheiro da raiva queimar em suas narinas.
Nitidamente Piper não estava muito feliz com aquela situação. Ela poderia queimar a calçada com aquele seu olhar.
-Você sente falta dela?-Perguntou Piper, enquanto fitava com seus olho a calçada que era pisada por milhares de pessoas.
Aquela cidade realmente era bastante abitada.
-Com toda certeza.
Me lembro nitidamente o dia em que estava em meu quarto, e ele chegou bêbado. Como sempre derrubado tudo que havia em sua frente, contando com minha mãe. Ela não ligava para essas coisas, mas eu ligava.
Ela caiu com toda força na parede. Sua cabeça bateu com força. Um grande buraco se abriu em sua cabeça.
Não aguentei. Lhe dei um soco. Fazia alguns dias que eu estava guardando aquele soco.
Ela obviamente ficou do lado dele, mesmo chorando em sua cama. Sua cama e a minha era apenas dividida por uma parede, e eu conseguia ouvir os seus choros. Nunca fiz nada, e me arrependo daquilo.
-Eu também sinto, das duas.-Respondeu Piper, tirando tua atenção da calçada, a me olhar.
-Loren era incrível.-Tentei consolar ela. Sou péssimo nisso.
. . .
Ela parecia estar triste, eu não sabia como consola-la.
-Uma pergunta, você ficou com ele?-Falou ela, se virando a me olhar.
-Não, eu sempre gostei de você, achava que você sabia, era meio nítido isso.-Disse em um tom baixo, ela parecia estar confusa.
-Eu sou uma babaca, sempre lidei como se você fosse apenas o meu amigo, desculpa por isso... Realmente me...-Ela suspirou fundo, tocou tuas mão delicadas em meu maxilar, e logo me beijou.
Era forçado, ela não queria, obviamente não queria, mas mesmo assim continuei.
. . .
-Eu não gosto de você.-Falou ela, se levantando e saindo.
Aquilo havia sido péssimo, não havia sentimentos, apenas corpos sendo tocados. Corpos vazios.
. . .
Lá estávamos nós, em aquela mesma cena, eu tomando coragem para tocar a campainha, eu não precisava saber, a policia divulgaria em alguns dias, mas eu queria ouvir, queria ouvir de sua boca, ouvir ele dizer que matou minha mãe.
- / /-
-Quem é você? John não está procurando drogas.-Disse uma idosa, me lembro dela, era minha vó, mas obviamente não lembrava de mim, já que fazia anos que não a via. Eu tenho cara de alguém que usa drogas? Para ela eu tinha.
-Eu sou o filho dele, bem, quase filho.-Ela já estava quase a fechar a porta, mas se virou a dar um largo sorriso.
-Peter?!Você esta tão alto...Cresceu tanto!-Ela parecia tão animada com aquilo,e logo vi seu filho, mais conhecido como meu padrasto vim em nossa direção.- Vamos lá, entre e vamos falar sobre a vida. Como está tua mãe?
A coisa mais irônica que poderia ter ouvido naquelas ultimas semanas.
-Ela está morta, por culpa do seu filho, ele a matou e fugiu para o colo da mãe, quanta maturidade!-Meus olhos queimavam de ódio olhando a cara deles. Era uma mistura de tristeza e ódio.
-Como você tem a coragem de me acusar desta forma?!-Falou ele, me olhando totalmente irritado. A única pessoa mais patética que eu, era ele.-Ela já estava morta quando achei ela, eu nunca faria isso! O seu verdadeiro pai fez, ele matou a sua mãe!
. . .
Eu sentia uma imensa vontade de chorar, eu me sinto péssimo chorando, mas eu sentia mais vontade ainda de mata-lo, de mata-los, o meu pai pode ter matada fisicamente, mas ela já havia sido morta anos atrás, por meu padrasto.
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