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Capítulo 6 - Nunca é um Adeus

***

Chris entrou no salão de festas, sentindo a ansiedade apertar em seu peito. O lugar estava vazio, as luzes apagadas, e a penumbra que sustentava o ambiente havia sumido. Ele chamou por Ashley, mas pressentiu que ela não estaria mais ali. Ela poderia estar em qualquer lugar.

— Ashley? — ele gritou, caminhando pelo salão. — Ashley, onde você está? — perguntou, enquanto levantava as cortinas do palco.

Ele olhou ao redor, procurando algum sinal dela, mas tudo o que encontrou foi silêncio. A frustração e o medo aumentavam dentro dele. Ele sabia que precisava encontrá-la, precisava das respostas que só ela poderia dar.

Saindo da sala, Chris se dirigiu ao campo verde do campus. O sol já descia, dando espaço à uma tímida lua cheia que crescia cada vez mais forte no horizonte. Ele avistou um grupo de pessoas aglomeradas indo em direção ao cemitério, perto da faculdade. Elas estavam acendendo lanternas, completando o terceiro dia de Festival do Halloween.

Seu coração acelerou. Ele sabia o significado daquele festival – a passagem dos mortos para algo além da morte. A ideia de que Ashley pudesse estar entre almas que se preparavam para partir, o encheu de temor.

Chris correu, tentando alcançar as pessoas antes que fosse tarde demais. Ele precisava encontrar Ashley, precisava acreditar que ela ainda estava ali, que não o havia deixado. Ele correu pelo cemitério, ignorando as pessoas e as lanternas, focado em uma única coisa: o túmulo de Ashley.

Ele se aproximou do túmulo visualizando as várias flores ainda frescas que enfeitavam o local. Lírios, rosas, girassóis e dentes-de-leão. Cartas e álbuns espalhados pelo chão lhe comprovaram que estava no lugar certo. Ao folhear as páginas, seu coração afundou ao ler as palavras escritas, mostrando o quão Ashley era adorada por todos que a conheciam.

Chris bufou, sentindo uma onda de frustração e tristeza. Não tinha trazido flores ou qualquer outra coisa para prestar suas homenagens. Ele estava tão focado em encontrar respostas que se esqueceu de preparar algo significativo. Aproveitou, já que o local estava vazio, provavelmente porque ele correu como um louco para chegar primeiro.

Ele se agachou ao lado do túmulo, sentindo as pernas fraquejarem. Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto enquanto ele sussurrava entre soluços:

— Ashley, por favor... Volte para mim. Eu não te achei em nenhum outro lugar, por isso espero que você não tenha atravessado, encontrado a paz, ou seja lá como os outros dizem... — pegou um bilhete dentro de seu bolso e fungou, antes que começasse a ler. — Esses dias, por mais que estive focado em descobrir seu assassino, não me esqueci de você. Jamais poderia. Você chegou na minha vida do nada, e se tornou absolutamente tudo. Me desculpe minhas palavras não formais, meu jeito todo errado... Se você estiver em algum lugar no céu neste momento, saiba que você foi a única razão da minha pequena felicidade, de eu finalmente achar o meu propósito aqui na Terra, e pela primeira vez, me sentir útil em alguma coisa. Queria que soubesse, que eu jamais me senti tão vivo, como no dia em que eu tive o privilégio de te beijar, e descobrir dessa forma, um lado de mim que até então eu não sabia. Obrigado, por absolutamente tudo, Ashley. E eu te amo. E acho que amarei para sempre. — ele suspirou, deixando o bilhete próximo a uma foto apoiada na lápide.

De repente, Chris ouviu um som suave atrás dele. Ele levantou a cabeça e viu Ashley se aproximando. Ela se agachou ao seu lado, os olhos cheios de preocupação.

— Chris... Essas foram as palavras mais lindas que eu já escutei na morte. — ela riu e chorou, simultaneamente.

— Ashley! — ele pulou instantaneamente para abraçá-la, mas, infelizmente, passou por entre ela, sua imagem se dissipou e se formou novamente.

Envergonhado, ele abaixou a cabeça e deu uma risada baixa, limpando os olhos com o punho direito. — Me desculpe. — sussurrou.

— Não tem com o que se desculpar, Chris. — ela disse, colocando a mão em seu ombro.

Tudo o que ele podia sentir com a aproximação dela era o vento frio e concentrado, diferente da brisa de outubro.

— Eu achei que você já tivesse ido embora. Eu... Acho que acreditei muito nesse movimento estúpido de Festival das Lanternas. — respondeu, fungando o nariz.

Ashley sorriu tristemente. — Chris, para falar a verdade, eu realmente sinto como se estivesse enfraquecendo essa noite. Como se minha energia, ou minha essência, fosse sumir a qualquer momento. Sinto que não passarei de hoje. — admitiu, tristemente.

Chris não queria acreditar nisso, mas também não queria gastar nenhum segundo por essa revelação.

— Ashley, me escute, eu trouxe algumas coisas... Fotos... Que talvez possam ajudar você a identificar o assassino. Espero que isso não lhe cause nenhum gatilho.

Ele pegou as fotos do bolso e as entregou a Ashley, que começou a folhear foto por foto, com olhos atentos.

— Por que estou olhando para policiais? — ela indagou, achando estranho e ao mesmo tempo sentindo-se muito desconfortável.

— Quando você me falou do símbolo da estrela, eu percebi que poderia ser de alguns membros da polícia civil, já que ano passado alguns policiais rondavam a área, e, diferente dos alunos, são um dos únicos que podem circular o campus com carros. Mas o que me fez ter certeza de que não fosse um funcionário foi o símbolo. Olhe, esses símbolos são idênticos ao que você me falou. — disse, apontando para o símbolo nos carros e a patente na roupa dos policiais.

De repente, Ashley ficou fraca. — Não, Chris. Isso é muito para digerir. Eu não sei se estou pronta. — disse, sentando-se.

Chris sentou ao seu lado, preocupado. — Me desculpe. Sobre o que você não está pronta?

— E se, logo depois de eu encontrar o meu assassino, eu seja obrigada a deixar esse lugar? — perguntou, olhando-o com olhos marejados.

— Eu... eu... Não sei, Ashley. Mas espero que eu possa te encontrar algum dia...

Ashley suspirou. Sabia que teria que ser corajosa quando esse dia chegasse. — Me prometa uma coisa, Chris?

— Qualquer coisa. — ele respondeu, prontamente.

— Todos os anos, acenda uma vela para mim ou me deixe flores no túmulo. Eu não quero ser esquecida.

Chris sorriu com lágrimas escorrendo no rosto. — Você nunca vai ser esquecida por mim. Eu prometo.

Ashley sorriu com uma aura suave ao redor dela, uma mistura de tristeza e aceitação. Ela olhou para as fotos novamente, e de repente, seus olhos lacrimejaram e suas mãos começaram a tremer ao encontrar uma específica.

— O que foi? — Chris perguntou, preocupado.

Ashley balançou a cabeça positivamente. — Sim, Chris. Você estava certo. É esse cara. — apontou para um homem com uniforme, ao lado do tio de Chris.

Era Ethan Lewis, o parceiro de seu tio. O homem que já estava na polícia por mais de 12 anos, e tinha sido transferido dois anos atrás para a cidade de Westbury.

Chris não escondeu sua feição de incredulidade, assim como raiva e angústia.

— Você o conhece, Chris? — Ashley perguntou, assustada.

— Parceiro do meu tio. — engoliu em seco.

Ashley ficou estonteada, mas magoada. — Sinto muito...

— Não precisa, Ash. Eu mesmo sinto. E quem irá sentir mais é esse filho da puta! Mas, eu quero que ele se foda no momento, Ash... Eu prometo que farei ele fazer um teste de DNA, e o DNA irá bater com o dele, e tudo ficará bem. Eu prometo, ok? — ele perguntou, tentando fazê-la se sentir confortada.

Ashley suspirou algumas vezes, tentando manter a calma, enquanto lágrimas ameaçavam de tomá-la por inteiro.

— Claro, Chris. Claro. Está bem. Muito obrigada por achar meu assassino. — ela disse, mas acabou por chorar ao final da frase.

— Não fique assim, Ash. Por favor. — ele abaixou sua cabeça, tentando ficar o mais próxima dela.

Ashley podia jurar que conseguia sentir a proximidade de Chris, como se fosse humana. Seus corpos estavam cada vez mais próximos, sentados e apoiados com as costas na própria lápide dela. Seus soluços foram cessando com o passar do tempo, e Chris estendeu o braço, tentando levantar o rosto de Ashley, que o olhou, e sussurrou:

— Chris, há pessoas vindo. Temos que sair daqui.

Chris olhou para as pessoas que vinham em direção a eles, acompanhadas por um padre, carregando um turíbulo. O objeto balançava de um lado para o outro, liberando uma fumaça perfumada que pairava no ar. Assustado, ele se levantou e olhou para Ashley.

— Venha, Ash. Não vou deixar que te levem agora.

Ela assentiu, indo com ele em direção à saída contrária do cemitério. Contudo, mais pessoas entravam do lado contrário, também seguidas por um padre. Eles se viram sem saída, mas Ashley não se assustou.

— Chris, seja lá o que Deus quiser... Eu quero partir aqui, com você. — ela sentiu em sua alma uma sensação de coragem, mas também de alegria e tristeza.

Chris a olhou com olhos marejados. — Ash, por favor... Não. Eu não estou pronto pra te perder.

Ashley balançou a cabeça para o lado. — Você jamais vai me perder, Chris. Eu sinto que vou poder ficar de olho em você, por mais que a gente não se fale mais...

Chris ergueu a mão, colocando-a na bochecha gélida e etérea de seu rosto. Ashley fechou os olhos, sentindo a energia crescente vinda de seu peito.

Quando o grupo chegou mais perto, eles começaram a lançar suas lanternas para o céu. As luzes amarelas e vermelhas subiam, iluminando o cemitério com um brilho acolhedor. As cores quentes criavam um cenário romântico e atraente ao redor de Chris e Ashley. Os padres chegaram perto o suficiente para que suas vozes começassem a ser notadas, e Chris e Ashley pudessem entender o que estava sendo dito. Mas, enquanto compartilhavam aquele momento de silêncio, ninguém mais existia além dos dois.

Ashley olhou para Chris naquele mesmo momento, vendo as luzes encherem o cemitério, trazendo vida ao lugar mórbido. Talvez fosse a única ali que também via as almas de outras pessoas caminhando pelo caminho. Ela sentiu que seu tempo se acabava.

Quando todas as lanternas estavam no céu, ela aproximou o rosto do de Chris, e instintivamente, ele se inclinou, tentando alcançar os lábios de Ashley. Quando eles se tocaram, uma energia foi compartilhada entre eles. Diferente do primeiro beijo, mas igualmente especial.

O beijo, apesar de frio, era formigante e eletrizante. As luzes ao redor, vindas das velas e lanternas, começaram a brilhar cada vez mais forte. O beijo se tornou mais intenso à medida que as pessoas se aproximavam. Quando estavam perto o suficiente para ver que Chris se inclinava em uma posição um tanto estranha, as luzes das lanternas se apagaram, deixando as pessoas confusas e assustadas.

Para Chris, ele já sabia o que isso significava. Ashley tinha ido embora dessa vez, e talvez não retornaria. Ele ficou de pé, sentindo uma mistura de tristeza e paz. Olhou para o céu, onde apenas as estrelas brilhavam, e sussurrou uma última vez:

— Eu sempre te amarei, Ashley. Obrigado por tudo.

Enquanto as pessoas ao redor murmuravam entre si, tentando entender o que havia acontecido, Chris caminhou lentamente para fora do cemitério, levando consigo as lembranças e o amor que compartilhou com Ashley. Ele sabia que, apesar de tudo, ela sempre estaria com ele em espírito.

***

Depois de alguns dias, uma reportagem saiu nas televisões e jornais:

"Foi condenado, o homem que assassinou a jovem de 25 anos, Ashley Page. Ethan Lewis, um policial patrulheiro com 12 anos de carreira, que foi transferido de Windhill para Westbury. O teste de DNA foi compatível com o DNA do caso, e agora, os policiais estão investigando outros possíveis casos que também possam envolvê-lo como o principal suspeito."

Chris assistia a reportagem na televisão, enquanto arrumava sua própria gravata, no espelho do quarto.

— Aí cara, tá parecendo um boiola. — PD zuou enquanto se aproximava.

— Qual é, cara. Pelo menos pareço melhor que você.

O comentário fez ambos rirem. — Desculpa pela situação que te fiz passar, Paul. Você é o melhor amigo que eu poderia ter. Eu fui um babaca.

PD assentiu. — É... — deu um riso nasal. — Mas, eu acho que eu também me fiz parecer suspeito, né? Relaxa cara, eu entendo.

— Valeu. — disse Chris.

Chris estendeu a mão e PD aceitou o gesto, fazendo o toque de parceria deles.

— Então, vai precisar de carona de volta pra casa? Meu tio vai vir até a cerimônia.

— Não precisa não, cara. Eu marquei de me encontrar com a Jade no parque, depois de pegar o diploma.

Chris abriu a boca, entendendo que era a amiga que Joyce quis que ele conhecesse na festa de Halloween. — Se deu bem, ein! — disse, feliz pelo amigo.

— Haha, pois é cara! Agora vamo buscar nosso diploma. — Paul chamou, enquanto já se dirigia para a porta.

Durante a saída, Paul esbarrou em alguém, e quando olhou para cima, percebeu ser o tio de Chris.

— Delegado Carson, bom te ver aqui. — ele abaixou ligeiramente a cabeça em respeito, e foi retribuído com o mesmo gesto.

— Paul, digo o mesmo. Se cuide menino, e fique longe de problemas.

— Claro. — Paul abriu um meio sorriso e caminhou para o corredor adiante.

O tio entrou no quarto e balançou a cabeça:

— Esse cara é um figura... — disse enquanto se aproximava de Chris, que deu uma risada fraca.

Assim que se aproximou o suficiente, apoiou as duas mãos sob o ombro do sobrinho.

— Chris, obrigado por me ajudar a desvendar o caso. Seja lá quais foram as suas fontes... Eu estou surpreso que vinha de dentro da polícia. Por baixo de meu nariz... Aquele desgraçado não verá nunca mais a luz do dia.

— Obrigado, tio. Significa muito para mim. — Chris agradeceu, sentindo-se um novo homem.

— Estarei te apoiando no meio do público e, seus pais também. Mas, se quiser, pode voltar comigo depois que acabar.

Chris respirou fundo. — Mamãe disse que convidaria todos nós para um jantar em família. Creio que as coisas mudam. — disse.

— Uau! Que ótimo! Vejo você lá então. — o tio disse, ao sair.

Mas, antes que fosse embora, ele elogiou o quadro pendurado no quarto do sobrinho.

— Quadro muito bonito, viu. Deveria vender, ganharia milhões.

Chris soltou um riso. — Sinto-lhe dizer, esse quadro vale milhões pra mim.

O tio saiu soltando um riso curto, deixando Chris sozinho.

Chris se aproximou do quadro e contemplou a sua própria obra prima. O retrato, mostrava milhares de lanternas no céu escuro e pontilhado pelas estrelas, e no centro, havia duas silhuetas de corpos juntos, que se tornaram um só, assistindo as lanternas.

Como se fosse um passe de mágica, um vento soprou mais forte do lado de fora da janela para dentro do quarto. Chris se virou, e sentiu sua bochecha formigar em um toque quente e suave.

Com orgulho de si mesmo, seus olhos lacrimejaram.

— Fiz esse quadro pra você, Ash. — sussurrou.

Finalmente, saiu do quarto e apagou as luzes.

FIM

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