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Capítulo 3 - A Garota Misteriosa

***

Depois de ter sido deixado sozinho no salão, com a sensação de perda, Chris sentiu-se confuso. Por que ela teria ido embora e para onde? E por que desapareceu tão repentinamente? A conversa também tinha sido estranha. Eram muitos sentimentos confusos para processar.

Sua primeira reação foi procurar pela garota misteriosa nos arredores do salão. Chris sabia que ela não poderia ter ido muito longe, então se dirigiu ao banheiro, esperando encontrá-la lá, mas após algum tempo de espera, ela não apareceu. Enquanto saía, sua amiga Joyce apareceu, e ele imediatamente se aproximou dela.

— Joyce, você viu uma garota com um vestido prateado por aqui? Ela estava comigo, uma menina de cabelos castanhos com duas mechas louras, olhos castanhos claros e grandes? — perguntou Chris, preocupado.

Joyce franziu a testa por um momento, pensando. Então, sacudiu a cabeça.

— Não, Chris. Não vi ninguém assim por aqui. Você a perdeu?

Chris sentiu um nó na garganta.

— Parece que sim... — murmurou ele, desanimado.

Joyce colocou uma mão no ombro de Chris, tentando confortá-lo.

— Talvez ela tenha saído, ou quem sabe ainda está por aí.

Chris murmurou um "tudo bem" para Joyce e saiu. Ele avistou Paul tentando conversar com uma garota, que parecia um tanto entediada com a conversa, enquanto ele tentava lhe oferecer uma bebida.

— Ei, Paul, você viu uma garota com um vestido prateado por aqui? Ela estava comigo há pouco tempo — perguntou Chris, esperançoso.

Paul franziu o cenho por um momento, tentando lembrar.

— Eu não vi, desculpa cara. Estou um pouco ocupado aqui — respondeu Paul, indicando com um gesto a garota ao seu lado.

Chris agradeceu rapidamente e continuou sua busca pela garota misteriosa. Enquanto circulava pelo salão, avistou um vulto ao longe, reconhecendo o vestido prateado que ela usava, se dirigindo à saída. Ele acelerou o passo, tentando alcançá-la antes que desaparecesse novamente.

Após sair do salão, Chris não encontrou ninguém nos corredores além de alguns casais se beijando. Suspirou profundamente e decidiu caminhar por eles em busca da garota. Ele tinha a sensação de que ela poderia estar em algum lugar afastado da festa, talvez precisando de um momento sozinha.

Enquanto percorria o local, deparou-se com o mural onde os alunos, amigos e professores haviam prestado homenagens à garota assassinada no ano anterior. As velas ao redor da mesa emitiam uma luz fraca que chamou sua atenção.

Ele parou diante das mensagens deixadas. Seus olhos foram imediatamente atraídos para a foto central entre as folhas. Reconheceu imediatamente a garota do memorial como sendo a mesma que estava dançando com ele na festa. Um misto de pavor e medo tomou conta dele.

Sua respiração tornou-se descompassada, seu coração parecia querer saltar do peito. Seus pelos arrepiaram-se e ele sentiu-se em negação.

— Não, não pode ser a mesma pessoa — sussurrou para si mesmo, com a voz trêmula.

Chris olhou novamente para a foto, tentando encontrar algum detalhe que pudesse confirmar ou negar sua suspeita. A semelhança era inegável, mas ele se recusava a acreditar que a garota que beijou momentos antes poderia estar ligada a um trágico assassinato. Um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente enquanto ele tentava entender o que estava acontecendo.

Ele sentiu uma mão no ombro e virou-se abruptamente. Era exatamente ela, a garota misteriosa.

— Sinto muito, Chris. Não queria que descobrisse dessa forma — disse Ashley, enquanto Chris permanecia de boca aberta, sem conseguir articular uma resposta imediata.

Ela prosseguiu, tentando se explicar:

— Como você pode ver, eu estou morta. Mas por alguma razão que ainda estou tentando entender, você e algumas outras pessoas ainda conseguem me ver. Isso me conforta um pouco diante de toda essa situação. Meu nome é Ashley. Eu tinha 25 anos.

— Eu não sei o que dizer, Ashley... — murmurou Chris, ainda atordoado com a revelação.

— Me desculpe. Eu não esperava envolver outra pessoa dessa maneira. Vou parar de perturbar você agora.

Enquanto ela lhe dava as costas, Chris segurou o seu braço delicadamente, tentando impedi-la.

— Espere, você não está me perturbando, acredite — disse Chris, temendo que Ashley desaparecesse novamente. — Por que você sumiu daquele jeito?

Ela passou a mão pelo braço, hesitante.

— Isso é errado. Você não deveria ter me beijado. — ela baixou o olhar, envergonhada.

— Acredite em mim, foi o melhor beijo da minha vida.

Enquanto Chris falava, algumas pessoas passaram pelo corredor, olhando-o como se ele estivesse louco. Ele retribuiu o olhar, temendo que elas fossem espalhar fofocas para os outros. Quando as pessoas se afastaram, ele se virou novamente para Ashley.

— Será que poderíamos conversar lá fora?

Ashley concordou com a cabeça, levando Chris para fora do prédio.

— Você não devia ficar mais assustado por estar conversando com um fantasma? — perguntou Ashley, intrigada, ao vê-lo tão descontraído ao seu lado.

— Tenho mais medo de gente viva — admitiu ele.

Ashley ponderou por um instante, percebendo que ele tinha razão.

— Sou a prova morta de que esse é um medo muito sensato — disse ela, dando uma risadinha sem humor.

Os dois se dirigiram a uma área arborizada não muito longe do salão onde a festa acontecia. Para se assegurar de que não se tornaria uma área de pegação ou para o consumo de drogas ilícitas, a Universidade havia instalado vários postes de iluminação na área. Apesar disso, o local continuava oferecendo alguma reserva para quem quisesse ficar de conversa, longe da agitação do baile.

Ashley e Chris se sentaram sobre a grama recém-cortada, desfrutando do aroma delicioso das hortênsias que cresciam num arbusto próximo dali.

— O que aconteceu com você? Se não for muito indelicado perguntar...

— Para dizer a verdade, não tenho certeza.

— Como assim?

— Eu não me lembro de muita coisa. Acho que posso ter sido vítima de um boa noite Cinderela.

Chris ergueu as sobrancelhas, não sabendo o que dizer sobre isso.

— Quer me contar? — sibilou ele. — Digo... Às vezes é bom desabafar.

— O essencial você sabe. Eu estou morta.

— Pegaram o seu assassino? — Chris mordeu o lábio, arrependendo-se por ter sido tão direto.

— Não. Ninguém conseguiu descobrir quem foi. Ainda deve estar por aí.

— Então... Me conta. Quem sabe eu não posso ajudar a levar esse desgraçado à justiça?

— Pode ser — concordou ela. — Se bem que... Não tenho certeza se o que me lembro será de muita ajuda.

— Para sua sorte, eu li uma tonelada de livros de mistério. Sou bom em desvendá-los.

Ashley sorriu.

— Mas isso aqui é vida real. E sua fonte nem faz mais parte desse mundo.

— Pelo contrário, faz totalmente parte do meu mundo, desde que te conheci.

Ashley sentiu seu rosto ruborizar. E sendo um fantasma, ela nem sabia que ainda era capaz disso.

— Bem... Lembra que você achou que eu nem era britânica? — começou ela, ao que Chris assentiu. — Tinha razão. Bem, tecnicamente, eu nasci em Liverpool, mas isso foi só alguns meses antes de o meu pai arrumar um emprego na Austrália, onde eu cresci. Foi lá que adquiri esse sotaque que chamou sua atenção. E que atraía mais atenção do que eu gostaria, desde que voltei para a Inglaterra.

Ashley deu um suspiro profundo, como se o que estava prestes a dizer lhe causasse uma grande dor.

— Naquela noite, quando eu... — Ela não conseguiu completar.

Chris assentiu e segurou sua mão, encorajando-a a prosseguir.

— Estava exatamente aqui, na festa de Halloween. Eu nem queria ter vindo. Foi minha colega de quarto e as outras meninas que insistiram. Disseram que eu seria a única pessoa em todo o campus a ficar em casa. Então eu vim. Dancei um pouco com as minhas amigas; escapei de algumas cantadas... E conheci um cara que parecia legal. Ele parecia bonito, espontâneo e divertido. Ele me ofereceu um drinque, algum tipo de ponche azul, e nós fomos para a pista de dança. Depois de algum tempo, saímos do salão e começamos a nos beijar, mas eu notei que ele tinha bebido mais do que eu pensava, e começou a avançar o sinal. Então eu o empurrei, dei um tapa na cara dele, e decidi ir embora. Só que...

Ashley fechou os olhos. Era nítido que a lembrança era muito dolorosa.

— Ele seguiu você? — indagou Chris, ainda segurando a mão dela, tentando confortá-la.

— Acho que sim... Não sei... Foi quando comecei a sentir uma tontura estranha. Eu cambaleei para fora do salão e tentei caminhar o mais rápido que minhas pernas, agora trêmulas, conseguiam até o prédio dos dormitórios, mas...

Ashley parou, franzindo o cenho.

— Mas...? — incentivou Chris.

— Não consigo me lembrar — ela admitiu, finalmente. — Só me lembro de ter tropeçado. Apoiei as mãos no chão... Meus olhos mal conseguiam ficar abertos. Eu senti duas mãos no meu ombro... Ouvi uma voz... Mas já não distinguia mais o que ele dizia. Devia ter alguma coisa no meu ponche... — Ela deu outro suspiro profundo. — E depois disso, só escuridão.

Chris engoliu seco. Não sabia se devia abraçá-la, ou apenas continuar segurando sua mão. Por fim, passou o braço em volta dela e a puxou para si, permitindo que chorasse em seu peito.

— Sinto muito... — sussurrou ele, após beijar o topo de sua cabeça. — Não consigo nem imaginar o que você passou...

— O pior de tudo foi ter permanecido aqui, o ano inteiro, observando as pessoas, meus amigos seguindo com suas vidas, e me esquecendo pouco a pouco... Sem ninguém me notar.

— O memorial ali na entrada me diz que eles não te esqueceram — disse Chris, tentando confortá-la.

— Só porque os noticiários resolveram recordar o caso esta semana. Aí é claro, ninguém quer passar recibo de amigo desleixado. Todo mundo escreve um bilhetinho, uma mensagem carinhosa, cheia de saudade... Tudo aparência. Fazem isso para se exibir para os vivos, não por amor aos mortos.

Ashley balançou a cabeça, tentando afastar esse ressentimento e ergueu os olhos para Chris.

— Desculpe, não era minha intenção reclamar. Mas não faz ideia de como me sinto sozinha. E de como é doloroso perceber que poucas pessoas realmente se importam com a minha partida. Se pelo menos eu tivesse, sei lá, feito a tal passagem em que as pessoas acreditam...

— Por que acha que ficou aqui?

Ela deu de ombros.

— Não sei. Mas daria tudo para partir. Só que eu não consigo.

— Talvez você seja como o Patrick Swayze — supôs Chris, torcendo para que ela não interpretasse isso como uma piada.

— Como em Ghost?

— Sim. Ele permaneceu na Terra para apanhar seus assassinos e salvar a vida da namorada. Será que a pessoa que te matou não está colocando a vida de outras pessoas em perigo?

— Com certeza ele não é a Madre Teresa.

— Talvez esse seja o seu assunto inacabado. Talvez você seja a única pessoa que pode fazer com que ele seja apanhado.

— Só tem um problema: exceto por você e aquela polonesa melancólica que trabalha na limpeza, ninguém me vê. E ela nem fala a nossa língua direito.

— Bem, mas eu falo.

— E eu também não me lembro do que aconteceu.

— Você se lembra de ter tomado um ponche batizado; lembra que o cara tentou fazer algo que você não queria; e lembra que ele te seguiu para fora do salão. Meu tio é policial aqui na cidade. Se me disser o nome do cara que te assediou, eu posso pedir para ele investigá-lo.

— E o que vai dizer quando ele perguntar como você sabe que ele pode ser meu assassino?

— Eu invento uma história.

Ashley deu um suspiro desanimado.

— Só tem mais um problema: como nas festas de Halloween as pessoas usam fantasia, eu não vi direito o rosto dele. Não sei quem era o cara.

***

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