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Capítulo 1 - Festa do Halloween

***

— Nada acontece nessas festas, cara, você vai ver — diz PD ao seu colega de quarto, enquanto veste o capuz de sua jaqueta preta. — Mas sempre tem alguma garota que bebe demais, e fica facinho, facinho.

— Cara, você é nojento! — diz Chris, torcendo o nariz para o amigo, mas no fundo, sabe que ele está só brincando.

— Relaxa, cara! Eu nunca digo para a garota que ela foi fácil. Sou até capaz de agradecer.

Chris faz outra careta diante da canalhice assumida do amigo, e finaliza sua fantasia colocando uma máscara veneziana sobre o rosto.

Detestava pintar o rosto, mesmo com a maquiagem branca e os olhos com largas sombras pretas, como a maioria de seus amigos fazia para se passar por fantasmas ou caveiras na noite de Halloween, então, decidiu vestir uma calça social preta, camisa branca, deixar alguns botões abertos, e ser o Casanova.

Não planejava ficar a noite toda, mas não passaria recibo de CDF, deixando de comparecer, embora sua vontade fosse ficar no quarto desenhando ou lendo um livro.

— Tá legal... — disse, resignado. — Vamos acabar logo com isso.

— Cara, parece até que você está a caminho do matadouro, e não de uma festa. Se anime um pouco!

— Festas de Halloween não fazem muito o meu gênero.

— Você vai mudar de ideia na primeira gata.

Chris duvidava disso, mas decidiu dar uma chance à diversão.

O baile ocorria no ginásio, numa das extremidades do campus. Tudo tinha sido decorado em azul e neon, e diversos esqueletos de papel pendiam do teto alto. Do lado de fora era possível ouvir a música alta ensurdecedora.
"Bem-vindo ao inferno!", pensou Chris, rindo-se de seu desânimo.

— Está vendo aquela caloura ali, vestida de Katy Perry? — disse PD, gritando em seu ouvido.

Chris não teve dificuldade em avistar a moça de cabelo azul, rebolando na multidão.

— Aposto que fico com ela com duas doses de ponche!

— Estou torcendo para você apanhar! — gritou Chris de volta, dando um riso forçado, mas intimamente, não estava brincando.

— Não espere por mim — gritou PD, antes de se embrenhar na multidão dançante.

Chris foi se esgueirando pelos cantos do salão, tentando evitar a pista de dança. Pretendia ficar menos de meia hora, falar com algumas pessoas, ser visto, e cair fora antes que seus tímpanos ameaçassem estourar. Conseguiu encontrar um espaço livre não muito longe da mesa de ponche, e ficou observando o salão, tentando memorizar aquela imagem para retratá-la num desenho mais tarde.

— Uma amiga minha não tira os olhos de você — disse uma voz aguda ao seu lado.

Ele se vira assustado, e encontra uma radiante enfermeira sexy.

— Oi, Joyce. Perdeu a fantasia de cupido?

— Achei melhor curar seu coração peludo — respondeu a amiga, enrolando o cabelo no dedo de um jeito charmoso. — Porque você não pode vir a uma festa e ficar quieto num canto, só olhando.

— Estou pensando na obra de arte que esta noite pode me inspirar.

— Se for me desenhar, quero que me faça parecer mais magra.

— Olivia Palito, entendi — debochou ele, dando-lhe uma piscadela amistosa.

— Engraçadinho... E aí, vai querer conhecer minha amiga, ou não?

— Bem, eu não vim aqui para isso, mas...

— Deixa de ser chato! — riu-se ela, dando-lhe um soquinho no braço. — Ela não vai te morder. Quer dizer... A menos que você queira.

— Ei, Joyce! — gritou alguém junto à mesa de ponche. Ela se virou, e encarou um John Travolta prontinho para os Embalos de Sábado à Noite.

— Oi, Dan! — E se virou rapidamente para Chris. — Eu já volto.

— Sem pressa — murmurou Chris, enquanto ela se afastava, grato pela interrupção.

E aproveitou a oportunidade para adentrar a pista de dança, prometendo a si mesmo ficar o mais longe possível de quem quer que seja a amiga de Joyce.

Joyce era uma das melhores amigas que fizera naquele seu primeiro ano na Universidade, mas ele não conseguia se lembrar de nenhuma amiga dela que já não tivesse namorado o time de futebol inteiro, e ele duvidava que fosse se interessar por alguma delas por mais de uma noite.

De repente começou a considerar a possibilidade de tirar uma garota para dançar, só para os amigos saírem de seu pé.

Deu uma boa olhada ao redor, tentando descobrir uma garota que estivesse tão entediada quanto ele naquele lugar.

Foi então que ele a viu. Ela não parecia entediada. Muito pelo contrário: dançava com graça e desenvoltura numa rodinha junto com outras duas garotas. Não conseguia reconhecer seu rosto, devido à maquiagem fantasmagórica, mas, por baixo da camada de tinta branca e preta, dava para reconhecer que era bonita. O cabelo estava quase todo solto, exceto por duas mechas louras presas no topo da cabeça, à moda dos anos 1960. O vestido prateado refletia a luz estroboscópica do salão conforme ela se movia. Mas o que chamou principalmente sua atenção é que ela não parecia se exibir e nem sequer notar as pessoas ao seu redor. Dançava em torno de si mesma, como se estivesse completamente sozinha no mundo, e não desse a mínima para isso. A silhueta de seu corpo refletia uma aura diferente, luminosa. E pela primeira vez durante muito tempo, o interesse fez com que seu coração errasse algumas batidas.

Decidido a escapar da atenção dos amigos, foi tentar a sorte.

Chris começou a dançar, enquanto se aproximava da garota, até se colocar no círculo com as três amigas. Gentilmente, ele foi envolvendo a garota, afastando-a ligeiramente das demais, para que dançasse com ele. A princípio, ela pareceu confusa com sua atitude, mas aos poucos foi se soltando e se deixando conduzir.

— Você quer beber alguma coisa? — gritou ele, perto do ouvido dela, após dançarem por alguns minutos.

— Eu não bebo! — gritou ela de volta.

— Não precisa ser álcool. Um refrigerante?

A garota ponderou por um instante, enquanto a música se encaminhava para o final. Por fim, deu de ombros.

— Está bem.

Eles foram se encaminhando para a mesa de bebidas, e começaram a examinar os recipientes. Além do ponche, havia outras bebidas com cara de batizadas, mas nenhum refrigerante à vista.

— Tem uma máquina automática no corredor — disse Chris, indicando uma porta na lateral do salão.

A garota foi se encaminhando para lá, seguida por Chris. Ele pegou dois refrigerantes, enquanto ela se sentava num banco de madeira que havia ali perto, descansando os pés dos sapatos de salto alto.

— Prefere coca ou limão? — perguntou ele.

— Tanto faz — respondeu ela, docemente, enquanto massageava os pés.

— Meu nome é Chris — disse ele, colocando a coca no banco ao lado dela.

— Prazer. Você é novo no campus?

— Comecei esse ano. Arte. Você...? — Ele deixou a pergunta pairar incompleta, esperando que ela lhe dissesse seu nome.

— Parece legal — disse ela, ignorando a pergunta dele. — De que tipo de arte você gosta?

— Desenho. Mas também curto pintura. E grafite.

— Será que eu já vi algum grafite seu por aí?

— Talvez... O muro atrás da estação de trem, por exemplo.

— Acho que faz mais de um ano que eu não passo por lá.

— Eu tenho uma foto aqui. — Chris apanhou o celular em seu bolso, e começou a rolar as imagens, até encontrar.

Uma imagem artística de um trem antigo saindo de uma nuvem de fumaça encantada, que parecia avançar em direção à calçada preenchia todo o muro ao fundo, dando a impressão de estar prestes a colidir com a viatura da polícia, estacionada diante dele. Num dos cantos, os dois artistas, Chris e PD posavam, como uma assinatura humana de sua obra.

A garota, de repente, ficou pálida, encarando a imagem na tela do celular.

— Você está bem? — indagou Chris, preocupado.

— Sim — murmurou ela. E recompondo-se: — É um trabalho incrível. Você é muito talentoso. Seu amigo... também é artista?

Ela indicou o rapaz ao lado dele na foto.

— Sim. O PD e eu criamos juntos essa imagem.

— PD... — A forma como ela repetiu o nome de seu amigo, num sussurro aborrecido fez com que Chris se perguntasse se ela o conhecia.

— Você... —  ele começou, lembrando-se de algo. — Ainda não me disse seu nome.

Ela jogou a cabeça de lado, e lhe deu um sorriso curioso.

— Que tal você tentar adivinhar?

Chris mordeu o lábio, achando intrigante, mas decidiu entrar no jogo.

— Vou te dar três chances — completou ela.

— Ok, Rumplestiltskin.

— Espero que esse não seja seu primeiro palpite — riu-se ela.

— Não. É que isso me lembrou do conto de fadas.

— Conheço a história. Mas te prometo que não vou levar seu primeiro filho se não adivinhar — disse ela, referindo-se à trama do conto alemão.

Chris pensou um pouco, analisando o rosto dela sob a maquiagem.

— Acho que você tem cara de... Ana.

— Por que Ana? — indagou ela, franzindo o cenho, mas com um sorriso.

— Estatisticamente, achei que tinha uma boa chance de acertar — respondeu ele, sorrindo.

— Bem, sua estatística falhou. Segunda chance...

Ele notou que ela tinha um leve sotaque, que ele não conseguiu reconhecer. Pensou se ela era do Sul, ou estrangeira.

— Mary?

— Estatística de novo?

— Sim... e não. Acho que você deve ser brasileira... Tem uma beleza peculiar.

Ela meneou a cabeça, mas não esclareceu se ele estava certo.

— Não me chamo Mary. Tem só mais uma chance.

Ele pensou um pouco. Muitos nomes lhe passavam pela cabeça, mas nenhum deles pareciam se encaixar com aquela garota intrigante.

— Por favor, me diga que é Melissa...?

Ela fez uma careta engraçada, mas negou com a cabeça, enquanto recolocava os sapatos.

— Acho que você vai ter que me dizer, então.

— Eu digo... — respondeu ela, inclinando-se para perto dele. — Amanhã.

E deu-lhe uma piscadela, antes de se encaminhar de volta ao salão de baile.

***

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