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Reencontro no Kaffebar - Parte Final

Sabia exatamente o que se passava na cabeça do líder da missão. Se tudo desse errado o Brasil ficaria taxado como um país com terroristas de alta periculosidade. Duas hipóteses de notícia corriam em minha mente: "Terrorista brasileiro explode cafeteria na Suécia." "Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) impede ataque terrorista na Suécia." Com certeza a segunda era bem melhor para o Brasil. A verdade é que o que me importava era deixar ela com vida, que todos morressem, menos ela. Ainda não tinha entendido o que estava acontecendo. Ela jamais poderia ser terrorista. Com certeza era outra pessoa. Mas ela estaria ali por qual motivo? A presença dela não era plausível. Outro atirador já teria tomado uma atitude?

Um homem cabisbaixo, bem agasalhado surgiu na esquina, caminhando devagar. Uma mulher altiva, com passos acelerados surgiu na outra esquina. Ambos seguiram em direção ao café. O homem chegou mais rápido e trombou na minha moça, derrubando o café no chão. Eles se ajeitaram, se tocaram, um longo pedido de desculpas. Quem tromba em alguém em uma calçada vazia? A mulher altiva passou por eles e entrou na cafeteria. O homem estabanado seguiu em frente. A moça, minha Laura, retirou um maço de cigarros do bolso, trêmula, talvez pelo frio, acendeu com dificuldade. Eu odiava o cheiro e gosto de cigarro. Onde ela havia adquirido esse hábito? Lembro que era dedicada a saúde, nem carne vermelha consumia. Se eu apertasse o gatilho a cabeça dela explodiria. Minha única paixão, a única mulher que amei morta. Por que, por que ela estava ali? Tantos anos e nosso reencontro tinha que ser daquele jeito?

"Andreas, temos mais uma informação. O terrorista é uma mulher, já se encontra no recinto. Captamos um áudio deles. A terrorista já se encontra com o aparato explosivo. Vasculhe, tem de existir alguém suspeito. Câmbio."

"São várias mulheres no local, senhor. Câmbio."

"Procure alguém com características brasileiras. Câmbio."

"Somos um povo miscigenado, senhor. Câmbio."

"Andreas, essas suecas são todas loiras de olhos claros. Procure uma mulher destoante. Está autorizado a atirar, não temos mais tempo. Atire na mais suspeita. Câmbio."

"Senhor, não posso atirar sem mais dados. Câmbio."

"Andreas, eles vão todos explodir. Só temos você no local. Não existe saída. Câmbio."

"As outras agências? Câmbio."

"Andreas, infelizmente ninguém acreditou em nossas investigações. Estamos avisando as autoridades, mas não existe tempo. Aja. Câmbio."

"Positivo. Câmbio."

Procurei atordoado outra que se encaixasse no perfil. A maldita mulher altiva, tinha que ser ela. Vi um casal, quase albino, com seus filhos que devoravam rosquinhas. Uma ruiva esbelta, sorridente. Namorados trocando mordidas em um pão doce. Funcionárias carregando bandejas cheias de copos. Um homem gordo sentado ao balcão. Uma jovem magra e apática segurando um bebê de olhos azuis. Um atendente negro preparando cafés. Onde estaria a mulher altiva? No banheiro armando a bomba? Fixei a mira na porta do banheiro. Foi de lá que ela saiu, ainda cheia de si, com a bolsa nos ombros. Tinha a pele clara como a lua, seios fartos, aparentava meia idade, vestida como uma executiva. Quando se virou para pegar o café encomendado no balcão a bunda me chamou a atenção. Era volumosa, tipicamente brasileira. Ela estava se retirando do local, ficou tempo suficiente no banheiro e tinha uma bela bunda. Achei que encaixava no perfil. Se a bomba estava no banheiro o que iria adiantar eu atirar naquela senhora?

Laura continuava lá fora, terminando o cigarro, mas agora com os cabelos negros soltos, moldurando seu delicado rosto cor de jambo. Lembrei-me dos nossos beijos, de quando nadávamos escondidos no clube, do chocolate quente que ela idolatrava, do sexo ingênuo e apaixonado que fazíamos. "Vou me mudar, Andreas. Lamento, meu pai vai morar nos Estados Unidos." A maldita frase que me deixou um homem mais agressivo, agora estava claro. Todo esse tempo era ela que me faltava. Tentei fingir que não era isso, que aquilo tinha sido uma paixão besta, mas com ela ali tão perto, estava claro, límpido como um dia ensolarado: eu a amava ainda, sempre amei, todas depois dela não tinham nexo.

A mulher altiva saiu com o café na mão e passou por ela, nada explodiu. Laura jogou o cigarro no chão e amassou para apagar fagulhas, sem a mínima cerimonia, tipicamente brasileira. Eu odeio quem joga cigarro no chão. Meu dedo tremeu no gatilho. Podia atirar na perna, ela ainda ali fora, mesmo tendo uma bomba, não causaria muitos estragos. Surgiu-me a imagem daquelas coxas salientes, de minha mão alisando a pele macia. Larguei o rifle, sai do apartamento deixando todos meus pertences, procurando uma saída, meu plano B. Ainda descendo o primeiro lance de escadas parei para ouvir o rádio que chamava:

"Andreas, temos a confirmação, o nome e identidade da mulher. Estou passando para o seu celular uma foto. Câmbio."

Continuei descendo, não havia tempo. Quando alcancei a calçada ela estava adentrando o local.

"Laura, Laura, espere!"

Ela ouviu meu grito e soltou a porta, ficou paralisada me observando correr em sua direção. Fiquei frente a frente, a poucos metros. O olhar denso, lágrimas escorrendo da face dela.

"João Pedro?" Disse ela. Levei um susto, ninguém mais me chamava assim.

"Laura."

Fui me aproximar, tentando um abraço, mas ela esticou os braços.

"Fique aí, João. Não se aproxime."

"Não posso. Nunca mais vou deixar você partir."

"O que você faz aqui?"

"Não sei, mas creio que é o local e o momento mais apropriado."

"Tantos anos, como? O que está acontecendo, João?"

"Não sei. Vamos tomar um café?" Perguntei tentando disfarçar minhas mãos nervosas.

Ela olhou desconfiada para mim e depois para a cafeteria. Continuei:

"Mas vamos à outra, essa não tem chocolate quente."

Laura sorriu. Virei às costas e fui seguindo em outra direção, sinalizei que viesse comigo. Ela veio. Caminhamos um ao lado do outro, pude sentir os olhares abismados dela. Alguns metros e ela me deu a mão. Nenhum lugar explodiu e ninguém morreu, missão cumprida.

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