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Luz da Noite - 6


No dia seguinte de minha entrega, eu já estava chamando John de "pai" e Amy de "mãe", mas me mantendo calada e fechada na maior parte do tempo. Me sentia, entretanto, bem e segura com os Hamptons, e algo me dizia que eu estava indo para um caminho bom. Eles eram muito carinhosos e tranquilos. Não chorei nenhuma vez nos primeiros dias, até porque, eu não era uma criancinha. Chegando ao hotel, à minha espera estavam mais roupas e alguns brinquedos. A princípio, não sabia bem o que fazer com eles, já que o lema do meu pai biológico era minimalismo.

As roupas estavam adequadas ao clima quente da Flórida, e o verão estava próximo. Perguntei por quê me deram uma calça e uma blusa de lã se não combinava com o clima da Flórida. Amy respondeu que era porque no avião sempre fazia frio. Concordei, me lembrando que passei um pouquinho de frio no voo para Joanesburgo, mas me senti bem na maior parte do tempo.

Quando já estávamos pousando em Orlando, não parava de olhar pela janela. John, sentado ao meu lado, apontou e disse "Veja Satsuki, América. Estamos aqui." No carro, finalmente à caminho de casa, perguntei onde o meu irmão estaria quando eu chegasse.

– Ele vai estar lá esperando por você, querida – respondeu Amy.

Embora fosse um mundo a parte, apreciei o fato de haver muito verde em Winter Park, o que se relacionava com meu antigo lar. Muitas árvores, muitos canteiros, gramados, arbustos, tudo de um verde vívido e muito bonito. As ruas e as calçadas eram totalmente limpos e não se via muitas pessoas caminhando. Passamos por lagos, que eu iria ver de perto em próximas ocasiões. Havia casas de todos os tipos – grandes, a ponto de serem mansões, outras médias e também pequenas. Mas a maioria eram mansões, com imensos jardins da frente, tudo aberto, se algo cobria a parte da frente das casas, eram árvores ou cercas vivas. No geral, tudo muito chique, limpo, bem cuidado e espaçoso. A maiorias das árvores continha uns "cipós" que eu não conhecia. Eram fios, claros, que fazia parecer que as árvores eram tão velhas, que tinham barba.

Chegando em casa, de fato, meu irmão estava à minha espera. Havia uma moça que cuidava dele, mas ela só me cumprimentou depois dele. Porque John e Amy já estavam fora há um tempo (fizeram um pouquinho de turismo pela África antes de me buscar), a primeira coisa que ele fez foi correr para abraçá-los. Com os braços abertos, ele se virou para mim, me cumprimentou e me pediu um abraço. John colocou a mão sobre o meu ombro e disse "Satsuki, esse é o seu irmão."Ao invés, me aproximei e lhe dei um beijo no rosto. Ele sorriu, tão envergonhado quanto eu. O próximo passo foi me mostrar a casa, espaçosa, limpa e com muita iluminação natural. Mas claro que o que mais gostei foi o jardim.

Nas semanas seguintes, fui sendo introduzida à todos os aspectos presentes na vida dos Hamptons. À família: não era uma família muito grande e foram todos muito gentis e receptivos. Meus avós – os pais de John – ficaram muito felizes em me conhecer. O pai de Amy é falecido e a mãe mora em outro estado. Por algum motivo, ela não quis vir me visitar, dizendo que éramos nós que tínhamos que ir visitá-la. John tem uma tia que mora na Suécia, e ela tampouco veio visitar, mas de acordo com John, nós a visitaríamos nas próximas férias. John vivia nos Estados Unidos há tanto tempo que não tinha sotaque, entretanto, sempre manteve-se conectado às suas origens e queria que eu conhecesse a Europa. Os que me viram ficaram, é claro, surpresos com a minha aparência. Esperavam uma criança negra – ao invés disso, encontraram uma criança parecida à mãe. Às atividades: meus novos pais me levavam para andar de paddle board em um dos muitos lagos que haviam na região (no começo foi um pouco difícil mas tive ajuda do meu irmão, especialista em esportes aquáticos), comíamos fora todos os finais de semana, íamos ao cinema, à praia e de vez em quando íamos aos parques, que de início me chocaram. Certa vez, embora John e Amy fossem contra zoológicos, me levaram para ver um leão, depois que eu contei que nunca tinha visto um. Aos costumes alimentares: fui me acostumando aos poucos à culinária americana, que incluía muita carne, mas por sorte meus pais não eram tão carnívoros e havia restaurantes de todos os tipos na avenida principal de Winter Park. Amy comia mais saladas e verduras do que massa e carne, por isso estava em boa forma. Pude notar em John uma barriguinha - mas isso já tinha mais a ver com a idade. Hudson comia todos os tipos de porcarias e não engordava. Consegui me manter magra (apesar de todas as delícias), fazia parte da minha genética e também nunca fui de comer muito. Apesar de todas as porcarias às quais agora tinha bem mais acesso, continuei amando frutas. Aos costumes familiares: os Hamptons não eram muito religiosos, digo, não íamos à igreja nem nada assim, mas rezávamos todas as noites antes de dormir e Amy nos cantava canções até adormecermos. Televisão só até às oito, exceto aos finais de semana, quando assistíamos filmes juntos. Amy fazia questão que eu ficasse com a cabeça deitada em seu colo durante o filme inteiro, e houve algumas vezes em que espiei e vi Hudson olhando feio para nós, mas nunca passou disso. Sempre comíamos juntos também. Os Hamptons eram muito unidos, pareciam estar muito felizes com a minha presença e aos poucos fui me soltando. Embora eu não fosse o que a princípio estavam procurando, Amy diz que no momento em que olhou nos meus olhos, se encantou e soube que eu era sua filha. Ela não apenas conseguiu uma garotinha, mas uma garotinha que era facilmente credível como sendo sua filha legítima. Ela brincava dizendo que eu era sua filha perdida. Ela gostava de fingir que eu de fato não era adotada e enganar as pessoas era a coisa mais fácil do mundo – quem nos visse juntas de perto ou de longe jamais nem cogitaria que não éramos mãe e filha do mesmo sangue, embora nossos traços, obviamente, não fossem similares.

Me adaptei à minha nova vida com mais rapidez do que esperava. Isso incluía dormir na cama ao invés de no tapete, um hábito estranho demais aos olhos dos Hamptons. Havia noites em que eu dormia no chão e acordava na cama. E então descobri, certa vez quando ainda não havia caído no sono, que Amy entrava em meu quarto todas as noites para me checar e quando via que eu estava no tapete, me pegava e me colocava na cama.

Havia dias em que pensava menos em papai. Mas jamais deixei de pensar sobre ele, sentir sua falta e me questionar. John e Amy diziam que conversaríamos sobre o meu passado apenas quando eu sentisse que estivesse pronta. Não havia pressão nenhuma e eles pareciam estar mais preocupados com o que teríamos de ali por adiante do que o que eu experienciei sozinha. Ficar em paz com o passado e fazer o melhor do presente. Eu estava disposta.

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