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Luz da Noite - 24


Segundo os médicos, Amy estava na clínica para ser tratada de transtornos de obsessão e depressão. Já que o transtorno de obsessão era diretamente ligado à mim, o tratamento incluía total distancia e assim como para ela, isso para mim não poderia ser mais difícil. Minha mãe estava internada em uma clínica, eu era o único membro da família que não podia visitá-la. Pelo menos eu tinha a minha avó, que já estava nos preparativos para a mudança aos Estados Unidos. Olivia estava determinada a se estabelecer no país por tempo definitivo. Quando tivemos tempo de nos sentar e conversar, ela me disse que só tinha me visto três vezes antes do meu desaparecimento: no dia em que nasci, quando completei dois anos e quando fui visitar o apartamento do meu pai em Freetown. Ela não tinha condições de me visitar na selva, sequer sabia onde estávamos. Nunca aprovou o estilo de vida do meu pai, a ideia de que deveríamos nos isolar de tudo e de todos... mas falou que, do jeito que as coisas estavam hoje em dia, talvez no fim das contas não fosse uma ideia tão terrível assim... mas seria melhor um lugar um pouco mais seguro do que a África. Eu e meu pai por sorte nunca tivemos problemas, o que não significava que não viríamos a ter se continuássemos a viver daquele modo, ainda mais considerando os negócios perigosos com os quais papai estava envolvido. Eu podia dizer que estava agradecida acima de tudo. Saí da selva, me perdi, fui posta para adoção... graças à isso, perdi meu pai, mas ganhei uma nova família, uma vida com menos riscos e reencontrei minha avó, que de ali em diante já não se separaria de mim. Ela já perdeu muito tempo, não queria perder mais um segundo e nem eu. Disse que seu mundo desmoronou quando não teve mais notícias do meu pai mas durante todos aqueles anos se recusou a acreditar que algo de ruim havia acontecido conosco. Acreditava que Artha – agora posso chamar papai pelo seu nome – estava determinado a isolar-se de vez cortando todo o pouco contato que tinha com a única família que tinha.

"Seu pai queria desaparecer... e foi isso o que fez. Pelo menos, foi o que me forcei a acreditar", disse Olivia. Eu não conseguia nem imaginar a angustia que viveu durante todos esses anos. Ela disse que ter me perdido foi a pior coisa que já lhe aconteceu, e ter me reencontrado foi a melhor, mais incrível e mais inesperada. Estava, porém, obviamente muito triste ao escutar sobre o meu estado atual de saúde mental. Lhe garanti que era apenas uma fase ruim e que eu estava determinada a lutar para superá-la, que ela tinha todos os motivos do mundo para estar chateada comigo e eu não me cansaria de pedir desculpas, mas para ela não se preocupar – sim, fiz e consumi algumas coisas que não devia. Mas não por tempo suficiente para precisar de ajuda para poder reverter. Muitas sessões com Vivianne me aguardavam e eu seria também, enviada a um psiquiatra. Eles me fariam deixar de gostar de Steven? Não, mas imaginava que me fariam enxergar tudo com mais claridade e lidar com a situação da melhor forma como já devia ter feito. John não podia deixar de se sentir culpado de ter me mandado para a Suécia mas por outro lado, como ia adivinhar que lá eu compraria drogas, as consumiria e faria a loucura de me despir no meio da neve? Ele não tinha como imaginar tudo isso, mas sim, deveria ter me mandado de volta para Vivianne antes de me mandar para a Suécia. Se sentia culpado também de não ter percebido antes, mas lhe garanti que não teria como; eu era realmente boa em esconder as coisas. Além do mais, o fato de trabalhar tanto e ter tantos filhos, não ajudava. Quanto à Amy... fui eu quem notei que havia de errado e não disse nada. Jamais me perdoaria por isso.

Totalmente recuperada, esperava ansiosa pelo dia em que a pudesse visitar. No portão de embarque do aeroporto de Estocolmo, eu me despedia da minha avó com um abraço.

– Te amo, vó.

– Também a amo, querida.

Do meu lado, John se despediu dela com um aperto de mão.

– Nos vemos em breve.

Então foi a vez de Hudson, com um abraço breve.

– Até mais, vó. – Afastou-se, fazendo uma careta. – Acho que não deveria chamá-la assim, né?

– Pode me chamar como quiser, menino. – Vovó Olivia respondeu com uma emoção contida. – Somos família agora.

Não contei a minha avó tudo o que me levou até onde estava. Teríamos muito tempo para conversar sobre isso. Mas imagino que ela deduziu que se Amy tinha problemas, essa devia ser em grande parte a origem dos meus. Quando, na verdade, eu estava mais era isolada no meu próprio mundo e ela no dela. Em primeiro lugar, não deveria ter mentido sobre Steven.

Steven. Se não podia tê-lo, queria que ele pelo menos soubesse como eu me sentia. Isso faria eu me sentir no mínimo melhor.

Claro que jamais o contaria tudo. Não tinha a coragem. Por isso, tomei a decisão de não contar nada. Se não fosse para ele saber exatamente o que eu sentia, preferia que não soubesse de nada. Engraçado o conceito por trás de "eu te amo". É uma frase específica, ao mesmo tempo em que pode não ser. Era uma escolha difícil mas, na minha visão, a certa. 

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