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Luz da Noite - 20


Finalmente ganhei o meu primeiro carro, um Lexus preto velho e usado, que eu adorava (principalmente porque era o meu acesso ilimitado à Steven) e Hudson também, chegou a pedir que trocássemos os carros. Cada vez mais, vou à casa de Steven e o observo às escondidas. Certa vez, o segui até um café, descobrindo que ele gosta de café cubano. Desta vez fui esperta e estacionei o carro bem longe. Caminhei até o café e me mantive escondida atrás de um poste (o que não era exatamente estar escondida mas tudo bem...).

Já não me importava que ele me visse. Eu poderia fingir que estava ali por acaso, e se ele não engolisse, problema dele. E seria uma oportunidade para finalmente conversarmos, já que na escola era impossível.

Não consegui. Quando cheguei em casa e entrei no meu quarto, me surpreendi ao encontrar Hudson sentado na minha cama com um laptop.

Não era o meu computador... ainda bem. Mas era o meu quarto.

– Satsuki – disse ele.

– Hudson... – Me aproximei. – Se perdeu no caminho pro seu quarto?

Ele olhou para o computador.

– Só fiquei pesquisando uns lances aqui... e nem vi o tempo passar. Vem, quero te mostrar uma coisa.

– "Pesquisando uns lances"? – repeti. – Que "lances"?

Ele levantou o olhar para mim.

– Lances que te interessam. É surda? Vem e eu te mostro.

Me sentei sobre a cama ao lado dele, mas ele virou a tela do computador recusando-se a me mostrar o conteúdo.

– Deixa eu te avisar antes. Te a ver com o seu professor.

Fiquei sem fôlego.

- Quê?

– Estava navegando no Facebook e resolvi dar uma fuçada no perfil dele – explicou Hudson. – Quis olhar quais perfis ele segue...

– Pra quê?!

– Como pra quê?

Ele não iria responder, mas eu sabia que era uma combinação de curiosidade e preocupação. Ele queria saber mais sobre o cara de quem eu gostava. Mas isso já era demais.

– Hud... agradeço a sua preocupação – falei. – Mas se quiser saber mais sobre o Steven é só me perguntar... não precisa entrar no Facebook e fuçar o perfil dele.

– Em primeiro lugar, eu já estava no Facebook. Segundo, não tem essa de "perguntar pra você", você sabe muito bem disso.

Revirei os olhos.

– Que seja. Pode me mostrar de uma vez? O que é tão espetacular e que você descobriu e eu ainda não?

– Como eu falei, estava olhando quais perfis ele segue. Você já fez isso alguma vez?

– Provavelmente – respondi impaciente. – Pode me mostrar de uma vez?

– Ok... então talvez você já saiba. E caso não, vou te avisar... você não vai gostar.

Todo aquele suspense estava me deixando louca. Que informação o meu irmão poderia possivelmente descobrir sobre o Steven que eu ainda não soubesse e por quê tanto alvoroço? Talvez não fosse nada de mais e ele estivesse simplesmente querendo me provocar. Puxei a tela do computador e ao ver as imagens, senti uma onda de enjoo.

– O que... ele não segue essa página – murmurei, atordoada.

– Segue sim.

Baixei o olhar.

– Por que está me mostrando isso?

– E por quê não? Não acha que você deveria saber que seu professor é um pervertido?

Em um pulo, me levantei, passando a mão pelo cabelo enquanto refletia: o que deveria pensar sobre aquilo? E cheguei à conclusão: que homem não iria gostar de olhar fotos daquele tipo? Não eram nem fotos, eram desenhos. Os artistas que os desenharam tinham muito talento, desenharam linha por linha de uma forma realmente realista, não posso negar... mas era justamente isso que o tornava tão repugnante. Me virei para Hudson.

– Abaixe essa tela. Se a mamãe entrar aqui e ver isso ela te mata.

– Ei. Não sou eu quem acompanha páginas eróticas na internet – ele se defendeu.

– São desenhos – retruquei.

– E? Isso os torna menos ofensivos? Olha Satsuki, o problema, se é que é de um fato um problema, é seu, eu só queria que você soubesse...

– Missão cumprida. Agora saia daqui com esse computador senão chamo a mamãe.

Hudson baixou o tela do computador, se levantou e saiu.

Segunda-feira, o dia que eu mais detestava. Além de ser segunda, não tinha aula de matemática. Quando o sino tocou, fui direto da sala de aula para a portaria e foi quando tive uma visão inesperada: no estacionamento, h uns trinta metros de distância, em pé com as costas apoiadas em um dos carros e os braços cruzados, Amy me encarava.

Ou pelo menos parecia ser Amy. Confusa, me aproximei.

– Mãe?

A mulher que se parecia com Amy deu meia volta e desapareceu entre os carros. Parei, desnorteada, e foi quando escutei me chamarem. Da portaria, uma colega para qual eu às vezes prestava ajuda durante as aulas de matemática (poderíamos vir a ser amigas, mas eu simplesmente não tinha vontade; não me interessava ninguém que não fosse o Steven), me chamava e eu não me virava pois não conseguia tirar os olhos do ponto onde Amy, ou seja quem fosse, havia desaparecido. Por fim dei meia volta e retornei à portaria. E logo, cheguei à conclusão de que não era Amy porque não tinha como ser. Quando cheguei em casa, a observei isolada do resto. Podia dizer que estava triste. E solitária. Como eu poderia trazer aquele sorriso de volta se nem eu conseguia fazê-lo comigo mesma?

No dia seguinte, depois da aula, queria seguir Steven até sua casa. Eu não podia mais esperar, não suportava mais, precisava saber como que ele demonstrava tanta indiferença diante de coisas que eram tão importantes como... é claro que a minha angústia ia além do campeonato de matemática. O campeonato foi nada mais nada menos que a cereja do bolo. A gota que faltava para o balde transbordar. Queria, mas não o fiz. A única coisa mais importante do que enfrentá-lo era impedir que ele me achasse uma louca e também evitar uma situação de tensão e até mesmo embaraçosa, entre nós dois. Poderia simplesmente deixar isso pra lá? Por enquanto, teria de.


Já fazia tempo que não sonhava com aquela moça ruiva que supostamente era eu. No mesmo lugar onde uma vez sonhei com ela, sonhei que reencontrei Jamie.

Estávamos em um lugar ainda mais belo. Um enorme campo de flores de todas as cores, dividido em faixas perfeitas, de modo que cada faixa era uma cor diferente. Bem longe, montanhas e florestas. Desta vez, eu não era ela. Mas sim havia algo diferente em mim - eu estava com um vestido branco comprido e com o cabelo levemente ondulado. Dormindo de barriga para cima no meio de uma faixa de flores rosas, acordo e não demoro a levantar. Olhando em volta, procuro por alguém, e ao invés de ser Steven, aparece Jamie... mas sem roupas de época, apenas com suas roupas normais de sempre, uma jeans e uma camisa azul escura. O cabelo dourado continuava ajeitadinho, e os olhos castanhos continuavam preocupados.

Mas a mais preocupada ali era eu. Fui ao seu encontro e ele me abraçou, consolando-me. Mantive o corpo junto ao seu e a cabeça sobre seu peito por um bom tempo, os olhos fechados.

– Sinto sua falta – murmurei.

– E eu a sua – ele respondeu triste.

Me afastei, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Então, como você está? – ele quis saber. Dei um breve sorriso desanimado.

– Mais ou menos. Tem sido difícil sem você. E Steven...

– Ele está te machucando de novo?

– Não muito mais que você. E Amy, ela fica me lançando esse olhar... como se estivesse esperando por mim ou algo assim.

Jamie deu um passo à frente.

– Esperando para fazer o quê?

– Não sei, não faço a menor ideia. – Desviei o olhar.

– Bom... você sabe que pode contar comigo. Sempre.

– Gostaria de poder acreditar nisso – dei uma risada triste.

Jamie balançou a cabeça.

– A única pessoa de quem você precisa é você mesma, Satsuki. É a pessoa mais forte que já conheci. Talvez se tivéssemos passado mais tempo juntos... teria me contagiado. Suas palavras sempre me ajudaram muito, mas...

– Mas não foi suficiente.

Jamie sorri, e há dor em seu sorriso.

– Eu não mereço uma amiga como você. Só me faça um favor, ok? Continue sendo forte. Senão para mim... para você mesma.

A imagem desaparece e acordo, notando que o travesseiro está úmido.


Encontrar Amy largada em um canto sozinha era algo cada vez mais frequente. Certo dia, quando a casa estava totalmente silenciosa, o que era raro ainda mais agora que tínhamos um cachorro, a encontrei no jardim sentada no primeiro degrau da varanda. Eu tinha acabado de tirar a maquiagem e já não aguentava ficar confinada no quarto. Era de tarde, John estava no trabalho, Hudson no treino... e as crianças eu não sabia onde estavam, mas estavam quietas. Eu também me isolava no quarto cada vez mais, fosse para estudar ou simplesmente ficar no Facebook olhando fotos do Steven. Meu text message estava morto. Perdi Jamie e mais do que nunca, não me interessava interagir com ninguém que não fosse o Steven. Devagar, me aproximei, e Amy parecia tão absorta em seus pensamentos, que não notou a minha presença - se tivesse notado, provavelmente reagiria. Mantendo o olhar nela o tempo todo, me sentei ao seu lado. Por fim, ela reagiu, olhando para mim e soltando um leve sorriso, enquanto passava a mão pelo cabelo. Assim como com Steven, senti a necessidade de preencher o silêncio.

– O bolo que você e a tia Irena fizeram juntas ficou ótimo – falei.

Eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça, e já havia dito isso antes, quando provei o bolo. Mas me pareceu algo bom para se dizer para animá-la, além do mais, não queria perguntar o que ela tinha - tinha medo da resposta. Mas sabia que se ela não me dissesse, em algum momento teria de perguntar.

– Fico muito feliz que tenha gostado – ela respondeu, com uma voz carregada e triste, que parecia que no final iria desaparecer.

– Achei legal que vocês se dispuseram a fazer algo juntas – continuei. – Acho que todos nós vamos sentir falta dela.

Amy não respondeu, apenas mexeu no cabelo um pouco mais e voltou a olhar para frente, transportando-se novamente.

– A verdade é que... eu sinto sua falta, Satsuki – sussurrou.

Angustiada e sem saber o quê responder, balancei a cabeça rapidamente.

– O que... o que está dizendo?

Amy continuou olhando para frente e viajando em seus pensamentos. A única coisa que eu poderia fazer era esperar.

– Eu estava bem só com vocês dois... sabe? – ela disse após um longo tempo. – Mas o seu pai queria uma outra criança... que estivesse em condições ainda piores do que as suas, e quando vi a foto do Jacop, eu simplesmente... me pegou. Não podia dizer não à aquele ser inocente que precisava de nós, mas com você... com você foi mútuo. Eu precisava de você. Quando tive minha primeira criança e a vi morrer em meus braços... eu não podia ver mais nada, eu estava... quase tão perdida quanto estive na minha infância e no início da minha adolescência, que foi quando o meu pai faleceu. Quando me mandaram a sua foto, pela primeira vez em muito tempo, senti algo bom. Me senti feliz. Mas agora com esse garoto... algo mudou. Você mudou. Sinto que você está aqui mas ao mesmo tempo não está. E eu sinto... sinto que estou te perdendo. Nunca falei isso mas... apesar de saber que não estamos ligadas por sangue... eu nunca vi isso, quando olhava nos seus olhos sentia uma conexão tão forte que por um momento eu podia quase acreditar... você sempre esteve aí. E agora eu simplesmente... eu não consigo mais sentir essa conexão como antes, eu não sei o que... de repente eu sinto que... que você não me pertence mais. E não sei o que fazer. Tudo que eu sei é que preciso de você, Satsuki. Mais que do tudo.

À essa altura, o rosto de Amy já estava molhado com lágrimas. Com as mãos, ela as secou, e acho que esperava que eu dissesse algo... mas eu não sabia o quê. Peguei suas mãos e as segurei com força, e quando percebi, meus olhos também estavam molhados.

Quando voltei para dentro, dei de cara com Hudson e logo pude notar que havia algo de errado na forma como ele me olhava e até mesmo na forma como andava. Não pude evite perguntar se estava tudo bem.

– Nada. Só está mais claro do que nunca qual é o filho preferido – disse, e foi embora, antes que eu pudesse responder. 

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