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Luz da Noite -11


Eu estava sonhando de novo. Com ela. Quero dizer... comigo. Eu estava sentada no mesmo lugar, em frente ao mesmo lago, rodado de montanhas. O mesmo céu azul com poucas nuvens. Eu estava vestida da mesma forma e com o mesmo penteado. Acho que ainda estava esperando por ele... quem era ele? E finalmente, ele chegou. Ninguém mais ninguém menos do que o Steven – a única pessoa com quem eu gostaria de estar em um lugar que me transmitia tanta paz.

Mas estava diferente. Parecia mais velho. E usava roupas estranhas, assim como o meu vestido, que parecia ter vindo do século passado. Ele usava uma espécie de bata (não sei que outro nome usar) clara com cordões na altura do peito, e uma calça marrom clara... e estava descalço. Definitivamente não eram roupas modernas e muito menos algo que ele usaria na vida real... eram roupas de camponês. Virei a cabeça para ele e sorri, os olhos semicerrados por conta da luminosidade.

– Conseguiu ver muitos peixes? – ele me perguntou.

– Ainda não. Estava esperando por você – respondi. Ele se sentou ao meu lado.

– Parece então que cheguei à tempo.

E acordei.

Então é isso? Nenhum beijo? Nenhum abraço? Nada? Não foi a primeira vez que sonhei com Steven e nada de interessante aconteceu. Sonhos assim, ao invés de me agradarem, me irritavam. Se nos sonhos tudo vale... então por quê não acontece? Eu poderia ter sonhado com Steven me beijando por um segundo ou por uma hora. Mas não, nem um segundo sequer. Ao invés disso, sonho que conversamos sobre peixes. Quem sabe na próxima conversamos sobre algo mais interessante e quem sabe nos cumprimentamos de alguma forma, nem que seja com um beijo na bochecha. Se sonhei com o mesmo lugar e com a mesma pessoa, poderia acontecer de novo.

Desde que contei à Amy sobre o tal do Steven de quem eu gostava, ela não parou de me perturbar nas poucas oportunidades que tinha. Além de cuidar das crianças e da casa (com Hudson e eu dividindo tarefas), ela ajudava John na empresa, mas o fazia em casa. Em seu tempo livre, já não saía com as amigas.

Não, espera, pensando bem... ela não tinha tempo livre. O que ela tinha era momentos mais tranquilos, onde podia se aproximar de mim e me perguntar coisas sobre Steven. Chegou uma vez a me pedir para ver uma foto dele. Entrei em pânico e disse que não tinha, o que era verdade.

Eu estava sentada na bancada da cozinha conversando com Jamie por mensagem. Amy havia acabado de colocar Melody para a soneca da tarde, pelo que parecia. Entrou na cozinha e imediatamente me cumprimentou e me perguntou o que eu estava fazendo, de um modo totalmente inocente e descontraído. Esbocei um sorriso, olhei para ela por um instante e então voltei a olhar para o celular.

– Falando com Jameson – respondi. Ela se aproximou.

– Não com Steven?

Fiquei séria, surpresa com a frase.

– Não estamos juntos.

Amy apoiou os braços na bancada.

– Ele não vai demorar para perceber a garota maravilhosa que você é. Já deveria ter percebido.

Mantendo o olhar na tela do celular, dei um breve sorriso envergonhado.

– Mãe.

– O que, é verdade. Agora, não tivemos a oportunidade de conversar sobre isso desde aquele dia. Me conte mais sobre esse garoto. Como ele é?

Acho que eu podia dizer que estava arrependida de ter contado. E ainda por cima, uma mentira. Até quando Amy iria acreditar que o "garoto" de quem eu gostava tinha a minha idade, no máximo um ano a mais, e era um aluno? Me esforçando para manter a calma, abaixei o celular e respondi da melhor forma que me foi possível.

– Você quer dizer... fisicamente ou...?

– Hã... eu não sei – Amy deu uma breve risada. – Os dois, eu acho.

Precisei pensar um pouco. Como descrever Steven... sem ser Steven?

– Ele... ele tem cabelo castanho... e olhos azuis – falei, o primeiro que me ocorreu. Cabelo castanho: verdade. Olhos azuis: mentira. – E... eu não sei; até agora não conversamos muito. Mas ele é... ele é legal.

– Só isso? Por quê ele é legal?

Ela não iria parar até receber algo melhor do que aquilo. Talvez o melhor fosse simplesmente acabar com tudo de uma vez. Não deveria ter mentido. Por outro lado, se tivesse dito a verdade, Amy não estaria querendo saber mais, estaria provavelmente fazendo de tudo para que eu o esquecesse e voltasse a pensar em rapazes da minha idade.

Não deveria ter dito nada.

– Porque... – Baixei o olhar por um instante. – Não importa. Não importa porque ele está com alguém... eu acho.

– Oh. Da mesma sala?

– Não, ela... pelo que vi é professora de inglês. Não na nossa escola... mas...

– E como você descobriu isso?

– Facebook.

Amy assentiu, semicerrando os olhos.

– E onde a conheceu?

– Não conheci. Mãe, os detalhes não importam, ok? Tudo que sei é que eles muito provavelmente estão juntos.

– Hmmm. E você acha ela bonita?

Pensei por alguns segundos.

– Não. Mas ela... tem charme.

Quem estava querendo enganar? Achava ela bonita sim. Mas afirmar que não me trazia conforto, como se Steven fosse ficar com uma mulher só por ela ser bonita... ah, sim. Amy se afastou da bancada.

– Bom, seja lá o que ela tiver... você também tem ou tem mais. Seja confiante, Satsuki. Isso vai te ajudar muito a se aproximar dos rapazes. Porém... mais tarde. Você é muito jovem.

– Quê? E antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ela se foi.

Fiquei confusa. Em um segundo ela me diz para ser confiante, que isso vai me ajudar... e no outro diz que sou jovem demais.

– Eu tenho... dezessete – murmurei comigo mesma, já sozinha.

Aconteceu algo inédito certo dia após a aula. Steven veio por iniciava própria falar comigo? Não. E na verdade, não era inédito, mas já fazia um tempo. Um garoto da minha sala, Rick, que até que era bonitinho mas não era meu tipo, veio falar comigo e, com bastante dificuldade, me convidou para ir ao cinema. Fiquei um tanto hesitante, não por estar considerando, mas porque o convite me pegou de surpresa – se algum menino me observava durante a aula, eu não tinha como notar. Abraçando meus livros de matemática, os pressionei mais forte.

– Obrigada, Rick. Mas acho que não.

– Oh. Está saindo com alguém? – ele quis saber. Dei um sorriso breve e sutil, sem vontade nenhuma de responder.

– Na verdade não.

– Então porque...

Idiota, por quê fui tão sincera?

– Perdão, Rick. Não quero. Com licença.

Mais uma vez me chamaram para sair e eu recusei. Todos os garotos da sala simplesmente me pareciam desinteressantes demais quando comparados ao Steven – de qualquer forma nunca me permiti conhecê-los a fundo. 

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