Capítulo 41 - Parte II
"Me mostre os caminhos do amor,
E eu vou seguir
Me mostre os caminhos do amor,
Eu sei que fui feita para amar
Meu coração não está vazio
Me mostre os caminhos do amor,
Eu te amo, Eu te amo."
-Ways of Love
Bahari
— Queridos, chegamos. -Uma voz grossa ressoa no apartamento e me afasto rapidamente do garoto, meus batimentos se acelerando e minha boca se secando tudo de uma vez.
Escuto uma risadinha ao meu lado e Jhonny segura minha mão, enroscando os dedos nos meus.
Um homem muito bonito aparece no nosso campo de visão, seguido por uma mulher tão linda quanto ele.
Caramba, será que só existem modelos nessa família?
Os dois são morenos e com as partes visíveis do corpo cobertas de tatuagens.
Agora entendo de onde os irmãos Cross tiraram a inspiração.
A mulher de cabelo curto e um sorriso amigável se aproxima até parar na minha frente.
Seus olhos vão parar direto nos meus lábios, depois no meu braço e vejo um lampejo de raiva percorrendo seu rosto antes dela conseguir disfarçar.
— Olá querida, sou Makenna, a mãe desse garotinho. -Ela se apresenta sorridente com a voz calma e Jhonny ofega ao meu lado.
— É-é um prazer, hã, me chamo Ava... -Estendo a mão na sua direção sem saber o que fazer, mas então para a minha surpresa, ela me puxa para a frente e me envolve em um tipo de abraço que não sentia há muitos anos. Um abraço de mãe.
— Jhonny nos contou algo por mensagem, mas quero que saiba que você está segura conosco, está bem? Não precisa se preocupar. -Seus dedos alisam meus cabelos quando ela me afasta suavemente para trás e o seu marido aproveita a deixa para se aproximar devagar.
— Sou Angel, o pai de Jhonatan e o prazer é todo nosso. -Quase fico sem ar ao vê-lo assim tão de perto.
— Oh, eu o conheço... vi sua última luta, parabéns pelo cinturão por certo. -Digo baixinho.
Angel me responde com um sorrisinho tímido e quase não acredito ao ver seu rosto fica avermelhado, assim como Jhonny quando recebeu um beijo da minha avó.
— O-obrigada por me receberem aqui, eu ia ficar com a minha avó, mas Jhonny insistiu que viesse com ele e ... -Continuo. Meus olhos se enchem de lágrimas e sem que eu permita, uma delas acaba escapando até o pescoço.
— Oh meu amor... Não chore, ok? Nós vamos dar um jeito nisso. -Ela agora segura as minhas mãos e aceno com a cabeça querendo acreditar nessa afirmação com todas as minhas forças, no entanto, estou tão desiludida com a minha vida, que fica difícil até mesmo confiar que ela está me dizendo a verdade.
Depois de alguns segundos, seu olhar recai para as minhas palmas machucadas e ela franze o cenho respirando profundamente.
— Anjinho, pegue a caixa de primeiros socorros, por favor, precisamos limpar essa bagunça antes que acabe infeccionando. -O pai de Jhonny obedece rapidamente e desaparece pelo corredor, voltando minutos depois com uma caixinha branca nas mãos.
— Aqui. -Ele lhe passa o objeto e Makenna começa a limpar meus ferimentos com cautela sob o olhar atento de Jhonatan atrás de mim.
— Sei que deve ter sido uma noite agitada para você e que provavelmente deve estar com medo pelo que lhe aconteceu, no entanto, como alguém que sofreu algo parecido, é meu dever te aconselhar a fazer o correto. -Seus dedos deslizam um pedaço de algodão pela minha ferida e faço uma careta ao sentir o ardor do medicamento. — Oh, me desculpe meu bem.
— N-não tem problema. -Murmuro envergonhada.
— Minha mãe tem razão, amor. Você precisa denunciar esse idiota. -Dessa vez é Jhonny quem fala arrastando uma cadeira para se sentar ao meu lado e apertando minha perna de leve.
— Eu quero fazer isso. -Suspiro desanimada. — É só que tenho medo... -Confesso sem ter coragem de olhar para nenhum dos três.
Não deveria ser assim.
Quem teria que estar morrendo de medo de ir para a prisão é Beto e não eu.
— Tome o seu tempo, meu amor. Nós vamos estar aqui para você quando decidir ir até a delegacia. -O pai de Jhonatan se aproxima e ocupa o lugar do meu outro lado. — É normal ter medo, só não deve permitir que ele te domine. -Balanço a cabeça para cima e para baixo.
Vi esse cara lutar algumas vezes pela internet, mas jamais imaginei que ele fosse tão doce pessoalmente.
— Obrigada mesmo, e-eu não sei o que eu faria sem vocês. -Makenna me observa com um sorriso afetuoso. Ela então termina o curativo e finaliza com um band-aid das meninas superpoderosas amenizando o clima infeliz.
— Não é nada, Ava. Conte com a gente sempre que precisar. -Aceno com a cabeça. — O quarto de Olívia está arrumado, portanto você pode ir descansar se quiser enquanto eu preparo algo para comer, está bem? Jhonny... -Ela olha para o filho que entende a mensagem em um milésimo de segundos.
— Vamos, linda, vou te mostrar onde fica o quarto da minha irmã.
Concordo esfregando o braço com cuidado para não desfazer o trabalho da sua mãe.
Sigo o garoto por um corredor até parar na frente de uma porta com uma letra "O" pintada com várias caveiras e desenhos aleatórios.
Ao olhar para frente, constato que de fato é o quarto de Jhonatan pelo "J" na sua própria porta.
— Vocês são criativos assim desde sempre? -Brinco para tentar disfarçar o nervosismo.
— Nossa família é meio peculiar às vezes. -Ele responde girando a maçaneta do quarto da irmã e faz um sinal para que eu entre. — Fique à vontade, linda. O banheiro é por ali. -Ele aponta para uma porta do outro lado da habitação.
— Obrigada, acho que preciso mesmo de um banho quente.
— Está bem. Vou te deixar sozinha para que fique mais confortável. -Sua boca diz uma coisa, mas percebo que ele não quer sair, tanto quanto eu não quero que ele se vá.
— Fique, por favor. -Peço timidamente e ele solta uma longa respiração entrecortada.
— Ok.
Em silêncio, abro minha mala e retiro alguns produtos de higiene para levar até o banheiro.
Coloco o xampu, condicionador, creme entre outras coisas nos lugares que penso que vão enquanto Jhonny observa tudo sem dizer nada.
Vou até o chuveiro para tomar banho e quando estou prestes a girar a torneira, percebo que não trouxe sabonete.
Ao sair, me surpreendo ao dar de cara com o quarto vazio.
Talvez sua mãe esteja precisando dele ou queira aproveitar o momento para conversar a sós com o filho.
Dou de ombros tentando não ficar ainda mais paranoica e abro minha maleta para pegar a pequena nécessaire com os sabonetes, escova de dentes entre outras coisas de higiene íntima.
Volto para o banheiro com o coração batendo acelerado da mesma maneira desde que cheguei e giro a torneira esperando alguns segundos, então entro debaixo do jato de água quente gemendo de dor e prazer ao mesmo tempo ao sentir meus músculos se relaxando pouco a pouco.
Devo passar uns dez minutos apenas deixando que a água escorra pelo meu corpo, quando a porta se abre de repente e Jhonatan aparece no meu campo de visão com um semblante preocupado.
— Está tudo bem? -Seus olhos percorrem todo o meu corpo nu e balanço a cabeça para cima e para baixo lentamente em confirmação.
Continuo me lavando como se nada estivesse acontecendo, até que ele pragueja chamando a minha atenção.
— Quer saber? Que se foda. -Jhonny retira a blusa, depois a calça e por último a cueca antes de abrir a porta de vidro e me acompanhar debaixo do chuveiro.
— Ficou maluco por acaso? -Indago com a voz aguda tentando não gritar e acabar chamando a atenção dos dois adultos a apenas alguns cômodos de distância. — O que seus pais irão pensar de mim? -O idiota sorri abertamente me abraçando enquanto se molha pouco a pouco.
— Eles também já foram jovens, Ava. -Seus lábios repousam na minha testa por um breve instante. — Droga, você fica ainda mais bonita assim, sabia? -Engulo em seco.
Esse cara deve estar cego de amor, definitivamente.
— Estou toda machucada, Jhonatan. Devo parecer uma boneca quebrada. -Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e agradeço internamente o fato de que ele não pode perceber que estou chorando.
Sem dizer nada, seus dedos deslizam pela minha bochecha, descendo devagar até chegar na altura do meu coração.
— Isso -aperto os olhos com força — é a coisa mais linda que já tive o prazer de conhecer. Os machucados que você tem agora, vão se curar, Ava. Mas eu sei que por dentro você nunca vai deixar de ser essa pessoa pela qual me apaixonei. Vem aqui. -Seus braços me mantêm firmes contra si e permanecemos debaixo da água até que ela começa a ficar fria.
Nos secamos confortavelmente como se fizéssemos isso todos os dias e coloco um pijama enquanto Jhonny veste a mesma roupa que estava antes.
Penteio meus cabelos e os amarro em um coque frouxo, passo um perfume leve e algo de creme nas pernas sob o olhar vidrado de Jhonny que engole em seco algumas vezes.
Batidinhas suaves soam do outro lado da porta e me apresso em acabar de me arrumar sentindo meu rosto queimar de imediato.
— O almoço está pronto, queridos. -A mãe de Jhonatan avisa e respiro fundo.
— Seus pais são uns amores. -Esfrego o rosto tentando não ter um ataque de pânico.
Jhonny me abraça por trás e fecho os olhos por alguns minutos deixando que o seu calor me preencha e quem sabe me transporte para outra dimensão, para um lugar onde só existimos nós dois.
— É verdade. E eles já te amam. -Balanço a cabeça para os lados.
— Como pode ter tanta certeza? Eu só te trouxe problemas...
— Porque eu te amo, Ava, e isso já é o suficiente para que eles entendam que o que quer que tenha acontecido até agora, valeu a pena.
— Obrigada pelo almoço, Makenna, estava uma delícia. -Agradeço genuinamente e ela faz um gesto engraçado com a mão tatuada.
— Pode me chamar de Kenny, meu bem, e fico feliz que tenha gostado, mas não posso levar todo o crédito, já que esse cavalheiro me ajudou. -Angel sorri apaixonado e torço a barra da blusa por debaixo da mesa. — Agora, se nos derem licença, precisamos voltar ao trabalho. Fique à vontade Ava, se precisar de algo, de qualquer coisa, é só nos pedir, ok?
— Obrigada... -Seu olhar se suaviza quando ela se levanta e caminha até o meu lado se abaixando para ficar na minha altura.
— Vou te esperar na academia quando suas feridas estiverem curadas, você vai amar conhecer as outras meninas. -Recebo um beijo na cabeça e contenho as lágrimas que insistem em cair pelas minhas bochechas.
Pela primeira vez em muito tempo estou descobrindo como é uma família de verdade e não sinto inveja de Jhonatan, pelo contrário, estou muito feliz por ele, porque esse amor que ele recebeu durante a sua vida foi o que o transformou na pessoa maravilhosa que ele é.
— Nos vemos mais tarde, filhos. -Angel dá um abraço rápido em Jhonny e outro em mim antes de sair.
Não quero levar a minha mente calejada para o mal caminho, mas ele esteve algo estranho desde que chegou.
Será que está bravo por ter uma desconhecida na sua casa?
Ou será que deve estar se perguntando o que deu na cabeça do seu filho de tomar uma decisão tão importante sem sequer ter lhes consultado primeiro?
De todas maneiras, o que quer que esteja se passando na sua mente, isso não é da minha conta. Eles já estão fazendo mais por mim do que meus pais a vida toda.
Espero que eles desapareçam, então começo a juntar todos os pratos da mesa e levar até a pia. Minhas mãos estão tremendo tanto que não sei como não derrubei nada no caminho.
Jhonny aparece segundos depois com as vasilhas de salada, copos entre outras coisas e deposita tudo ao meu lado.
— Sabe que não precisa fazer isso, não é mesmo? -Ele sussurra no meu ouvido fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.
— Vocês me acolheram na sua casa, amor, o mínimo que posso fazer é ajudá-los com a limpeza. -Respondo ofegante quando ele desliza a ponta dos dedos nos meus braços.
— Se isso vai te deixar mais tranquila, está tudo bem. Mas eu vou te ajudar.
Balanço a cabeça para cima e para baixo apertando a borda da pia com força.
Esse garoto tem o poder de me incendiar por completo com um simples toque e definitivamente gosto disso. Ele me distrai, me leva a lugares que jamais imaginei chegar e me faz sentir coisas que nunca pensei que fosse capaz.
Jhonatan me faz feliz.
Lavo toda a louça suja enquanto ele guarda os temperos e o que sobrou do almoço dentro da geladeira.
Depois ele seca as vasilhas e me explica onde fica cada uma caso eu queira fazer um lanche ou tomar um café e presto atenção nas suas instruções para não acabar fazendo alguma besteira como beijá-lo no meio da sua cozinha.
Ao terminar, por incrível que pareça, me sinto mais tranquila, quase como se a limpeza fosse algum tipo de terapia.
Volto para o quarto de Olívia e me deito na cama cobrindo os olhos com o braço.
Jhonatan aparece minutos depois e me abraça apertado por debaixo do edredom.
— Descanse um pouco, você não deve ter dormido bem a noite passada. -Ele sussurra no meu ouvido. — Não se assuste se acordar e não me encontrar aqui, está bem? Preciso fazer algumas coisas e Liv me pediu para levar alguns produtos que ela esqueceu antes de se mudar. -Seu nariz desliza suavemente pelo meu pescoço.
— Tudo bem. -Respiro fundo. — E Jhonatan?
— Hum?
— Obrigada de verdade. Não sei o que teria feito sem você.
— Você é minha, sua puta! -Seus braços me seguram violentamente e me arrastam até o seu carro.
Sinto o ardor na minha pele, o sabor do sangue na minha boca e o medo no meu latejante no meu coração.
— Me solte, por favor. -Grito, mas não sai nenhuma voz pelos meus lábios. Tento outra vez e nada. Então ele abre aquele sorriso perverso e aperta o meu pescoço até que as lágrimas escapam pelos meus olhos me queimando por dentro.
— Achou mesmo que conseguiria escapar de mim? Que aquele marginalzinho te protegeria para sempre? Eu te disse que ele te esqueceria em um piscar de olhos! Que se cansaria de toda essa merda. -Seus dedos viram minha cabeça subitamente para o lado e vejo Jhonatan beijando uma garota a apenas alguns centímetros de nós dois.
Seu rosto me é familiar... um momento, essa é...Jéssica?
Não pode ser...
— Jhonny? -Dessa vez o garoto parece me escutar, então seus olhos se arregalam ao perceber que estou vendo tudo. Sinto vontade de vomitar ao mesmo tempo em que Jéssica desliza as mãos pela sua cintura e beija o seu queixo sem se abalar.
Então Beto aproveita a minha distração para continuar me levando para longe dali, para longe da única chance que eu tinha de ser feliz.
Eu estou acabada. Estou sangrando por dentro e sem nenhuma voz.
Um estrondo ressoa de algum lugar distante fazendo meu corpo tremer e grito outra vez com toda a força que possuo em uma tentativa desesperada de fazer que essa dor me leve embora de uma vez.
— Ei, shhh, estou aqui amor. -Dois braços me apertam embalando meu corpo lentamente para frente e para trás. — Eu estou aqui.
— Jhonny? -Me recuso a abrir os olhos. Deus, aquilo parecia tão real...
— Sou eu, Ava, olhe para mim. -Aperto as pálpebras movendo a cabeça para os lados, o medo me consumindo pouco a pouco.
Minha roupa está encharcada de suor e do lado de fora, o barulho de um trovão me faz encolher outra vez.
Agora tudo faz sentido.
— Eu vou matar aquele cara. -Escuto um rosnado ao mesmo tempo em que dedos frios afastam os cabelos do meu rosto cuidadosamente. — Por favor, abra os olhos meu amor. -Reconheço a voz suave e faço o que ele pede devagar, sua imagem se revelando diante de mim como em uma ilusão de ótica. — Foi só um pesadelo, você está segura aqui. -Jhonatan sussurra com o cenho franzido sem sequer piscar.
Balanço a cabeça para cima e para baixo começando finalmente a me lembrar de onde estou.
— E-eu... me desculpe.
— Está tudo bem, você estava gritando quando cheguei, levei um baita susto. -Ele diz sem parar de esfregar meus braços.
Minhas bochechas queimam e tampo-as para tentar dissipar a vergonha.
— Acho que acabei dormindo demais. -Me sento na cama ficando zonza por alguns segundos.
— Não tem problema, você precisava mesmo descansar. -Recebo um beijo no ombro, então ele se levanta e caminha até a porta.
— Não vá embora por favor. -Peço amedrontada. A chuva continua caindo do lado de fora e os raios ocasionam alguns flashes dentro do quarto escuro criando um cenário um tanto assustador.
Jhonatan solta uma longa respiração e se senta ao meu lado, acariciando minha bochecha antes de me puxar para perto de si.
— Só irei pegar uma roupa confortável para dormir, não vou te deixar sozinha.
Aceno me sentindo como uma criancinha mimada.
— Seus pais não vão achar ruim que você durma comigo? -Indago baixinho e ele nega com a cabeça.
— Não se preocupe com isso. -recebo um beijo na testa — Já volto.
Jhonny desaparece porta afora e volta em menos de dois minutos com apenas uma bermuda de moletom nas mãos.
Observo em silêncio enquanto ele tira a blusa preta, a calça jeans e fica apenas com a cueca boxer.
— Quer saber? Essa coisa me incomoda. - Ele olha para a bermuda com o cenho franzido antes de jogá-la em cima de uma poltrona e caminhar até o outro lado da cama entrando debaixo do edredom. — Vem aqui. -Me aproximo do seu corpo e seus braços enroscam a minha cintura me aproximando até que estou colada contra o seu peitoral.
Seus lábios depositam beijos suaves no meu ombro e pescoço, mas o ato não tem nenhuma conotação sexual.
É como se ele estivesse me dizendo que vai ficar tudo bem.
Que está comigo e não vai deixar que nada de mal me aconteça, assim como o prometido.
Nesse momento, sinto que devo dizer algo, que preciso que ele entenda que estou agradecida por tudo o que ele tem feito até agora por mim.
No entanto, todas as palavras do mundo não parecem ser o bastante para expressar o que meu coração quer gritar, então digo a única coisa que sei que vai fazê-lo compreender exatamente o que quero.
— Te amo, Jhonatan. -Sussurro, deixando que as lágrimas escorram livremente pelo meu rosto até se perderem no travesseiro.
— Eu também te amo, Ava, com cada partícula do meu ser.
NOTA DO AUTOR
E aqui estamos com a segunda parte como prometido.
Espero que tenham surtado tanto quanto eu surtei para escrever.
Um ótimo final de semana adiantado para vocês,
E nos vemos na segunda, pq não estou enxergando mais nada hahah
Não se esqueçam de votar e comentar,
Amo vcs, 🥰
Bjinhosss BF 🖤🖤🖤
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro