Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 38

"Quando o silêncio fica muito alto
E nada parecia certo, porra
Quando tudo me puxou pra baixo
Você me puxou de volta à vida

Eu lembro quando te olhei pela primeira vez
Magnetizado por seus olhos selvagens
Eles lavaram todas as minhas dúvidas
Seu amor é uma correnteza"
-Riptide
Saint Chaos

Atenção: esse capítulo contém trechos sensíveis sobre 
relato de abuso sexual que pode ocasionar gatilho.
Leia com discrição.

Acho melhor ir para a faculdade, o senhor Holmes odeia que chegue tarde... volto para te ver de noite, ok? -Beijo a testa de Liv e ela acena com a cabeça.

— Tudo bem, maninho, obrigada por vir. E não precisa se preocupar comigo, Nick deve aparecer daqui a pouco. -Ela me dedica aquele sorriso apaixonado e não consigo evitar sentir falta de quando Ava sorria da mesma maneira para mim.

— Se cuide irmãzinha e por favor, não faça nenhum esforço. -Aconselho pela milésima vez e ela roda os olhos com impaciência. Mesmo assim não digo nada.

A última semana foi um inferno.

A notícia de que Ava iria embora, logo depois, o acidente de Liv. Tudo se uniu para me deixar tão preocupado que não fui capaz de dormir.

Quando Nick me ligou no meio da noite, antes mesmo de dizer o que estava acontecendo, eu meio que pressenti que era algo com Olívia. Essa nossa conexão de gêmeos às vezes me deixa sem ar.

Pelo menos me distraí cuidando da minha irmã, se é que posso considerar isso como algo bom.

— Como se eu conseguisse sair dessa cama, Jhonny. Agora vai logo antes que fique com falta por minha culpa. -Sou enxotado do quarto e passo pela porta com um sorriso ladino sabendo muito bem que ela só está ansiosa para ficar sozinha com o meu amigo.

Depois que sofreu o acidente, eles reataram o namoro e confesso que fiquei aliviado.

Os dois estavam péssimos.

Sei bem como se sente ficar longe da pessoa que você ama, e a única coisa que desejava era que eles conversassem e resolvessem essa briga besta de uma vez por todas.

Só não precisava acontecer um atropelamento, é claro.

Dirijo com cuidado pelas ruas movimentadas tentando não me distrair com o fato de que chegarei na sala e não a encontrarei lá.

Ava parou de assistir às aulas depois que foi me dizer que iria embora e por mais que esteja furioso, devo admitir que isso me preocupa.

Peguei meu celular incontáveis vezes com a intenção de ligar para ela, perguntar se está tudo bem, se ela resolveu partir antes da hora ou simplesmente escutar o som da sua respiração, mas antes mesmo de apertar o botão verde, eu desistia ao lembrar do que ela me fez.

Como dizem por aí, estar apaixonado é um saco.

Estaciono o carro no lugar de sempre e passo pelo estacionamento de motos para ver se por algum milagre, Mabel se encontra ali.

Nada.

Onde você se meteu, Ava?

Solto uma longa e pausada respiração antes de passar pelos portões da Brown com uma sensação de vazio dentro do peito.

Esfrego o rosto com as duas mãos enquanto caminho pela calçada de cimento. Nos últimos dias não consegui dormir direito. Todas as noites as imagens dela dizendo aquelas coisas horríveis me atormentam e tiram meu sono.

É inevitável.

Ava conseguiu se apossar do meu coração, apenas para quebrá-lo em mil pedacinhos quando teve a oportunidade.

E o pior de tudo, é que eu faria tudo de novo, apenas para ter a chance de segurá-la em meus braços mais uma vez.

Chego no laboratório de computação sem nem perceber, me jogo na cadeira e olho para o lado na esperança de vê-la sentada me olhando com aquela expressão estranha de quando nos conhecemos.

Chacoalho a cabeça sorrindo. A garota parecia me odiar com todas as forças, mas tudo aquilo era apenas a sua forma de se proteger.

Eu sei que era.

— Muito bem, seus preguiçosos, a trabalhar! -O professor resmunga jogando os livros em cima da mesa em um estrondo.

Ligo o computador e continuo fazendo o trabalho agradecendo o fato de que ele está quase finalizado.

Pelo menos Ava não me deixou com as mãos atadas...

A manhã passa rapidamente e quando menos penso, já é hora de almoçar.

Para ser sincero não estou com fome, no entanto, sei que se não comer algo vou acabar desmaiando uma hora ou outra.

Compro um sanduíche e um suco de goiaba no restaurante estudantil e procuro um lugar vazio atrás de um dos blocos para comer em paz.

Arthur aparece depois de alguns minutos e se senta do meu lado em silêncio. Ele sabe que estou insuportável nos últimos dias, mas mesmo assim não saiu de perto, como se quisesse se certificar de que estou bem a todo momento e agradeço-o por isso.

Sei que estou agindo como um idiota com os meus amigos e até mesmo com a minha família, é só que não tenho mais forças para fingir.

Não quando a única coisa que sinto é uma tristeza profunda.

Encosto a cabeça na parede fria e respiro fundo com os olhos fechados.

Até quando vai ser assim? Até quando eu vou sentir essa dor no peito só de lembrar dela?

— Qual é Bianca, vocês conversaram bastante antes dela desaparecer! Ela não te disse nada? Nenhuma pista? -A voz de Julieta desliza até os meus ouvidos e abro os olhos de supetão buscando-a desesperadamente.

— Já te disse que não faço ideia, garota! Eu também estou preocupada, mas Ava parou de falar comigo também! -Bianca responde com a voz alterada.

Me levanto em um pulo e antes mesmo de conseguir me conter, estou caminhando até elas com o cenho franzido.

— O que está acontecendo? -Indago com os braços cruzados.

Julieta me encara com os olhos lacrimejantes e o celular nas mãos.

Bianca não diz nada por um bom tempo, o que faz com minha respiração fique ainda mais acelerada.

— É a Ava. -Julieta sussurra. — Ela parou de vir para as aulas, não atende as minhas ligações nem as mensagens de Julio. Eu... eu estou com medo de que algo possa ter acontecido com ela. -Aperto tanto as mãos que os nós dos dedos começam a ficar brancos.

Bianca observa a conversa em silêncio e de repente ela levanta a cabeça como se lembrasse de algo importante.

— Oh não. -Seus olhos nublam rapidamente e um medo surge dentro de mim. — Quando foi a última vez que a viu? -A loira diz baixinho como se quisesse se esconder de algo, ou alguém.

— Acho... acho que logo depois dela terminar com Jhonny. -Julieta aperta as mãos contra o peito.

— Porra! -Bianca pega o celular e começa a digitar como louca na tela até que a imagem de um garoto engomadinho aparece sorrindo com soberba para a câmera. — Esse é o ex dela, o Roberto. Ele começou a persegui-la e a ameaçá-la para que volte para casa, mas Ava não queria nada disso, aí do nada ela terminou com você... - seus olhos me encaram arregalados — agora tudo faz sentido. Ava pode estar correndo perigo, Jhonatan. -Ela então olha para mim com preocupação genuína e como se um quebra-cabeças estivesse sendo montado na minha mente, entendo tudo.

Ava terminou comigo por culpa desse cara.

Como não percebi que algo estava errado? Ela parecia tão distante, tão... apagada.

— Obrigado meninas, eu vou encontrá-la, prometo. -Murmuro antes de dar meia volta e sair correndo como louco até o estacionamento.

Entro no meu carro e dirijo direto para a sua casa rezando para que ela não tenha ido embora, que não tenha desaparecido da minha vida para sempre.

— Mas que droga! Vai logo cara! -Buzino para o carro da frente que demora para avançar quando o sinal fica verde.

No momento em que ele começa a andar, passo do seu lado e lhe lanço um olhar mortal com os nervos à flor da pele.

Continuo como um louco até chegar no portão da casa que não visitava há dias, sem me importar com as multas que devo ter recebido por excesso de velocidade.

Caminho a passos rápidos até a porta e aperto a campainha várias vezes.

— Esteja aqui, por favor, por favor, por favor. -Sussurro com as mãos na nuca.

Repito a frase uma e outra vez, até que a porta se abre e levanto a vista com nada mais do que esperança no olhar.

— Jhonatan? -Beth exclama confundida.

De repente, não sei o que dizer. Será que ela sabe o que está acontecendo? Ou será que Ava quis poupar a avó de toda confusão assim como ela fez comigo?

— E-eu vim falar com a Ava, ela está?

— Hum, -seu olhar recai para o relógio no pulso — ela deveria estar na faculdade uma hora dessas, o que está acontecendo?

Respiro fundo.

— Posso... posso entrar até o seu quarto, por favor?

— Não até você me contar tudo. -Seus braços se cruzam e o semblante endurece.

Fico de costas por alguns segundos tentando encontrar uma saída, inventar uma história qualquer para justificar a minha presença, no entanto, não há escapatória.

Quanto mais perco tempo, mais perigosa pode ficar a situação.

Explico tudo o que acabei de ficar sabendo para Beth e conforme ela escuta em silêncio, seus olhos se tornam cada vez mais tempestuosos e poderia jurar que se ela encontrasse o tal Roberto na rua, ele apanharia feio.

— Vamos, me acompanhe. -Ela faz um gesto com a mão e subimos até o quarto de Ava.

Ao entrar, começo a procurar em todos os lugares em busca de alguma resposta, algum indício de onde ela poderia ter ido.

Suas coisas ainda estão aqui, as roupas, produtos de limpeza, etc.

Isso é um bom sinal, eu acho.

Abro uma das gavetas da sua escrivaninha e passo a mão pelos perfumes, maquiagem entre outras coisas respirando fundo ao sentir o seu cheiro que predomina em toda a habitação.

Nada.

Estou quase entrando em desespero e ligando para a polícia, quando puxo outra gaveta com tanta força que ela acaba despencando das minhas mãos e espalhando todo o seu conteúdo no chão.

Começo a juntar tudo sentindo as lágrimas inundando meus olhos.

O que diabos estou fazendo?

Será que deixei passar algum detalhe importante?

Coloco os perfumes, maquiagens e as outras bugigangas de volta na gaveta, quando um objeto em específico chama a minha atenção.

Um caderno caiu aberto e sem querer avisto meu nome em uma das folhas amareladas quando o levanto.

— O que é isso? -Digo para mim mesmo.

Caminho até a sua cama e me sento no colchão macio sem sequer imaginar a surpresa que levaria ao começar a ler o seu conteúdo.

"Hoje te vi na faculdade... você parecia tão bem.
Me odeio por querer que continue triste,
porque assim saberia que ainda gosta de mim...
Me perdoe, por favor.
Eu te amo Jhonatan Cross.
Te amo, te amo, te amo."

"Hoje você parecia mais alegre do que nos últimos dias, 
mas mesmo assim, não sorriu como estava acostumado...
E não faz ideia de como me sinto ao saber que fui eu quem tirei de você o sorriso.
Me desculpe, por favor.
Te amo, Jhonatan Cross."

"O cemitério está tão vazio, mas isso é algo bom.
É o que mereço na verdade, por ter feito tanto mal...
Eu te amo Jhonatan Cross,
Me perdoe por favor..."

"Já se passaram quase duas semanas desde que terminamos
e não consigo imaginar a possibilidade de ser feliz outra vez.
Ainda mais quando eu te machuquei dessa maneira.
Espero que algum dia entenda que tudo o que fiz foi para te proteger,
porque eu te amo Jhonatan Cross."

"Todas as tardes venho até esse cemitério porque ele me lembra você.
Me lembra da noite que passamos aqui observando a cidade
e do que fizemos em cima da minha moto.
É irônico que um lugar como esse, representa
uma das lembranças mais bonitas que tenho.
Te amo Jhonatan Cross."

"Já faz um bom tempo que não sinto seu toque,
seus beijos e escuto a sua voz.
Não sei até quando vou aguentar...eu...
Me desculpe...
Te amo, Jhonatan Cross."

Lágrimas escorrem livremente pelo meu rosto à medida que vou passando as páginas, como se eu pudesse sentir o sofrimento que ela deve ter sentido ao escrever cada palavra.

Deslizo os dedos nas folhas ásperas desejando voltar no tempo e não permitir que ela fuja de mim.

Deus, como me arrependo por ter acreditado naquela história de aposta, mesmo depois dela ter me garantido que era tudo mentira.

Como não percebi que não passou de uma estratégia para me afastar do perigo como ela mesma escreveu?

Eu fui tão egoísta em pensar que somente eu estava sofrendo, que ela não merecia o meu perdão... fui tão burro!

Fecho o caderno com força como se ele estivesse pegando fogo e queimando a minha pele.

— Encontrou algo? -Beth indaga com a testa enrugada.

Olho para ela e nego com a cabeça.

— E-eu não sei... eu... -Esfrego o rosto mais uma vez sentindo uma vontade enorme de gritar.

Preciso tanto de você, Ava... volte para mim...

Aperto as pálpebras pedindo para todas as divindades que me ajudem, que me façam parar de sentir essa dor, que me dêem uma resposta. Qualquer coisa.

Onde você está, meu amor?

Então uma das frases que li me vem à mente, se repetindo em um loop infinito.

"Todas as tardes venho até esse cemitério porque ele me lembra você. "

É isso!

— Já sei onde ela pode estar! -Pulo da cama e desço correndo até a entrada. — Te mandarei uma mensagem quando estiver com ela, Beth! Obrigado! -Grito já dando ré no meu carro.

Dirijo como um louco pelas ruas, desviando dos carros que vão mais lento do que eu.

Recebo vários xingamentos e injúrias, mas não estou nem aí. A única coisa que tenho em mente é ela.

Preciso encontrá-la, preciso fazê-la entender que vou protegê-la custe o que custar, que ela não tem que se afastar mais, que pode confiar em mim.

Chego no cemitério mais rápido do que o normal e estaciono de maneira desajeitada bem a tempo de vê-la se preparando para partir.

Deus, como ela pode ser tão linda?

Praticamente pulo do carro antes mesmo que ele acabe de desligar e caminho até a garota com o coração galopando dentro do peito.

Ela penteia os cabelos alheia a qualquer movimento no começo, mas então, como se percebesse a minha presença, Ava se vira e finalmente seu olhar recai sobre o meu enquanto me aproximo.

— Jhonny o quê...? -Ela começa a falar, no entanto, estou com tanta saudade que puxo seu corpo até que estamos tão perto que respiramos o mesmo ar.

Como senti falta disso... Do seu cheiro, da maciez da sua pele e do seu calor.

Levanto seu corpo como se ela não pesasse nada e suas pernas se enroscam na minha cintura em um movimento involuntário.

Deslizo o nariz pelo seu pescoço ao mesmo tempo que ela segura os meus ombros para não cair.

— Você está aqui... Como? -Ava sussurra com incredulidade.

— Eu li o seu caderno. -Confesso encostando a testa na sua. — Me desculpe, por favor, eu não fazia ideia, eu...

Seus dedos repousam sobre a minha bochecha e ela abre um sorriso triste.

— Não deve se desculpar, Jhonatan. Fui eu quem estragou tudo. -Nego com veemência.

Caminho sem soltá-la até o meu carro.

Abro a porta e entro no banco de trás, não quero correr o risco de ser visto por aquele seu ex maluco se ele ainda estiver por aqui.

— Quero que você me conte tudo, Ava. Bianca me falou sobre o Roberto...

Ela puxa um longa respiração olhando para qualquer lugar, menos para mim.

Oh não. Isso não é bom.

— O que ele te fez? -Digo baixinho, um tremor percorrendo a minha espinha.

— Ele... ele abusou de mim, Jhonatan. -A confissão me deixa completamente horrorizado e aperto a sua cintura contra a minha.

— Ava... -Seguro seu rosto com as duas mãos. — Não precisa continuar, se não quiser. -Coloco uma porção de cabelo atrás da sua orelha e recebo um olhar perdido, como ela tivesse entrado em uma espécie de cápsula do tempo.

Meu corpo inteiro queima de raiva e sei que se eu encontrar com esse idiota, seria capaz de matá-lo pelo que ele fez com a minha garota.

— Beto sempre me induziu a fazer sexo. -Ela diz baixinho. — No início eu achava que aquilo era o correto, que eu deveria transar com ele sempre que ele quisesse, já que era a sua namorada. -Aperto os olhos e respiro fundo sem soltá-la por um segundo sequer. — Sabe, eu até comecei a tomar anticonceptivos porque ele odiava usar proteção e sempre brigava comigo quando eu pedia.

— Filho da puta! -Rosno me controlando para não deixá-la ainda mais abalada.

— Eu não entendia... não percebia que ele me forçava a fazer coisas que eu não queria. A minha mente não assimilava que o garoto que eu aparentemente amava, poderia estar me manipulando. Então um dia, foi como se a venda tivesse sido arrancada dos meus olhos e eu passei a enxergar tudo com mais clareza. -Uma risadinha amarga deixa seus lábios trêmulos. — Fomos a uma festa que eu não queria ir, obviamente. Beto ficou bêbado em questão de minutos e eu já estava de saco cheio daquela sua atitude de modo que lhe disse que estava indo embora. -Seu olhar se nubla rapidamente em um sinal de que o pior ainda está por vir. — Ele ficou furioso, gritou para quem quisesse ouvir que eu era dele, que só iria para casa quando ele deixasse, que ainda nem tínhamos nos divertido e mais um monte de baboseiras. Eu fiquei assustada por alguns segundos, mas mesmo assim decidi que não queria mais aquilo e dei meia volta para me afastar, então de repente, o idiota puxou meu braço e me arrastou até um dos quartos vazios, onde tentou tirar a minha roupa contra a minha vontade afirmando que eu deveria lhe agradecer por tudo o que ele tinha feito por mim. Nesse momento eu soube que se eu continuasse ali, as coisas nunca mais seriam as mesmas. -Balanço a cabeça para os lados. — Eu juntei todas as minhas forças e empurrei seu corpo para longe, agradecendo o fato de que ele não estava sóbrio o que o deixou com a reação lenta. Eu não fui para casa nesse dia. Dormi com Lanna, quero dizer, chorei a noite inteira no seu quarto. Estava cansada de toda aquela merda, eu precisava sumir, de modo que sem avisar para ninguém, eu liguei para vovó e lhe contei tudo. No dia seguinte, estava viajando até aqui com nada mais do que medo puro na minha bagagem.

Ava solta todo o ar dos seus pulmões lentamente.

À essa altura, a fúria me domina por completo, mas eu sei que ela não precisa disso. Ela precisa de alguém que lhe transmita segurança.

— Lamento tanto que tenha passado por isso, amor. -Beijo seus lábios com carinho. — Prometo que não vou permitir que ele chegue perto de você outra vez. -Agora beijo seus olhos. — Eu te amo, Ava. -Seguro seu queixo e ela me lança um olhar dividido entre medo e felicidade. — Pode ser que ainda não esteja preparada para ouvir, mas eu não posso continuar escondendo o que sinto por você. -Confesso sério. — Não espero que me responda nada, só...

— Eu também te amo, Jhonatan. -Respiro fundo. — Demorei para compreender que não devo ter vergonha dos meus sentimentos, ainda mais quando eles são a coisa mais linda que já me aconteceu.

Ela espalma meu peitoral para se estabilizar.

— Nunca contei para ninguém sobre o que Beto fez comigo, além da minha avó e minha prima, é claro.

— Por quê? Deveria ter denunciado aquele idiota, Ava. O lugar daquele imbecil é na prisão.

— Ele é influente na minha cidade e meus pais, eles... eles o apoiam cegamente.

Droga. Pelo visto ela não tem mais com quem contar, por isso se desesperou e tomou essa decisão precipitada de fugir outra vez.

Mas isso acabou. Não vou deixar que ela tenha que fazer nada disso. Ava merece ser feliz e se for preciso, irei até o inferno para que isso aconteça.

Custe o que custar.

— Vem aqui. -Sussurro com a voz embargada.

Abraço-a novamente transmitindo nesse gesto todas as promessas silenciosas que faço para o amor da minha vida.

Nossa respiração se sincroniza pouco a pouco e de repente o interior do carro começa a adquirir uma temperatura agradável em comparação com o clima fresco de hoje.

Olho para o lado de fora e levo um susto ao notar que está completamente escuro.

Quanto tempo passamos conversando?

— Eu te amo, Jhonatan. Me desculpe por não ter tido a coragem de dizer antes... -Ava solta de repente. — Te amo, te amo, te amo...

— Eu também te amo, meu amor. -Beijo sua testa sentindo o alívio percorrendo cada célula do meu ser.

— Então me faça esquecer, como das outras vezes. -Pede baixinho e franzo o cenho.

— Não precisamos nos apressar, teremos todo o tempo do mundo para isso, linda... -Ela balança a cabeça para os lados sem hesitar.

— Eu preciso disso agora. Quero te mostrar o quanto te amo, o quanto confio em você e o quanto senti sua falta. Pensei que nunca mais teria a chance de ter você comigo outra vez, Jhonny. Não quero desperdiçar mais nenhum segundo.

— Ok. -Murmuro entendendo perfeitamente onde ela quer chegar.

Ava levanta os braços e retiro sua blusa lentamente, revelando o corpo tatuado que tanto sentia falta.

Beijo seu pescoço com todo o amor que tenho por ela, descendo pelos ombros até os seios cobertos pelo sutiã de renda.

Levo as mãos até as suas costas e abro o pequeno broche deixando que a peça caia livremente entre nós dois.

Cubro um seio com a minha mão sem deixar de olhá-la em nenhum momento.

Nossas íris estão presas uma na outra, completamente hipnotizadas pela magnitude do que está prestes a acontecer.

Não estamos apenas transando.

É muito mais do que isso.

Estou deixando bem claro que eu sou completamente dela. Que faria qualquer coisa para trazer de volta o seu sorriso, aquele brilho no seu olhar.

Belisco o seu mamilo com destreza e sorrio de leve ao ver como ela se contorce em cima de mim gemendo baixinho.

Ava se afasta depois de alguns minutos e abre o zíper da minha calça com os dedos trêmulos.

Me levanto o suficiente para que ela me ajude a tirar tudo, me liberando do aperto do tecido.

Então sua mão vai parar na própria bermuda deslizando-a pelas pernas torneadas, ficando completamente nua na minha frente.

— Tão linda... -Seguro suas nádegas e puxo-a de volta para mim. — Você é linda, Ava. -Beijo sua barriga quando ela sobe no banco me prendendo entre seus joelhos.

Enfio um dedo na sua intimidade encharcada adorando o fato de que sou eu quem está provocando esse efeito nela.

Com a mão livre, bombeio meu pau para cima e para baixo, ficando cada vez mais duro.

Quando sinto que não aguentarei mais, pego a carteira no bolso da calça esquecida ao meu lado e retiro um preservativo de dentro com certa dificuldade.

No entanto, sequer chego a abrir o pacote, já que os dedos de Ava me impedem rapidamente.

— O que houve? Quer para por aqui?

Seu olhar se aperta e os lábios se curvam em um sorriso diferente de tudo o que já tinha visto até agora.

— Não, Jhonatan, é todo o contrário. Hoje eu quero sentir você. -Engulo em seco.

— Tem certeza?

Como nunca na minha vida.

Agora é minha vez de acenar com a cabeça ao mesmo tempo em que seguro a sua cintura e guio seu corpo para baixo, entrando pouco a pouco dentro dela dividido entre ofegar de prazer e me controlar para não ir rápido demais e acabar estragando tudo.

— Oh por Deus... -Sua voz rouca me deixa ainda mais maluco e beijo seus lábios absorvendo cada gemido, cada palavra ininteligível e cada lamúria dita no calor do momento.

Meu corpo inteiro se arrepia e encosto a testa na sua, desejando com todas as minhas forças que esse momento não acabe nunca.

Ficamos parados por alguns minutos para sentir um ao outro, até que ela começa a se mover para frente e para trás com urgência.

Ava cavalga em cima de mim e geme meu nome sem parar me presenteando com a porra da imagem mais incrível que ja vi.

Deus, como ela pode ser tão perfeita?

Deslizo a ponta dos dedos pela pele suave, delineando cada curva, adorando cada tatuagem e fazendo-a ofegar na medida que nos movemos incansavelmente.

Beijo sua clavícula, os seios e devoro seus mamilos, ávido por mais.

Eu quero tudo o que ela tem para me oferecer. Quero ela por inteiro.

Nossos corpos estão suados e as respirações aceleradas. Ava me encara declarando silenciosamente que é exatamente ali onde ela quer estar.

Onde ela deve estar.

Comigo.

Em cima de mim.

Nesse exato instante, eu finalmente compreendo que sou dela.

Sempre fui, desde o primeiro dia em que a vi.

— E-eu não vou aguentar muito, amor... -Suspiro contra o seu pescoço.

— Também estou quase lá. -Seus dedos apertam meus braços com força, as unhas arranhando a minha pele, me marcando para sempre.

— Então se libere para mim, Ava. Só para mim. -Imploro em um pedido desesperado para que ela seja minha, assim como eu sou seu.

— Só para você, amor. -Ao escutar a frase, explodo dentro dela ao mesmo tempo em que massageio seu clitóris provocando os espasmos de um orgasmo avassalador que acaba de nos unir não só em corpo, mas também em alma.

NOTA DO AUTOR
Como promessa é dívida, 
Aqui deixo o capítulo pra vcs!
Sextou com força e o surto é liberado hahhaa
Mas vou logo avisando que tem mta coisa pra 
acontecer ainda, viu, então fiquem de olho kkk
Não se esqueçam de votar e comentar,

Amo vcs🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro