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Capítulo 08

"Oh, parece que nós podemos fazer o que for,
Nada dura para sempre."
-Feels Like
Benicio Bryant

Os dias passam voando e cada vez que chego na faculdade, sou recebida por Bianca que me acompanha até a minha sala como se eu precisasse ser escoltada. Não sei qual é a intenção dela, mas seja o que for, não está dando certo pela cara feia que ela faz assim que chegamos na porta e ela dá uma olhada para dentro da sala.

De todas maneiras, não ligo para isso. Cada um com as suas esquisitices.

Além do mais, ela está sendo uma boa amiga desde que apareci nessa cidade e meio que estou agradecida por não ser deixada sozinha.

Outra pessoa que insiste em me azucrinar a cada segundo que passo dentro da sala de aula, é Jhonatan.

Ele está levando bem a sério o que disse quando nos encontramos naquele parque e tenho a leve impressão de que quando ele coloca algo na cabeça, não há ser vivo que consiga fazê-lo mudar de ideia.

O garoto não é pontual, isso é fato, e vê-lo passar pela porta todos os dias com seu caminhar altivo e uma pose descontraída de que sabe que é o cara me causa uma variedade de sensações que não consigo nem começar a definir.

O mais engraçado, é que todas as vezes ele faz o mesmo.

Sempre me procura com o olhar atento e quando me encontra, abre um enorme sorriso que não se desfaz enquanto ele não ocupa o lugar ao meu lado e finge que presta atenção na aula como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

Confesso que às vezes, esse é o único momento do dia em que me sinto realmente alheia a tudo ao meu redor e não penso em absolutamente nada. Esqueço dos meus pais, de como eles me atormentam mesmo estando a quilômetros de distância e de como eu sou apenas uma casca vazia cuja capacidade de sentir foi arrebatada da pior maneira.

Porque é isso que sou. Vazia.

É sexta-feira e o dia já começou dando errado para mim.

Quando fui tentar dar a partida em Mabel, ela decidiu que não queria funcionar hoje e sacolejou até me fazer desistir de ligá-la e pegar o ônibus até a universidade.

Com tudo o que está acontecendo nesses dias, não tive tempo de levá-la até o mecânico e agora tenho que lidar com as consequências disso.

Vovó quis fazer isso por mim, inclusive arcar com os gastos do conserto, mas eu não permiti que ela fizesse isso. Não seria nada justo, já que quem está usando a moto sou eu.

Então aqui estou, em um ônibus lotado, quase desmaiando de calor e rezando para que essa tortura acabe logo.

Como o trânsito a essa hora é ainda mais caótico, acabo chegando na faculdade vinte minutos tarde e não gosto nada disso.

Odeio me atrasar.

Passo pelos portões correndo e vou direto para a minha sala. Quando chego na porta, estou tão ofegante que me encosto na parede por alguns minutos para me recompor antes de girar a maçaneta e entrar.

O professor me observa com a sobrancelha levantada e um semblante crítico que faz meu coração bater ainda mais acelerado.

— De todas as pessoas dessa sala, você é a última que pensei que chegaria atrasada. -Ele diz cruzando os braços sem desviar os olhos azuis dos meus.

— Peço desculpas, senhor Thomas. Minha moto quebrou e precisei pegar o ônibus hoje... não vai acontecer de novo. -Sussurro nervosa. Aperto a mochila contra minha barriga e ele solta um suspiro resignado como se estivesse cansado de tudo e de todos.

— Tudo bem, vá se sentar que a aula já começou. -Ele ordena e obedeço prontamente.

Vou para o fundo da sala a passos rápidos e me jogo na cadeira sem sequer olhar para o lado.

É por isso que odeio chegar tarde a qualquer lugar. Isso faz com que todos olhem para você e inevitavelmente você vira o centro de atenção.

Então as pessoas começam a criar teorias do que te fez chegar tarde, começam a falar sobre você, criticar e inventar mentiras que acabarão virando uma enorme bola de neve e...

— Ei, novata. -Aperto as pálpebras e puxo uma longa respiração.

— Já estou nessa faculdade há pelo menos umas três semanas, Jhonatan, acho que não sou mais uma novata. -Resmungo ainda de olhos fechados agradecendo mentalmente pela distração.

— Eu sei. - Ele sussurra divertido. — Mas gosto de te chamar assim.

Viro a cabeça para a sua direção e os cantos da sua boca se curvam em um sorriso convencido.

— Que seja. -Não consigo evitar sorrir junto e quando percebo o que estou fazendo, fico séria outra vez. — O que quer comigo? -Indago fazendo um barulho engasgado com a garganta em uma tentativa de disfarçar como quase me deixei levar pelo garoto tatuado.

— Está tudo bem com Mabel? -Jhonatan pergunta baixinho e inclino a cabeça para o lado.

— É sério isso? Está preocupado com a minha moto?

Ela é uma anciã, mais respeito por favor. -Franzo o cenho tentando identificar se ele está falando sério e chego à conclusão de que provavelmente sim.

— Você só pode estar de brincadeira.

— Não mesmo. Você é uma maldita sortuda, não sabe como esse modelo é buscado pelos colecionadores. Uma verdadeira relíquia.

— Só falta me dizer que sabe de motos...

O garoto revira os olhos com impaciência e de repente começa a fuçar no celular em busca de algo.

Ele tecla várias vezes na tela e uma vez que encontra o que quer que seja, vira o aparelho para o meu lado e me aproximo para tentar ver o que ele está me mostrando.

Estreito os olhos para focar na foto, em seguida eles se arregalam tanto que quase saem das órbitas.

Sentado em cima de uma enorme Harley Davidson, um garotinho de cabelos castanhos escuros e o olhar apaixonado sorri para a câmera.

Atrás dele, um homem muito bonito o segura pela cintura. Seus braços são cobertos por tatuagens e eles são tão parecidos que chega a ser impressionante.

— É o seu pai? -Me controlo para não tocar a tela e deslizar os dedos pelo rosto de um Jhonatan em miniatura.

— Sim. Ele também é apaixonado por motos e meio que passou essa paixão para mim e para a minha irmã, embora preferimos dirigir carros, ainda temos uma queda por essas belezuras. -Ele explica com aquele brilho nos olhos e me sinto levemente enciumada pela sua relação com a família, por mais que saiba que não devo fazer isso.

— Então você é o típico fuckboy. Todo tatuado, anda para cima e para baixo com essa jaqueta de couro e ainda por cima, pilota motos. -Debocho e ele dá de ombros.

— Chame do que quiser, Ava, mas saiba que as coisas não são como você imagina. -De repente ele se curva na sua cadeira até ficar bem próximo do meu rosto e como se um imã gigante nos atraísse, me pego fazendo o mesmo movimento. — Eu não iludo ninguém. Sempre deixei muito claras minhas intenções, não posso ser culpado por isso.

Enquanto ele fala, presto atenção nos seus lábios sem conseguir desviar os olhos deles. Me sinto hipnotizada pelo movimento da sua boca. Ainda mais quando ele desliza lentamente a língua na pele avermelhada molhando-a pouco a pouco.

Chacoalho a cabeça para sair dessa névoa bem a tempo de escutar o professor coçando a garganta exageradamente.

— Quando resolverem parar de bater papo, poderemos continuar com a aula. -Minhas bochechas queimam de vergonha e volto a me sentar rapidamente.

Não ouso olhar de volta para Jhonatan. Ele pode não ligar para as consequências dos seus atos, mas eu sim. Não posso chamar atenção e correr o risco de ser encontrada.

Já foi difícil conseguir a transferência no sigilo.

Anoto o conteúdo do quadro no meu caderno de qualquer jeito. Sei que mais tarde não vou entender nada, porém preciso fingir que estou ocupada para que Jhonatan não tente falar comigo de novo.

O resto da aula ocorre normalmente e quando somos liberados, enfio meus materiais dentro da mochila e praticamente escapo até o restaurante onde encontro Bianca sentada em uma das mesas com um enorme pote de salada na sua frente.

Me sento na cadeira ao seu lado e ela me observa curiosa sem deixar de mastigar a comida fazendo um barulho crocante com a boca.

— Você só come isso de almoço? -Pergunto esbaforida.

— Sim, estou em uma dieta. Preciso emagrecer alguns quilos antes das férias.

Pisco lentamente para assimilar o que ela acaba de dizer e recebo um sorriso como resposta.

— Se eu disser que não precisa, não vai adiantar, não é mesmo?

— Não. -Ela sorri. — E aí, como foi a aula hoje?

— Hum... normal. -Minto. Se ela soubesse que foi qualquer coisa, menos normal.

Se você diz.

Continuamos conversando sobre aleatoriedades até que dá a hora de voltar para as aulas. Contei para Bianca sobre o problema com a minha moto e ela me ofereceu uma carona, só preciso ligar para ela quando estiver livre.

Para a minha surpresa, não encontro Jhonatan quando volto para a sala.

Será que ele foi embora?

De todas formas não é da minha conta.

Faço um esforço hercúleo para me concentrar na aula, porém o único que me vem à mente, é esse bendito garoto. Ou a falta dele.

Mas que droga! Sequer o conheço, por que ele não sai da minha cabeça?

— Muito bem, podem ir embora. Nos vemos na segunda-feira. -A professora Helena sorri para todos, provavelmente animada com a ideia de ir para casa como qualquer um de nós. Todos estamos cansados e com uma única coisa em mente: aproveitar o final de semana.

Depois de pegar todas as minhas coisas de cima da cadeira, envio uma mensagem para Bianca ao mesmo tempo em que me dirijo até o estacionamento. Só espero que ela não tenha esquecido e ido embora.

Estou quase chegando na saída, quando sou interrompida por dedos que seguram meu pulso com cuidado. O engraçado é que não fico alerta. É como se já conhecesse o seu toque.

— Se continuar me segurando desse jeito quando estou distraída, vai acabar levando um soco. -Censuro e minha pele se arrepia com a risadinha de Jhonatan quase colada no meu ouvido.

— Por incrível que pareça, eu não duvido disso. -Ele responde em um meio sorriso.

— O que quer agora, garoto tatuado? Não tem mais o que fazer da vida?

Caminhamos lado a lado até o estacionamento e por mais que pareça calma por fora, estou uma pilha de nervos por dentro. Praticamente cada aluno dessa maldita faculdade nos observa nos avaliando em silêncio, talvez pensando no que a novata está fazendo com o cara mais popular dessa prestigiosa instituição.

— Vou te dar uma carona até a sua casa. -Jhonatan responde depois de alguns minutos.

Paro de andar no mesmo instante e ele faz o mesmo por impulso.

— Não lembro de ter te pedido por isso. -Ralho.

— É porque não o fez.

— Então o que te leva a pensar que vou aceitar a sua carona?

— O fato de que vai demorar pelo menos uma hora para passar um ônibus e tenho quase certeza de que não quer ficar sozinha esperando no ponto. Daqui a pouco vai começar a escurecer...

Solto uma gargalhada sonora e seu sorriso desaparece em questão de segundos.

— De onde tirou que não tenho como voltar para casa?

Enquanto conversamos, voltamos a andar até chegar ao estacionamento sem nem perceber.

— A sua moto não estava quebrada?

— Sim, ela está.

— Então como...?

Avisto Bianca encostada na lateral do seu carro e aponto para ela com o nariz.

Jhonatan puxa uma respiração descompassada ao ver a minha amiga e solta o ar devagar como se quisesse se tranquilizar.

De repente uma luz se acende na minha cabeça e tudo faz sentido.

— Oh não. -Digo baixinho para que ela não nos escute. Ainda estamos a uma boa distância, mas tão longe para que ela não possa ouvir. — Não me diga que vocês dois...

Jhonny nega com a cabeça antes de que eu consiga terminar de falar.

— Escuta, tenha cuidado com essa garota, ok? -Ele sussurra no meu ouvido e franzo o cenho curiosa. Quero perguntar o motivo da advertência, mas ele me interrompe outra vez. — Hã, já que você tem com quem ir para casa eu preciso ir, nos vemos segunda, Ava. -O garoto praticamente escapa até o próprio carro, o que me deixa ainda mais perdida.

Balanço a cabeça tentando entender o que acabou de acontecer e Bianca levanta a vista ao notar a minha presença.

Ela guarda o celular na bolsa cara e cruza os braços conforme me aproximo.

— Por acaso estava falando com Jhonatan Cross? -A loira pergunta desconfiada.

— Hum... sim?

— Olha, tenha muito cuidado com ele, Ava. Jhonny é do tipo que parece um bom garoto, mas ele só está em busca de uma coisa. -Seus lábios formam uma linha fina quando ela termina de falar. A mandíbula se aperta e posso jurar que ela até mesmo está rangendo os dentes.

É engraçado o fato de que o garoto disse praticamente a mesma coisa sobre ela.

— Vocês por acaso já tiveram algo? Tipo, algo sério? -Indago com curiosidade genuína.

Bianca solta uma risada amarga que me deixa ainda mais interessada.

— Como se ele quisesse ter algo com alguém, Ava. Jhonatan é um galinha. Ele só está afim de uma transa e pronto. Esse cara nunca vai se apaixonar, é a sua natureza.

Entramos no seu carro e coloco o cinto de segurança sem deixar de pensar no que minha amiga acabou de falar.

— Jhonatan é um garoto como qualquer outro, Bia. Ele deve ter gostado de alguma garota em algum momento. Ou talvez ainda vá acontecer. Ninguém é imune ao amor.

— Se você acha mesmo isso, faça o teste. Tenho certeza que uma vez que ele conseguir o que quer, vai te dispensar como qualquer outra.

Mordo o lábio inferior e analiso cada detalhe da nossa conversa.

— Está sugerindo que eu tente conquistar Jhonny apenas para provar o seu ponto? 

NOTA DO AUTOR

Helloooo amores, demorei, mas cheguei!
Aqui está o capítulo fresquinho pra vcs surtarem mais um pouquinho hahaha
Ah, só avisando que não estou respondendo os comentários ainda, 
pq eu não tô tendo tempo mesmo kkkkkk
Uma hora eu respondo todo, prometo! 
Enfim, espero que tenham gostado, 
Não se esqueçam de votar e comentar!
Tenham uma ótima semana! 

Amo vcs, 🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

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